Introdução:

o consumo de álcool e de drogas em ambientes corporativos constitui um risco para o trabalhador e para terceiros, além de comprometer a produtividade. A Organização Internacional do Trabalho recomenda a avaliação médica prévia da saúde dos trabalhadores. O objetivo deste trabalho foi estimar a prevalência de consumo de maconha e cocaína em amostras de urina para candidatos a empregos de alto risco e analisar alguns fatores associados.

Métodos:

foram tomadas 2.197 amostras de urina para detectar o consumo de maconha e cocaína. A fonte foi secundária. O exame toxicológico foi realizado com a técnica de imuno-ensaio cromatográfico de fluxo lateral. Foram calculadas medidas de frequência absoluta e relativa, e foi aplicado o teste de Qui-Quadrado de Pearson para a análise de fatores associados.

Resultados:

a prevalência da maconha foi de 7,3 % e da cocaína de 3,6 %. Houve associação estatística entre o resultado positivo de maconha e sexo, idade, escolaridade e tipo de empresa. Para a cocaína, foi verificada associação com as mesmas variáveis, exceto em idade.

Conclusões:

o uso de testes de drogas em urina como exames médicos pré-ocupacionais é o primeiro passo para prevenir o consumo de drogas em ambientes de trabalho de alto risco. Há evidência acerca de que os candidatos a um trabalho que consomem drogas têm mais possibilidade de assumir riscos nesse contexto.

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