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Investigación y Educación en Enfermería

Print version ISSN 0120-5307On-line version ISSN 2216-0280

Invest. educ. enferm vol.34 no.3 Medellín Dec. 2016

https://doi.org/10.17533/udea.iee.v34n3a02 

Articles

Validação de um instrumento para avaliar o nível de conhecimento do enfermeiro relacionado com a prevenção e o tratamento do indivíduo com úlcera venosa

Alana Tamar Oliveira-de-Sousa1 

Nilton Soares-Formiga2 

Simone Helena dos-Santos-Oliveira3 

Gilson de Vasconcelos-Torres4 

Marta Miriam Lopes-Costa5 

Maria Júlia Guimarães-Oliveira-Soares6 

11 Nurse, Ph.D. Assistant Professor at the Federal University of Campina Grande. PB, Brazil. email: alanatamar@gmail.com

22 Psychologist, PhD. Professor at the International Faculty of Paraiba-FPB, Joao Pessoa. PB, Brazil. email: nsformiga@yahoo.com

33 Nurse, Ph.D. Professor at the Federal University of Paraíba (UFPB). PB, Brazil. email: simonehsoliveira@gmail.com

44 Nurse, Ph.D. Professor at the Federal University of Rio Grande do Norte. RN, Brazil. email: gilsonvtorres@hotmail.com

55 Nurse, Ph.D. Professor at the Federal University of Paraíba. PB - Brazil. email: marthamiryam@hotmail.com

66 Nurse, Ph.D. Professor at the Federal University of Paraíba. PB - Brasil. email: mmjulieg@gmail.com


Resumo

Objetivo.

Validar um instrumento para avaliar o nível de conhecimento do enfermeiro relacionado à prevenção e ao tratamento do indivíduo com úlcera venosa (UV).

Métodos.

Trata-se de estudo exploratório correlacional, realizado com 78 enfermeiros da atenção primária à saúde. Estes profissionais responderam a questionário com doze itens referentes ao saber e ao fazer na abordagem à pessoa com UV. Na análise dos dados, utilizaram-se SPSS para Windows, versão 21.0, com análises descritivas e de correlação de Pearson.

Resultados.

A medida de confiabilidade do questionário, a partir do alfa de Cronbach, revelou no Domínio de Conhecimento Teórico (DCT) alfa de 0.88 e no Domínio de Conhecimento Prático (DCP), alfa de 0.70, indicadores que garantiram a fidedignidade de tal medida para a amostra coletada. No que se refere às correlações entre o DCT e o DCP e à Assistência de Enfermagem à Pessoa com UV, estas foram significativas e fortes em quase todos os itens avaliados. O modelo bifatorial, com domínios teórico e prático, é o que mais bem explica a assistência do enfermeiro à pessoa com UV. O enfermeiro que conhece um ou ambos os domínios no tratamento de feridas, provavelmente, possibilitará maior domínio sobre UV e na assistência à pessoa com UV.

Conclusão.

A versão validada mostrou confiabilidade, o que possibilita que outros profissionais possam adequar a mesma metodologia para outras temáticas, identificando as ramificações do saber e do fazer e, desse modo, fortalecer lacunas na área de Educação em Enfermagem.

Palavras chave: educação; enfermagem; úlcera de perna; assistência ao paciente; inquéritos e questionários; úlcera varicosa.

Abstract

Objective.

Validating an instrument to assess nurse knowledge related to preventing and treating individuals with venous ulcer (VU)

Methods.

This is an exploratory study, conducted with 78 primary health care nurses. These professionals answered the questionnaire with twelve items pertaining to knowing and doing while addressing the person with VU. SPSS for Windows, version 21.0, with descriptive analyses and Pearson correlation was used for data analysis.

Results.

The measurement of questionnaire reliability, from Cronbach's alpha, revealed in the Theoretical Knowledge Domain (TKD), 0.88 alpha, and in the Practical Knowledge Domain (PKD), 0.70 alpha, indicators that guaranteed reliability of such a measurement for the extracted sample. With regard to the correlation between TKD and PKD and Nursing Care to the Person with VU, those were significant and strong in almost all items. The bi-factorial model, with theoretical and practical domains, is what best explains the nurse assistance for the person with VU. The nurse that knows one or both domains in treating wounds, probably, will allow for greater dominance over VU and in assisting the person with VU.

