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Palabra Clave
versão impressa ISSN 0122-8285
Resumo
CANET, Fernando e GARCIA-MARTINEZ, Alberto Nahum. Respostas ambivalentes perante a moralidade ambígua do anti-herói: Tony Soprano e Walter White como casos de estudo. Palabra Clave [online]. 2018, vol.21, n.2, pp.364-386. ISSN 0122-8285. https://doi.org/10.5294/pacla.2018.21.2.5.
A popularização do anti-herói vai ligada à necessidade dramática e narrativa da serialidade: a constante dicotomia entre esfera familiar e profissional, entre ações nobres e mesquinhas, entre dever e querer, permite o avanço da trama, geração de suspenso e renovação dos conflitos, dilatando o relato durante dezenas de horas. Vic Mackey (The Shield), Dexter Morgan (Dexter) ou Nucky Thompson (Boardwalk Empire) poderiam servir como exemplo anti-heróico. Mas, sem dúvida, os dois casos mais radicais e complexos são os protagonistas de Família Soprano (Tony Soprano) e Breaking Bad (Walter White). A identificação emocional com o anti-herói começou a ser estudada recentemente. Este artigo propõe um novo ângulo de estudo: a relação do anti-herói com o resto de personagens da série. Para isso, selecionaremos os caracteres -principais ou secundários- que os roteiristas empregam como estratégia narrativa para guiar as respostas emocionais e morais do espectador em sua particular relação com o anti-herói. Principalmente, nos concentraremos nas reações que estes personagens exibem com relação às condutas amorais dos anti-heróis. Propomos uma metodologia de análise textual que, partindo de teóricos cognitivistas, nos servirá como mecanismo para entender melhor a construção do anti-herói e indagar sobre os efeitos que as decisões autorais provocam nos espectadores.
Palavras-chave : Los Soprano; Breaking Bad; teoria cognitiva; estúdios de televisão; envolvimento com os personagens; narrativas dos anti-heróis; emoções morais.