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Acta Biológica Colombiana

versão impressa ISSN 0120-548X

Acta biol.Colomb. vol.20 no.3 Bogotá set./dez. 2015

https://doi.org/10.15446/abc.v20n3.44720 

Doi: http://dx.doi.org/10.15446/abc.v20n3.44720.

Artículo de investigación/Original research paper

RESÍDUOS ORGÂNICOS NO CONTROLE DE Fusarium oxysporum f. sp. passiflorae EM MARACUJAZEIRO AMARELO(Passiflora edulis f. flavicarpa)

Organic Residues in Control of Fusarium oxysporum f. sp. passiflorae in Yellow Passion Fruit (Passiflora edulis f. flavicarpa)

Residuos orgánicos en el control de Fusarium oxysporum f. sp. passiflorae en maracuyá amarillo (Passiflora edulis f. flavicarpa)

Renato Bernardes FERREIRA1, Antonia Alice Costa RODRIGUES1, Flávio Henrique R. MORAES2, Erlen Keila Candido e SILVA1, Ivaneide de Oliveira NASCIMENTO1.

1 Laboratório de Fitopatología, Programa de Pós-Graduação em Agroecologia, UEMA. Cx. Postal 09, CEP: 65054-970, São Luís, MA, Brasil.
2 Mestrado em Biologia Parasitária - UNICEUMA. Rua Josué Montello, n°. 1, Renascença II, CEP: 65075-110, São Luís, MA, Brasil.
For correspondence. accrodrigues@outlook.com, alicecosta@cca.uema.br.

Received: 1st August 2014, Returned for revision: 13th December 2014, Accepted: 12nd March 2015.
Associate Editor:
Hernán Mauricio Romero.

Citation / Citar este artículo como: Ferreira RB, Rodrigues AAC, Moraes FHR, Silva EKC, Nascimento IO. Resíduos orgânicos no controle de Fusarium oxysporum f sp. passiflorae em maracujazeiro amarelo (Passiflora edulis f. flavicarpa). Acta biol. Colomb. 2015;20(3):1 1 1-120. doi: http://dx.doi.org/10.15446/abc.v20n3.44720.


RESUMO

A fusariose é uma importante doença na cultura do maracujá e causa severa limitação na produção de frutos e redução da longevidade dos pomares. Objetivou-se avaliar o efeito de resíduos orgânicos in vitro e in vivo como medida alternativa no controle da fusariose do maracujazeiro, causada por Fusarium oxysporum f. sp. passiflorae. Foram avaliadas seis concentrações in vitro (0, 2, 4, 6, 8 e 10 %), na forma de extrato aquoso, na inibição do crescimento micelial e in vivo (0, 20, 40, 60, 80 e 100 g kg-1), incorporados ao solo, para o controle de Fusarium. Os resíduos orgânicos utilizados foram folhas de eucalipto, bagaço do coco babaçu e casca de mandioca. Nestes resíduos foram realizadas análises nutricionais e microbiológicas. Foi confirmada a patogenicidade dos isolados testados, o que comprova a fusariose em maracujazeiro amarelo in vivo. O bagaço do coco babaçu foi o que apresentou maiores concentrações de N, P e K. As espécies fúngicas presentes com maior frequência foram Penicillium sp., Aspergillus niger, Aspergillus flavus e Aspergillus ochraceus. In vitro o extrato de bagaço do coco babaçu obteve inibição significativa a 6 % e os extratos de folhas de eucalipto e casca de mandioca a 10 %. In vivo a concentração de 60 g kg1 de bagaço do coco babaçu e 80 g kg1 de casca de mandioca foram eficientes no controle da fusariose. O resíduo de eucalipto não influenciou o desenvolvimento da murcha do fusário no maracujazeiro em casa de vegetação. É possível utilizar resíduos orgânicos para o controle da fusariose em maracujazeiro amarelo.

Palavras chave: biocontrole, fusariose, resíduos orgânicos, supressividade.


