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Psicología desde el Caribe

Print version ISSN 0123-417XOn-line version ISSN 2011-7485

Psicol. caribe vol.35 no.1 Barranquilla Jan./Apr. 2018

 

Artículos de investigación

Significados de Felicidade orientados pela Psicologia Positiva em Organizações e no Trabalho

Meanings of Happiness guided by Positive Psychology in Organizations and at Work

Andresa Darosci Silva Ribeiro*  a 

Narbal Silva** 

* Universidade Federal de Santa Catarina (Brasil)/ Faculdade Senac Florianópolis (Brasil)

** Universidade Federal de Santa Catarina (Brasil)


Resumo

O objetivo do presente artigo é apresentar o estado da arte a respeito de felicidade no trabalho, em especial, os significados que são conferidos ao constructo na subárea de conhecimento da Psicologia Positiva nas Organizações e no Trabalho (PPOT). Para tanto, realizou-se uma revisão integrativa, por meio de 24 artigos indexados nas bases de dados Pepsic, Lilacs e Scielo. Observou-se que o bem-estar, principalmente o subjetivo, é utilizado como sinônimo de felicidade. Embora relacionados, os conceitos de bem-estar e felicidade apresentam distinções, devido as suas especificidades. Em apenas dois artigos utilizaram a felicidade como fenômeno próprio sem associar a outro constructo, sendo um publicado por Barros, Martín e Pinto (2010) e o outro escrito por Silva e Tolfo (2012). Por meio dos estudos aqui realizados, percebeu-se que o interesse sobre o tema é recente na academia e isso representa a oportunidade para novos estudos. A construção do fenômeno Felicidade no Trabalho representa um desafio para psicólogos interessados na compreensão do que significa ser feliz no trabalho. Tal escassez representa uma oportunidade para o desenvolvimento de novos estudos e pesquisas, com o intuito de descobrir, novas e positivas perspectivas de vida, para todos os interessados na via organizacional.

Palavras-chave: Significado do trabalho; Felicidade; Psicologia Positiva nas Organizações e no Trabalho.

Abstract

The objective of this article is to present the actual state of building knowledge about work happiness and its significance, as well as the field of knowledge of positive psychology in business organizations and workplace. For this reason, an integrative review was carried out, through 24 articles indexed in the databases Pepsic, Lilacs and Scielo. It was observed that well-being, especially the subjective, is used as a synonym for happiness. Although related, the concepts of well-being and happiness, present distinctions, due to their specificities. In only two articles, they used happiness as a phenomenon without associating it with another construct, one being published by Barros, Martín and Pinto (2010) and the other by Silva and Tolfo (2012). Through the studies carried out here, it was possible to discover that the interest in the subject, although it is intensifying, is recent in the academy and such scarcity represents an opportunity for the development of new studies. The construction of Happiness at Work represents a challenge for psychologists interested in understanding the subject. Such scarcity represents an opportunity for the development of new studies, with the intention of discovering new and positive perspectives of life, for all those interested in the organizational life.

Keywords: Meaning of work; happiness; positive psychology in organizations and at work.

INTRODUÇÃO

A verdade referente à origem do interesse pelos pressupostos teóricos e epistemológicos da psicologia positiva se constitui um enigma na atualidade (Seligman, 2011). O interesse nas pesquisas que visam o pólo positivo tem crescido nas últimas décadas, mesmo que os fatores que atuam de forma negativa sejam recorrentes com ênfase sobre os aspectos de insatisfação e patologias (Rebolo & Bueno, 2014). O crescente avanço científico das pesquisas em ciências humanas e sociais, a partir da década de 1990, repercutiu no aumento do interesse pelo lado positivo da vida organizacional, com atenção especial nos fenômenos psicossociais positivos como bem-estar, satisfação no trabalho e experiências positivas e afetivas no mundo do trabalho.

As teorias que estudam sobre os aspectos negativos do comportamento humano começam dessa maneira a perder oportunidade de avanço para dar espaço às práticas de gestão com foco nas fortalezas pautadas na visão positiva (Luthans & Yousself, 2004). Os cientistas que se concentravam em catalogar patologias começam a apresentar uma nova visão da natureza humana ao focar sua atenção para aspectos positivos como felicidade e generosidade (Harris, 2015). No ano de 1998, Martin Seligman assumiu a presidência da American Psychological Association, o que constitui marco do início dos estudos e pesquisas em psicologia positiva, pormeio de descobertas, a respeito da felicidade, resiliência, emoções positivas, experiências de flow e bem-estar (Seligman, 2011).

