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Perspectiva Geográfica

versión impresa ISSN 0123-3769

Perspectiva Geográfica vol.26 no.1 Tunja ene./jun. 2021  Epub 14-Feb-2022

https://doi.org/10.19053/01233769.12112 

Reseña

Marcos Saquet. Saber popular, práxis territorial e contra-hegemonia*

1 Pós-doutorado pelo Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional (linha de pesquisa Educação e desenvolvimento) da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Doutorado em Geografia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Professor Associado da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Brasil. Enviar:lucaflavio@gmail.com.


1. Introdução

O livro é uma leitura primorosa para se pensar a relação da universidade com a sociedade e os movimentos sociais do/no campo/cidade! A principal contribuição é tentar aliar as pesquisas com ações de projetos de extensão realizados, demonstrando um pensamento profundo que se propõe à reflexão acadêmica que busca implementar ações sociais.

É um trabalho de fôlego (teórico/bibliográfico) que traz importantes aportes conceituais para se pensar a práxis nos territórios-lugares. Sintetiza questões teóricas amplas para a construção de um desenvolvimento territorial que contemple a construção de uma consciência de lugar-território.

Na introdução, há um resgate de elementos teóricos da geografia voltados à compreensão do território e de sua produção. O objetivo é refletir sobre as questões de poder e a importância dos conhecimentos/saberes científicos/ populares para o pensamento consciente, a ação, (re)criação, (re)construção e (re)invenção de contra-hegemonias, liberdades, autonomias populares face aos processos de subordinação, espoliação, exploração investidos pelo capital sobre as classes trabalhadoras e os homens simples vistos nos territórios latino-americanos.

O capítulo 1, A formação histórica, dependente e exploradora da América Latina mostra a formação histórica de sistemas de produção que escravizam (indígenas, negros). Enfatiza o modelo agroexportador/importador dependente da América Latina em relação aos centros colonizadores. Pari passu ao modelo de concentração fundiária, aponta à desintegração e/ou subordinação das comunidades indígenas e da sociedade rural face ao avanço do modelo do agronegócio, com acentuada concentração da riqueza. E face ao êxodo rural, que evidencia nos países da América Latina uma acentuada pobreza urbana.

No capítulo 2, É possível a construção de um paradigma latino-americano contra-hegemônico a partir dos pensamentos indo-americanos e africano? O autor traz argumentos para a afirmação inicial. Aponta à necessidade de uma nova epistemologia voltada à pluriversidade (aceitação das alteridades culturais, econômicas, políticas, produtivas), valorizando os saberes, territórios, lugares indígenas e africanos. E enfatiza a não dicotomização das relações homens-natureza-comunidade-mitos-ritos etc., como elemento chave para um pensar embasado numa práxis efetiva.

No capítulo 3, O território/territorialidade, a reciprocidade e a práxis, o autor afirma que para agir há que se ter consciência do território-lugar: consciência de si na relação com o "outro". Pertencimento, valorização, sinergia, cooperação, solidariedade são termos fundamentais. E a consciência do lugar-território é vista como ponto crucial para uma práxis territorial que é sempre fruto de um processo de "co-construção": intercâmbio de experiências que implementam ações coletivas socialmente ancoradas. Para trilhar uma "auto-organização/governança" do território, há a necessidade de (in)formações que instaurem pensamentos e práticas para além do abstrato. Daí a importância de pautar um pensamento atido às relações concretas referentes a: contexto histórico, atributos naturais, sociais, culturais, afetividades, etc., propiciando o diálogo (entre os sujeitos territoriais) capaz de criar a "consciência do lugar-território". O desenvolvimento (melhorias das condições de vida do povo) daí brotará guiado pela partilha territorial, processo que pode tornar as pessoas mais felizes.