ABSTRACT

The fusarium is an important disease in yellow passion fruit that causes severe limitation in fruit production and reduced longevity of the orchards. This study aimed to evaluate the effect of organic residues in vitro and in vivo as alternative control in Fusarium of yellow passion fruit, caused by Fusarium oxysporum f. sp. passiflorae. Six concentrations were evaluated in vitro (0, 2, 4, 6, 8 and 10 %), in the form aqueous extracts, in the mycelial growth inhibition and in vivo (0, 20, 40, 60, 80 and 100 g kg-1), incorporated on soil for the Fusarium control. The organic residues used were eucalyptus leaves, bagasse babassu and cassava peeling. These residues were subjected to nutritional and microbiological analyzes. The pathogenicity of isolates tested was confirmed, which proves the presence of Fusarium in yellow passion fruit in vivo. Bagasse babassu presented the highest N, P and K concentration. Fungal species with higher frequency were Penicillium sp., Aspergillus niger, Aspergillus flavus and Aspergillus ochraceus. I There was a significative inhibition in vitro of the bagasse babassu extract at 6 % and other two residues at 10 %. In vivo the 60 g kg-1 of bagasse babassu and 80 g kg-1 of cassava peeling were efficient for Fusarium control. Eucalyptus leaves presented no effect on development of Fusarium wilt in yellow passion fruit in the greenhouse. The organic residues can be used for the Fusarium control in yellow passion fruit.

Keywords: biocontrol, Fusarium, organic waste supressiveness.


RESUMEN

La fusariosis, es una importante enfermedad en el cultivo de maracuyá que causa una severa limitación en la producción de frutos y una reducción en la longevidad del cultivo. Este trabajo tuvo como objetivo, evaluar el efecto de residuos orgánicos in vitro e in vivo como medida alternativa para el manejo de la fusariosis en el maracuyá, causada por Fusarium oxysporum f. sp. passiflorae. Se evaluaron seis concentraciones in vitro (0, 2, 4, 6, 8 y 10 %) en forma de extracto acuoso, e igual número, para la inhibición del crecimiento micelial in vivo (0, 20, 40, 60, 80, 100 g kg-1), incorporados al suelo para el control de Fusarium. Los residuos orgánicos utilizados, fueron hojas de eucalipto, bagazo de coco babasú y cáscara de yuca. Estos residuos fueron sometidos a análisis nutricionales y microbiológicos. Se confirmó la patogeneidad de los aislados evaluados, lo que comprobó la presencia de fusariosis en el maracuyá amarillo in vivo. La bagazo babasú, presentó las mayores concentraciones de N, P y K. Las especies fúngicas presentes con mayor frecuencia fueron Penicillium sp., Aspergillus niger, Aspergillus flavus y Aspergillus ochraceus. En el proceso in vitro, el extracto de babasú presento inhibición significativa en la concentración del 6 % y, en los extractos de hojas de eucalipto y cáscara de yuca la del 10 %. A nivel in vivo, la concentración de 60 g kg1 de bagazo babasú y 80 g kg1 de cáscara de mandioca, fueron eficientes en el control de fusariosis. El residuo de eucalipto no influenció el desarrollo de la mancha de fusarium del maracuyá en vivero. Es posible utilizar residuos orgánicos para el control de fusarium en el cultivo de maracuyá amarillo.

Palabras clave: control alternativo, Fusarium, residuos orgánicos, supresión.


INTRODUÇÃO

O gênero Passiflora possui mais de 500 espécies distribuídas pelos trópicos, principalmente no Brasil, onde ocorrem mais de 100 espécies, com o maracujá amarelo ocupando 95 % da área cultivada comercialmente (Silva, 2004), fato que torna o país o maior produtor mundial com cerca de 60 % da produção (Arêdes et al., 2009). No entanto, a sua crescente produção tem vindo acompanhada de problemas em relação ao surgimento de doenças no pomar, isto porque este aumento não tem sido acompanhado por cuidados que evitem a disseminação de doenças, aumentando e agravando-as, chegando a inviabilizar o cultivo em determinadas regiões (Santos Filho etal., 2004).

Diante do grande número de doenças que afeta o maracujazeiro está a fusariose, causada por Fusarium oxysporum f. sp. passiflorae Purss., um fungo habitante do solo que coloniza os vasos da planta através de pequenos ferimentos ou aberturas naturais nas raízes, causando obstrução do xilema e morte da planta. Após o apodrecimento das raízes, o sintoma ocorre na forma de murcha, iniciando-se nas extremidades do ramo, e com a retirada da casca da planta observa-se os tecidos escurecidos a partir do colo da planta. No Brasil foi inicialmente constatada na região de São Paulo em 1968 em plantas da variedade "rosado" (Passiflora edulis) (Fischer et al., 2005).

