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Investigación y Educación en Enfermería

Print version ISSN 0120-5307

Invest. educ. enferm vol.33 no.2 Medellín May/Aug. 2015

https://doi.org/10.17533/udea.iee.v33n2a13 

ARTÍCULO ORIGINAL / ORIGINAL ARTICLE / ARTIGO ORIGINAL

 

DOI: 10.17533/udea.iee.v33n2a13

 

 

A vivência dos alunos de enfermagem frente a morte e o morrer

 

The experience of nursing students facing death and dying

 

La experiencia de los estudiantes de enfermería frente a la muerte y el morir

 

Aline Viana Sampaio1; Isabel Comassetto2; Ana Cristina Mancussi e Faro3; Regina Maria Dos Santos4; Fernanda Silva Monteiro5

 

1Enfermeira, Residente em saúde da mulher, Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas -; UNCISAL-, Brasil. email: linevianas@hotmail.com.

2Enfermeira, Doutora. Universidade Federal de Alagoas -; UFAL-, Brasil. email: icomassetto@usp.br.

3Enfermeira, Doutora. Universidade de São Paulo -; USP-, Brasil. email: rafacris@usp.br.

4Enfermeira. Doutora, UFAL, Brasil. email: relpesantos@gmail.com.

5Enfermeira, Mestre. UFAL, Brasil. email: fercell@ig.com.br.

 

Fecha de Recibido: Marzo 11, 2014. Fecha de Aprobado: Abril 15, 2015.

 

Artículo vinculado a investigación: A vivência dos alunos de enfermagem frente a morte e o morrer.

Subvenciones: Ninguna.

Conflicto de intereses: Ninguno.

Cómo citar este artículo: Sampaio AV, Comassetto I, Faro ACME, Santos RM, Monteiro FS. The experience of nursing students facing death and dying. Invest Educ Enferm. 2015; 33(2): 305-314.

DOI: 10.17533/udea.iee.v33n2a13

 


RESUMO

Objetivo. Compreender o fenômeno vivenciado pelos alunos de enfermagem em suas práticas acadêmicas frente a morte e o morrer. Metodologia. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, embasada na fenomenologia existencial de Martin Heidegger, realizada numa Universidade pública de Alagoas, Brasil, entre os meses de agosto e outubro de 2013, foram entrevistados sete alunos do último ano do curso de enfermagem. Resultados. Da análise fenomenológica, emergiram as seguintes temáticas existenciais: Enfrentando a morte e o processo de morrer nas práticas acadêmicas; Reconhecendo a impotência diante da morte; Vislumbrando a possibilidade da solicitude; Convivendo com a família diante da perda; Vivenciando a espiritualidade diante do morrer. Conclusão.Deduz-se que durante as práticas acadêmicas a temática que envolve a morte e o morrer tem sido trabalhado de forma deficiente, não atendendo com precisão todas as demandas dos alunos de enfermagem durante a assistência no processo de morrer.

Palavras chave: alunos de enfermagem; morte; atitude frente a morte.


ABSTRACT

Objective. To understand the phenomenon experienced by nursing students in their academic practices in view of death and dying. Method. This was a qualitative study, based on Martin Heidegger's existential phenomenology, undertaken at a public University in Alagoas, Brazil, between August and October 2013. Seven senior students of nursing were interviewed. Results. The phenomenological analysis yielded the following existential themes: Facing death and dying in academic practice; Acknowledging impotence in the face of death; Glimpsing the possibility of solicitude; Interacting with the family in view of the loss; Experiencing spirituality in the face of dying. Conclusion. It is deduced that, during the academic education, the theme involving death and dying has been addressed insufficiently, without precisely attending to all the demands of the nursing students during care in the dying process.

Key words: students; nursing; death; attitude towards death.


RESUMEN

Objetivo. Comprender el fenómeno experimentado por los estudiantes de enfermería en sus prácticas académicas hacia la muerte y el morir. Metodología. Se realizó un estudio cualitativo, basado en la fenomenología existencial de Martin Heidegger, en una Universidad pública en Alagoas, Brasil, entre agosto y octubre de 2013. Se entrevistaron 7 estudiantes del último año de enfermería. Resultados. El análisis fenomenológico arrojó los siguientes temas existenciales: Frente a la muerte y el morir en la práctica académica, reconociendo la impotencia en el rostro de la muerte, vislumbrando la posibilidad de la solicitud, la interacción con la familia por la pérdida, y experimentar la espiritualidad antes de morir. Conclusión. De lo anterior se desprende que, durante las prácticas académicas, el tema que involucra la muerte y el morir se ha estado trabajado en forma inadecuada, pues no cumple con precisión todas las demandas de los estudiantes de enfermería durante la atención en el proceso de morir.

