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Antipoda. Revista de Antropología y Arqueología

versión impresa ISSN 1900-5407

Resumen

MANZANELLI, Macarena Del Pilar. Conflitos e estratégias de reivindicação territorial na comunidade diaguita Pueblo Tolombón, valle de Choromoro (noroeste argentino). Antipod. Rev. Antropol. Arqueol. [online]. 2022, n.46, 150.  Epub 03-Mar-2022. ISSN 1900-5407.  https://doi.org/10.7440/antipoda46.2022.06.

Neste artigo, analiso práticas de territorialização / práticas territorializadoras e de afirmação de sentidos de pertencimento da comunidade Pueblo Tolombón (valle de Choromoro, Tucumán, Argentina). A análise é feita num contexto de reconhecimento estatal da diferença étnica e, por sua vez, de aumento de conflitos na área durante os últimos cinco anos. Neste texto, indago pela criação de marcos territoriais, como a reforma com simbologia diaguita da fachada do Centro de Atenção Primária de Saúde na base Gonzalo e a exibição de objetos materiais ou materialidades pertencentes a antepassados diaguitas em escolas do território. Os questionamentos que levaram a esta análise foram: que motivos subjazem à realização desses marcos territoriais? Como foram constituídos? Que critérios os/as tolombones/as consideraram para selecionar determinados elementos? E quais espaços foram selecionados para visibilizá-los? A análise parte de abordagens interdisciplinares - como a antropologia, a geografia crítica e a arqueologia - que problematizam as noções de espacialidade, agenciamento de setores excluídos e patrimônio cultural. Para realizar este trabalho, empreguei o método etnográfico. O uso de técnicas de observação participante e entrevistas foi feito entre 2017 e 2019. Como conclusão desta análise, pode-se afirmar que os/as tolombones/as, mediante essas iniciativas, posicionaram-se como sujeitos políticos e de direito ao reafirmar seu sentido de pertencimento e ao administrar, de forma autodeterminada, sua cultura material. Além disso, com esses marcos, a comunidade deslegitimou imagens estigmatizantes, elaboradas pelos setores dominantes - estatal e terratenente -, que os defendem como relíquias do passado. O caso analisado contribui para os estudos que visibilizam os sentidos espirituais e comunitários entrelaçados em torno de práticas territoriais e usos de materialidades já não consideradas como objetos fossilizados nem mercantilizados. Essas práticas, por sua vez, constituem bases afetivas, políticas e sofredoras dos processos de reivindicações territoriais e contam com a potencialidade de exibir outras cartografias e temporalidades possíveis. São práticas que tornam explícitas as continuidades dinâmicas de passado-presente - sem excisões. Por último, este trabalho convida, por um lado, a questionar como essas práticas territorializadoras influenciam em processos de reemergência étnica e, por outro, a repensar lógicas de gestão etnogovernamental paternalistas e essencialistas.

Palabras clave : conflitos territoriais; cultura material; espacialidade; estudos interdisciplinares; Pueblo Tolombón; simbologia diaguita..

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