O manejo tradicional da fusariose é realizado principalmente através da aplicação de fungicidas, não registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). No entanto, devido a contaminação do ambiente, os prejuízos causados à saúde do homem e o surgimento de linhagens resistentes do patógeno, tem-se buscado atualmente, medidas alternativas no manejo da doença que vise principalmente restaurar a biodiversidade. Para isso lança-se mão de princípios agroecológicos no sentido de manejar cuidadosamente o agroecossitema sem provocar danos desnecessários ou irreparáveis, buscando devolver sua elasticidade e força, ao mesmo tempo em que se esforça para combater as pragas, doenças ou deficiências do solo (Altieri e Nicholls, 2003). Dentre estas alternativas destaca-se a potencialidade do uso de resíduos vegetais incorporados ao solo, contribuindo para o aumento da comunidade microbiana complexa, auxiliando na atividade antagônica ao microrganismo patogênico, promovendo a supressividade do solo, melhorando sua fertilidade e resistência das plantas as doenças (Café Filho e Lobo Júnior, 2000; Cruz et al., 2013). Pesquisas mostram que a adição de resíduos ao solo pode desencadear o processo de supressividade a doenças (Termorshuizen et al., 2006; Bonanomi et al., 2007).

Partindo da premissa que a adição de resíduos orgânicos ao solo pode promover o controle biológico de patógenos de solo e levando em consideração a abundante disponibilidade dos resíduos de bagaço do coco babaçu (Orbignya phalerata Mart.), casca de mandioca (Manihot esculenta Crantz.) e folhas de eucalipto (Eucalyptus citriodora Hooker M.) no estado, objetivou-se com esta pesquisa avaliar o efeito da incorporação destes resíduos orgânicos como medida alternativa no controle da fusariose do maracujazeiro.

MATERIAL E MÉTODOS

Os experimentos foram conduzidos no Laboratório de Fitopatologia e em condições de casa de vegetação, com temperatura de 27 °C e umidade relativa 85 %, localizados no Núcleo de Biotecnologia Agronômica da Universidade Estadual do Maranhão - UEMA.

Coleta de material vegetal e isolamento de Fusarium oxysporum f. sp. passiflorae

Para detecção da fusariose foram coletadas plantas apresentando sintomas de murcha e escurecimento vascular, nos seguintes pólos de produção de maracujá localizados na Ilha de São Luís/MA: Quebra Pote, Bom Jardim II, Cinturão Verde, Panaquatira e Sítio Bom Jesus/ Cidade Olímpica.

O isolamento do F. oxysporum f. sp. passiflorae foi realizado a partir de fragmentos da região do colo de plantas sintomáticas. Os fragmentos passaram por desinfestação com álcool a 70 %, hipoclorito de sódio a 50 %, seguida de lavagem com água destilada e esterelizada. Realizada a desinfestação, os fragmentos foram plaqueados em meio de cultura batata-dextrose-ágar (BDA). Três dias após isolamento foi efetuada a identificação dos isolados do patógeno com auxílio de microculturas, observandose as características morfológicas dos macroconídios, microconídios e conidióforos (Menezes e Assis, 2004).

Obtenção, análises físico-químicas e microbianas dos resíduos orgânicos

O material utilizado para preparo dos resíduos vegetais foi coletado em diferentes localidades conforme as peculiaridades de cada espécie onde: as cascas de mandioca foram adquiridas em propriedades rurais e em pólos agrícolas de produção de mandioca para fabricação de farinha; o bagaço do coco babaçu foi adquirido da produção extrativista, através do Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB) e da Associação em Áreas de Assentamento no Estado do Maranhão (ASSEMA), como resultado da prensagem das amêndoas do coco babaçu para retirada do óleo e as folhas de eucalipto foram coletadas de plantas adultas no Campus da UEMA.

Em laboratório, o material vegetal passou pelo processo de lavagem, homogeneização e secagem em estufa a 60 °C durante 72 h, sendo triturados em moinho de faca e armazenados em recipientes fechado a 25 °C ± 1, até sua utilização.

Para análise das propriedades químicas, os resíduos foram encaminhados para o Laboratório de Análises de Solo da EMBRAPA Semi-Árido em Petrolina/PE.