Palabras clave: estudiantes de enfermería; muerte; actitud frente a la muerte.


 

 

INTRODUÇÃO

Com o advento de pesquisas na área médica, já se sabe que o conceito de morte biológica definida como a interrupção dos batimentos cardíacos e respiratórios é um conceito ultrapassado. Sendo assim, o critério analisado atualmente para a definição da morte é a função cerebral, pois com os avanços tecnológicos, se tornou possível manter as funções cardíacas e respiratórias através de aparelhos, enquanto nada pode ser feito para manter as funções cerebrais responsivas.1-3 A morte não consiste em apenas um momento final da existência humana, ela é antecedida por diversas formas de perdasque fazem parte do próprio desenvolvimento humano, sendo considerada por muitos autores como uma das poucas certezas da vida que advém de um fenômeno progressivo que se inicia no momento da concepção. 1-3

Portanto, a morte não é puramente um acontecimento biológico, mas um processo construído social e culturalmente. Os conceitos de morte vêm se modificando com o passar do tempo, a mesma já foi vista como processo natural, como algo que poderia ser domado pelo homem, como selvagem, como causa de temor, romântico e também como sinônimo de eternidade e a partir do século XX começou a ser vista como algo que deveria passar simplesmente despercebido, deixando de lado o luto e os rituais de despedida que aconteciam primariamente no ambiente domiciliar e é transferida para o ambiente hospitalar.3-5 Por conseguinte, na sociedade ocidental a morte deixou de fazer parte da convivência entre as pessoas e passou a ser escondida e negada, consequentemente a troca de experiências entre as pessoas sobre o processo de morrer foi dissipada, propiciando o ocultamento do sofrimento proveniente da perda, pois a morte se tornou algo inconveniente e proibido.3,5

Apesar dos sentimentos relacionados ao processo de morrer serem encobertos, os pacientes em situações de risco de morte iminente vivenciam momentos difíceis e necessitam que os profissionais de saúde os compreendam e ofereçam apoio no estágio de final de vida.6 Autores afirmam que os profissionais de saúde estão preparados para "salvar vidas", porém, estão não foram preparados para lidar com a iminência da morte, pois esta desafia a onipotência humana e profissional, sendo, portanto, um dos fatores estressantes associados à prática do profissional de saúde.2,3,5,6 No processo formador do enfermeiro, discute-se a integralidade, o acolhimento do paciente e do seu familiar, assim como diversos outros aspectos referentes à assistência de enfermagem. Porém, a morte ocasiona sentimentos conflitantes que induzem o enfermeiro ao refúgio, possivelmente pela fragilidade na formação para a compreensão da finitude humana.7

Torna-se visível a necessidade da temática da morte, por ser extremamente complexa vir a ser relevante na construção do conhecimento, possibilitando transformações no ensino e contribuindo para a formação do enfermeiro, uma vez que a morte é um acontecimento que faz parte do processo de trabalho em saúde. Dessa forma, este estudo justifica-se pelo fato de que as pesquisas existentes relacionadas ao objeto em investigação não esclarecem o fenômeno vivido pelo aluno de graduação em enfermagem diante da morte e o morrer em seu cenário de prática acadêmica. Por não ser um tema simples de falar e por estar ligada a sentimentos de medo, angústia, ansiedade, inquietação, perda, tristeza, impotência, acreditamos que a academia como instituição formadora deve se preocupar em formar profissionais críticos, reflexivos e humanistas que estejam preparados para lidar com as questões que envolvem a finitude humana, propondo reflexões sobre a vida, o cuidar e a terminalidade. Assim sendo, o presente estudo tem como objetivo compreender o fenômeno vivenciado pelos alunos de enfermagem em suas práticas acadêmicas frente a morte e o morrer.

