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Avances en Enfermería

versão impressa ISSN 0121-4500

av.enferm. vol.31 no.1 Bogotá jan./jun. 2013

 

av.enferm., XXXI (1): 141-158, 2013

Artículo de revisión

Segurança do trabalhador na Manipulação de antineoplásicos.

Worker security in handling antineoplastic.

Seguridad del trabajador en la Manipulación de antineoplásicos.

Monique Haenscke Senna1, Aline Lima Pestana2, Gabriela Marcellino de Melo Lanzoni3, Alacoque Lorenzini Erdmann4,Betina Hörner Schlindwein Meirelles5

1Enfermeira, Universidade Federal de Santa Catarina, Programa de Pós- Graduação em Enfermagem, Universidade Federal de Santa Catarina/PEN/UFSC, Bolsista CAPES, Integrante do Grupo de Pesquisas em Administração e Gerência do Cuidado em Saúde e Enfermagem (GEPADES). E-mail: moniquehsenna@hotmail.com. SC. Brasil.

2Mestre em Enfermagem, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Programa de Pós Graduação em Enfermagem, Universidade Federal de Santa Catarina/PEN/UFSC, Bolsista CNPq, Integrante do GEPADES. E-mail : aline_lima_pestana@yahoo.com.br, SC. Brasil.

3Enfermeira. Doutora em Enfermagem, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Programa de Pós Graduação em Enfermagem, Universidade Federal de Santa Catarina/PEN/UFSC, Bolsista CAPES, Integrante do GEPADES. E-mail : gabimrc@gmail.com, SC. Brasil.

4Enfermeira. Doutora em Filosofia. Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Professora Titular do Departamento de Enfermagem e do Programa de Pós Graduação em Enfermagem, Universidade Federal de Santa Catarina/PEN/UFSC, Pesquisadora 1A do CNPq, Líder do GEPADES. E-mail : alacoque@newsite.com.br, SC. Brasil.

5Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Docente da Universidade Federal de Santa Catarina/PEN/UFSC, Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq, Integrante do GEPADES. E-mail : betinahsm@ig.com.br, SC. Brasil.

Recibido: 03/03/2011. Aprobado: 10/04/2013


Resumo

Os profissionais de saúde que atuam em unidades hospitalares encontram-se expostos a vários riscos como acidentes e doenças ocupacionais sendo que a manipulação de quimioterápicos antineoplásicos é o principal risco químico para eles. Assim, este estudo teve verificar as contribuições e os desafios da segurança do trabalhador da enfermagem na manipulação de antineoplásicos identificados na literatura científica. Trata-se de um estudo bibliográfico cuja coleta de dados foi realizada através dos títulos e resumos dos artigos científicos no período de 1999 a 2010, nas bases de dados LILACS e MEDLINE, e na biblioteca eletrônica SciELO. Utilizaram-se como descritores: Antineoplásicos (Antineoplastic Agents), Quimioterapia (Drug Terapy), Biossegurança (Exposure to Biological Agents), Segurança do trabalhador (Occupation health). Todos associados à Enfermagem (Nursing). A partir da combinação dos descritores foram localizados 3418 artigos, que após critérios de seleção resultou em 33 artigos para análise. Apresentase a caracterização dos estudos encontrados segundo o tipo, ano de publicação, cenários e sujeitos mais pesquisados, bem como, as categorias resultantes da análise de conteúdo, quais sejam: segurança do trabalhador na manipulação de antineoplásicos; profissionais de saúde; os riscos ocupacionais; e, biossegurança para educação em saúde. Conclui-se que é indispensável à atuação do enfermeiro em ações de educação permanente com os profissionais de enfermagem, a fim de evitar possíveis danos que interfiram em sua saúde.