Na origem dos estudos em psicologia, a preocupação fundamental foi o de pesquisar o trabalho sob o ponto de vista negativo, enquanto fonte de sofrimento e conseqüências caracterizadas pelo adoecimento do trabalhador. De acordo com Seligman (2009), as investigações de seres humanos com transtornos de ansiedade e de humor abundam na literatura psicológica contrastando com as poucas investigações de pessoas felizes. Este desequilíbrio pode estar relacionado à ênfase histórica da psicologia clínica nos aspectos patológicos do ser humano, e não em suas virtudes, qualidades e potencialidades. Em virtude disto, e como contraponto, nos pressupostos básicos da psicologia positiva reside um “olhar positivo” da natureza humana, por meio do qual, o propósito é o de construir conhecimentos vinculados as relações entre sentimentos positivos, qualidade de vida, bem-estar e felicidade humana. A felicidade e a percepção de satisfação geral com a vida são aspectos que se encontram relacionados às emoções positivas (Seligman, 2011).

A busca da felicidade é uma constante na história humana e este fenômeno é um dos pilares básicos da psicologia positiva. Desde a época dos filósofos gregos até os dias atuais tem se formulado múltiplos conceitos com o objetivo de compreender a felicidade e o sentido da vida enquanto dimensão importante da mesma. No momento em que a pessoa se pergunta sobre o sentido da vida, expressa o que há de mais humano em si. Tal afirmação pode ser sustentada pelo fato de cada pessoa ser única e insubstituível, então, o sentido é exclusivo e específico de cada um (Frankl, 2008). Para Freud, a felicidade era considerada como o equilíbrio entre a expressão de nossos instintos e o controle de nossos desejos, enquanto para Maslow a autorrealização e para Csikszentmihalyi a felicidade se assemelha a experiência de flow (Rhoden,2009).

Ao longo da história filósofos como Aristóteles consideraram a felicidade o bem mais elevado e a maior motivação para a ação humana (Diener, 1984). Ainda para Aristóteles (1991), o ser humano para ser feliz precisaria de amigos, pois se vivesse solitário a sua existência seria dura por não ser fácil desenvolver sozinho uma atividade. Por meio das relações sociais estabelecidas com outras pessoas faz com que as atividades que realiza, sejam mais contínuas e aprazíveis para si mesmo como deve ser para o homem feliz. Estudiosos, como por exemplo, Dalai Lama acreditam que o propósito da existência humana é a busca pela felicidade (Lama & Cutler, 2000). Nos princípios que orientam a psicologia positiva, ainda pode ser identificada essa perspectiva aristotélica ocidental eudaimônica, no que se refere à crença de que a felicidade deveria ser a meta e o fim da existência humana (Silva, Tolfo, López & Cedeño, 2015). Contudo, na atualidade, tem prevalecido a ideia de que a felicidade é socialmente construída e orientada tanto por bases hedônicas, quanto eudamônicas, ou seja, se caracteriza por experiência recorrentes de prazer e de propósito na trajetória de vida (Dolan, 2015).

De acordo com Malvezzi (2015), a felicidade constitui fenômeno superior à qualidade de vida e ao bem-estar, pela estabilidade, enquanto característica que lhe é inerente. Para o autor, a felicidade é revestida de sentimentos positivos, perenes e contínuos de satisfação. “É um bem duradouro que dá sentido à ação humana, propicia sentimentos de alegria e direciona o movimento autocriador da vida” (Malvezzi, 2015, p.350). Contudo, pode-se evidenciar múltiplas definições para o termo, o que denota a falta de consenso por grande parte dos autores que estudam o assunto. Além disso, a abordagem dentro de campos variados do conhecimento (por exemplo, a psicologia, economia e filosofia) traz por si só limitações epistemológicas, que restringem sua convergência para uma visão mais unificada (Burrell & Morgan, 1979; Santos & Ceballos, 2013).