 

METODOLOGIA

Devido à natureza das inquietações deste estudo, optou-se pela pesquisa qualitativa do tipo descritiva, com abordagem fenomenológica, pois permite plena compreensão da experiência vivida pelo aluno de enfermagem que vivenciou a morte e o morrer em suas práticas acadêmicas. Teve como suporte teórico filosófico a fenomenologia existencial heideggeriana, que permitiu compreender a vivência dos alunos, sem teorias ou preconceitos, mas como a experiência vivida se mostrou em sua essência.8

O estudo foi realizado na Universidade Federal de Alagoas (UFAL), em Maceió, Alagoas, Brasil. A experiência do aluno de enfermagem em suas práticas acadêmicas referentes à vivência da morte e o de morrer constituiu a região de inquérito deste. O período da realização das entrevistas foi de agosto a outubro de 2013, sete alunos do último ano do curso de graduação em enfermagem que vivenciaram a morte e o morrer em suas práticas acadêmicas foram convidados e aceitaram participar. Após ter sido autorizado pela direção da Escola de Enfermagem foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFAL, de acordo com os princípios éticos e legais vigentes na Resolução nº 466/12 sendo aprovado com Parecer nº 13083813.6.0000.5013.

Foi realizada a aproximação dos sujeitos, explanação dos objetivos da pesquisa, garantido o anonimato e a possibilidade de recusa, bem como o caráter científico do estudo. Após apresentação e orientação para a assinatura do TCLE iniciou-se a entrevista, norteada pela seguinte questão: Conte-me como foi pra você vivenciar a morte e o morrer durante suas atividades acadêmicas? As entrevistas foram gravadas, a fim de documentá-las e descrevê-las na íntegra. Com a intenção de manter o anonimato, os alunos foram identificados pela letra E, seguida do número de ordem cronológica das entrevistas.

Primeiramente foram realizadas leituras de cada um dos discursos, de forma atentiva com base nos sentidos mostrados pelos próprios alunos e pelos elementos factuais do mundo onde estavam inseridos. Uma vez apreendido o sentido de cada descrição, voltou-se para os discursos de forma individual, agora já procurando obter as unidades de significado, focalizando as experiências vivenciadas pelos alunos. Em seguida, foram selecionadas fenomenologicamente as unidades de significado mais relevantes e realizada uma categorização prévia para a elucidação do fenômeno. Na última etapa as unidades de significados foram agrupadas e relacionadas entre si, construindo as categorias temáticas analisadas neste estudo.9

 

RESULTADOS

Na busca por alcançar o objetivo proposto neste estudo, as unidades de significado dos discursos desvelaram a estrutura do fenômeno interrogado, sendo agrupadas em cinco categorias temáticas: Enfrentando a morte e o processo de morrer nas práticas acadêmicas; Reconhecendo a impotência diante da morte; Vislumbrando a possibilidade da solicitude; Convivendo com a família diante da perda; Vivenciando a espiritualidade diante do morrer. Sendo assim, a primeira categoria que emerge do estudo refere-se à experiência do ser aluno de enfermagem diante da morte em suas atividades acadêmicas.

Enfrentando a morte e o processo de morrer nas práticas acadêmicas

Na análise dos discursos foi desvelado que o aluno ao perceber-se como um Ser-no-mundo da prática acadêmica, que é lançado para enfrentar a morte e o morrer nas suas atividades diárias, descobre-se como um Ser-aí despreparado para confrontar-se com a morte e todo o contexto por ela envolto. A lacuna existente na formação acadêmica acerca da temática da morte é notória e proporciona insegurança em presença das experiências que vivenciam diante da finitude. Este fato passa a ser evidente e intenso nas suas experiências cotidianas não planejadas, de forma única e própria que irão proporcionar o preparo para o enfrentamento da finitude: [...] eu não me sinto preparada para esse momento, eu sinto que o cotidiano, a vida, as situações que vão acontecendo no dia-a-dia é que estão me preparando, porque a faculdade não prepara para encarar a morte (E1); [...] Na faculdade não é trabalhado diretamente, como lidar com a morte [...], mas a humanização que o curso trabalha querendo ou não, ajuda, pode ser trabalhado melhor isso, porque no segundo ano a gente se depara com o preparo do corpo e com a morte, imaturos ainda. O que ajuda são as nossas experiências, as nossas vivências (E2).