No capítulo 4, Aprendizados camponês agroecológico, artesanal e urbano numa temporalidade lenta, o desenvolvimento territorial e a construção da contra-hegemonia exigem aprendizados coletivos e historicamente produzidos, vivenciados, compartilhados. Exemplificando, evidencia como projetos vinculados à agroecologia foram desafiadores à atuação da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE) na busca de ancoragens para Pesquisa/Pensamento + Ação. Um ponto primordial foi a aprendizagem conjunta com entidades/movimentos sociais no que tange à reflexão/ação acerca de conteúdos urbanos e rurais buscando instaurar uma práxis/prácticas (rurais/urbanas) agroecológicas voltadas à melhoria das condições de vida das populações com vistas a construir resistências, desenvolvimento e ações que façam frente aos avanços perversos do agronegócio e de políticas excludentes às necessidades do povo. O autor exemplifica a partir da atuação em projetos de extensão universitária da UNIOESTE: "Projeto Vida na Roça" e "Projeto Vida no Bairro" ensaiaram um pensamento/ação de descolonização, de consciência de classe e de lugar, buscando o desenvolvimento territorial.

No capítulo 5, A descolonização e a práxis territorial e contra-hegemônica no desenvolvimento, Saquet aponta que a descolonização exige a desmistificação da opressão e dos pensamentos e a instauração de epistemologias e outras que pensem para além de eurocentrismos e esquemas conceituais monolíticos. Destaca a necessidade da valorização de saberes dos povos (indígenas, afros; camponeses etc.), cujos patrimônios culturais e de saberes tecem epistemologias descoloniais, de fronteira, que instauram práticas de partilha de conhecimentos horizontalmente dialogados. Instauram saberes que potencializam respostas a problemas do desenvolvimento e da gestão territorial imbuídos da consciência de classe/lugar. Para serem transformadoras as universidades precisam se abrir à produção coletiva de: conhecimentos (junto com o povo), já que tal prática abre possibilidades de emancipação do povo; práticas agroecológicas/ ambientais; e de valorização dos heterogêneos multiversos vistos nos estilos de desenvolvimento territorial na América Latina.

2. Dialogando com o autor do livro

Além da pobreza urbana (cap. 1), o autor poderia abordar também a pobreza rural e o papel de espoliação que o camponês experimenta como sustentáculo de um sistema de acumulação (exportador). Pois ao camponês é legada a produção de alimentos baratos para o consumo dos trabalhadores. Tal papel é utilizado para sustentar o sistema do agro e da indústria. E, nessa condição, aufere poucos rendimentos para sua reprodução.

Houve um esforço argumentativo (bibliográfico), no cap. 2, para mostrar sua tese: ser possível a construção de um paradigma latino-americano contra-hegemônico indo-americano/africano. Abordou elementos importantes. Mas a mim pareceu que a pesquisa deverá continuar a buscar mais elementos que tragam substância à tese abraçada - que deve ser aprofundada em novas pesquisas. Em nossa percepção, este capítulo entronizou uma tese que Saquet está convicto a explorar/evidenciar/aprimorar em futuras pesquisas.

Em relação à diversidade de grupos indígenas (na América Latina), talvez possa buscar dados quantitativos sobre a quantidade de povos/línguas/ etnias etc., estão aí presentes. No livro: "Geografia das lutas no campo", por exemplo, Oliveira (2005) traz alguns dados (embora desatualizados) sobre os indígenas brasileiros.

O capítulo 3 é fantástico! Aprendi muito com ele! A reflexão que propicia sobre o tema (a partir dos autores trabalhados) é uma enorme contribuição para pensar a temática! Para mim, um capítulo irretocável!

Os capítulos 4 e 5 trazem de forma sintética o que eu chamaria de debate teórico e prático sobre a necessidade de descolonização do pensamento e a valorização de epistemologias vinculadas aos saberes populares. E sugere o importante papel das universidades nesse processo. Tal sugestão dá vistas à necessidade de repensarmos a "elitização histórica das universidades brasileiras". Tal questão é tocada no livro em alguns momentos. Mas a discussão da importância da relação universidade/sociedade em termos da amarração ensino, pesquisa, extensão: eis um ponto a se valorizar e realçar mais em próximos trabalhos evidenciando com mais ênfase a importância da extensão universitária (a partir do holismo ensino/pesquisa/extensão) como um ponto fundamental para que as universidades contribuam para uma práxis socioespacial. Para que nossas geografias e as ciências em geral possam ajudar a avivar a construção de práticas (pensar + agir), ativando consciências de classe/lugar/território transformadoras dos espaços de nossos campos e cidades. Tal ideia até é contemplada, mas fica diluída no livro.