Em razão disso, torna-se relevante construir conhecimentos sobre o conceito de felicidade, em especial nas organizações e no trabalho, com o intuito de elaborar definições que possam ser mais precisas e revestidas de características que possam ser compartilhadas pelos estudiosos do assunto. O que se pode observar é que constructos como comprometimento, bem-estar e satisfação no trabalho, por exemplo, têm sido amplamente pesquisados, enquanto felicidade, conceito central na subárea de conhecimento da psicologia positiva, ainda é pouco explorado, e não raro tratado como sinônimo de bem-estar, seja do tipo subjetivo ou psicológico. Como conseqüência, percebe-se na literatura carência de definições e de características compartilhadas que possam distinguir e estabelecer fronteiras entre a felicidade e outros fenômenos correlatos.

Portanto, o objetivo central deste trabalho é o de verificar na literatura nacional e internacional que versa sobre o assunto, as pesquisas existentes a respeito de felicidade a partir da subárea de conhecimento da Psicologia Positiva nas Organizações e no Trabalho, bem como os significados que são conferidos ao conceito nos referidos estudos.

MÉTODO

Para a busca na literatura científica foi consultada as bases de dados Scielo, Lilacs e Pepsic. Os descritores utilizados foram “Felicidade no Trabalho” e “Psicologia Positiva no Trabalho” e sua tradução para o idioma inglês “Happiness at work” e “Positive Psychology at Work”. O procedimento utilizado consistiu na leitura dos resumos e das palavras-chave, de modo a priorizar as pesquisas que se encontravam relacionadas ao tema Psicologia das Organizações e do Trabalho (POT). Feito isto, ao final das leituras, foram contemplados 47 artigos de acordo com a Tabela 1 que é apresentada a seguir.

Tabela 1 Resumo dos resultados da busca 

Fonte: Elaborado pelos autores.

Como procedimentos para inclusão/exclusão dos trabalhos foram adotados os seguintes critérios de exclusão: (1) teses, dissertações, livros e capítulos de livros; (2) artigos que aparecem em mais de uma base de dados; e (3) o estudo não estar estritamente relacionado aos descritores utilizados “Psicologia Positiva no Trabalho”, “Felicidade no Trabalho”, “Happiness at work” e “Positive Psychology at work” como, por exemplo, os estudos que abordassem felicidade em jovens não trabalhadores também foram desconsiderados. Com base nestes critérios, ao final dos 47 artigos encontrados, foram analisados para o presente estudo 24 artigos científicos.

Não foi determinada qualquer restrição quanto ao ano de publicação, a qual resultou na identificação de publicações entre 2004 a 2014, o que ratifica a atualidade do tema e também quão recente é sua circulação no meio científico. No ano de 2013 ocorreu o maior número de publicações com um total de 07 artigos, seguido do ano de 2010 e 2012 com 04 artigos em cada ano. Em 2007, 2008 e 2011 foram publicados em cada ano 02 artigos. Em 2004, 2006 e 2014, apenas 01 artigo em cada ano. Cabe salientar que não foram encontradas publicações nos anos de 2005 e 2009.

De acordo com a classificação da produção intelectual foram encontrados artigos com estratos indicativos da qualidade utilizados pela CAPES1 - A1 em apenas 01 artigo, A2 em 07 artigos, B1 em 07 artigos, B2 em 02 artigos, B5 em 03 artigos, 02 artigos apresentaram apenas o ISSN 2071-0768 e por fim, em um 01 artigo não foi possível identificar, o estrato indicativo de qualidade.

Depois de efetuada a busca na base de dados, foi realizada a leitura e análise do material, se identificou os principais países de publicação e quantidade por ano; os conteúdos similares e aproximações/distanciamentos do conceito sobre felicidade; os avanços obtidos por meio das pesquisas e; tipo de método de coleta e tabulação de dados.

Estudos que versam sobre Psicologia Positiva e Felicidade no Trabalho

A Psicologia Positiva para Seligman (2011) tem relação com aquilo que as pessoas escolhem para si mesmas. Diante dessa constatação, a felicidade pode ser construída com o resultado de uma união de elementos e satisfações com diferentes aspectos da vida do ser humano por meio de diferentes preferências e necessidades pessoais. O objetivo da Psicologia Positiva é de mudar o foco da psicologia em resolver apenas o que está ruim na vida dos seres humanos para a construção de qualidade positivas (Seligman & Csikszentmihalyi, 2000). Por meio desta subárea de conhecimento são estudadas as experiências positivas, as características individuais, como forças e virtudes, as instituições de trabalho e comunitárias, que facilitam o desenvolvimento de políticas, programas e práticas que contribuem para a melhoria da qualidade de vida dos seres humanos, ao minimizarem a incidência de psicopatologias (Marujo, Neto, Caetano & Rivero, 2007; Seligman & Csikszentmilyi, 2000). A psicologia positiva, por meio da ciência, busca estudar as características, condições e processos que conduzem a florescimento humano (Grenville-Cleave, 2012).