Nesta circunstância o aluno é lançado no mundo diante da facticidade da condição da terminalidade, independentemente da sua escolha. E a morte que parecia uma possibilidade distante no mundo responsável pelo seu preparo profissional, torna-se concreta na sua mundaneidade: Apesar de compreender que a morte é uma certeza na vida de todo mundo, realmente, não é fácil lidar com ela (E1); [...] não foi fácil estar vivenciando isso, primeiro porque antes de ser profissional, como pessoa, o vivenciar a morte é difícil para mim, mesmo que seja a morte na televisão ou então de parentes e amigos, é difícil aceitar e refletir o porquê da morte (E2).

Assim, o enfrentar a morte e o processo de morrer se apresenta como uma experiência única para o aluno que vai muito além de conhecimentos técnicos e científicos, ou da própria formação acadêmica, mas abrange os valores culturais e sua história de vida, que serão responsáveis pelo enfrentamento da facticidade da finitude: [...] esta é uma experiência, que vai ser diferente para cada aluno durante o curso, acho que vai envolver muito criação, que vai envolver também até o aspecto emocional e a crença que a pessoa tem em alguma religião (E1). Porém, independente dos aspectos culturais foi desvelado que diante da conscientização da presença da morte nas suas práticas acadêmicas o aluno adquire um sentimento de temor, limitação e impotência diante da luta pela vida. A angústia possibilita ao aluno compreender a incerteza da existência humana: [...] senti tristeza e angústia, a gente se comove, eu tinha observado o prontuário dele e vi que era um homem saudável e agora assim. É a fragilidade da vida diante da morte (E2); [...] é horrível você ver uma pessoa indo embora, faz a gente repensar em muitas coisas, mas é um momento que a pessoa fica meio triste, eu mesmo sou meio frio, mas fiquei triste o dia todinho, para mim foi isso (E6).

A possibilidade de vivenciar a morte e o morrer proporciona ao aluno sair da inautenticidade e ir de encontro com si próprio, tornando-o consciente da individualidade da sua existência e incentivando a uma prática acadêmica mais coerente: [...] os momentos que passamos me fez pensar sobre a importância e como nós, como profissionais, somos limitados quando vivenciamos a morte, como seres humanos percebemos que devemos sempre atuar e aproveitar para dar momentos de conforto e atenção para aquele que esta precisando na hora da partida (E7); [...] eu fiquei triste inicialmente, lamentei pelo fato que a gente tentou reverter o quadro e mesmo assim não conseguiu e ao mesmo tempo eu acabei me conformando e entendendo a situação[...]triste, pelo fato da gente perder a paciente[...] mas tive que me conformar e entender que mesmo eu fazendo algo para tentar salvá-la infelizmente não foi possível, só se lamentar e se conformar com a situação (E4). Ao vivenciar a facticidade da terminalidade o aluno reconhece seus limites, conforme será desvelado na próxima categoria.

Reconhecendo a impotência diante da morte

Quando a morte se faz presente promove nos alunos um confronto com a nova possibilidade, representando a perspectiva extrema do Ser-aí que se revela como uma expectativa inevitável e insuperável: [...] tenho um sentimento de impotência, porque você faz aquilo pelo paciente, mas às vezes aquilo não é suficiente e realmente ele acaba morrendo (E3); Eu fico preocupada, a pessoa fica assim pensando o que podia ter sido feito mais para ele não falecer (E5); [...] o sentimento da morte é um sentimento de perda, sentimento às vezes de ter deixado de fazer algo por aquela pessoa (E7); [...] com o paciente a gente se sente um pouco frágil, assim como se a gente falhasse como profissional, porque assim, a gente tá o tempo todo com o paciente cuidando dele e fazendo com que ele melhore, nosso objetivo nunca é a morte dele, sempre a melhora, e quando a gente se depara com a morte é como se a nossa assistência falhasse (E2).

A vivência da perda diante da presença da morte provoca uma reflexão nos alunos, que possibilita a percepção de que não possuem a capacidade de dominá-la, consequentemente percebem-se como um ser-no-mundo com limitações, fadados ao fracasso na luta contra a morte. Ao reconhecer a possiblidade da morte do paciente surgem sentimentos de fragilidade e o reconhecimento da impotência, quando percebem que o paciente não apresenta melhora e é lançado na morte, enquanto um ser-para-a-morte. Na concepção heideggeriana cada um morre e este fato é inevitável, simplesmente imposto, independente do que se possa fazer a morte acontece. Ao vivenciar a terminalidade do ser humano sob seus cuidados o aluno pode perceber sua experiência como um momento de fracasso, de perda da oportunidade de proporcionar a possibilidade da vida e o desfecho morte não é aceito com naturalidade, porém oferecem um cuidado autentico durante o processo da partida, conforme discutido na próxima categoria.