Assim, o autor poderia ressaltar mais a importância das universidades (conjuntamente com os movimentos sociais/entidades, etc.) na produção de contra-hegemonias, à guisa de Paulo Freire (1981; 1983; 1989) que anota a importância da leitura de livros, mas de mãos dadas com a leitura da realidade; a importância da cultura na pesquisa/ação; e, sobretudo, "a importância da extensão universitária", amiúde considerada coisa de somenos importância no bojo das políticas universitárias. Como vemos, as universidades brasileiras têm sido historicamente afetadas por um espírito de elitização que não estimula abraçarmos a visão de que a academia deve estar antenada e conectada com uma práxis voltada às necessidades dos povos indígenas, quilombolas, desempregados, favelados etc. Sugeriríamos que tal temática mereceria até mesmo um capítulo sobre o tema.

Indo adiante em nossa análise, além da importância da razão (homo sapiens) e do homem que fabrica (homo faber) visto às páginas 62-3, Saquet também poderia trazer à luz em próximas produções a questão do homo luddens, à moda de Huizinga (2000): a dimensão do homem que brinca, joga, dança, faz poesia, canta, goza da presença do outro; aprende e ensina brincando. Eis a geografia da festa e o elemento da emoção abordado por Silva (2018); pois a emoção produz a alma de um território-lugar: evoca pensamento/reflexão. As místicas que a Assesoar (Associação de Estudos, Orientação e Assistência Rural) de Francisco Beltrão (PR) faz em suas práticas, por exemplo, não deixam de integrar no pensamento sobre a sociedade o seu lado emotivo, festivo das coisas. O conceito de emorazão que Milton Santos (2006) extrai de outros filósofos em seu livro "A natureza do espaço" ajudaria a construir essa ideia!

Nesse sentido, poderia lembrar das artes (música/poesia/literatura, etc.) como elementos de alienação das ideias/percepções. As artes podem propiciar acobertamentos das realidades: a exemplo dos monumentos urbanos que ocultam relações de poder/dominação, etc., como ensina Pierre, Nora (2008) sobre os "lugares de memória". Outros autores que ajudam em tal discussão: Lukács, Gyõrg (2010); Benjamin, Walter (1994); e Dal Lago, Giordano (2014).

Uma questão fundamental para o debate da descolonização das mentes/ percepções é que as artes também agem como agregadoras de consciência voltada à liberdade e autonomia do pensar (Schiller, 2002).

Já que faz um resgate histórico interessante, poderia enfatizar (na história dos povos) a importância da dominação simbólica: "a dominação das memórias coletivas" (rurais ou urbanas), à guisa dos ensinamentos de Halbwachs (1990) e Ecléa Bosi (1987; 2003).

Tal observação é importante porque em vários momentos, em capítulos diferentes, o autor faz alusão à importância da memória no processo de desenvolvimento territorial. E, tanto quanto os livros, que patrocinam os "universalismos abstratos" mencionados por Saquet, a dominação das memórias reproduz a ocultação das lutas e levantes populares nos campos e cidades: os monumentos oficiais celebrativos ocultam as realidades históricas inscritas nas territorialidades humanas: lutas populares, sofrimentos, modos de viver, fazer, brincar, etc... (Flávio, 2011). Minha observação é de que não há como descolonizar as mentes sem passar pela "descolonização das memórias coletivas".