Conclusion.

The validated version showed reliability, enabling thus the other professionals to tailor the same methodology to other topics, identifying the ramifications of knowing and doing and, thereby, strengthening gaps in the Nursing Education area.

Key words: education; nursing; leg ulcer; patient care; surveys and questionnaires; varicose ulcer.

Resumen

Objetivo.

Validar un instrumento para evaluar el nivel de conocimiento del enfermero respecto a la prevención y al tratamiento del individuo con úlcera venosa (UV).

Métodos.

Estudio exploratorio de correlación, realizado con 78 enfermeros de atención primaria de la salud (APS). Estos profesionales respondieron una encuesta con doce ítems referentes al saber y al hacer en el abordaje a la persona con UV. En el análisis de los datos se utilizaron SPSS para Windows, versión 21.0, con análisis descriptivos y de correlación de Pearson.

Resultados.

La medida de confiabilidad de la encuesta, a partir del alfa de Cronbach, señaló en el Dominio de Conocimiento Teórico (DCT) alfa de 0.88 y en el Dominio de Conocimiento Práctico (DCP), alfa de 0.70, indicadores que garantizaron la fiabilidad de tal medida para la muestra recolectada. Con respecto a las correlaciones entre el DCT y el DCP y a la Asistencia de Enfermería a la Persona con UV, estas resultaron significativas y sólidas en casi todos los ítems evaluados. El modelo bifactorial, con dominios teórico y práctico, es el que mejor explica la asistencia del enfermero a la persona con UV, pues como él conoce uno o ambos dominios en el tratamiento de heridas, probablemente, tendrá un mayor dominio sobre la UV y en la atención a la persona con UV.

Conclusión.

La versión validada demostró confiabilidad, lo que posibilita que otros profesionales puedan adecuar la misma metodología en otras temáticas, identificando las ramificaciones del saber y del hacer. De este modo se fortalecen y se mejoran las falecias existentes en el área de Educación en Enfermería.

Palabras clave: educación; enfermería; úlcera de la pierna; atención al paciente; encuestas y cuestionarios; úlcera varicose.

Introdução

A insuficiência venosa crônica representa um estágio avançado da doença venosa decorrente de anormalidades do sistema venoso que causa edema, alterações cutâneas e/ou úlcera venosa, lesão que acomete os membros inferiores, abaixo do joelho e decorre de dificuldade de retorno venoso.1 A gravidade clínica da insuficiência venosa crônica ocorre devido à estase crônica e à congestão, relacionada a uma série de fatores, incluindo varizes, história de trombose venosa profunda, obesidade, tabagismo, refluxo nas veias profundas, comprometimento da bomba muscular da panturrilha, história familiar ou da combinação desses fatores que geram uma hipertensão venosa persistente, que provoca edema, inflamação e fibrose tecidual, que causam ulceração na pele.2

Estima-se que 75% das úlceras de perna são de origem venosa,3 e as veias varicosas sem alterações cutâneas têm prevalência de, aproximadamente, 20% no Norte e no Oeste da Europa, enquanto a insuficiência venosa crônica avançada afeta cerca de 3% dessa população nesse continente.2 No Brasil, o número de indivíduos acometidos pela úlcera venosa é derivado apenas de pesquisas pontuais,4,5 porque não há legislação que determine a obrigatoriedade de se notificar esse problema no Sistema Único de Saúde (SUS).

De forma geral, a úlcera venosa compromete a qualidade da vida do indivíduo. interfere na produtividade e causa isolamento social. Por isso, a assistência à pessoa com úlcera venosa requer do enfermeiro que atende a essas pessoas conhecimento específico. Um dos caminhos metodológicos que pode embasar a implementação dessa assistência pode ter como base os padrões de conhecimento propostos por Bárbara Carper. Na década de 1970, ela propôs quatro tipos de padrões de conhecimento, a saber: o empírico, o estético, o ético e o pessoal, que estão inseridos em teorias que guiam o cuidado da Enfermagem.6 Foram selecionadas habilidades para um domínio de conhecimento teórico - o saber - e o de conhecimento prático - o fazer - com que foi possível elaborar uma escala cujo objetivo é de verificar, na concepção dos enfermeiros responsáveis pelas pessoas com úlcera venosa, a existência das dimensões teóricas e práticas. Na Enfermagem, o domínio pode ser compreendido como o âmbito de sua área, ou seja, a abrangência de seu conhecimento, que é um domínio pessoal, uma apropriação e compreensão do saber por uma pessoa, nesse caso, o enfermeiro, que, durante sua formação, desenvolve o saber que (um conhecimento explícito), e em sua prática diária, o saber como (um conhecimento prático).7 Hipoteticamente, ambos são interdependentes e fazem parte de um conjunto mais amplo da Enfermagem, que inclui componentes éticos e pessoais percebidos durante a implementação do cuidado.8) Devido à complexidade e à abrangência de componentes que fundamentam a Enfermagem e ao aprofundamento requerido para analisá-los, optou-se por construir e validar um instrumento para avaliar o nível de conhecimento do enfermeiro, relacionado à prevenção e ao tratamento do individuo com úlcera venosa.