Palavras-chave:enfermagem, antineoplásicos, quimioterapia, exposição a agentes biológicos. (Fonte: DeCS, BIREME)


Resumen

Los profesionales de la salud que se desempeñan en unidades hospitalarias están expuestos a diferentes riesgos de accidentes y enfermedades ocupacionales, siendo la manipulación de quimioterápicos antineoplásicos el riesgo químico principal para ellos. Es por ello que el objetivo de este estudio es conocer los hallazgos científicos sobre seguridad del trabajador en la manipulación antineoplásico. Se trata de un estudio bibliográfico cuya compilación de información se realizó a través de los títulos e resúmenes de los artículos científicos del periodo que va desde 1999 hasta 2010, en las bases de datos LILACS y MEDLINE, así como en la biblioteca electrónica SciELO. Las palabras clave utilizadas fueron: Antineoplásicos (Agentes antineoplásicos), Quimioterapia (Terapias medicinales), Bioseguridad (Exposición a agentes biológicos), Seguridad del trabajador (Salud ocupacional), todos vinculados con el ámbito de la enfermería. Con la combinación de las palabras clave en la investigación, se encontraron 3418 artículos, que tras aplicar los criterios de selección resultaron en 33 artículos para análisis. La caracterización de los estudios encontrados se presenta según el tipo, año de publicación, escenarios e sujetos más estudiados, así como las categorías resultantes del análisis de contenido, es decir: seguridad del trabajador en la manipulación de antineoplásicos; profesional de la salud; riesgos ocupacionales; y bioseguridad para la educación en salud. Se concluye que la participación del enfermero en actividades educativas permanentes con profesionales de la enfermería es indispensable para evitar posibles daños que puedan afectar su salud.

Palabras Clave:enfermería, antineoplásicos, quimioterapia, exposición a agentes biológicos. (Fuente: DeCS, BIREME)


Abstract

Health professionals working in hospitals are exposed to various risks of accidents and occupational diseases and the handling of antineoplastic drugs is the main chemical risk to them. Thus, this study aimed to know the scientific production on nursing worker safety antineoplastic manipulation. This is a bibliographic study whose data collection was carried out through the titles and abstracts of scientific articles in the databases LILACS and MEDLINE, and electronic library SciELO in the period 1999-2010. As descriptors the following terms were used: antineoplastic (Antineoplastic Agents), Chemotherapy (Drug therapy) Biosecurity (Exposure to Biological Agents), Worker Security (Occupation health). All of them associated with Nursing. From the combination of descriptors 3418 articles were located, which after an accurate selection criteria 33 articles resulted selected for analysis. In this study we present the characterization of the studies found by type, year of publication, scenarios and most researched subject, as well as the resulting categories of content analysis, namely: worker safety in handling antineoplastic agents; health professionals; occupational risks, and biosecurity for health education. We conclude that it is essential nurses to participate in permanent education activities with nursing professionals, in order to avoid possible damage that might affect their health.

Keywords:nursing, antineoplastics, chemotherapy, exposition to biological agents. (Source: DeCS, BIREME)


Introdução

O trabalho em saúde não tem como produto final uma mercadoria pesada ou mensurada através de meios objetivos. Inserido no setor de serviços, sua meta final é a prestação de um atendimento de qualidade, seja de prevenção, diagnóstico, tratamento ou reabilitação.

Neste contexto, o cuidado de enfermagem é produto e resultado das múltiplas interações humanas e qualifica- se ao mobilizar distintas dimensões constituintes da natureza humana (1). Partindo de sua natureza relacional vislumbram-se suas potencialidades, bem como, sua possibilidade de fragilizar os seres envolvidos neste processo, em especial, o profissional de enfermagem.

A enfermagem, que representava em 2006, aproximadamente, 58% dos trabalhadores em saúde no Brasil (2), está exposta a riscos de diversas ordens no seu cotidiano, entre eles: ergonômicos, físicos, químicos, psicológicos e biológicos (3). Estudos revelam que em algumas instituições hospitalares brasileiras os acidentes de trabalho envolvem em sua maioria técnicos e auxiliares de enfermagem, sendo as mãos a parte do corpo mais atingida com a exposição a materiais biológicos no manuseio de materiais perfurocortantes (4,5).

Apesar dos antineoplásicos não serem materiais biológicos, eles trazem riscos potenciais não apenas para o cliente, mas também aos profissionais de saúde que preparam e administram estes medicamentos, devido a sua natureza tóxica (6).

