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Semestre Económico

Print version ISSN 0120-6346

Semest. Econ. vol.22 no.51 Medellín Apr./June 2019

https://doi.org/10.22395/seec.v22n51a1 

Editorial

APRESENTAÇÃO

Abraham Allec Londoño Pineda* 

* Editor


A edição 51 da revista Semestre Económico está composta por sete artigos em que são apresentados temas dos campos de pesquisa definidos no escopo da revista, como: desenvolvimento econômico, desenvolvimento regional e competitividade, economia ambiental e sustentabilidade, aspectos microeconômicos referentes a elementos conceituais que devem ser considerados ao analisar diferentes mercados, bem como o estudo de agregados macroeconômicos e da economia do setor público. Dos sete artigos apresentados neste número, quatro são de pesquisa e três de revisão. Foram realizados por dez autores, seis da Colômbia, dois da Argentina, um do Peru e um da Espanha.

No primeiro artigo “Desenvolvimento à escala humana dos imigrantes venezuelanos em San José de Cúcuta”, Eder Alexander Botello Sánchez, Ángel David Ramírez Romero e Jorge Andrés Flores Rolón, da Universidad de Pamplona (Santander, Colômbia) constroem uma matriz de necessidades axiológicas e existenciais a partir de entrevistas focadas na população imigrante venezuelana que está de passagem no abrigo dos Scalibrini. As entrevistas são analisadas por meio de redes se mânticas tendo em vista a condição atual dos imigrantes e sua visão de desenvolvimento, tudo isso mediante o uso do software Atlas Ti. Os resultados indicam que o desenvolvimento que os imigrantes venezuelanos encontram na cidade não é o que esperavam, portanto as condições afetam o desenvolvimento à escala humana para essa população. Esse desenvolvimento consiste na satisfação das necessidades fundamentais, as quais não estão sendo supridas de maneira adequada na sociedade de acolhida, o que impede melhorar a qualidade de vida desses imigrantes.

Na segunda contribuição, Carlos Andrés Díaz Restrepo e Marlen Isabel Redondo Ramírez, da Universidad Católica de Pereira e da Universidad Libre, sede Pereira (Risaralda, Colômbia), respectivamente, avaliam a eficiência dos contratos forward derivados da taxa de câmbio de dólar americano/peso colombiano, como instrumentos de cobertura de risco cambial. Para isso, analisam os preços spot e forward USD/COP para o período compreendido entre 2011 e 2017, avaliando seu risco por meio do VaR (value at risk) e avaliando seus impactos como instrumento de cobertura de risco da taxa de câmbio. Os resultados refletem que, nesse período, as empresas que realizaram operações em dólares estiveram expostas a um alto risco cambial. Além disso, evidencia-se baixa liquidez dos instrumentos de cobertura forward, razão pela qual o Banco da República da Colômbia deve criar geradores de mercado, similares aos produzidos pela compra e venda de divisas à vista, a fim de garantir maior liquidez nos forwards.

No terceiro artigo, Javier Pérez Ibáñez, da Universidad Nacional de San Martín (Buenos Aires, Argentina), realiza uma revisão aprofundada do estado da arte das cadeias globais de valor. Para cumprir com esse objetivo, são expostos os principais debates sobre a forma particular em que a produção é organizada no âmbito mundial e são revisados os posicionamentos acadêmicos em torno dos efeitos que eles provocam no desenvolvimento econômico. Entre seus resultados, destaca-se o fato de identificar três variantes existentes sobre como entender as cadeias: como condução, como coordenação e como normatividade. Além disso, verificou-se que os posicionamentos da Organização Mundial do Comércio, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômicos e do Banco Mundial susten tam que elas geram efeitos positivos sobre o crescimento, à medida que se aprofunda a abertura comercial, enquanto as posturas neoschumpeterianas defendem que, embora as cadeias estabeleçam condições para o crescimento, dependem de políticas ativas no upgrading de tal maneira que as empresas escalem a segmentos que agreguem mais valor.

No quarto trabalho, Pedro Barrientos Felipa, da Universidad Nacional Mayor de San Marcos, mostra que, embora a quantidade de hectares produtivos tenha aumentado no Peru, a integração do pequeno agricultor aos mercados de exportação é ainda limitada. Para isso, o autor analisa o comportamento dos pequenos agricultores no Peru, a forma como são integrados às cadeias de valor internacional, o que é complementado com questionários a pequenos produtores do Valle de Lunahuaná (Lima, Peru), bem como entrevistas realizadas a especialistas no tema. Os resultados indicam que a integração dos pequenos agricultores de Lunahuaná é viável, mas precisam de ferramentas que estimulem e fortaleçam sua atividade econômica. Nesse sentido, o Estado deve apoiar os pequenos produtores em aperfeiçoamentos, financiamentos e busca de mercados, para que, dessa forma, possam ter acesso aos mercados internacionais e consolidar-se neles.

No quinto trabalho, Silvia Gorenstein, da Universidad Nacional del Sur (Buenos Aires, Argentina), apresenta uma revisão profunda das abordagens do debate teórico atual sobre as atividades baseadas na exploração de recursos naturais (RN). Esse trabalho aborda elementos da economia política e do campo das Ciências Sociais, explicando suas derivações teóricas na caracterização das RN e das atividades extrativas, a renda na integração a cadeias globais de valor, o papel do Estado e as repercussões nos processos de desenvolvimento dos países da América Latina. Essa revisão permite concluir que continuam válidas as correntes críticas do modelo ex trativista, ao mesmo tempo que se apresenta a consolidação das correntes associadas à governança, em que são apreciadas as discussões acerca do exercício das funções do Estado e dos limites de sua capacidade regulatória. Por último, observa-se, no debate das RN, a instalação da noção de desenvolvimento sustentável, o que indica que se pretende incluir outras dimensões à tradicional dimensão econômica nos debates sobre acumulação e território, como as de tipo ambiental e social.

No sexto artigo, Luis Francisco Gómez López, da Universidad Militar Nueva Granada (Cajicá, Colômbia), apresenta uma abordagem geométrica e algébrica para ensinar o conceito de elasticidade para estudantes de graduação com diferentes níveis de conhecimento em matemática e indica por que é necessário introduzi-lo a partir da noção da pendente de uma função. Para isso, faz uma revisão do conceito, em que aborda as principais propriedades associadas com a elasticidade em termos discretos e contínuos, e com argumentos geométricos necessários, mas sem separá-los de seu contexto de desenvolvimento histórico. Conclui-se que essa abordagem gera uma contribuição pedagógica para o ensino da Economia, pois se constitui em uma forma mais adequada de ensinar o conceito.

Para finalizar, no sétimo artigo, Manuel Jaén García, da Universidad de Almería (Almería, Espanha), faz uma comparação empírica de modelos alternativos, que incluem variáveis tanto do lado da oferta quanto do da procura, para estudar a evolução do gasto público na Espanha de 1964 a 2016. Para atingir esse objetivo, utiliza uma metodologia de raízes unitárias e cointegração em séries temporais para comparar os modelos, tendo como base modelos de retardo distribuído autorregressivo para o longo prazo e modelos de correção de erros para o curto. Os resultados indicam que, dos três modelos considerados, o que melhor explica o comportamento do setor público espanhol é o modelo de finanças públicas ao qual foi agregada a variável explicativa da burocracia.

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