Métodos

Trata-se de um estudo descritivo correlacional, com abordagem quantitativa, realizado em uma instituição destinada a habilitar e qualificar o trabalhador da saúde, localizada em João Pessoa, Paraíba, Brasil. Participaram do estudo, 78 enfermeiros, de uma população de 180, que atuavam nas Unidades de Saúde da Família do referido município. O critério de inclusão adotado para essa seleção foi que, na área de abrangência da unidade de saúde, devia haver indivíduos com úlcera venosa. O critério de exclusão foi a não disponibilidade de tempo para participar da investigação na data programada. Assim, cada enfermeiro foi selecionado pelo gerente do seu respectivo Distrito Sanitário, que adotou esse critério de inclusão.

Para a coleta dos dados, realizada entre maio e junho de 2014, utilizou-se instrumento autoavaliativo, cujo objetivo foi de avaliar o conhecimento de enfermeiros em termos de saber e fazer no manejo do indivíduo com úlcera venosa, que teve como referência as observações e as avaliações realizadas pela própria pesquisadora, com base no que há na literatura acerca da temática, bem como a partir de sua experiência na assistência às pessoas com insuficiência venosa crônica. Além disso, o instrumento foi submetido à pré-teste por quatro enfermeiros experts na área, a fim de revisar e direcionar o processo de coleta dos dados.9) Os sujeitos responderam a um questionário com os seguintes itens: a) Duas questões a respeito da temática feridas: Como você avalia seu domínio sobre tratamento de feridas? Como você avalia o seu domínio sobre úlcera venosa? Em ambas as questões a resposta seguia uma escala do tipo Likert, que variava de: 1 = nenhum, 2 = pouco, 3 = moderado, 4 = bom e 5 = excelente; b) Dez questões relacionadas à assistência de enfermagem à pessoa com úlcera venosa. Os itens foram organizados em domínios referentes ao conhecimento e à prática dos enfermeiros. No que se refere ao saber, as questões foram: Como você avalia seu domínio em relação à anmenese e ao exame físico da pessoa? Como você avalia seu domínio quanto à avaliação da úlcera? Como você avalia seu domínio na escolha da cobertura? Como você avalia seu domínio em relação à avaliação da necessidade de troca de cobertura? Como você avalia seu domínio na avaliação dos membros inferiores para investigar o comprometimento arterial? Como você avalia seu domínio na avaliação dos membros inferiores para investigar comprometimento venoso? No que se concerne ao fazer, as questões foram: Como você avalia seu domínio quanto à limpeza da lesão? Como você avalia seu domínio na execução do desbridamento instrumental conservador (com tesoura ou lâmina de bisturi)? Como você avalia seu domínio quanto à coleta de cultura na técnica de Levine (apenas com Swab)? Como você avalia seu domínio na aplicação da terapia compressiva elástica? Os itens de resposta também variaram conforme a escala do tipo Likert anteriormente apresentada.

O projeto de pesquisa foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa do Centro de Ciências da Saúde e aceito sob protocolo nº 0708/13. O instrumento foi aplicado após a leitura e a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. A cada participante foi entregue o questionário, durante cujo preenchimento a pesquisadora esteve presente, com o objetivo de esclarecer eventuais dúvidas. Essa atividade durou, em média, 20 minutos. Quanto à análise dos dados, utilizou-se a versão 21.0 do pacote estatístico SPSS para Windows. Além das análises descritivas e de correlação de Pearson, procedeu-se ao cálculo do alfa de Cronbach e o cálculo de equações estruturais, estas últimas efetuadas no AMOS GRAFICS 21.0. Para calcular as equações estruturais, os seguintes indicadores estatísticos para o Modelo de Equações Estruturais (MEE) foram considerados segundo uma bondade de ajuste subjetiva, com o objetivo de adequar os possíveis erros de medida entre as variáveis: (² (qui-quadrado); Root Mean Square Residual (RMR); Goodness-of-Fit Index (GFI) e Adjusted Goodness-of-Fit Index (AGFI); Root-Mean-Square Error of Approximation (RMSEA); Comparative Fit Index (CFI); e Tucker-Lewis Index (TLI).