Denominam-se de agentes antineoplásicos, quimioterápicos ou citostáticos, os fármacos utilizados, isolados ou em combinação, com o objetivo de erradicar neoplasias. A utilização desses fármacos tem aumentado consideravelmente nos últimos anos, devido as suas propriedades terapêuticas tais como curar, melhorar a sobrevida e promover efeito paliativo aos pacientes oncológicos (7). Contudo, seus efeitos mutagênicos, carcinogênicos e teratogênicos podem oferecer riscos para os profissionais que os manipulam, quando medidas de segurança não são adotadas.

Entende-se por acidentes de trabalho os “agravos à saúde dos trabalhadores decorrentes da atividade laboral, das condições ambientais onde o trabalho é realizado, das características físicas e psíquicas do trabalhador, do contexto social, econômico e político” (4). Como medida preventiva e formativa, a biossegurança tem sido citada em alguns estudos (5, 11) como prioridade na agenda da educação permanente das instituições visando à minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades laborais através de um conjunto de ações voltadas para a proteção à vida (12).Os profissionais de saúde, especialmente aqueles que atuam em unidades hospitalares, encontram-se expostos a maiores riscos ocupacionais, sendo essa categoria considerada de alto risco para acidentes e doenças ocupacionais (8). É importante ressaltar que dentre os riscos químicos, a principal exposição ocupacional é a manipulação de quimioterápicos antineoplásicos (9). Essa situação pode ser evidenciada no estudo realizado entre 2001 e 2008 em um hospital universitário onde foi registrado 38 acidentes de trabalho, sendo que 34 envolviam profissionais de saúde (10).

Entende-se por acidentes de trabalho os “agravos à saúde dos trabalhadores decorrentes da atividade laboral, das condições ambientais onde o trabalho é realizado, das características físicas e psíquicas do trabalhador, do contexto social, econômico e político” (4). Como medida preventiva e formativa, a biossegurança tem sido citada em alguns estudos (5, 11) como prioridade na agenda da educação permanente das instituições visando à minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades laborais através de um conjunto de ações voltadas para a proteção à vida (12).

Diante das inúmeras variáveis que compõem o trabalho em saúde e do cenário apresentado questiona-se: o que a enfermagem tem produzido de conhecimento sobre a segurança do trabalhador de saúde na manipulação de antineoplásicos? Quais as contribuições e desafios vislumbrados na literatura científica acerca da segurança do trabalhador de saúde na manipulação de antineoplásicos? Assim, este estudo tem por objetivo verificar as contribuições e os desafios da segurança do trabalhador da enfermagem na manipulação de antineoplásicos identificados na literatura científica.

Metodologia

Realizou-se uma pesquisa bibliográfica, que teve como objeto de estudo artigos referentes à segurança do trabalhador de saúde que manipulam antineoplásicos publicados no período de 1999 a 2010. A pesquisa bibliográfica tem por objetivo conhecer as diferentes contribuições científicas disponíveis sobre determinado tema e destaca- se pelo processo de leitura atenta e sistemática que se faz acompanhar de anotações e fichamentos (13). Propicia ainda o exame de um tema específico sob novo enfoque, chegando a conclusões inovadoras e contribuindo para a determinação do estado da arte (14,15).

Os artigos foram selecionados por meio de duas bases de dados da área da saúde, LILACS (Literatura Latino-Americana em Ciências de Saúde) e MEDLINE (Medical Literature Analysis), e na biblioteca eletrônica SciELO (Scientific Electronic Library Online), utilizando os seguintes descritores contemplados nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): Antineoplásicos (Antineoplastic Agents), Quimioterapia (Drug Terapy), Biossegurança (Exposure to Biological Agents), Segurança do trabalhador (Occupation health). Todos associados à Enfermagem (Nursing). A partir da combinação dos descritores foram localizados 3418 artigos resultantes da leitura criteriosa do título e do resumo, a fim de verificar a adequação com os critérios de inclusão e a pergunta de pesquisa. Os critérios de inclusão foram: artigos originais e revisões de literatura disponíveis na íntegra, que abordaram a temática segurança do trabalhador, dentro de todas as áreas de interesse da enfermagem; publicados em português no período de janeiro de 1999 a agosto de 2010.

