Resumo

GASCA-SALAS, Jorge. A negação da cidade pandémica. Habitar, virtualizar, resistir à coti-dianidade. Bitácora Urbano Territorial [online]. 2022, vol.32, n.2, pp.77-88.  Epub 06-Jul-2022. ISSN 0124-7913.  https://doi.org/10.15446/bitacora.v32n2.99835.

A pandemia causada pelo SARS-CoV-2 levou ao encerramento da cidade, sua negação. Sua dimensão global gerou fenômenos como o confinamento em massa, o distanciamento social, a negação-fechamento da cidade, a cidade como perigo, a mudança de escala do habitat coletivo para o habitat doméstico, a cessação parcial das atividades económicas condicionante da virtualização e da vida no seu conjunto. Além disso, transforma a casa em eixo do habitat da quotidianidade absoluta e da contemplação do mundo como imagem.

O objetivo deste artigo de investigação consiste em plasmar estes fenómenos que acompanham o estudo da cidade sob as condições de pandemia. Como recurso metodológico se estabelece a presença de elementos opostos em relação dinâmica a forma de pares dialéticos, tais como o sujeito coletivo e o sujeito individual e o citadino e o doméstico, o que dinamiza a escala do habitat. A análise dialética da crise sanitária resulta, entre outros, na adequação e reformulação do sujeito ao sistema econômico imperante, acelerado pela virtualização da vida cotidiana, subtraindo-o ao seu dominio. O resultado é o surgimento acelerado de um novo tipo de homem: o homo videns videns.

Palavras-chave : cidade; pandemia; vida quotidiana; habitat; virtual.

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