O (² tem sido pouco empregado na literatura. É mais comum considerar sua razão em relação aos graus de liberdade (χ²/g.l.). Nesse caso, valores até 5 indicam um ajustamento adequado. Para o modelo ser considerado bem ajustado, segundo o RMR, o valor deve ser menor que 0.05. O GFI e o AGFI são análogos ao R² em regressão múltipla e variam de 0 a 1, com valores na casa dos 0.80 e 0.90, ou superior, indicando um ajustamento satisfatório.10,11 Quanto ao RMSEA, deve se situar entre 0.05 e 0.08. Podem-se aceitar valores de até 0.10. (12,13 O CFI considera valores mais próximos de um como indicadores de ajustamento satisfatório.10,14 Quanto ao TLI, a variação pode ser de zero a um, com índice aceitável acima de 0.90. Assim, seguindo esses parâmetros de verificação, o modelo teórico proposto é que o conhecimento mais geral sobre o tratamento de feridas se associe ao domínio do conhecimento de úlcera venosa. Nesse sentido, optou-se por verificar a relação do conteúdo dos itens da escala do construto atitudinal, para avaliar a relação entre a teoria e a prática profissional do instrumento de medida desenvolvido, às situações especificadas nos itens e o quanto ele representa os aspectos esperados.15,16 Em seguida, realizou-se análise convergente para avaliar a relação sobre o Domínio no Tratamento de Feridas (DTF) com domínios mais específicos.

Resultados

Dentre os participantes, predominou o sexo feminino (95%), com variação etária de 26 a 69 anos (Média = 42.5 anos, d.p. = 10.1) e média de 12.7 anos de atuação profissional na atenção primária à saúde. Por meio da coleta e da organização dos dados, efetuou-se, inicialmente, a medida de confiabilidade do questionário, a partir do alfa de Cronbach (α), que revelou indicadores que garantiam a fidedignidade de tal medida para a amostra coletada, a saber: para o Domínio de Conhecimento Teórico (DCT), observou-se um alfa de 0.88 e manteve-se uma variação de 0.83 a 0.89 quando se excluía um item; para o Domínio de Conhecimento Prático (DCP), o alfa foi de 0.70, o que mostrou uma variação, quando o item era excluído, de 0.67 a 0.74. Considerando os alfas observados, pode-se afirmar que o instrumento desenvolvido para avaliar a atitude do enfermeiro frente à pessoa com úlcera venosa é fidedigno, porquanto os escores alfas foram acima de 0.70.16 Todavia, é preciso destacar a existência de uma alfa que, quando excluído um item no DCP, mostrou-se abaixo de 0.70. Tal condição, não pode ser considerada como um problema de medida, já que o indicador alfa tem uma influência em sua variação a partir do ‘n’ amostral e a quantidade de itens pertencentes a um instrumento. A Tabela 1 apresenta todas as correlações de Pearson (r) dos itens referentes ao fator DCT e à Assistência de Enfermagem à Pessoa com Úlcera Venosa (AEPUV).

Tabela 1 Escores correlacionais para avaliação do Domínio do Conhecimento Teórico (DCT) e Assistência de Enfermagem à Pessoa com Úlcera Venosa (AEPUV). João Pessoa, PB, Brasil, 2014 

Itens (conteúdo) DCT AEPUV
Anamnese e exame físico 0.64* 0.59*
Avalição da úlcera 0.85* 0.82*
Avaliação da necessidade de escolha da cobertura 0.86* 0.82*
Avaliação da necessidade de troca da cobertura 0.76* 0.74*
Avaliação dos MMII para comprometimento arterial 0.79* 0.72*
Avaliação dos MMII para comprometimento venoso 0.82* 0.77*

* p < 0.05 pela análise de correlação de Pearson

Observa-se que todas as correlações relativas aos itens referentes ao fator DCT e AEPUV - (considerando a pontuação total da escala), foram significativamente positivas, fortes em cinco dos seis itens avaliados e moderadas em apenas um item tanto para o ao DCT quanto para o AEPUV. Cálculo semelhante foi realizado para avaliar a relação da segunda dimensão, referente ao DCP na assistência ao pessoa da úlcera venosa, conforme apresenta a Tabela 2.