Vislumbrando a possibilidade da solicitude

Apesar do sentimento de perda, a expressão de satisfação surge no momento em que o aluno superou suas próprias expectativas e realizou a assistência de enfermagem com êxito. O sentimento de "poder fazer algo" é evidenciado quando a assistência ocorre como planejado, esta possibilidade que o pensamento heideggeriano denomina de cuidado autêntico: Eu sai muito satisfeita no dia [...] eu consegui realmente me superar, quanto as minhas atitudes frente à situação de morte e prestei todos os cuidados. (E4).

Apreende-se que diante da morte é perceptível um sentimento de satisfação, quando acontece a superação dos temores que acompanham a terminalidade, uma barreira é rompida e o aluno progride em direção a conquista de uma assistência integral. Diante desta experiência acontece o desabrochar da possibilidade de promoção do acolhimento, ao estar-com o ser-para-a-morte, assim, vislumbram um amplo campo de atuação para o enfermeiro junto ao paciente em processo de morrer e dos seus familiares.

Nos seus discursos os alunos relataram que o lado humano nunca deve dissociar-se do lado profissional e, que a busca por proporcionar momentos de conforto ao paciente que padece diante da morte, acaba trazendo uma carga emocional para o profissional, nem sempre de tristeza ou sofrimento, mas também de satisfação: Como profissional naquele momento para mim eu não fiquei me sentindo mal, porque eu pude prestar todos os cuidados que eu podia para ele, [...] para mim eu não consigo separar muito o lado profissional do ser humano [...] mas quando a gente faz o trabalho que tem que ser feito a gente fica feliz, não pelo fim, mas porque pode dá um fim digno porque é o que todo mundo no mínimo quer (E6). Ao adquirirem um modo de ser autêntico, os alunos passaram a vislumbrar a valorização da solicitude em todo o contexto nas práticas acadêmicas no campo da enfermagem, buscando sempre atuar de forma a aliviar o sofrimento do outro: [...] o fato da morte [...] fez com que eu pensasse em aproveitar todos os momentos [...] dar toda a atenção e prestar toda a assistência com amor, principalmente pelo próximo e pondo em prática todos os conhecimentos com o objetivo de aliviar a dor, o sofrimento e também dar atenção àqueles que precisam (E7).

O cuidado autêntico adquire destaque e torna-se como algo inerente a assistência de enfermagem no momento da morte, sendo primordial considerar o outro como um ser que merece respeito e atenção: A condição de ser-para-a-morte é um tanto complexa de ser aceita e vivenciada, despertando sofrimento diante da perda e proporcionando uma reflexão para o enfrentamento da morte nas dimensões racionais e emocionais, na busca por entender seus significados. O vivenciar a morte do paciente sob seus cuidados suscita sentimentos de perda, tristeza e angústia, as dificuldades em lidar com a família também aparecem nas situações de finitude, conforme se observa na próxima categoria.

Convivendo com a família diante da perda

No desvelar do fenômeno vivido pelos alunos, as dificuldades enfrentadas no convívio com a família do paciente no processo de morrer foram fortemente manifestadas. As expressões dos familiares diante do processo de morrer do seu paciente emergiram na vivência do aluno como um fator causador de desconforto e apreensão: [...] juntou a família, já tava perto do horário de visitas e aquela comoção da família mexeu bastante comigo de forma que eu não pude atender no momento, eu deixei a família ali, a gente colocou um biombo e a família ficou ali, e eu também fui me acalmar, respirar fundo, entrar nos eixos pra poder continuar a assistência do corpo novamente (E1); Bem, quando eu vi pela primeira vez que o paciente estava entrando em óbito eu fiquei assustada. E pensei primeiro na família, de como lidar com a família, foi o que mais me deixou apreensiva, porque pelo paciente já tínhamos feito tudo [...] (E5).