Ligado ao ponto anterior, vale a pena enfatizar que para pensar uma práxis territorial precisamos refundar nossa cultura - ou o "movimento de (in)formação político e cultural" asseverado pelo autor (p. 63), a fim de engendrarmos uma cultura de resistência. Renovação cultural significa, portanto, lutarmos tanto pela renovação das ideias quanto pela renovação dos objetos geográficos que produzem representações (monumentos e artes urbanas em geral -grafite, etc.).

Para finalizar nossas considerações, abraçamos uma geografia tecida com poesia (ver Flávio, 2019). E apresentamos, abaixo, alguns poemas por nós elaborados em diálogo com os temas abordados por Marcos Saquet. Mas num diálogo tecido sob a forma de poesia:

Transformar o território-lugar

Proximidade, enraizamento,

amizade, pertencimento,

identidade, solidariedade,

cooperação, auto-organização

comunhão de conhecimentos...

Eis os elementos principais

que permitem refundar

e traçar a resistência

em que as comunidades

do campo e da cidade

são capazes de refundar

uma práxis territorial

para vir a transformar

um território-lugar...

Nele, as comunidades

vão buscar as ancoragens

que permitem revigorar

as paisagens do lugar...

As ações para refundar

as feições de um lugar

se valem então, afinal,

de mapear, nos lugares,

os elementos essenciais

sociais e naturais

que ancoram e empalmam

a alma de um território

e que podem transformar

as paisagens do lugar...

Partilha do território

Não há desenvolvimento

se os habitantes do lugar

não ganharem a consciência

de que o território habitado

por eles e seus iguais

seja algo partilhado

por pessoas, pelo Estado,

por empresas e outros mais...

Não há desenvolvimento

sem o visto acolhimento

do que atiça, a todo tempo,

igualdade e justiça

tecendo, no dia a dia,

geografias que partilham,

pelos campos e cidades,

o que traz amor e paz.

Não há desenvolvimento

se os habitantes do lugar

só vivem entristecidos

por não serem reconhecidos

como gente importante,

e valorizada, portanto,

por umas tantas políticas

dessas que se implantam

no campo ou na cidade

de modo a contemplar

uma vida em que vigora

e se elabora com alegria

a partilha do território...

Geografias do gosto

Cada homem traz um gosto

por comidas e por pratos

ligados à identidade

do espaço-geografia

do campo ou da cidade

onde um dia sua vida

e suas comidas gostadas

foram no tempo produzidas

sob o acento de cores,

saberes e sabores

cultivados pelo povo

para servirem aos homens

e matarem sua fome,

além de lhe oferecer

boa fonte de prazer...

As geografias do gosto

nos lugares espraiadas

traduzem também, na vida,

a força, a guarida

e o gosto por geografias

onde as nossas comidas,

muitas delas preferidas,

foram um dia criadas,

produzidas, consumidas,

ensinadas e reinventadas...

A via da agroecologia

A agroecologia

é devota do divórcio

da vida que se faz sócia

do que é o modo de ser

e viver do agronegócio...

Enquanto o agronegócio

se apossa de mais-valias

e gosta de fazer fartura

em monoculturas doentias,

carregadas de agrotóxicos,

a bendita agroecologia

é devota de outra via...

A da vida, lá na roça,

que se recria e se remoça

na boa solidariedade

que cultiva a alegria

e dá vivas a toda vida

que abriga a diversidade...

A boa agroecologia

recusa a monocultura,

esegue a via da cultura

a qual planta geografias

que dão cores e sinergia

ao cultivo do agricultor

para que este cultive

o amor e o valor

bem ligado ao que ativa

uma roça bem sadia...

Assim, a agroecologia

cultiva no agricultor

o valor que mais se guia

cativo pelo amor

à cor da polissemia

que nos dá comida boa,

pois se entoa sadia...

Homens: seres inacabados

Se nós homens somos seres

imperfeitos, inacabados,

tal qual disse Paulo Freire,

eis um motivo bem dado

e talvez até bendito

para progredirmos mais,

e de modo mais loquaz,

em buscarmos e tecermos

modos de seres bonitos

que na terra acolhem o rito

de sonhar e praticar

o que leva ao infinito.