A análise microbiológica de cada resíduo foi realizada no Laboratório de Fitopatologia da UEMA, de acordo com Nakasone et al. (1999) com modificações. Os extratos aquosos foram preparados pela imersão em água destilada por 24 h a 25 °C, seguidos de filtragem em papel de filtro. Para quantificação das bactérias totais, 100 jl do extrato aquoso a 10 %, foi espalhado com auxílio da alça de Drigalski sobre placas de Petri contendo meio de cultura BDA. No levantamento dos fungos totais, espalhou-se 0,5 g de cada resíduo sobre o meio BDA contendo antibiótico. As placas foram incubadas à temperatura ambiente (± 26 °C) sob alternância luminosa (12 h no claro/ 12 h no escuro), nos dois experimentos. As avaliações foram realizadas após 24 h para detecção das bactérias, através da contagem das unidades formadoras de colônias e, após 72 h para identificação das espécies fúngicas, com base nas características morfológicas, com auxílio de chaves dicotômicas (Singh et al. 1991; Barnett e Hunter, 1998; Leslie e Summerell, 2006). Os resultados foram analisados pelo número de espécies fúngicas e frequência de colônias bacterianas presentes nos resíduos.

Teste de patogenicidade dos isolados de F. oxysporum f. sp. passiflorae

Os testes de patogenicidade foram realizados em casa de vegetação, onde as mudas de maracujazeiro amarelo foram plantadas em vasos de 2 Kg contendo solo autoclavado e esterco bovino na proporção 3:1, e inoculadas com os isolados do patógeno obtidos durante a coleta em campo.

A inoculação foi realizada através do método de ferimento das raízes, onde foram efetuados sulcos em um dos lados do sistema radicular das plantas para ruptura das raízes, sendo então depositados, nesses sulcos 20 mL da suspensão de conídios por planta, na concentração de 1x106 conídios/mL. A concentração foi ajustada através da contagem de esporos em câmara de Neubauer. Após inoculação, as plantas foram mantidas por 120 dias em casa de vegetação para posterior avaliação da severidade.

A avaliação foi realizada 120 dias após a inoculação (de acordo com pré-teste) com base em escala de notas (Cia et al., 1977), com modificações, onde: nota 1 - plantas sadias; nota 2 - escurecimento interno somente na parte basal das raízes e até 35 % das folhas amareladas; nota 3 - escurecimento acima da parte basal das raízes e até 75 % das folhas amarelecidas; nota 4 - plantas mortas. Após quantificação do amarelecimento foliar, as plantas foram colhidas para avaliação do escurecimento dos vasos xilemáticos por meio de corte longitudinal no colo das plantas (Dias, 2000).

O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado com dez tratamentos (isolados do patógeno) e três repetições, sendo a unidade experimental um vaso contendo uma planta. Os dados obtidos foram avaliados pelo programa ASSISTAT e as médias comparadas pelo Teste de Tukey ao nível de 5 % de probabilidade.

Efeito de diferentes concentrações de extratos aquosos dos resíduos orgânicos no crescimento micelial de F. oxysporum f. sp. passiflorae

Para obtenção dos extratos, os resíduos previamente preparados foram pesados e imersos em água destilada e esterilizada, nas concentrações de 0, 2, 4, 6, 8 e 10 %, e permaneceram por 24 h a 25 °C. Em seguida foram fi ltrados através de membrana de celulose a 0,22 jm, adaptada a seringa, 100 jl de cada extrato foram depositados sobre o meio de cultura BDA e espalhados com alça de Drigalski. Discos de micélio com 6 mm de diâmetro, do isolado mais virulento foram transferidos para o centro das placas contendo os extratos. Em seguida, as placas foram incubados em estufa B.O.D. a 25± 1 °C.

A avaliação da inibição do crescimento micelial foi realizada conforme Nakasone etal. (1999) com modificações, a partir da leitura, a cada 24 horas, do diâmetro da colônia em dois sentidos diametralmente opostos, com auxílio de uma régua milímetrada. As leituras foram concluídas no sétimo dia, período em que o crescimento do fungo na placa testemunha, contendo somente água destilada esterilizada, preencheu todo diâmetro da placa.

