Resumo

CABRA MARTINEZ, Cristhian Alberto; HINCAPIE GARAVINO, Sandra Milena; JIMENEZ MARTINEZ, Diana Isabel  e  TOBON RESTREPO, Mauricio. Estudo descritivo dos efeitos que exerce o cachorro como mascote no desenvolvimento da motricidade grossa de crianças sãos de cinco anos de idade. Rev. Lasallista Investig. [online]. 2011, vol.8, n.1, pp.82-89. ISSN 1794-4449.

Introdução. A motricidade grossa é um dos elementos constituintes do desenvolvimento integral dos meninos e meninas, a qual se vai estruturando desde o nascimento até chegar a sua consolidação entre os 12 e 15 anos; nela influem múltiplos fatores, como os genéticos, os sociais, os psicológicos e os ambientais. A este último grupo se vinculam as relações que tem a criança com outros seres vivos, dentro dos quais se destacam, para efeitos desta investigação, as mascotes e mais especificamente os cachorros. Objetivo. Descrever os efeitos que exerce o cachorro como mascote, no desenvolvimento da motricidade grossa de crianças sãos de cinco anos de idade que estão estudando em instituições educativas do município de Itagüí, comparado com aqueles que não a possuem. Materiais e Métodos. Para recopilar informação, utilizou-se uma enquete, também uma autorização de seus pais ou tutores para que os meninos pudessem ser parte dos grupos caso e de controle neste estudo. Para a valoração da motricidade dos meninos e as meninas, elegeu-se a baterista psicomotora de Vitor Dá Fonseca, a qual faz uma avaliação de 7 fatores psicomotores: tonicidade, equilíbrio, lateralidade, noção de corpo, estruturação espaço-temporário, praxia global e praxia fina. A baterista arroja uma valoração numérica da condição motriz dos pequenos, o que permite estabelecer se seu perfil é eupráxico, dispráxico, hiperpráxico ou apráxico. Resultados. 58 meninos e meninas conformaram a mostra, dos quais 29 (50%) têm cachorro em seu lar quem conformaram o grupo caso, e 29 (50%) não têm cachorro, e foram o grupo controle. Da observação das habilidades motrizes das crianças e dos dados obtidos ao aplicar a baterista psicomotora de Vitor Dá Fonseca se pôde estabelecer que os fatores que tiveram uma boa valoração foram lateralidade, noção de corpo e estruturação espaço-temporário para os meninos e meninas com cachorro (CEP), os quais atingiram, numa escala de pontuação de 1 a 4, uma média acima de 3. Por sua vez, os fatores tonicidade, equilíbrio, praxia global e praxia fina evidenciam dificuldade na execução das atividades; esta última obtém a qualificação mais baixa. Conclusão. A partir do encontrado na revisão da literatura, nas avaliações feitas aos meninos e meninas e na confrontação dos dados, pôde-se estabelecer que as crianças que em seu lar têm um cachorro como mascote mostram um desempenho relativamente melhor nas atividades relacionadas com lateralidade, noção de corpo e estruturação espaço-temporário, o qual, a sua vez, reverte em que seu perfil psicomotor alcance melhores resultados, tendo em conta que dita diferença não é muito significativa com relação às crianças que não têm um cachorro como mascote no seu lar.

Palavras-chave : desenvolvimento motriz; Motricidade grossa; Perfil psicomotor; Baterista psicomotora de Vitor Dá Fonseca; Mascote; Cachorro.

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