O despreparo para lidar com a situação de morte aliado a inexperiência da assistência ao familiar que vivência a perda foram causadores de angústia e aflição, por temerem em não possuir o preparo para desenvolver satisfatoriamente o seu papel na assistência junto ao familiar que esta vivenciando a perda: [...] lidar com família, no cotidiano a gente já lida com família, agora assim na morte é mais difícil, tem que ter realmente o preparo (E3). Possuem a consciência de que o enfermeiro tem o dever de assistir ao paciente em toda a sua integralidade, seja na vida ou na morte e nesse preceito inclui-se a assistência a sua família, esta foi apontada como parte fundamental da assistência de enfermagem: Teve familiar que ficou até o último momento com o paciente, a gente estava ali cuidando do paciente e notava que ela estava cansada, mas estava lá, então, a partir do momento que a paciente faleceu nós sabíamos que agora era a família quem precisava dos nossos cuidados (E1); Mas ao mesmo tempo temos que dar o suporte à família, nem todos os profissionais fazem isso, temos que buscar o lado humano do profissional desde a formação acadêmica (E2).

O aluno considera o cuidado aos familiares do paciente em processo de morrer como parte integrante da assistência de enfermagem e esta oportunidade abre um leque de possibilidades exitosas no que se refere ao enfrentamento da morte. Reconhecem que ao promover uma assistência individualizada, integral e digna ao paciente e seus familiares as reações diante do morrer serão mais brandas. Assim sendo, o enfermeiro deve em suas ações sempre respeitar o outro na sua singularidade, nesta experiência os alunos apreendem a espiritualidade na ação do cuidar, conforme desvelado na próxima categoria a ser apresentada.

Vivenciando a espiritualidade diante do morrer

Vivenciar a morte sob uma perspectiva religiosa acaba por torná-la mais aceitável, pois as explicações espirituais denotam que mesmo após a morte, as formas de vida ainda continuam, ou seja, o fim do corpo físico não significa o fim da vida, pois o viver vai além da matéria concreta, nele esta implícito o espírito e a alma. A crença na existência do espírito despontou como um ponto de conforto após a morte do paciente ter acontecido: Por acreditar que o mais importante do ser humano é o espírito, ao vê-la já morta, por incrível que pareça, foi mais fácil, foi mais fácil de encarar [...] (E1). O enfrentamento da morte, do luto e da perda, se torna mais fácil quando se acredita em Deus. A fé e a crença na espiritualidade são pontos de suporte para o aluno em sua vivência da morte: Para mim o mais difícil é você suportar, assim você vai sentir a falta daquela pessoa independente de ser familiar ou não, uma pessoa quando morre alguém vai sentir falta dela, mas se você tem crença em Deus, eu acho que isso fará toda a diferença (E5); [...] a questão de lidar com a morte mesmo, o luto, a perda, é espiritual! (E5).

Outro fenômeno importante que surgiu nos discursos dos alunos foi o de que a morte é considerada como perda das funções do corpo, mas não da espiritualidade. Tal crença evidencia a esperança de familiares, amigos e dos próprios profissionais: [...] A morte? Fica a mudança de estágio, [...], porque é uma incógnita, porque a gente não sabe o que é que vem no pós-morte, eu acredito na vida espiritual (E7). Diante da subjetividade dos significados da morte, compreendê-la em uma dimensão espiritual possibilitou uma melhor aceitação dos alunos, entendendo-a como um início de uma nova vida, sendo, portanto, considerada como algo positivo.

 

DISCUSSÃO

A dinâmica hospitalar de luta incessante pela vida não abre espaços para questionar, conversar e pensar na morte, além disso, os aspectos psicossociais da morte não estão incluídos na matriz curricular dos cursos de Enfermagem e, quando abordados, ocorrem de maneira superficial e assistemática.4,10,11 O morrer é um fenômeno que deve ser compreendido existencialmente num sentido privilegiado e para isso necessita ser analisado e delimitado mais de perto.8 O enfoque na formação dos profissionais de saúde, acerca do tema morte, deve ser buscado, a fim de traduzir-se em novos conhecimentos e habilidades e fortalecer o compromisso social desses profissionais com práticas de uma clínica ampliada, não restritas à obstinação da cura.12

