Introdução:

a empatia é um dos componentes da estrutura de humanização no atendimento ao paciente. Os médicos especialistas devem ter altos níveis de empatia.

Objetivo:

o objetivo deste artigo é descrever os níveis de empatia em médicos que trabalham em um hospital de alta complexidade e explorar se há diferenças entre as especialidades estudadas.

Materiais e métodos:

foi acessada uma amostra de conveniência de 237 médicos, representando 53,55% da população total (n = 443). A empatia foi medida usando a Escala de Empatia para Profissionais de Saúde. A análise fatorial confirmatoria e a análise multigrupo foram realizadas (para examinar a invariância do modelo entre os sexos) e a análise de confiabilidade (a de Cronbach, coeficiente de correlação intraclasse e w de McDonald).

Resultados:

a pediatria apresentou os níveis mais altos de empatia geral e nas dimensões "cuidado compassivo" e "estar no lugar do paciente", mas não na dimensão "tomada de perspectiva", em que os níveis foram semelhantes aos da anestesiologia, da medicina crítica e da terapia intensiva, e da ginecologia.

Conclusões:

os valores de empatia e os valores das subescalas "cuidado compassivo" e "estar no lugar do paciente" foram (em valores absolutos, mas não estatisticamente) mais altos na especialidade de pediatria. Na subescala "tomada de perspectiva", as especialidades de pediatria, anestesiologia, cirurgia e clínica tiveram pontuações quase iguais. São necessários mais estudos para explicar por que algumas especialidades têm valores de empatia mais altos do que outras.

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