O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com arranjo fatorial 6 x 3, sendo seis concentrações e três extratos. Cada tratamento foi constituído de placas contendo patógeno e extrato, com cinco repetições e a unidade experimental foi representada por uma placa de Petri. Os dados foram transformados em √x + 0,5 e submetidos ao teste de Tukey a 5 % probabilidade.

Efeito de diferentes concentrações dos resíduos orgânicos no controle da fusariose do maracujazeiro in vivo

Visando determinar a melhor concentração dos resíduos orgânicos no controle da fusariose, plantas de maracujazeiro amarelo foram transplantadas para vasos com capacidade para 2 kg, contendo solo autoclavado incorporado aos resíduos de babaçu, mandioca e eucalipto, nas concentrações de 0, 20, 40, 60, 80 e 100 g.kg-1 de solo.

O isolado utilizado neste experimento foi selecionado durante o teste de patogenicidade, sendo escolhido o isolado que apresentou sintomas mais severos da fusariose. O preparo do inóculo, a inoculação e a avaliação foram realizadas de acordo com a metodologia já descrita acima. A avaliação foi realizada através da severidade da doença, com base em escala de notas (Cia et al., 1977), com modificações, 120 dias após a inoculação.

O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com seis tratamentos e cinco repetições. A unidade experimental foi composta por um vaso contendo duas plantas. As médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 5 % de probabilidade.

RESULTADOS

Análise das propriedades químicas e microbiológicas dos resíduos orgânicos.

A análise química mostrou diferença no teor nutricional entre os resíduos orgânicos (Tabela 1). O bagaço do coco babaçu apresentou maiores concentrações de nitrogênio, fósforo e potássio com 40, 60; 9,05 e 12,81 g.kg-1 respectivamente. Demonstrou também a maior concentração de manganês (332,00 mg.kg-1) e de magnésio (3,51 g.kg-1).

Na análise das bactérias totais, o resíduo de eucalipto apresentou o maior número de colônias de bactérias com freqüência de 24,71 %, seguido pelos resíduos de bagaço do coco babaçu e mandioca com freqüências de 21,18 % e 18,82 % respectivamente.

Na avaliação dos fungos totais (Tabela 2 ) as espécies observadas com maior freqüência foram Penicillium sp. (Link.), Aspergillus niger van Tieghem, A. flavus Link e A. ochraceus Wilhelm. No resíduo de bagaço do coco babaçu, foi detectada a maior diversidade de colônias fúngicas, com seis espécies identificadas, destacando-se dos demais resíduos, pela presença de Mucorsp. e Fusarium sp. No resíduo de eucalipto foram constatadas a presença de Aspergillus niger, A. flavus e Penicillium sp., e no resíduo de mandioca as espécies Aspergillus niger, A. flavus e A. ochraceus.

Teste de patogenicidade e seleção dos isolados de F. oxysporum f. sp. passiflorae

Na figura 1 pode-se observar que todos os dez isolados obtidos na coleta em campo de cultivo de maracujá foram patogênicos, não havendo diferença significativa quanto sua agressividade, indicando que todas as plantas demonstraram sintomas da fusariose. No entanto, o isolado quatro, oriundo do pólo agrícola de Panaquatira, apresentou maior severidade, sendo este selecionado para ser usado nos demais testes deste trabalho.

Efeito de diferentes concentrações de extratos aquosos dos resíduos na inibição do crescimento micelial de F. oxysporum f. sp. passiflorae

De acordo como os resultados apresentados na tabela 3, pode-se observar que os extratos aquosos inibiram o crescimento do fungo, demonstrando a ação eficiente na inibição do crescimento micelial de F. oxysporum f. sp. passiflorae.

O extrato de bagaço do coco babaçu proporcionou a inibição do crescimento micelial de F. oxysporum em todas as concentrações testadas, no entanto a concentração de 6 % foi a que demonstrou maior eficiência. O extrato da casca de mandioca promoveu inibição parcial do crescimento micelial nas concentrações de 2 % e 10 %, já no extrato de eucalipto as concentrações mais eficientes foram as de 8 % e 10 %, sendo que a concentração de 10 % proporcionou inibição total do fungo em meio de cultura (Tabela 3).

