Introdução:

este artigo aborda a emergência do autismo na Colômbia e sua relação com o modelo biomédico e cognitivo-comportamental. Ao longo do texto, serão questionados os relatos psiquiátricos e psicológicos baseados no ideal de progresso, que exaltam os conhecimentos atuais sobre os transtornos autistas e não possuem uma posição crítica em relação aos tratamentos contemporâneos. Assim, a base teórico-metodológica deste documento é a proposta sócio-histórica de Michel Foucault, que problematiza as condições de possibilidades de saberes periciais, como a psicologia e a psiquiatria.

Desenvolvimento:

a partir de um panorama histórico do transtorno autista nos Estados Unidos, das décadas de 1940 a 2010, mostra-se como os modelos psiquiátricos e psicológicos norte-americanos da década de 1980 foram adotados pela Anthiros, instituição especializada no tratamento do autismo. Ao mesmo tempo, mostra-se como, desde meados da década de 1990, Anthiros tornou os transtornos autistas visíveis na imprensa e permitiu que alguns pais de sujeitos com essa condição internalizassem e reproduzissem explicações biomédicas e comportamentais, o que constituiu o surgimento de pais e mães especialistas no início do século XXI.

Conclusões:

os cuidadores especialistas não precisam de um profissional de saúde para reproduzir os postulados biomédicos e comportamentais, o que os torna os novos promotores da conscientização do espectro autista em nível nacional.

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