Introdução:

A violência familiar e comunitária é um problema que afeta a população indígena Tikuna, os Magüta, da comunidade Arara (Amazônia, Colômbia). Tradicionalmente abordado a partir de sua própria visão de mundo e incompreendido da perspectiva ocidental. No entanto, um trabalho coordenado possibilitaria uma assistência mais efetiva. O objetivo foi propor uma estratégia intercultural em saúde mental que contribua para responder às necessidades de cuidado da violência familiar e comunitária.

Materiais e método:

Estudo etnográfico exploratório qualitativo. Incluiu técnicas de recolha de informação convencionais (observação participante, entrevistas semi-estruturadas, grupos focais, revisão documental e árvores de problemas, diários de campo) e não convencionais (encontros de reflexão com médicos tradicionais, conversas no terreno e workshops de música e reconhecimento emocional).

Resultados:

A estratégia intercultural em saúde mental para o atendimento à violência familiar e comunitária é composta por três eixos: reconhecimento do contexto, ações de intervenção pautadas no diálogo intercultural e proposta de promoção de ações comunitárias que favoreçam a saúde mental.

Conclusão:

Identifica-se a relevância de uma estratégia intercultural em saúde mental intercultural, pois foi possível reconhecer que as vivências de violência familiar e comunitária são fruto da desobediência aos mandatos originários estabelecidos a partir da história deste município; Por isso, propõe-se que o uso de rituais seja viabilizado para complementar o tratamento institucional desse problema, favorecendo a saúde mental individual e coletiva dessa comunidade.

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