Efeito de diferentes concentrações dos resíduos orgânicos no controle da fusariose do maracujazeiro amarelo in vivo

O resultado da incorporação dos resíduos orgânicos ao solo demonstrou que os resíduos bagaço do coco babaçu a 80 g.kg-1 e casca de mandioca a 60 g.kg-1, apresentaram efeitos positivos no controle da doença, enquanto que o resíduo de folhas de eucalipto não apresentou diferença significativa em nenhuma das concentrações testadas (Tabela 4).

DISCUSSÃO

O resíduo mais eficiente na redução da fusariose do maracujazeiro foi o bagaço do coco babaçu, o que pode ser justificado pelo seu teor nutricional. Morales et al. (2012) relata que no manejo de doenças de plantas deve ser levado em consideração, principalmente, a ação conjunta dos nutrientes, que impossibilitarão o desenvolvimento fúngico através da ação conjunta de vários mecanismos de inibição do patógeno. O fornecimento de nutrientes através da incorporação de resíduos orgânicos pode auxiliar ou mesmo controlar doenças de plantas, segundo Basseto et al. (2007) um dos nutrientes de maior influência sobre as doenças é o potássio, pois age aumentando a espessura da parede celular, proporcionando maior rigidez dos tecidos e promovendo a rápida recuperação após injúrias, e consequentemente torna a planta resistente ao desenvolvimento de alguns patógenos.

Yergeau et al. (2006) verificou que a população de Fusarium sofreu influência com a manipulação do nível de fósforo no solo, reduzindo a incidência da fusariose na cultura do aspargo (Asparagus officinalis L.) em campo. Esses dados corroboram com os resultados obtidos neste trabalho, onde os maiores níveis de fósforo foram detectados nos resíduos de mandioca e babaçu, que proporcionaram maior controle da doença do maracujazeiro.

A redução de doença com incorporação de resíduos também foi observado por Pinto et al. (2010), quando incorporou casca de camarão associada a casca de Pinus na concentração de 4 %, constatando a supressividade da fusariose em crisântemo (Chrysanthemum morifolium L.), causada por Fusarium oxysporum f. sp. chrysanthemi e promoveu o crescimento da planta, devido um aumento nas concentrações dos nutrientes presentes no substrato, como nitrato, magnésio, cálcio, sódio, cloreto e fósforo.

A análise microbiológica dos resíduos mostraram que fungos do gênero Aspergillus e Penicillium foram encontrados em maior quantidade, sugerindo-se que estes estão contribuindo para a supressividade do solo a doença, promovendo atividade biocontroladora. Vários experimentos utilizando fontes de matéria orgânica apresentaram eficiência contra fitopatógenos (Veras et al., 2007; Ambrosio et al., 2008; Ferreira et al., 2009; Castaño et al., 2011; Cruz et al., 2013), devido à comunidade microbiológica associada a ela e a complexa relação que mantêm com a microbiota habitante do solo.

De acordo com Castaño et al. (2011) a natureza química dos materiais a partir do qual o composto orgânico é preparado, determinará a população de microrganismos presente neste. Dentre populações de microrganismos responsáveis pela supressividade de patógenos de plantas, Aspergillus spp. e Pseudomonas spp., apresentam específica taxa de produção de um metabólito antifúngico que promove alterações fisiológicas em F. oxysporum e Streptomyces spp., atuando de forma mais intensa na rizosfera estimuladas pela produção de exsudados vegetais (Weller et al., 2002).

Em testes realizados para verificar a influência de microrganismos antagonistas na ocorrência da murcha bacteriana (Ralstonia solanacearum Smith) em tomateiro, Uesugi e Tomita (2002) comparando a utilização de compostos orgânicos frescos e esterilizados, constataram que nos tratamentos com material esterilizado o percentual de plantas com sintomas foi significativamente maior, cerca de 40 %, enquanto no composto in natura o percentual de incidência chegou a 26,31 %, os autores relacionaram a ação antagônica de microrganismos saprófitos à supressão da doença. Resultados semelhantes foram encontrados por Suárez-Estrella et al. (2007), quando isolaram microrganismos de resíduos oriundos de compostos orgânicos horticulturais e relacionaram a atividade desses organismos à supressão de F. oxysporum f. sp. melonis, identificando várias espécies de Aspergillus, como sendo o microrganismo de maior abundância no composto, sendo considerado potencial agente biocontrolador da doença estudada. Esses dados reforçam os resultados obtidos neste trabalho, confirmando a influencia da composição da microbiota dos resíduos na redução da severidade da fusariose em maracujazeiro.

