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Antipoda. Revista de Antropología y Arqueología

versión impresa ISSN 1900-5407

Resumen

VILLALTA, Carla  y  GESTEIRA, Soledad. Um arquivo para repensar diferentes formas de violência: maternidades fora de lugar, interrompidas e silenciadas na Argentina. Antipod. Rev. Antropol. Arqueol. [online]. 2024, n.54, pp.114-134.  Epub 20-Feb-2024. ISSN 1900-5407.  https://doi.org/10.7440/antipoda54.2024.05.

Desde o final da década de 1990, os arquivos têm recebido atenção renovada e têm sido problematizados a partir de diferentes perspectivas disciplinares. Longe de serem meramente um artefato de poder e de estarem a serviço dos Estados ou dos Estados coloniais (Stoler 2010), os arquivos também têm servido para demonstrar e contestar várias formas de violência e, assim, iluminar diferentes violações caracterizadas por sua opacidade. Eles também são reservatórios de memória social e portadores de alto valor afetivo e emocional. O objetivo deste trabalho é analisar o potencial de um arquivo único que propomos criar, com base em pesquisa etnográfica colaborativa, para coletar os testemunhos de mulheres que atualmente relatam ter sido separadas de seus/suas filhos/as no nascimento sem o consentimento delas. O objetivo desse arquivo será salvaguardar e aumentar o valor desses relatos, que por muito tempo foram silenciados e que não só dão conta de diferentes práticas violentas exercidas em geral sobre mulheres muito jovens que foram forçadas a entregar seus/suas filhos/as para adoção ou que foram diretamente privadas deles, mas também dos preconceitos e dos estigmas que mais tarde pesaram sobre elas. Neste artigo, examinaremos o potencial da construção desse reservatório documental e alguns dos desafios envolvidos nessa tarefa. Para isso, primeiramente analisamos as narrativas das mulheres que já entrevistamos como parte de nossa pesquisa, que se concentra no período de 2012 a 2022 na Argentina, a fim de levar em conta as características particulares de suas histórias e reivindicações. São entrevistas semidirigidas e em profundidade que realizamos como parte de uma pesquisa etnográfica que nos permitiu entender e analisar as práticas das quais essas mulheres foram vítimas e os significados que elas lhes atribuem. Em segundo lugar, apresentamos uma revisão de algumas das contribuições mais importantes que diferentes autores fizeram sobre “arquivos alternativos” ou “arquivos comunitários”. Argumentamos que a constituição de um arquivo com vozes que foram silenciadas pode ser um instrumento para esclarecer diferentes violações e contribuir para o conhecimento de diferentes maneiras de gerenciar “maternidades fora de lugar” (Fonseca 2012), além de ser uma ferramenta para contestar diferentes formas de violência, bem como um mecanismo de reparação.

Palabras clave : arquivo; identidade; maternidade; roubo de crianças; violência..

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