Resumen

GARCIA FERNANDEZ, Javier. Latifúndio, capitalismo e colonialidade interna estrutural (séculos XIII-XVII): estratégias teóricas para pensar historicamente o latifúndio andaluz. Tabula Rasa [online]. 2016, n.25, pp.283-313. ISSN 1794-2489.

A colonialidade do poder é uma qualidade estrutural da própria modernidade, não somente em sua expansão colonial mediante a erroneamente chamada «descoberta», mas mediante a erroneamente chamada «reconquista». Os processos de conquista por meio dos quais a Coroa de Castela ocupou os territórios de Al-Andalus e seus quatro reinos (Sevilha, Córdoba, Granada e Jaén), no período de 1212 a 1492, contribuíram para a conformação da Andaluzia contemporânea e da própria ideia da Espanha. A colonialidade interna estrutural tem sua maior expressão em Andaluzia no modo de exploração latifundiário que, por sua vez, abriu espaço para um modelo de primeiro capitalismo em que a terra distribuída por direito de conquista vira uma mercadoria que pode ser vendida e comprada, dando lugar ao primeiro mercado capitalista do moderno sistema/mundo colonial. Isto tudo evidencia a profunda e estreita relação entre modernidade, colonialidade interna estrutural, latifúndio e capitalismo na conformação do sistema/mundial moderno e colonial.

Palabras clave : Modernidade; 1492; Conquista de Al-Andalus; modo de exploração latifundiária; sistema-mundo moderno colonial; capitalismo histórico; colonialidade interna estrutural.

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