Os isolados de F. oxysporum f. sp. passiflorae testados mostraram variação na agressividade evidenciando variabilidade genética na população, resultados semelhantes foram encontrados por Bueno et al. (2010), que verificaram que a população fúngica de Fusarium solani em maracujazeiro amarelo apresentou variabilidade quanto a agressividade evidenciando a diversidade genética da espécie.

As concentrações dos extratos aquosos testados inibiram o crescimento micelial de F. oxysporum f. sp. passiflorae, evidenciando eficácia destes extratos no controle deste fungo. O mesmo foi verificado por Ferreira et al. (2009), que constataram que extratos de nim e citronela proporcionaram redução do crescimento micelial desse mesmo patógenos nas concentrações de 4 % e 6 % respectivamente.

Os resultados obtidos com o extrato de eucalipto reforçam o que foi relatado por Felix et al. (2007), que utilizou os extratos vegetais de eucalipto e citronela (Cymbopogon nardus Rendle.) constatando total inibição do crescimento micelial e da esporulação de Glomerella cingulata (Stonem), ressaltaram, ainda, que o principio ativo do eucalipto, o eucaliptol é um antimicrobiano comprovadamente eficiente e sua presença contribuiu significativamente para inibição do crescimento micelial de fungos.

Além da inibição de crescimento micelial de Fusarium, esse resíduo também apresentou efeito sobre outros fitopatógenos como relata Bonaldo et al. (2004), que constataram a eficiência da utilização de extrato aquoso de eucalipto no controle de Colletotrichum lagenarium (Pass.) em pepino (Cucumis sativus L.), que além de inibir a germinação dos esporos e a formação de apressórios do fungo in vitro, ainda apresentou grande potencial em induzir resistência local no pepino contra a antracnose.

Nos resíduos orgânicos, encontram-se substâncias que exercem ação fungicida, bactericida e nematicidas, por isso se tornam uma ferramenta adequada na utilização para o controle de fitopatógenos (Silva et al., 2006), principalmente pelo fato de muitos desses resíduos serem de fácil acesso para pequenos e médios produtores, sendo que a mandioca é abundante em áreas rurais da região Nordeste, aliando-se assim a disponibilidade dos resíduos, a eficiência destes em controlar fitopatógenos, diminuindo os custos com o controle de doenças e proporciona o uso de resíduos locais evitando a entrada de insumos externo nas propriedades rurais.

Vale ressaltar, que pesquisas com resíduos de bagaço do coco babaçu e casca de mandioca no controle de fitopatógenos são raros, mas tornam-se extremamente importantes como alternativas agroecológicas para agricultura familiar.

Os resultados da incorporação dos residuos ao solo indicou a bagaço do coco babaçu e casca de mandioca como eficientes no controle da fusariose do maracujazeiro. Na análise microbiológica, o bagaço do coco babaçu foi o resíduo que apresentou maior quantidade de espécies fúngicas (tabela 2), além de ter apresentado a segunda maior quantidade de colônias bacterianas. Isso comprova o alto grau de atividade microbiológica do resíduo, que pode ter contribuído significativamente no controle da doença através da ação antagônica dos microrganismos presentes. A incorporação de mandioca associado à solarização proporcionou o controle da murcha de fusarium em tomateiro, inativando completamente o Fusarium oxysporum f. sp. lycopersici raça 2 até o 7° dia após a instalação do ensaio, através da liberação dos compostos orgânicos voláteis oriundos da decomposição da mandioca (Wong et al., 2011)

As análises microbiológicas são importantes para quantificar e identificar as comunidades microbianas presentes no resíduo e relacioná-las ao controle da doença. Sabe-se que existem alguns princípios que tornam possível o controle de fitopatógenos utilizando resíduos orgânicos incorporados ao solo, destacando-se a escassez de alimento para o patógeno, aumentando a comunidade microbiológica do solo e a competição por recursos em geral e diminuindo a disponibilidade de nutrientes (Postma et al., 2008), proporcionando uma ação biótica e abiótica a partir da incorporação dos resíduos.

