Objetivo/contexto:

Neste trabalho discutimos a importância de estudar coleções de museus à luz de teorias antropológicas, empregando a alegoria de escavar o museu como um lugar arqueológico, recuperando nova informação sobre objetos e também a respeito de novos contextos e montagens. Consideramos que esta prática de “escavar” nos acercará não só aos artefatos, mas também a uma arqueologia do passado contemporâneo que pode abrir novas formas de interagir com a cultura material e com nossa sociedade. Neste debate, são centrais as coleções e os arquivos que podem ser utilizados para difundir a história de diferentes disciplinas, como a antropologia e a arqueologia.

Metodologia:

Através de diversos museus universitários da Argentina discutimos a história e a formação das coleções na história da arqueologia, fazendo especial referência à coleção de von Hauenschild do Museo de Antropología (Facultad de Filosofía y Humanidades, Universidad Nacional de Córdoba). Esta coleção provem de Santiago del Estero, e tem sido estudada e analisada por nós em várias ocasiões.

Conclusões:

Argumentamos que as novas formas de interpretar as coleções, utilizando conhecimento etnográfico e indígena e trabalhando com as comunidades de origem, são capazes de criar novas relações com os objetos e pôr em destaque outras histórias de vida que podem ser incorporadas ao contexto de um museu, sempre cuidando de não reproduzir um paradigma colonial. Consideramos que as coleções “falam” sobre as pessoas que as escavaram, catalogaram, classificaram, estudaram e interpretaram uma vez no tempo.

Originalidade:

Para fechar, propomos uma agenda de pesquisa de coleções nos museus, mediante a “escavação” de material de arquivo e reexaminando artefatos arqueológicos.

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