Entende-se, porém, que a morte na situação da aprendizagem é matriz geradora de conflitos, mas, por outro lado, ela pode fornecer condições que propiciem uma formação mais humanizada do aluno. Para tornar inteligível a morte nesse contexto é preciso entender o significado que ela tem para as pessoas que a vivenciam.13 Muitas vezes os sentimentos de frustração, impotência e culpa decorrem da falta de preparo e inadequação do pessoal diante de situações que envolvem o morrer.14 O aluno apresenta desconforto quando se defronta com a morte no seu cotidiano, pois esta experiência remete-o a sua própria finitude, aflorando sentimentos de impotência que despertam sentimentos que predispõe a avaliação da assistência prestada.15 Ainda que a morte faça parte do desenvolvimento humano, a proximidade com o processo de morrer suscita nas pessoas questões que abarcam as suas vivências e refletem a angústia existencial, permeada por sentimentos nem sempre claros e conscientes.4Como o enfermeiro é o profissional que se mantém sempre presente ao lado do paciente, o envolvimento afetivo pode ser desencadeado. Com a morte, o vínculo é interrompido acarretando sofrimento e sentimento de perda. Dessa forma, a perda é encarada como uma provação pelo qual os alunos são obrigados a passar.16-19

A morte se revela como perda, uma perda sentida pelos entes que ficam, mas uma perda física, pois a morte existencial somente pode ser sofrida por quem morre. Nesse mesmo sentido, Heidegger afirma que a perda é sofrida por aqueles que ficam, não se conhece a perda dos que vão.8 Aliviar o sofrimento ou ajudar uma pessoa a morrer é um dos ofícios mais difíceis para o profissional enfermeiro. Não poder curar não significa fracasso, mas sim um reconhecimento dos próprios limites da técnica.1 Na área da Saúde, apesar de estarem sujeitos a vivenciar diariamente episódios de morte, os enfermeiros, geralmente, não são devidamente preparados para lidar com estas situações. Falar da morte é falar do que se está fazendo, do que não se fez, de planos, sonhos, do que ainda resta; é disso que se foge e se teme enfrentar.10

Na fenomenologia Heideggeriana, o termo sentimento deve ser compreendido como disposição que é o modo próprio do dasein chegar a si mesmo. O sentimento, quando assim traduzido, torna-se uma experiência da facticidade, o que permite ao dasein sentir o mundo de outras formas. A facticidade permite que ele se perceba, ao ser lançado ao sentimento.8 O dasein se revela na angústia, que é ontológica, sua fonte é o mundo como tal. Como não estando em parte alguma, a angústia é a própria possibilidade-de-ser-no-mundo eé nela que o dasein se revela como uma facticidade em seu ser no mundo, assim, a essência da angústia humana é a extinção, por ser o homem o único ser vivo que é consciente de sua finitude, o que acarreta, então, o medo da morte.8 A essência da motivação humana é a busca do significado para a vida, para o sofrimento e para a morte.2

Como profissionais temos que saber reconhecer e manejar toda a problemática que surge no processo da morrer, promovendo a valorização e o cuidado aos familiares, através de orientações e considerações pertinentes ao seu ponto de vista emocional e prático, com o intuito de estabelecer uma relação que promova o cuidado ao paciente em final de vida.18 O vínculo assistencial deve ser mantido entre a enfermagem e os familiares do paciente, promovendo ajuda eficiente para os membros da família, que passarão por um processo de adaptação do mesmo modo que o paciente, chegando juntos ao processo de aceitação da morte.3

Algumas lacunas na formação do enfermeiro têm gerado profissionais pouco aptos para prestar estes cuidados de maneira mais abrangente às pessoas que vivenciam sua finitude, bem como seus familiares. Este despreparo pode favorecer a fuga de uma situação de confronto com seus próprios medos levando-os a limitarem, na maioria das vezes, a cuidar do corpo que falece, e não do ser humano que morre.19 Os profissionais possuem necessidades de conteúdos que proporcionem habilidades para facilitar o manejo de situações que envolvem a morte e o morrer, considerando a diversidade cultural e características sociodemográficas.20 A oferta de suporte teórico referente a finitude durante a graduação foi comprovado como relevante para a garantia de uma assistência adequada no processo de morte.21 A concretização de atitudes humanizadas na prática da assistencial de enfermagem tem a necessidade de um bom relacionamento do enfermeiro com o paciente e seus familiares, para tanto, se faz necessário abordar a temática da humanização na formação acadêmica.22

