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Tabula Rasa

versão impressa ISSN 1794-2489

Resumo

CADENA, MARISOL DE LA. Cosmopolítica indígena nos Andes: reflexões conceituais além da “política”. Tabula Rasa [online]. 2020, n.33, pp.273-311. ISSN 1794-2489.  https://doi.org/10.25058/20112742.n33.10.

Na América Latina, a política indígena tem sido marcada como "política étnica". Seu ativismo é interpretado como uma busca para fazer prevalecer os direitos culturais. No entanto, e se a “cultura” for insuficiente, até mesmo uma noção inadequada, para se pensar no desafio que a política indígena representa? Inspirado em eventos políticos recentes no Peru - e em menor escala no Equador e na Bolívia - onde o movimento popular indígena invocou entidades sensíveis (montanhas, água e solo, aquilo que chamamos de "natureza") na arena política pública, o argumento neste ensaio é triplo. Primeiro, a indigeneidade, como formação histórica, excede a noção de política “costumeira”, ou seja, um espaço habitado por seres humanos racionais que disputam o poder de representar outros ao Estado. Segundo, o atual surgimento político da indigeneidade - nos movimentos anti-mineração no Peru e no Equador, mas também em eventos comemorativos na Bolívia - desafia a separação entre natureza e cultura que sustenta a noção predominante de política e seu contrato social. Terceiro, além da “política étnica” dos movimentos indígenas atuais, propõem uma prática política diferente, plural não por sua representação por parte de corpos marcados por gênero, raça, etnia ou sexualidade (como o multiculturalismo o faria), mas por invocar não-humanos como atores na arena política.

Palavras-chave : natureza-cultura; política indígena; movimentos anti-mineração; cosmopolítica; pluriverso; Andes; América Latina.

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