Foram excluídos artigos de reflexão, editoriais, resumos de anais, teses, dissertações, documentos oficiais de programas, livros, publicações que não se enquadraram no recorte temporal estabelecido e estudos que não apresentavam aderência com o escopo do estudo. As produções encontradas em mais de uma base de dados foram considerados somente uma vez. A amostra final foi composta por 33 artigos científicos.

Desenvolveu-se uma planilha para sistematizar a coleta que foi preenchida com os dados dos artigos selecionados. A planilha continha os seguintes itens para identificação dos estudos e registro das informações: ano de publicação; autores; título; periódico; objetivo; delineamento; população; cenário da pesquisa; contribuições e desafios acerca da segurança do trabalhador de enfermagem na manipulação de antineoplásicos.

Os artigos encontrados foram numerados por ordem crescente do ano de publicação, e os dados foram analisados, pela estatística descritiva e Análise Temática, que “consiste em descobrir os núcleos de sentido que compõem uma comunicação cuja presença ou frequência signifiquem alguma coisa para o objetivo analítico visado” (16). A noção de Tema está ligada a uma afirmação a respeito de determinado assunto e pode ser apresentada por uma palavra, frase ou resumo. A operacionalização do estudo seguiu as três etapas da Análise Temática. A primeira etapa ou de Pré-análise compreendeu na leitura exaustiva dos artigos (leitura flutuante), seguida da organização do material (Constituição do Corpus) e a formulação de hipóteses. A segunda etapa compreendeu a exploração do material, que consistiu na codificação dos dados brutos. Por último, foi realizado o tratamento dos resultados e interpretação apresentados em unidades temáticas. O processo analítico permitiu a construção de três unidades temáticas.

Resultados e discussão

Caracterização dos estudos segundo o tipo, ano de publicação, cenários e sujeitos mais pesquisados.

Do total da amostra selecionada, destaca-se que 10 (30,3%) caracterizam-se como artigos de revisão de literatura e 23 (69,69%) como pesquisa original, sendo que 12 (36,36%) de natureza qualitativa, 9 (27,27%) quantitativa e 2 (6,06%) de natureza quantitativa e qualitativa.

O maior número de publicações sobre a segurança do trabalhador de saúde que manipulam antineoplásicos foi encontrado no ano de 2004, correspondendo a 24,2% das publicações, seguido do ano de 2008 com 21,2%, conforme pode ser visto no Gráfico 01. Este fato pode está associado ao lançamento da Política Nacional de Segurança e Saúde do trabalhador, implantada no Brasil em 2004.

Ao analisarmos os cenários onde os estudos foram desenvolvidos observa-se o ambiente hospitalar como prevalente ao apresentar 17 (51,1%) ocorrências, como apresentado no Gráfico 2. Relaciona-se o achado ao fato dos hospitais oferecerem diversos riscos a saúde dos trabalhadores, já que através da realização de procedimentos terapêuticos há a possibilidade de adquirir doenças oriundas do ambiente de trabalho.

O gráfico 3 demonstra que os sujeitos da pesquisa, na maioria, são membros da equipe de enfermagem, estando presente em 9 das 33 pesquisas (27,3%). Isto ocorre pelo fato da equipe de enfermagem estar em contato direto com os pacientes durante a assistência e ao número elevado de procedimentos realizados por estes profissionais, proporcionando- lhes uma maior exposição a fatores de risco, como o contato com quimioterápicos antineoplásicos.

Após a análise dos dados encontrados nos artigos emergiram três categorias a seguir: Segurança do trabalhador na manipulação de antineoplásicos; Riscos ocupacionais: desafios para os profissionais de enfermagem; e, Educação em saúde como contribuição para biossegurança.

