Resumo

VITE SIERRA, ARIEL; LOPEZ RODRIGUEZ, FLORENTE  e  NEGRETE CORTES, AGUSTÍN. SENSIBILIDADE MATERNA E ABUSO INFANTIL. Act.Colom.Psicol. [online]. 2010, vol.13, n.2, pp.11-18. ISSN 0123-9155.

O interesse deste estudo foi avaliar a construção de sensibilidade materna em um grupo de díades mãe-criança com história de abuso físico na infância frente a um grupo de mães não abusadoras. Os participantes foram 30 díades mãe-bebê: 15 com história de abuso físico e 15 sem histórico de abuso físico, que foram pareadas com relação à idade e ao sexo das crianças. As duplas foram observadas pelo Sistema de Captura de Dados Ocupacionais (SICD) em situação acadêmica (Vite, Garcia y Rose, 2006). Os resultados indicam que o comportamento das crianças abusadas foi mais aversivo do que as crianças controle, mas foram semelhantes nos comportamentos pró-sociais. Respeito ao comportamento materno, observou-se que as mães abusadoras mostram um comportamento aversivo e instrucional maior do que o comportamento das mães controle, ainda que suas frequências nos comportamentos neutral e pró-social foram semelhantes. Os dois grupos de mães aprovam em proporções baixas o comportamento pró-social de seus filhos. As mães abusadoras são menos sensíveis ao comportamento de seus filhos do que as mães não abusadoras. Estes resultados são uma tentativa de mostrar uma nova perspectiva sobre os intercâmbios sociais que levam as crianças e suas mães a episódios coercivos que terminam em abuso físico.

Palavras-chave : abuso físico infantil; inconsistência materna; interação social; metodologia observacional; sensibilidade materna.

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