Tabela 2 Escores correlacionais para avaliação do Domínio do Conhecimento Prático (DCP) e Assistência de Enfermagem à Pessoa com Úlcera Venosa (AEPUV). João Pessoa, PB, Brasil, 2014 

Itens (conteúdo) DCP AEPUV
Limpeza da lesão 0.58* 0.70*
Execução do desbridamento instrumental conservador 0.84* 0.60*
Coleta de cultura na técnica de Levine 0.83* 0.62*
Aplicação da terapia compressiva elástica 0.64* 0.56*

* p < 0.05 pela análise de correlação de Pearson

A partir da correlação de Pearson (r), observou-se que os itens referentes ao DCP do enfermeiro e ao AEPUV apresentaram correlações positivas com o fator específico e a pontuação total da escala, com todas significativas (Tabela 2). Considerando que a escala desenvolvida se revelou confiável, a partir dos indicadores psicométricos destacados acima, para a referida amostra, optou-se por avaliar a relação entre os domínios e a pontuação total da escala (isto é, Assistência de Enfermagem à Pessoa com Úlcera Venosa - AEPUV). A título de acréscimo para a informação da importância desses domínios na assistência do enfermeiro, realizou-se análise convergente com o objetivo de avaliar a relação do conhecimento sobre o tratamento de feridas de forma geral e a especificidade dos domínios. Nesse sentido, esperavam-se respostas em que os entrevistados afirmassem que tinham conhecimento e prática na área mais abrangente sobre o tema abordado e, provavelmente, teriam correlações positivas com os domínios na AEPUV, em que se concluiu que a variável Domínio no Tratamento de Feridas (DTF) se correlacionou, significativamente, com a variável de abordagem mais geral relativa à úlcera venosa (r = 0.76; p < 0.001) e com os domínios específicos da AEPUV, o DCT (r = 0.68 p < 0.001) e o DCP (r = 0.54; p < 0.001). Em direção semelhante, constatou-se a relação da variável da abordagem mais geral da úlcera venosa com o DCP e o DCT, os quais foram significativamente positivos e com os respectivos escores (r = 0.51 e r = 0.72; p < 0.001). Para isso, realizou-se uma análise fatorial confirmatória (AFC) hipotetizando o modelo multifatorial encontrado teoricamente e compará-lo a um modelo unifatorial (em que todos os itens da escala apresentam saturação em um único fator). Assim, optou-se por deixar livres as covariâncias (phi, φ) entre os fatores, condição em que se observaram indicadores de qualidade de ajuste que se mostraram próximas às recomendações apresentadas na literatura.17,18

De acordo com os resultados obtidos nessas análises, o estudo mostrou que o modelo com melhores resultados foi o modelo bifatorial, que revelou os seguintes indicadores de qualidade de ajuste: (2/gl = 1.52, RMR = 0.05, GFI = 0.91, AGFI = 0.80, CFI = 0.98, TLI = 0.95, RMSEA (90%IC) = 0.08 (0.01-0.13), CAIC = 198.72 e ECVI = 1.27. A fim de qualificar o modelo pretendido, foi verificado o modelo unifatorial, que revelou os seguintes indicadores: (2/gl = 7.75, RMR = 0.12, GFI = 0.66, AGFI = 0.47, CFI = 0.57, TLI = 0.45, RMSEA (90%IC) = 0.30 (0.26-0.33), CAIC = 378.28 e ECVI = 4.04.

Na Figura 1, apresenta-se a estrutura fatorial resultante (solução padronizada) dessa análise.

Figura 1 Estrutura fatorial da escala de Domínios do Conhecimento da Assistência de Enfermagem à Pessoa com Úlcera Venosa. 