Segurança do trabalhador na manipulação de antineoplásicos

A saúde do trabalhador é um campo específico da área da saúde pública que procura atuar através de atividades que se destinam à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores durante o exercício de sua função, assim como visa à recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das suas condições de trabalho. A prevenção através da detecção de fatores de risco que possam interferir na sua saúde é uma das maneiras de detecção, como também o rastreamento e o diagnóstico precoce de agravos à saúde relacionados ao ambiente de trabalho (17,18).

A integridade física e mental dos trabalhadores da saúde é uma das prioridades hoje discutidas nos serviços de saúde do país, pois há um crescimento do número de adoecimento em função do ambiente de trabalho. O que se observa nos hospitais, considerados ambientes insalubres, é a sobrecarga dos trabalhadores e um grande número de pacientes aliado a diversos fatores de risco, como agentes químicos, físicos e biológicos, influenciando negativamente na qualidade da assistência prestada aos pacientes e sua família. É importante o resgate da promoção da saúde do trabalhador de enfermagem que manipula antineoplásicos, ressaltando a ideia de que muitos dos agravos são previsíveis e, portanto, evitáveis (19).

Historicamente, os trabalhadores da área da saúde não eram considerados como categoria profissional de alto risco para acidentes de trabalho. A preocupação com os riscos ocupacionais a que os profissionais de saúde estavam expostos surgiu a partir da epidemia da AIDS, quando foram estabelecidas normas para as questões de biossegurança no ambiente de trabalho (20, 21,22).

Com o intuito de proteger e promover a saúde dos trabalhadores da área da saúde criou-se a portaria nº 37 de 06/12/2002, que institui a Norma Regulamentadora (NR) 32, que trata especialmente da saúde e segurança do trabalhador nas instituições de saúde. Essa norma estabelece diretrizes para a implementação de medidas de proteção a saúde dos trabalhadores nos ambientes de trabalho, passando a servir como fonte de saber para repensar a saúde do trabalhador de enfermagem e propor alternativas de mudanças para os comprometimentos das normas de segurança existentes (16, 23). Dentre as medidas de proteção da saúde do trabalhador que interage com antineoplásico destacam-se os equipamentos de proteção individual (EPIs) como os óculos e máscaras de proteção, luvas de látex e avental, assim como os equipamentos de proteção coletiva (EPC) como a capela de fluxo laminar (24). O EPI é direito de qualquer trabalhador que necessite de sua utilização para desenvolver suas atividades, entretanto, não deve servir como uma medida paliativa para mascarar uma atividade de trabalho inapropriada (18). A utilização de equipamentos de proteção é uma das maneiras do profissional prevenir-se de riscos presentes em seu ambiente de trabalho, evitando assim possíveis danos a sua saúde.

Riscos ocupacionais: desafios para os profissionais de enfermagem

Os hospitais são considerados locais insalubres de trabalho por oferecerem diversos riscos à saúde dos trabalhadores e dos pacientes, uma vez que estão constantemente suscetíveis a contrair doenças através de procedimentos e ações que envolvam diversos riscos, com consequências imediatas ou tardias (25, 26). Os acidentes de trabalho são potencialmente capazes de prejudicar a produtividade do trabalhador e a qualidade da assistência prestada aos pacientes, como também podem provocar, silenciosamente, agravos à saúde do profissional de enfermagem (18,6). Os tipos de agravos relacionados ao trabalho são classificados em duas categorias, o primeiro inclui o risco imediato que rompe com o desenvolvimento das atividades do profissional e o seu ambiente de trabalho, como os acidentes e intoxicações de origem profissional. O segundo grupo relaciona-se aos agravos de carácter crônico, como a doença ocupacional (20).

A equipe de enfermagem faz parte de um grupo de profissionais sujeitos à exposição constante a agentes físicos, químicos e biológicos. O número elevado de exposições relaciona-se ao fato destes profissionais estarem em contato direto na assistência prestada aos pacientes e também ao tipo e à frequência de procedimentos realizados. Nos últimos anos, houve um aumento de estudos evidenciando os perigos a que os trabalhadores da equipe de enfermagem estão expostos, constando-se que eles conhecem os riscos de forma genérica e que esse conhecimento não se transforma numa ação segura de prevenção de acidentes e doenças ocupacionais (22).

