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ORINOQUIA

versão On-line ISSN 0121-3709

Orinoquia vol.22 no.1 Meta jan./jun. 2018

https://doi.org/10.22579/20112629.473 

Editorial

Escrever para ser citado ou lido: para a dinâmica do acesso aberto

Víctor Mauricio Medina Robles1 

1Profesor - Universidad de los Llanos. Editor Revista Orinoquia - Villavicencio - Colombia


O avanço das ferramentas de informação tecnológica tem levado à diversificação de oportunidades para comunicar os resultados da pesquisa ou produção de novos conhecimentos de maneira precisa, reprodutível e completa. No entanto, a comercialização de conhecimento através de plataformas comerciais para fins lucrativos e a imposição de critérios de qualidade baseados principalmente no número de citações (fator de impacto) por documento, gerou um processo complexo de acesso à informação científica, desencadeando uma perda do prazer de escrever e o objetivo real pelo qual devemos realizar este trabalho como acadêmicos. Isso leva ao fato de que a informação não pode ser usada com o fim de gerar um impacto positivo real nas comunidades para as quais os projetos de pesquisa são desenvolvidos, mas, ao contrário, simplesmente incita a necessidade de publicar para ser citado num círculo científico que muitas vezes tem como pano de fundo a premissa de responder a um sistema de reconhecimentos e estímulos de vários tipos, estabelecidos a partir das políticas de ciência e educação impostas em diferentes países, não só na América Latina.

Existem várias iniciativas propostas em torno da dinâmica do acesso aberto (Open Access) para informações especializadas, principalmente artigos acadêmicos e científicos, respeitando o princípio legal do direito autoral. Entre elas, estão incluídas declarações diferentes, como a de Budapeste, em 2002, a de Bethesda, em 2003, e a de Berlim, no mesmo ano, que apoiaram amplamente o conceito de acesso aberto1. Esse tipo de exercício, sob diferentes pontos de vista, possibilita o acesso gratuito a informações científicas construídas de maneira metódica e responsável, tendo princípios de qualidade editorial, mas a razão mais importante deve ser potenciar o impacto dos novos conhecimentos no foco real das necessidades da sociedade, transcendendo o seu alcance social e aplicabilidade, como uma forma tangível de medir impactos e compensação real dos recursos públicos investidos na pesquisa desenvolvida em muitos países.

Além da possibilidade de que os editores liderarão uma revista científica para alcançar os mais altos padrões de qualidade em suas publicações, é permitir de forma concreta a sua visibilidade e livre acesso sob os critérios de direitos autorais e reprodutibilidade do conteúdo científico, sendo que cada vez é mais difícil cumprir as diretrizes de “qualidade” impostas pelos sistemas nacionais de classificação de periódicos, que respondem amplamente aos padrões de métricas de corporações internacionais que desconhecem totalmente os parâmetros locais de avaliação e que retardam significativamente o progresso de revistas regionais. Redalyc (Rede de Revistas Científicas da Revistas América Latina, Caribe, Espanha e Portugal) é um exemplo de projeto acadêmico para disseminar o acesso aberto e a publicação da atividade científica, que é impulsionada pela Universidade Autônoma do Estado do México, em colaboração com centenas de instituições de ensino superior2. Da mesma forma, o SciELO (Scientific Electronic Librar é um modelo de publicação eletrônica cooperativa de periódicos científicos, que atingiu dezenove anos de operação em 2018, tornando-se uma das redes ibero-americanas de maior impacto e visibilidade para os periódicos indexados lá. y Online)3

Estas duas redes de acesso aberto, para citar apenas alguns, também realizam uma medição detalhada, responsável e de qualidade dos critérios internacionais para a realização de métricas que demonstram o impacto e a visibilidade do que escrevemos na América Latina, de uma forma mais objetiva e acoplada ao nosso contexto de desenvolvimento de pesquisa e aos verdadeiros usuários dos novos conhecimentos produzidos, que devem ser analisados ​​e contemplados com maior participação para a estruturação de critérios para a classificação de periódicos e grupos de pesquisa na Colômbia.

Consequentemente, devemos continuar somando esforços de cada um dos órgãos editoriais das revistas científicas mundiais, que entenderam que o acesso aberto não leva a diminuir a qualidade editorial e o conteúdo das publicações, mas, ao contrário, torna-se uma oportunidade para que toda vez que o conhecimento seja produzido por grupos de pesquisa apoiados por recursos financeiros públicos ou privados, seu trabalho chegue à comunidade em geral. A Universidad de los Llanos, entende o contexto da região e como editor atual de Orinoquia, sei que a necessidade de um equilíbrio entre a nossa publicação regional, e o que acontece em outros países cujos objetivos em ciência, tecnologia, desenvolvimento e inovação estao avançando no mesmo caminho. Ter maior visibilidade e ser mais lido nas comunidades científica e comum, é possível com o trabalho constante e responsável de pesquisadores e órgãos editoriais e com plataformas que permitem o acesso aberto à informação, sem submeter-se a diretrizes ou políticas de quantificação, que em muitos casos, não se aplicam ao contexto local e nacional, e que, ao contrário, diminuem a possibilidade de gerar verdadeiras mudanças na sociedade por meio do que produzimos como resultados do processo de pesquisa.

1Suárez DJC. Qual é o acesso aberto ou conteúdo de acesso aberto? Revista de Propriedade Intangível. 2015. 20: 119-134. DOI: http://dx.doi.org/10.18601/16571959.n20.06

2Sistema de Informação Científica Redalyc Rede de Revistas Científicas da América Latina e Caribe, Espanha e Portugal. 2017. Em: http://www.redalyc.org/redalyc/media/redalyc_n/Estaticas3/mision.html

3SciELO (Scientific Eletronic Library Online). 2018. Em: http://www.scielo.org.co

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