Como é possível observar, todas as saturações (Lambdas, λ) estão dentro do intervalo esperado |0 - 1|, o que denota não haver problemas de estimação. Além disso, todas são estatisticamente diferentes de zero (t > 1.96, p < 0.05), e isso corrobora a existência de dois fatores (ou dimensões) da escala de AEPUV. O estudo mostrou que as correlações lambdas (λ) revelaram boa força associativa entre elas, principalmente, entre os fatores DCT e DCP (( = 0.98). Vale destacar que as estimativas de predição, a partir da análise de regressão para tal modelo, além de identificar as variáveis significativas (p < 0.001), revelou uma razão critério dentro do que é estatisticamente exigido (variando de 3.25 a 10.60). A estrutura fatorial da presente escala, nesse contexto teórico-empírico, permite evidenciar o quanto o enfermeiro representa, em termos do domínio do saber e do fazer, a assistência à pessoa com úlcera venosa. Nesse construto, inferiu-se que as correlações itens-fator de cada dimensão são avaliadas a partir das seguintes dimensões: DCP e DCT.

De forma geral, os indicadores de bondade de ajuste apresentaram evidências da validade e na robustez fatorial em relação ao modelo estrutural, teoricamente, proposto. Esses indicadores são sugeridos pela literatura deste cálculo como garantia empírica (por exemplo, χ2/gl, GFI, AGFI, RMR, TLI, CFI, RMSEA, CAIC e ECVI). (10,1) reconhecida esta organização fatorial da escala, pretendeu-se verificar um modelo teórico, no qual, se hipotetizou a correlação do conhecimento geral sobre o DTF ao conhecimento mais específico, sobre o domínio do respondente na área da úlcera venosa com eles influenciando o construto dos DCT e DCP. Assim, a partir da análise e da modelagem de equação estrutural, efetuou-se, no programa Amos Grafhics 21.0, a verificação empírico-teórica do pretenso modelo. Para tanto, considerou-se um modelo recursivo de equações estruturais.

Na Figura 2, depois de realizadas as devidas modificações nos ajustes de erro, encontrou-se um modelo adequado, que apresentou razão (2/gl = 1.88, RMR = 0.03, GFI = 0.99; AGFI = 0.94, CFI = 0.99, TLI = 0.99 e RMSEA (90%IC)= 0.02 (0.01-0.19). Na Figura 2, pode-se observar que o escore da variável DTF associou-se, positivamente, (λ = 0.76) à variável mais específica sobre o Domínio Úlcera Venosa (DUV = 0.76) e ao construto AEPUV (λ = 0.37), sendo que este último contempla os domínios prático e teórico. Também se constatou a correlação do DUV com a AEPUV (λ = 0.50). Pode-se observar que as correlações lambdas (λ) entre as variáveis revelam boa força associativa entre elas (variando de 0.37 a 0.75). Com esses resultados, é possível observar não apenas a garantia hipotética do modelo proposto, mas também a importância da correlação entre as variáveis apresentadas, pois, no modelo teórico hipotetizado, os indicadores estatísticos garantiram as concepções teóricas e as empíricas na elaboração e direção do modelo. É destaque que, mesmo que o sujeito tenha um DTF, este, influencia o DUV, que explica a AEPUV, apesar, também, de o DTF influenciar a AEPUV, em menor proporção. No modelo, representado na Figura 2, chama-se a atenção para o Lambda (λ) do DUV e do DTF, em que o primeiro é bem maior na explicação para o construto AEPUV. No que se refere às estimativas preditivas da relação entre as variáveis do modelo mostrado acima (ver Figura 2), os resultados são confirmados ao se observarem as estimativas que foram significativas com um p < 0.001 e razão critério dentro do que é estatisticamente exigido (variando de 2.77 a 10.32).

Figura 2 Representação gráfica do modelo teórico sobre o domínio do conhecimento da AEPUV. 

Discussão

Conforme apresentado nos resultados, o modelo bifatorial é o que mais bem explica a AEPUV, compreendida a partir da organização dos domínios, isto é, teoria e prática. Contudo, percebe-se nesse modelo a presença de correlações menos fortes, no que diz respeito ao DCT e à execução de desbridamento (0.43), à coleta de cultura (0.34) e à aplicação da terapia compressiva (0.33). Esses dados podem ser indicativos de que esses enfermeiros não vivenciam a execução dessas atividades na atenção primária à saúde, conforme pesquisas realizadas em outros contextos.19,20 O modelo bifatorial apoia a concepção de que o conhecimento científico na área da saúde auxilia a descrever, a explicar, a prever e a prescrever fenômenos de interesse para a prática, oferecendo ao profissional base para que possa tomar decisões a partir do julgamento prático, enquanto a prática fundamenta a teoria. Entretanto, apesar da aparente simplicidade desse modelo, conforme explica estudioso do tema,21 o cuidado de enfermagem se configura como uma ação complexa, em que o saber e o fazer partem de uma dialogicidade inseparável e integrante para que o profissional dessa área possa compreender e atuar em diversas situações clínicas.

