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Revista de Estudios Sociales

versão impressa ISSN 0123-885X

Resumo

DEERE, Carmen Diana  e  LEON, Magdalena. Identidade das mulheres casadas: o uso do “de” em seus sobrenomes na Colômbia. rev.estud.soc. [online]. 2023, n.84, pp.19-39.  Epub 27-Mar-2023. ISSN 0123-885X.  https://doi.org/10.7440/res84.2023.02.

É pouco conhecido que o uso do sobrenome do esposo antecedido pela preposição “de” pelas mulheres casadas foi uma das mudanças socioculturais que caracterizou o período republicano na Colômbia. Segundo dados primários, durante operíodo colonial, as mulheres mantinham o sobrenome de solteira após se casarem. Neste artigo, é apresentado um resumo histórico das normas e das práticas sociais relacionadas com o sobrenome das mulheres casadas e uma análise de seu significado quanto à sua identidade. Com fontes secundárias, é ilustrado como, no final do século 19 e início do 20, o uso do “de” foi generalizado paralelamente à construção ideológica da mulher casada como a “rainha do lar”. A mudança desse uso, em 1934, que passou de direito consuetudinário a obrigação legal, ocorreu sem comentários, embora tenha servido para reforçar a potestade marital justo depois de o governo liberal ter fortalecido os direitos de propriedade das mulheres casadas. Em 1970, o uso do “de” se tornou opcional e, para o final do século 20, sua prática estava desaparecendo. Com entrevistas a uma pequena amostra intencional de mulheres urbanas de classe média e alta, casadas antes e depois do decreto de 1970, neste artigo, é explorado como a prática social do uso do “de” foi mudando. Argumentamos que o uso e a transição ao não uso do “de” captam as mudanças históricas na identidade da mulher casada, passando de estar ancorada na domesticidade e na maternidade para ocupar o papel de companheira em relações de vida em que ela não pertence a ninguém, conforme as mudanças estruturais e socioeconômicas.

Palavras-chave : feminismo; história social; matrimônio; potestade marital; sobrenomes.

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