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Tabula Rasa
versão impressa ISSN 1794-2489
Resumo
SATIZABAL, PAULA e BATTERBURY, SIMON PJ. GEOGRAFIAS FLUIDAS: TERRITORIALIZAÇÃO MARINHA E O ESCALONAMENTO DE EPISTEMOLOGIAS AQUÁTICAS LOCAIS NO LITORAL PACÍFICO DA COLÔMBIA. Tabula Rasa [online]. 2019, n.31, pp.289-323. ISSN 1794-2489. https://doi.org/10.25058/20112742.n31.12.
O Pacífico colombiano foi imaginado vazio em termos sociais e cheio de recursos naturais e biodiversidade. Esses imaginários permitiram a criação de fronteiras de controle que historicamente privaram (despojaram) afrodescendentes e povos indígenas de seus territórios ancestrais. Este artigo analisa a territorialização nos oceanos, tomando como referência o Golfo do Tribugá. Mostra como as comunidades afrodescendentes e os atores não estatais são forçados a usar a linguagem dos recursos, em vez da linguagem das raízes socioculturais, para negociar os processos de territorialização marinha. Informadas por suas epistemologias aquáticas, as comunidades litorâneas reivindicam sua autoridade sobre o mar por meio da criação de uma área marinha protegida. Utilizam instrumentos do Estado para garantir o acesso e controle local, subvertendo o marco legal do mar como um bem público de acesso aberto. A área protegida representa um lugar de resistência que, ironicamente, submete as comunidades a tecnologias disciplinares de conservação.
Palavras-chave : afrodescendentes; Colômbia; conservação; geografias do mar; áreas marinhas protegidas; território.