Os estudos em Psicologia Positiva poderão ocorrer em três níveis de análise. O primeiro nomeado de subjetivo, por meio do qual são tratados os estudos sobre felicidade, bem-estar e demais constructos relacionados. O segundo diz respeito ao nível individual que compõe as características individuais positivas como, por exemplo, o amor, coragem, habilidade interpessoal, sensibilidade estética, a perseverança, perdão, espiritualidade, o talento elevado, e sabedoria (Seligman & Csikszentmihalyi, 2000). Por fim, no último nível, o grupal, se refere às virtudes cívicas e instituições com características de comportamentos saudáveis que levam à felicidade dos seres humanos (Pureza, Kuhn, Castro & Lisboa, 2012) que podem ser exemplificados pelas virtudes da responsabilidade, generosidade, altruísmo, tolerância e ética de trabalho.

Conforme Lyubomirsky (2008), 50% da felicidade é atribuída a fatores genéticos, ou seja, são herdados, 10% são fatores circunstanciais como riqueza, dinheiro e saúde e 40% decorrem das atitudes que as pessoas têm diante do mundo, como por exemplo, praticar atos aleatórios de bondade, expressar gratidão e até estimular a motivação, por meio de metas significativas de vida que proporcionam a felicidade. Para a autora, a própria pessoa pode intervir e escolher se quer ser feliz ou não, e a felicidade está sujeita mais as atitudes que a pessoa tem diante do mundo, do que aos fatores circunstanciais.

Então a partir desta evidência, há como encontrar a felicidade no trabalho? O que as pessoas efetivamente fazem para obter felicidade no trabalho? O que o ser humano busca para ser feliz no trabalho? Quais os elementos que promovem a felicidade no trabalho? Questões como estas são relevantes no meio acadêmico e científico, pois pesquisadores de diversos países, conforme pode ser identificado na Tabela 2 (logo abaixo), inclusive do Brasil, vêm publicando pesquisas sobre o assunto. Porém, ainda são escassos ou insuficientes os estudos sobre felicidade no trabalho a partir de uma perspectiva positiva da psicologia, revestida de pressupostos humanistas e interpretativistas.

Resultados alcançados com os trabalhos encontrados e discussão

Com o propósito de iniciar a apresentação os principais resultados alcançados sobre o problema de pesquisa, que é o de verificar as pesquisas existentes a respeito de felicidade a partir da subárea de conhecimento da Psicologia Positiva nas Organizações e no Trabalho, bem como os significados que são conferidos ao conceito nos referidos estudos, na Tabela 2 é apresentada a produção científica do período entre 2004 e 2014, referente à felicidade no trabalho, com base nos pressupostos teóricos e epistemológicos da psicologia positiva.

Tabela 2 Produção científica no período 2004 a 2014 

Fonte: Elaborado pelos autores.

Os artigos identificados foram publicados em 20 revistas de diferentes nacionalidades, sendo Brasil (14 artigos), África do Sul (4), Espanha (2), Colômbia (2), Chile (2), totalizando 05 países diferentes. Foram considerados textos escritos em qualquer idioma, porém apareceu na sua maioria, o idioma português, seguido do espanhol e do inglês. Vale ressaltar, que não foi possível analisar um artigo na totalidade pelo desconhecimento dos autores do idioma africâner.

Quanto às pesquisas caracterizadas como teóricas ou bibliográficas, em 09 artigos foram feitas revisões de literatura sobre Psicologia Positiva e em 02 artigos sobre Felicidade no Trabalho. Por meio dos 24 trabalhos avaliados, pode-se constatar que felicidade no trabalho não constitui conceito e fenômeno central das pesquisas, mesmo quando o descritor de busca utilizado era “felicidade no trabalho”, ou seja, dentre as palavras-chave do artigo aparecia “felicidade no trabalho”, porém não houve a preocupação de conceituá-la ao longo do artigo. Tal fato resulta em incoerência entre as palavras-chave escolhidas, o objetivo do estudo e o resumo apresentado nas publicações. Contudo, a coerência entre esses três aspectos se faz necessário como elemento nos processos de busca em bases de dados (Silva & Malta, 2002).

