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Antipoda. Revista de Antropología y Arqueología

versión impresa ISSN 1900-5407

Resumen

DEL MONACO, Romina. “Ir devagar e com cautela porque são mudanças radicais”: narrativas de profissionais “psi” sobre intervenções corporais por razões de identidade de gênero em Buenos Aires, Argentina. Antipod. Rev. Antropol. Arqueol. [online]. 2023, n.53, pp.3-28.  Epub 14-Sep-2023. ISSN 1900-5407.  https://doi.org/10.7440/antipoda53.2023.01.

O objetivo deste artigo é analisar, nas narrativas de profissionais “psi” (psicólogos/as e psiquiatras), as maneiras pelas quais as questões relacionadas a gênero e sexualidade são abordadas. Esta pesquisa qualitativa começou em 2020, e foram realizadas 30 entrevistas em profundidade com psicólogos/as e psiquiatras que trabalham em Buenos Aires. A abordagem para estudar os dados foi a análise narrativas. Especificamente, este artigo se concentra na análise das narrativas sobre intervenções corporais por motivos de identidade de gênero realizadas pela população LGTBIQ+. As características do contexto argentino com relação às transformações em termos de direitos adquiridos pelos ativismos de dissidência sexual na última década dão relevância ao artigo e representam uma contribuição original dos estudos socioantropológicos da saúde. Especificamente, a Lei de Identidade de Gênero promulgada em 2012 regulamenta a mudança de nome, o acesso ao registro e o acesso a intervenções (cirúrgicas e hormonais) sem a necessidade de passar por consultas psiquiátricas/psicológicas. Esse aspecto gera debates dentro do conhecimento especializado em que as noções patologizantes são problematizadas e, ao mesmo tempo, estabelece a discussão sobre certos esquemas corporais mais ou menos reconhecidos/aceitos. Embora a análise mostre um número crescente de espaços que trabalham a partir de uma perspectiva de gênero, em outros casos, ainda há concepções que são permeadas por uma lógica heteronormativa e cissexista, na qual são colocadas em jogo concepções de corporeidade que reproduzem, com base na noção de sexo como algo biológico, o binarismo feminino/masculino. Dessa forma, certas práticas e intervenções corporais estão no nível do esperado, enquanto outras, como quando o gênero autopercebido não corresponde àquele atribuído no nascimento, dão origem a histórias associadas à importância de “ir devagar”, referindo-se ao seu caráter “radical” e à “impossibilidade de voltar atrás”.

Palabras clave : conhecimento “psi”; gêneros e sexualidades; intervenções corporais; narrativas; população LGTBIQ+.

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