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Revista de Estudios Sociales

versión impresa ISSN 0123-885X

Resumen

MARTINEZ-RODRIGUEZ, Rosendo; SANCHEZ-AGUSTI, María  y  MUNOZ-LABRANA, Carlos. Ensinar um passado controverso a partir de um presente polarizado: a memória histórica na Espanha sob a perspectiva docente. rev.estud.soc. [online]. 2022, n.81, pp.93-112.  Epub 14-Jul-2022. ISSN 0123-885X.  https://doi.org/10.7440/res81.2022.06.

Em sociedades com memórias divididas e contraditórias sobre seu passado recente, a memória histórica resultante está fortemente condicionada por um processo de construção cultural, público e midiatizado que dificulta um adequado tratamento educacional da história recente e da memória na sala de aula. Esse é o caso da Espanha, onde, após uma longa ditadura (1939-1975), uma transição à democracia pactada e a memória da guerra civil (1936-1939), continuam despertando relatos enfrentados, fortemente conectados a interesses do presente. Nesta pesquisa, focamo-nos nas concepções e opiniões de um grupo de 39 professores de sete cidades e territórios históricos espanhóis, que foram entrevistados com o objetivo de conhecer suas experiências e analisar suas concepções quanto à memória histórica e sua gestão pública na Espanha. As percepções dos docentes são relevantes por serem representativas de uma população culta, com formação histórica, mas principalmente por quanto exercem um papel fundamental na construção ou transmissão de memórias a partir do âmbito educacional. Os resultados mostram uma profunda divisão em torno da memória histórica e sua recuperação no contexto espanhol. Apesar do tempo transcorrido, os professores de História não duvidam em reconhecer no presente a fratura social da guerra civil e do franquismo, que conectam com ideologias e discursos políticos atuais. Essa situação, no âmbito educacional, implica o tratamento desses acontecimentos sob visões equidistantes e igualadoras para evitar o conflito e a interpretação problematizada em prol de uma visão superficial e pacificadora. Esses resultados nos permitem compreender como certas memórias coletivas de sociedades em conflito permanecem no tempo, e é a polarização do presente o que potencializa uma leitura mitificada do passado.

Palabras clave : Educação histórica; guerra civil; história contemporânea; justiça de transição; memórias sociais; professores de História.

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