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Tabula Rasa

versão impressa ISSN 1794-2489

Resumo

TRONCOSO, Ana María  e  FLORES TORRES, Mariela. As reLações sociais no Planalto norte de Chubut (1930-1970). Uma abordagem a partir da perspectiva pós-colonial. Tabula Rasa [online]. 2012, n.17, pp.131-149. ISSN 1794-2489.

Nosso proposito é trabalhar com determinados conceitos da crítica pós-colonial na tentativa de atingir alguma interpretação e explicação acerca das possíveis agências dos sujeitos destinatários do que temos chamado "projeto civilizador" do estado argentino no planalto central do norte da província de chubut, na Argentina. No período que propomos estudar (1930-1970), as famílias do planalto chubutense foram expostas a uma dinâmica importante no que diz respeito aos meios de vida (a terra, fundamentalmente) como consequência do desenvolvimento do mercado e da crescente presença do estado. Para este trabalho recorremos, principalmente, a relatos orais, além de documentos oficiais e biografias publicadas que indicam mudanças relevantes na constituição familiar, especialmente no tocante à conformação das parentelas e às características das relações familiares e comunitárias. A sucessão oral tem permitido construir histórias de famílias que tendem à reinterpretação produzida pela memória, com as negociações e reavaliações do acontecido e experimentado, expondo, por sua vez, a execução de racionalidades, estratégias versáteis e ressignificações em um contexto dinâmico, observável na trama intergeracional. os relatos permitem historicizar as comunidades, as parentelas, as famílias e os indivíduos, afastando-se do fascínio produzido pelas fontes oficiais e seus derivados de setores dominantes, ou que lhes servem, cuja inercia em um enfoque teleológico implica descartar os temas e problemas que parecem etapas inferiores e superadas, assunto que, por seu turno, exclui estas populações, contribuindo para sua estereotipação, gerando também um vazio de História. Essas vozes, legítimas e necessárias, relativizam a linearidade de um processo que supõe imposições sem contrapontos e obrigam a refletir sobre os posicionamentos e decisões de grupos subalternos e "outrificados" em torno dos quais gravitaram as políticas e os discursos "civilizatórios".

Palavras-chave : resistência; dominação; crítica pós-colonial; subalternidade; "projeto civilizador"; diversidade.

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