Os riscos químicos constituem um importante fator predisponente a doenças ocupacionais e uma ameaça à segurança em muitos ambientes hospitalares. A manipulação inadequada de substâncias químicas, como os gases anestésicos, esterilizantes e drogas quimioterápicas antineoplásicas, são capazes de produzir alterações sistêmicas nocivas ao trabalhador em contato direto com estas substâncias, dependendo da concentração e do tempo de exposição (27).

Apesar do reconhecimento do risco a que estão expostos, muitos trabalhadores da equipe de enfermagem que lidam com drogas antineoplásicas não adotam as normas estabelecidas pelo Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) – órgão que regulamenta a prática de enfermagem no Brasil – e pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), possibilitando uma maior exposição do profissional a fatores de risco, que resulta em negligência e descaso com a própria saúde, destacando-se que os efeitos adversos ao contato direto com quimioterápicos podem causar desde uma simples cefaléia a neoplasias tardias (23, 27).

A adesão às medidas de biossegurança pelos trabalhadores de enfermagem é na maioria das vezes descontínua e também contraditória. Apesar de eles reconhecerem os riscos a que estão expostos e de estarem em contato direto com o paciente durante a assistência prestada, observamos o descaso quanto à proteção dos efeitos que esta exposição pode lhes causar (27, 29). Entre os fatores que contribuem para o descaso com a própria saúde e a falta de adesão às normas de segurança e precauções por parte dos profissionais, destacam-se: a sobrecarga de trabalho, déficit de conhecimento, falta de motivação dos profissionais que desenvolvem a mesma atividade há muitos anos, assim como a influência negativa de membros mais experientes, entre outros. O não reconhecimento da importância das normas de biossegurança pelo trabalhador de enfermagem é fator fundamental para o aumento da incidência de acidentes de trabalho e desenvolvimento de doenças ocupacionais nas instituições de saúde (31).

Educação em saúde como contribuição para biossegurança

A biossegurança é definida como o conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação de riscos visando à saúde do homem, a preservação do ambiente e a qualidade dos resultados, agindo como um guia para a adequação de normas que visem à proteção dos trabalhadores de saúde (31).

É fundamental a conscientização e a educação permanente destes profissionais. Neste sentido, se faz necessário colocar a biossegurança em um cenário que permita aos trabalhadores entenderem sua importância como instrumento de proteção da vida em qualquer que seja o ambiente de trabalho e por menor que seja a exposição aos fatores de risco (32, 29).

É importante a equipe de enfermagem incorporar reflexões a respeito das mudanças de comportamento, assim como a origem do acidente de trabalho ou doença ocupacional, a fim de reformular estratégias que visem à saúde do profissional. Conhecer e compreender as transformações oriundas do ambiente de trabalho é necessário para que se possam atender as necessidades básicas, alcançando uma adequada qualidade de vida dos trabalhadores de saúde (33). O local de trabalho exerce grande influência sobre o estado de saúde físico e mental dos profissionais de saúde. Neste sentido, há a necessidade de rever-se a forma como o trabalho é realizado, a organização e distribuição entre os membros da equipe, assim como as condições ambientais em que estes trabalhadores atuam. Os profissionais devem colaborar na identificação de situações geradoras de riscos ocupacionais e propor alternativas que visem à proteção de sua saúde (34, 35, 36).

Em muitos momentos a biossegurança apresentase como uma ação educativa que visa à prevenção de acidentes em locais insalubres. Mais do que introduzir normas nos hospitais, é necessário o comprometimento da instituição em possuir profissionais qualificados, que identifiquem os riscos a que estão expostos e que orientem sua equipe em adotar práticas que atendam os requisitos necessários para a minimização dos riscos, proporcionando um ambiente seguro, mesmo que o risco de exposição seja baixo (11, 26, 36). Dentre os profissionais que zelam pela saúde dos trabalhadores, encontra-se o enfermeiro, supervisor da equipe de enfermagem, que faz a interface multiprofissional, identificando fatores agravantes predisponentes a enfermidades e orientando os profissionais para uma assistência prestada livre de fatores de riscos (37).

