Introdução:

O objetivo deste artigo é explorar, a partir de uma perspectiva antropológica, as representações sociais que os médicos que tratam a COVID-19 em hospitais especializados na Cidade do México, têm sobre a relação entre seu desempenho profissional e a deterioração de sua saúde mental; bem como os recursos institucionais existentes para cuidar da saúde mental e as estratégias de busca de cuidado e autocuidado.

Materiais e métodos:

Para isso, foi realizada uma pesquisa qualitativa com entrevistas semiestruturadas com 35 médicos que tratam da COVID-19.

Resultados:

Do ponto de vista dos médicos, são documentadas e analisadas diversas causas socioculturais e estruturais do adoecimento mental relacionadas à sua atuação profissional, bem como suas representações sobre a inadequação e/ou ineficiência dos recursos institucionais, grupais ou individuais, disponíveis para atendê-los e algumas modalidades de busca de cuidado e autocuidado alopáticos e não biomédicos.

Conclusões:

São feitas recomendações para abordar institucionalmente as etiologias da doença relatadas pelos entrevistados de forma cultural e estruturalmente adequada no contexto da pandemia.

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