Desenvolvimento e lugar

O desenvolvimento tão falado,

por muitos desejado,

podemos o alcançar

se bem nos atentarmos

e então considerar

Natureza e sociedade,

nos reinos de cada lugar,

apeiam rugosidades

e elementos combinados

que são sempre diferentes...

É com estes elementos

num espaço e tempo dados,

com suas possibilidades,

que poderemos aproveitar

para darmos os assentos

do desenvolvimento desejado

que podemos engendrar

com uma práxis lapidar

em um território-lugar...

Ler a "palavramundo"

Ler não é só compreender

palavras ou livros.

É decodificar de modo fecundo

vindo a interpretar por inteiro,

a “palavramundo”,

qual ensinou Paulo Freire...

A “palavramundo”, a ser ensinada,

envolve abraçar a solidariedade,

na vida, nas escolas e universidades,

entre linguagens e realidade.

Ambas, linguagens e realidade

devem então se darem as mãos

para instigarem um abraço

à compreensão dos espaços,

revelados estes nas configurações

das paisagens de lugares

territórios e regiões...

Referências

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Bosi, E. (1987) Memória e sociedade: lembranças de velhos. Editora da Universidade de São Paulo. [ Links ]

Bosi, E. (2003). Memória da cidade: lembranças paulistanas. Companhia das Letras. [ Links ]

Dal Lago, A, Giordano, S. (2014). Lartista e il potere: episodi di uma relazione equivoca. Il Mulino. [ Links ]

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Halbwachs, M. (1990) A memória coletiva. Vértice. [ Links ]

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Lukács, G. Introdução aos escritos estéticos de Marx e Engels. pp. 11-38. Em: Marx, K., Engels, F. (2010). Cultura, arte e literatura: textos escolhidos. Expressão Popular. [ Links ]

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* Saquet, M. (2019). Saber popular, práxis territorial e contra-hegemonia. Editora Conseqüência, 141 pp. ISBN: 9788569437628. Saquet, M. (2020). Saber popular, praxis territorial e contra-hegemonía.EditorialItaca,128 pp. ISBN:9786078651382.

Para citar este artículo: Flávio, L. (2021). Marcos Saquet. Saber popular, práxis territorial e contra-hegemonia. Perspectiva Geográfica, 26(1), 178-189. https://doi.org/10.19053/01233769.12112

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Versión 2021

Perspectiva Geográfica es una revista especializada en estudios geográficos, editada por el Programa de Estudios de Posgrado en Geografía (EPG) en el marco del convenio de colaboración científica entre la Universidad Pedagógica y Tecnológica de Colombia (UPTC) y el Instituto Geográfico Agustín Codazzi (IGAC) desde 1997, de periodicidad semestral a partir del 2013. Dirigida a comunidades académicas, investigativas y del desarrollo territorial interesadas en temas geográficos y de ciencias afines. Se publica únicamente en versión online desde el primer semestre de 2019. Todos sus números se encuentran disponibles en formato digital.

En la revista se publican artículos originales e inéditos de reflexión, revisión e investigación, en español, inglés y portugués, referidos a la espacialidad de los fenómenos sociales, económicos, políticos, culturales y naturales, desde diversas perspectivas y enfoques teóricos. Del mismo modo, se acogen los estudios sobre aspectos técnicos y metodológicos del quehacer de los geógrafos, así como trabajos de geografía aplicada en los campos de la geomática y la planificación territorial e investigaciones de frontera que redunden en el desarrollo de la ciencia geográfica.

Los posibles autores de Perspectiva Geográfica deben abstenerse de postular simultáneamente sus contribuciones académicas a otras revistas y adaptar los manuscritos a las especificaciones que se describen en el apartado de "Directrices para autores/as" de esta guía. El Open Journal System (OJS) de la revista está habilitado para recibir los envíos. La recepción de artículos está sujeta a las convocatorias programadas por la revista.

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