Mediante essa complexidade, emergem esses saberes que norteiam o cuidado de enfermagem. O saber-agir representa ir além do que está prescrito e se configura como uma ação competente, enquanto o saber-fazer significa a habilidade. Com base nesse entendimento, o saber aqui apresentado, se reporta a um saber amplo, que envolve, além do resgate do conhecimento científico, a experiência no raciocínio clínico do enfermeiro em prol de um cuidado autêntico em que se valorizem as necessidades individuais de cada ser.22) Outrossim, ao cuidar de uma pessoa, o enfermeiro adquire experiência e aperfeiçoa o saber-fazer e o saber-agir. Na assistência à pessoa com úlcera venosa, o aprendizado psicomotor é desenvolvido por meio da limpeza com jatos de solução fisiológica a 0.9%, no manuseio de uma lâmina de bisturi para realizar o desbridamento instrumental conservador, na coleta de cultura pela técnica de Levine e na aplicação correta de uma terapia compressiva que se sobrepõe sem garrotear o membro.

No que concerne ao aprendizado cognitivo, desenvolve-se a cada vez que o profissional atende a uma pessoa com uma lesão de diferente etiologia de modo a fazer inferências com o que foi aprendido, como na úlcera arterial, em que há diferenças relevantes se comparada com a úlcera venosa. Além disso, esse aprendizado é consolidado em cada exame físico, anamnese, avaliação da lesão, escolha da cobertura adequada e a necessidade de trocá-la sem causar risco ao ser cuidado. Em relação à influência do DTF sobre os outros domínios mais específicos, a Figura 2 mostra que, no conhecimento para um cuidado mais amplo, o DTF influencia o DUV e, por sua vez, em domínios práticos e teóricos para assistência a pessoas com esse tipo de lesão.

Diante do exposto, conclui-se que o aprendizado mais abrangente auxilia no construto do DUV, consolidado por meio do DCP e do DCT, que se influenciam concomitantemente, e que o conhecimento, no qual o conhecimento mais amplo é a base para um entendimento mais específico, é desenvolvido hierarquicamente e remete a uma reconciliação entre as similaridades e as diferenças significativas, elementos importantes em uma assistência segura ao indivíduo. Assim, o conhecimento sobre todos esses domínios auxilia o enfermeiro a prestar uma assistência resolutiva, direcionada às necessidades de cada pessoa, e em que o principal elemento evolvido nessa assistência coesa é o raciocínio clínico do enfermeiro, um processo sistematizado e dinâmico que envolve as funções mentais e norteia a tomada de decisão no cuidado ao indivíduo. Esse processo requer uma capacidade cognitiva, conhecimento clínico, experiência e intuição para integrar toda a situação.23

Dentre as atividades que podem desenvolver o raciocínio clínico está a educação com esses profissionais, incluindo abordagens de ensino que favoreçam a criatividade, as descobertas e os questionamentos, incluindo atividades em pequenos grupos e simulações,24 além da própria vivência. Nesses exercícios, a prática consolida o conhecimento teórico, porque o fazer leva à compreensão da complexidade e singularidade do saber no cuidar, que conduz o enfermeiro a refletir sobre a própria ação e a incorporar novos saberes, re(criar) seu modo de assistir e se converter em um investigador, no próprio contexto prático. Esse conhecimento particular ou privado se recria a cada encontro, a cada cuidado, e vai se enriquecendo numa racionalidade prático-reflexiva em cada momento de interação, em espiral, conduzindo a novas interpretações, acrescentando, a cada solução encontrada, conhecimento específico de enfermagem, razão por que é diferenciado e único para cada um que o vivencia. Diferentemente, o conhecimento público é oriundo de evidências científicas que estão publicadas e documentadas e é resultado de um saber criado, acumulado e aperfeiçoado na prática.21

