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Palabra Clave

versão impressa ISSN 0122-8285

Resumo

WALKER, Craig Stewart. Loucura, dissidência e transdução. Palabra Clave [online]. 2017, vol.20, n.3, pp.686-701. ISSN 0122-8285.  https://doi.org/10.5294/pacla.2017.20.3.5.

O Artista dissidente russo Piotr (ou Petr) Pavlensky recebeu atenção internacional depois da transmissão em 2013 de um vídeo onde aparecia sentado com os testículos pregados nos paralelepípedos da Praça Vermelha em Moscou. Depois foi revelado que o incidente era parte de uma série de obras de arte performática realizadas por Pavlensky, que incluíram costurar a própria boca, aparecer nu e enrolado em arame farpado em frente à Assembleia Legislativa, construir uma barreira de pneus em chamas no centro de São Petersburgo, imitando as revoltas políticas em Kiev, cortar a orelha sobre o muro do Hospital Psiquiátrico de Serbsky e incendiar as portas de madeira do quartel-general do serviço secreto russo. Embora as autoridades russas tenham tentado em várias ocasiões tratar Pavlensky como se fosse um louco-criminoso, ele continua defendendo articuladamente suas atividades como obras de arte política dissidente. Este artigo explora a ideia de que Pavlensky usa deliberadamente a transdução como uma ferramenta através da qual seu trabalho alcança significado. Pavlensky invoca conscientemente dois campos diferentes de interpretação cultural. A primeira é a adesão das autoridades ao Código Criminal russo, que é usado para exercer controle despótico sobre o povo russo. O segundo é o discurso internacional em torno da arte de vanguarda, que defende a liberdade de expressão, incluindo as obras dissidentes. Ao assegurar que haja uma transdução de seu trabalho desde o primeiro campo para o segundo, Pavlensky cria uma colisão de opinião em que a legitimidade da política do Estado russo é desafiada e deslegitimada.

Palavras-chave : Pavlensky; transdução; dissidência; performance; arte.

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