Salientamos a importância do papel do (a) enfermeiro (a) na educação em saúde da equipe de enfermagem sobre o fato de identificar a que tipo de riscos estes profissionais estão expostos, considerando-se que a natureza, a intensidade e o tempo de exposição aos diversos fatores (físicos, químicos ou biológicos) são capazes de causar sérios danos à saúde deste trabalhador (38, 16, 39). Neste sentido, os agravos à saúde são passíveis de prevenção, desde que haja intervenção direta do enfermeiro na conscientização dos profissionais à adesão das medidas de proteção individuais e coletivas (40).

Considerações finais

A saúde do trabalhador é uma temática de grande importância que vem sendo estudada nos últimos anos com maior frequência devido ao grande número de riscos que os trabalhadores estão expostos. Assegurar um melhor ambiente de trabalho para que os profissionais de saúde possam realizar suas atividades sem riscos é um grande desafio para o governo e para as instituições de saúde. O índice de doenças ocupacionais é maior entre os trabalhadores de enfermagem pelo fato de estarem lidando mais diretamente com os pacientes. Tratando-se da administração de antineoplásicos, essa categoria profissional expõe- se com maior frequência a procedimentos arriscados durante a assistência prestada ao paciente oncológico.

Os quimioterápicos antineoplásicos são substâncias químicas que necessitam de proteção especial quando manuseadas devido ao grande poder de provocar danos no organismo do profissional em contato direto com a droga. A utilização de equipamentos de proteção individual e coletiva, assim como a adesão as normas de biossegurança são uma das medidas utilizadas pelos profissionais de enfermagem para se protegerem dos riscos advindos dessa medicação. Apesar de reconhecerem os riscos a que estão expostos, observa-se que muitos profissionais não aderem às normas estabelecidas podendo acarretar muitos riscos e possíveis agravos a sua saúde.

Destaca-se a importância do enfermeiro na identificação dos riscos a que os trabalhadores da equipe de enfermagem estão expostos, uma vez que eles são coresponsáveis para propor medidas que visem uma prática assistencial segura. Os agravos à saúde oriundos do ambiente de trabalho são considerados preveníveis desde que haja intervenção do enfermeiro em conscientizar sua equipe para a adesão das normas de biossegurança e uso correto dos equipamentos de proteção individual e coletiva. As ações de biossegurança e a adesão às normas estabelecidas pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) e Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) devem ser continuamente desenvolvidas por todos os membros da equipe de saúde que manuseiam quimioterápicos antineoplásicos, lembrando que este trabalhador necessita gozar de saúde plena para cuidar bem do próximo.

Torna-se indispensável a atuação do enfermeiro frente as ações de educação permanente com os profissionais de enfermagem, a fim de evitar possíveis danos que interfiram em sua saúde. Para tanto, as instituições de saúde devem proporcionar treinamentos, minicursos e/ou palestras a fim de que todos os trabalhadores compreendam a importância da adoção das normas de biossegurança. Desta forma aprimora-se o conhecimento do profissional, conscientizando-o da importância em adotar práticas seguras frente à proteção de sua saúde assim como a do paciente.

Acreditamos que seja necessária a realização de mais estudos nesta área, com enfoque nas categorias encontradas: segurança do trabalhador na manipulação de antineoplásicos; Riscos ocupacionais: desafios para os profissionais de enfermagem; e, Educação em saúde como contribuição para biossegurança, proporcionando um aprofundamento sobre o tema e facilitando a tomada de consciência dos trabalhadores de enfermagem. A inserção e ampla discussão desta temática nos cursos de formação e graduação são imprescindíveis para que os futuros profissionais sejam estimulados a pensar na própria saúde, formando trabalhadores conscientizados e contribuindo para a diminuição de casos de doenças ocupacionais nos próximos anos.

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Anexos