Vale ressaltar que a abordagem ao indivíduo com úlcera venosa, como um saber autêntico e científico, deve remeter a uma reflexão para a ação, que envolve desde a ação de um simples curativo à reflexão de avaliação da pessoa e escolha de uma conduta mais adequada. Assim, outras pesquisas seriam necessárias, in loco, com o objetivo de avaliar os outros padrões do conhecimento além dos estabelecidos no presente estudo, contemplando, especificamente, os propostos estabelecidos por Carper, pois, de acordo com esta autora, há os padrões estéticos e éticos do conhecimento, que são passíveis de investigação por meio de estudos observacionais, durante a práxis assistencial. O saber e o fazer se desconstroem e se (re)constroem nas relações de cuidado e se coadunam para um corpo de conhecimento específico de Enfermagem. Assim, apesar de parecerem dois conjuntos de conhecimentos distintos, a dialética existente entre o saber e o fazer remete à uma única ação - o cuidado com o ser humano, que envolve toda a sua complexidade de ciência e ação.

Na conclusão desta pesquisa, foi possível verificar empiricamente, tanto uma medida sobre o saber e o fazer na assistência de enfermagem à pessoa com úlcera venosa, quanto avaliar que o conhecimento mais geral sobre o tratamento de feridas se associa ao domínio do conhecimento de úlcera venosa e que se associa ao domínio da assistência de enfermagem à pessoa com úlcera em sua dimensão prática e teórica. Desta maneira, tais resultados, corroborou a hipótese apresentada neste estudo em relação à medida dos construtos sobre AEPUV, a qual revelou associação positiva entre as duas dimensões avaliativas, o DCP e o DCT, condição essa, observada por meio de uma análise estatística clássica (TCT) e mais complexa (AFC) quando analisados os seus escores estatísticos. Mais importante, foi corroborar a existência de um modelo teórico que hipotetizava um saber (DCP) e ao fazer (DCT) prévio quanto variável influente para assistência de enfermagem à pessoa com úlcera venosa (AEPUV), isto é, teoricamente, focar numa maior e melhor formação continuada nos domínios teóricos e práticos sobre ulcera e feridas contribuiria muito na qualidade da assistência para a pessoal com UV.

Com isso, esses resultados tanto contribuem para a explicação em como se administram e aplicam os conhecimentos teóricos e práticos no cuidado voltado para pessoas com feridas por parte dos enfermeiros, tendo por base de orientação desses saberes a educação e gestão para saúde; quanto oferecer, tendo como direção analítica os achados deste estudo, garantias na organização teórico-empirica capaz de avaliar o saber e o fazer do enfermeiro em relação à pessoa com úlcera venosa. A medida aqui proposta seria útil para a uma diagnose em termos de estrutura e funcionalidade do conhecimento e seu ajustamento destes na área da saúde e no acolhimento às pessoas com úlcera venosa. De forma geral, no que se refere às relações existentes entre as variáveis, é possível afirmar que o conhecimento adequado sobre um DTF, provavelmente, possibilitará a um maior DUV e melhor assimiliação do conhecimento e administração na AEPUV. Sendo assim, espera-se que, com esta proposta de investigação, outros profissionais possam adequar a mesma metodologia a outras temáticas, com vistas a identificar as ramificações do saber e do fazer na Enfermagem, e, desse modo, fortalecer lacunas na área de Educação em Enfermagem. Apesar desses resultados serem consistentes, confirmando a hipótese em questão é necessário apontar alguns limites: 1 - o estudo não comparou as respostas entre enfermeiros de distintos espaços profissionais (públicos e privados) da enfermagem; 2 - outro limite refere-se a não avaliação da hipótese considerando o tempo de serviço e de formação acadêmica com o objetivo de avaliar a variação das respostas controlando tais variáveis; 3 - mais um limite do estudo estaria na falta de controle de variáveis psicológicas (por exemplo, empatia, comportamento pró-social, satisfação com a vida; expectativa de futuro, etc.) capaz de avaliar a intensidade e frequência das respostas do enfermeiros em relação a pessoa com úlcera venosa, já que se trata de uma doença com prejuízo fisico, mas, tambem, de estética social, exigindo assim, uma maior sensibilidade por parte do cuidador com tal pessoa.

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Recebido: 14 de Agosto de 2015; Aceito: 31 de Agosto de 2016

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