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Revista de Estudios Sociales

versão impressa ISSN 0123-885X

Resumo

GARZON VALLEJO, Iván. A paixão explosiva: conceitualização da ira política. rev.estud.soc. [online]. 2024, n.90, pp.85-100.  Epub 01-Out-2024. ISSN 0123-885X.  https://doi.org/10.7440/res90.2024.06.

Nos últimos anos, a ira se tornou categoria de análise de fenômenos políticos contemporâneos, como eleições democráticas, protestos, violência coletiva, movimentos sociais e crises de representação institucional, mas se tornou um tópico ou significante vazio entre comentaristas e jornalistas para descrevê-los. Na primeira parte, o artigo formula uma breve descrição filosófica da ira desde a Antiguidade greco-latina até a Revolução Francesa. Esse é o preâmbulo da segunda parte, que propõe uma conceitualização da ira política com base em três mudanças contemporâneas: primeira, em direção a uma concepção realista, que leva a corrente negacionista - caracterizada por perspectivas morais filosóficas e teológicas antigas e iluminadas - a perder sua relevância; segunda, em direção a uma dimensão coletiva e política que foi imposta a uma leitura pessoal ética ou religiosa; e terceira, em direção à sua legitimação ética e moral. Para que a ira política deixe de ser um significante vazio, como tem sido no debate público ocidental desde 2016, sua conceituação como emoção deve ser explicativa - identificando a motivação passional ou a resposta justa em inúmeros fenômenos políticos recentes -, política - reconhecendo a natureza latente do thymos em múltiplas expressões contemporâneas - e comparativa - em termos históricos, geográficos, nacionais e com emoções relacionadas, como o ódio e o ressentimento -, já que seus usos, abusos, expressões e representações são condicionados pelos contextos, pelos atores e pelas causas em que a ira é vivenciada como uma paixão potencialmente explosiva.

Palavras-chave : emoções políticas; história das emoções; ira; protestos; raiva; violência.

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