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Territorios
versão impressa ISSN 0123-8418versão On-line ISSN 2215-7484
Resumo
DURIEZ, Tiphaine. O deslocamento forçado intra-urbano: uma modalidade de mobilidade residencial às coações controvertidas. Territ. [online]. 2019, n.40, pp.245-272. ISSN 0123-8418. https://doi.org/10.12804/revistas.urosario.edu.co/territorios/a.6402.
Os conflitos armados e as guerras de nossos mundos contemporâneos têm de ser analisados sem ambiguidade: para os civis, estes enfrentamentos vão acompanhados de movimentos massivos de população. Na grande maioria dos casos, estes fluxos migratórios se produzem dentro das fronteiras nacionais e neste contexto, a Colômbia ocupa um lugar particular. Durante quase sete décadas, este território andino tem sido atravessado por diversas formas de reivindicações e enfrentamentos armados. Assim, para além da finalização do processo de paz iniciado em 2011, este país conta atualmente com mais 7,7 milhões de deslocados internos segundo ACNUR (2018). Desde 1997, o governo colombiano tem adotado uma série de medidas políticas para compensar a quem representam à maioria de suas vítimas civis da guerra: os deslocados forçados. Focando a construção deste estatuto, cujo objetivo primeiro foi indemnizar a instabilidade socioeconômica engendrada pela importância destes fluxos migratórios, este artigo propõe examinar os nexos existentes entre a cidade e a guerra para apresentar as reconfigurações urbanas do deslocamento forçado. A análise partirá da definição do termo "deslocamento forçado" tal como se entende na Colômbia para apoiar o enfoque territorial aplicado a este tipo de mobilidade forçada politizada. Meu trabalho de tese centrou-se ao redor destes temas, e especificamente nas situações, observadas dentro das Comunas 4 e 6 de Soacha, situações que servirão a ilustrar o argumentário.
Palavras-chave : figração forçada; conflito armado interno; controle de territórios; espaços urbanos informais; violência; transferência e transposição das dinâmicas armadas.