Objetivos

Objetivou-se no presente estudo analisar os fatores associados à polimedicação, bem como, a utilização de medicamentos potencialmente inapropriados (MPI) em idosos diabéticos.

Metodologia

Foram avaliados 127 idosos com diagnóstico de diabetes mellitus tipo 2, sendo 41 do sexo masculino (idade = 69,9 ± 6,9 anos) e 86 do sexo feminino (idade = 71,1 ± 7,7 anos). Para avaliação das condições de saúde, uso de medicamentos, polimedicação e fatores associados, utilizou-se o questionário adaptado de Morais. Os medicamentos foram classificados de acordo com a Anatomical-Therapeutical-Chemical Classification System e para identificação dos MPI, adotou-se os critérios de Beers-Fick e PRISCUS. Para análise dos dados utilizou-se a estatística descritiva e os testes qui-quadrado de Pearson e Exato de Fisher.

Resultados

Na população estudada constatou-se que 100% utilizava medicamentos. O consumo médio foi de 5,8 fármacos por indivíduo, variando de 2 a 14, com uma prevalência de polifarmácia de 85%. Dentre os fatores estudados, apenas a aposentadoria apresentou uma associação estatisticamente significante (p<0,05) com a polimedicação. As patologias mais prevalentes foram: hipertensão arterial (92,8%), problemas cardíacos (70,8%), circulatórios (40,8%) e problemas osteoarticulares (44,5%). Dos fármacos utilizados pelos idosos, 12 deles foram considerados potencialmente inapropriados e 47,2% dos sujeitos estudados fazem uso destes medicamentos regularmente.

Conclusão

Desta forma, este estudo instiga novas formas de pensar a Assistência Farmacêutica, como uma prática vista sob a ótica integral e não pensada somente como compra e dispensação de medicamentos.