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Revista de Estudios Sociales

versão impressa ISSN 0123-885X

Resumo

ARRIETA-FLOREZ, Rosaura; MARUN UPARELA, Katleen  e  TORRES-PACHECO, Silvana. Desafios e possibilidades da memória e da reconciliação: evidência empírica para a Colômbia. rev.estud.soc. [online]. 2023, n.83, pp.141-163.  Epub 12-Dez-2022. ISSN 0123-885X.  https://doi.org/10.7440/res83.2023.08.

A firma do Acordo de Paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo (FARC-EP) aprofundou o debate sobre a reconstrução da memória como direito das vítimas e caminho para avançar na reconciliação da sociedade colombiana. Neste artigo, são utilizados os dados do Barômetro da Reconciliação 2019 do Programa de Parcerias para a Reconciliação da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento e de ACDI/VOCA, para analisar os fatores individuais e contextuais que incidem na percepção individual sobre a reconstrução da memória como uma ferramenta que contribui para a reconciliação. É estimado um modelo probabilístico, cuja variável dependente é a predisposição à reconstrução da memória como preditor de reconciliação em função de um conjunto de fatores individuais e do contexto do conflito armado colombiano que capturam os efeitos das iniciativas comunitárias e das instituições e programas estatais surgidos no âmbito da justiça de transição. Pretende-se comprovar se as características dos indivíduos e sua forma de relacionar-se num contexto comunitário e municipal moldam a percepção sobre a contribuição da reconstrução da memória para a reconciliação. Os resultados mostram que ser mulher vítima do conflito armado, desenvolver empatia, morar em municípios com presença de Lugares de Memória e confiar nos processos de justiça de transição - como o esclarecimento da verdade - aumentam a predisposição individual a considerar que a reconstrução da memória contribui para a reconciliação. Em contrapartida, outras políticas e programas que surgiram após o Acordo, como morar em municípios com Programas de Desenvolvimento com Abordagem Territorial (PDET, em espanhol) e a presença de Casas de Verdade, operam em sentido contrário. Neste trabalho, são apresentados desafios para a justiça de transição ao identificar os fatores que condicionam as atitudes positivas quanto à reconstrução da memória em processos de reconciliação e é aberta a possibilidade de formular ações com maior aceitação cidadã.

Palavras-chave : Colômbia; justiça de transição; reconciliação; reconstrução de memória.

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