Na assistência humanizada a religião revela-se como uma possibilidade que a enfermagem possui para proporcionar um elo de acesso para a dimensão espiritual do paciente em processo de morte.23 A religião sempre contribuiu com as explicações diante do fenômeno da morte, reforçando a ideia que a vida não é inútil e não acaba. Consequentemente, as religiões têm dado a sociedade e ao indivíduo um suporte, por fornecerem um enquadramento de realidade para a morte, de forma a assimilar e tornar válidas as expressões de emoção inerente ao luto. Por outro lado, muitas pessoas que encontram apoio em crenças religiosas retratam a morte como uma passagem, e não o término da vida. Esta concepção provoca o surgimento de fortes defesas contra o enfrentamento da morte.24 Distingue-se que na percepção dos alunos a vida é composta por um corpo físico mortal que possui uma alma imortal. Isso é reforçado pela maioria das religiões e escolas espiritualistas que creem no conceito de imortalidade e indestrutibilidade da alma.17 Esta visão da morte como uma passagem foi corroborada por resultados obtidos em um estudo realizado junto a profissionais de enfermagem, o qual apontou que estes tendem a associar a morte ao significado de transcendência.24

Concluiu-se com o desvelar do fenômeno experienciado pelos alunos de enfermagem frente à vivência da morte, em suas práticas acadêmicas que os alunos de enfermagem estão despreparados para enfrentar as situações que envolvem o processo de morrer. Este despreparo advém de uma formação acadêmica deficiente na abordagem desta temática tão relevante para a obtenção da excelência na assistência ao paciente para uma morte digna. O despreparo desvelou-se pela resposta psicossocial dos alunos no momento em que estiveram expostos a esta experiência, sob a forma de um fenômeno doloroso e de difícil aceitação, ao mesmo tempo em que propiciou uma reflexão também sobre sua própria finitude. Ao viver a experiência expressaram sentimentos de angústia e de impotência diante da terminalidade, o apoio na religiosidade foi utilizado para superar o sofrimento compartilhado com o ser cuidado e sua família, e, assim, construíram significações para o complexo processo do morrer.

A humanização na assistência durante a finitude foi enfatizada como uma prática primordial da assistência de enfermagem por demonstrar respeito ao paciente em processo de morte e seus familiares, por ser uma tentativa de aliviar o sofrimento. Destaca-se a necessidade de um espaço de diálogos onde a temática da morte e do morrer seja discutida em todo seu contexto de forma a contribuir com a formação acadêmica dos profissionais enfermeiros e a atender as demandas do ser-para-a-morte, como também aos seus familiares, de forma segura e humanizada. Pois, foi possível perceber a dificuldade em compreender os significados do fenômeno que envolve a morte, o que levou os alunos a vivenciarem por sentimentos intensos. Diante dessa subjetividade dos significados da morte, compreendê-la em uma dimensão espiritual possibilitou uma melhor aceitação, pois atuou com o um ponto de alívio do sofrimento vivenciado com a finitude.

Faz-se necessário abordar que a temática referente a morte é algo que pode contribuir com a formação acadêmica dos profissionais enfermeiros, surgindo da necessidade do profissional familiarizar-se com a morte desde a graduação, com vistas no desenvolvimento pessoal e profissional do aluno.

Por fim, é importante registrar as limitações que esta pesquisa apresentou, primeiramente pelo tipo de pesquisa que requer um tempo para o amadurecimento das reflexões que os autores não possuíam, além da ancoragem de um referencial teórico que um estudo de iniciação científica de natureza qualitativa não comportaria. Da mesma forma, pode-se considerar como uma limitação deste estudo o envolvimento de um pequeno número de sujeitos cujo discurso capturado em entrevista de profundidade foi exaustivamente explorado, um a um, até que se pudesse identificar nas entrelinhas os significados que atribuíam à experiência de vivenciar a morte de alguém de quem estavam cuidando e que os colocaram face a face com um fenômeno complexo, difícil e que se não bem trabalhado pode ser devastador. Outra limitação diz respeito a ter reunido no pequeno grupo de sujeitos, alunos de uma única instituição de ensino, em uma única unidade hospitalar. Cabe, então, sugerir que o fenômeno seja outras vezes estudado, em circunstância que permita ampliar a base de recrutamento de sujeitos, podendo tornar-se estudo multicêntrico, desvelando outras nuances do fenômeno que não foram aqui abordados, como as influências da cultura, da religião e até do tipo de setor onde a morte acontece, nas respostas que o estudante dá ao vivenciar a morte de pacientes.

 

REFERÊNCIAS

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