Com o aumento da microbiota do solo vários mecanismos de ação podem estar envolvidos na interação patógeno-hospedeiro destacando-se antibiose, parasitismo, competição, predação e indução de resistência no hospedeiro, formando uma complexa relação para obtenção de recursos essenciais a sobrevivência, que impossibilita a prevalência de apenas um microrganismo, e também a ocorrência da doença (Bettiol e Guini, 2005).

A manutenção da diversidade microbiológica do resíduo de bagaço do coco babaçu pode está relacionada também às altas concentrações N, P, K e Mn encontradas nas análises desse resíduo (tabela 1). Segundo Liu et al. (2008), altos índices de elementos nutricionais no solo favorecem a diversidade microbiológica, auxiliando na ciclagem de nutrientes e na disponibilização dos mesmos para as plantas, que tendem a adquirir maior adaptabilidade e resistência quando a disponibilidade nutricional é favorável, reforçando o papel da supressividade do solo na inibição do desenvolvimento da doença.

A Mandioca possui alta concentração de acido cianídrico, substância altamente tóxica para a maioria dos organismos vivos (Wong et al., 2011). Nascimento (2005) em experimento realizado in vivo também comprovou a eficiência da utilização do resíduo da mandioca no biocontrole da murcha bacteriana em tomateiro, causada por R. solanacearum, na concentração de 20 g.Kg-1 de solo, após 30, 45 e 65 dias da incorporação, resultando na diminuição da severidade da doença. Veras et al. (2007) verificaram também que o bagaço do coco babaçu incorporada ao solo na concentração de 20 g.Kg-1, promoveu a supressividade da fusariose em quiabeiro, constatando alto índices nutricionais e microbiológicos do resíduo. A autora relacionou o resultado positivo aos níveis nutricionais do resíduo e a atividade antagônica dos microrganismos.

Na incorporação de resíduos para controle de doenças é importante salientar que cada patossistema responde de forma específica, fazendo uso de diferentes mecanismos de ação. Termorshuizen et al. (2006) estudaram 18 resíduos e compostos de vários países da Europa em sete patossistemas diferentes para verificar a possível supressão e relacioná-la ao potencial fator inibidor de cada resíduo, em 54 % dos casos estudados verificou-se supressão da doença e em apenas 3 % a doença ocorreu de forma significativa, constatando nas análises com Fusarium oxysporum e com Rhizoctonia solani que o maior fator supressor foi à competição com os demais microrganismos da rizosfera.

Testando o efeito de compostos orgânicos e de adubos comumente comercializados, Van der Gaag et al. (2007) constataram que a ação dos nutrientes e a presença da microbiota ativa dos compostos influenciou na supressão à F. oxysporum f. sp. cyclamini, onde a relação estabelecida pelos microrganismos possibilitou a ação antagônica ao patógeno, influenciada pela presença dos fertilizantes que disponibilizaram maior quantidade de nutrientes para manutenção das comunidades biológicas, reforçando o efeito conjunto dos nutrientes e diversidade microbiana na redução da fusariose do maracujazeiro.

Cruz et al. (2013), estudando a fusariose do tomateiro verificaram que a incorporação das leguminosas leucena, feijão guandu, amendoim forrageiro e feijão de porco foram eficientes no controle da doença, reduzindo a severidade. Essa redução pode ter ocorrido pelo aumento da atividade microbiana e da matéria orgânica presente no solo, sendo Aspergillus niger, Aspergillus flavus, Aspergillus ochracceos e Rhizopus stolonifer as espécies prevalecentes nos resíduos estudados.

Esses resultados mostram-se importantes frente à mudança de paradigma na agricultura e trazem para agroecologia mais uma ferramenta adequada ao processo sustentável que a humanidade necessita e almeja, solucionando de forma coerente os possíveis problemas fitossanitários decorrentes, diminuindo a utilização indiscriminada de agrotóxicos, já que é crescente a procura por alimentos mais nutritivos e sem substância toxicas.

CONCLUSÕES

Os resíduos orgânicos de bagaço do coco babaçu e casca de mandioca possuem potencial para o controle da fusariose do maracujazeiro amarelo. Pesquisas adicionais são necessárias para elucidar com maior precisão a forma como o complexo mecanismo de controle atua e identificar a exata influência de cada um dos elementos envolvidos, principalmente em campo, onde a amplitude do controle abrange ainda mais fatores que influenciam ou não, a ocorrência da doença.


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