Na busca do conceito de felicidade, dos 24 artigos analisados, em apenas 02 artigos, houve a preocupação de distinguir felicidade e de bem-estar, sendo o primeiro de Barros, Martín e Pinto (2010) e o segundo de Silva e Tolfo (2012). Barros, Martín e Pinto (2010, p.319), citam na revisão da literatura que estudos que exploram as experiências subjetivas passadas, as nomeiam como bem-estar e a satisfação pessoal (Fujita & Diener, 2005). Já outros analisam o momento presente centrado na felicidade (Diener & Seligman, 2002) ou nas “experiências de fluxo”, “fluir”, “flow”, ou seja, um estado mental no qual um indivíduo se sente profundamente envolvido e motivado ao experimentar um nível elevado de prazer (Csikszentmihalyi, 1990) e outros ainda dedicam-se a fenômenos como esperança (Abi-Hashem, 2001) ou otimismo (Peterson, 2000) focando no futuro. Para os autores Silva e Tolfo (2012, p.342), a “felicidade, se caracteriza como um sentimento positivo, mais estável e perene de satisfação no trabalho”. Estes dois últimos autores referidos compartilham o entendimento a respeito do que possa ser felicidade descrito por Malvezzi (2015), ao compreenderem o fenômeno como “um estado perene de satisfação, além de estar sustentado em equilíbrio físico e psíquico (p.350)”.

A partir dos artigos analisados, o conceito de felicidade se confundiu com o de bem-estar nas pesquisas realizadas por Contreras e Esguerra (2006), Rosa e Hutz (2008), Paschoal, Torres e Porto (2010), Traldi e Demo (2012) e Santos e Ceballos (2013). Cabe ressaltar que Contreras e Esguerra (2006), poderiam se aproximar do conceito atribuído por Malvezzi (2015) e Silva e Tolfo (2012), se não fosse o uso da conjunção “ou”, ao definirem que, o sentimento de felicidade ou de bem-estar duradouro, apresentase de forma estável nos seres humanos, pois compartilham com o entendimento de que, felicidade está relacionada a sentimentos preponderantemente perenes e duradouros. Para Rosa e Hutz (2008), na psicologia positiva reside o propósito de estudar as características humanas, que visam o seu desenvolvimento ótimo, sendo que, o bem-estar subjetivo é uma destas características, que por sua vez, se encontra associado à felicidade.

Como pode ser visto nas definições elencadas pelos autores, felicidade e bem-estar, caracterizado como duradouro na primeira e subjetivo na segunda, são concebidos, na primeira definição como sinônimos, e na segunda definição, o bem-estar subjetivo é compreendido como associado à felicidade. Tais modos de compreensão parecem ilustrar a confusão conceitual que paira nas tentativas de compreender o que possa ser a felicidade humana no mundo do trabalho. Afinal de contas, bem-estar subjetivo ou psicológico constituem sinônimos do significado de felicidade no trabalho, ou constituem conceitos correlatos, porém distintos? A concepção adotada neste estudo é a de que, embora relacionados, conforme preconizam Malvezzi (2015) e Silva e Tolfo (2012), os conceitos não são sinônimos, pois apresentam características distintas. Em essência, o que parece diferenciar os conceitos de felicidade e de bem-estar, é que, embora em ambos ocorra preponderância da percepção de sentimentos positivos, em relação aos que não são, na felicidade, ao contrário do bem-estar, os sentimentos construídos socialmente são predominantemente positivos, recorrentes e perenes, ao longo do tempo e no espaço social.

Em que pese a importância de compreender a felicidade das pessoas, no contexto das organizações da atualidade, se verificou que ainda são limitados os modelos teóricos e empíricos sobre as variáveis que a determinam, uma vez que, nas principais pesquisas realizadas na área, ainda são utilizados fenômenos relacionados ao bem-estar e os consideram, de modo equivocado, como sinônimos de felicidade (Paschoal et al., 2010). Por exemplo, Traldi e Demo (2012) citam Diener (2000), que utiliza outras denominações para o conceito, tais como: bem-estar, afeto positivo e avaliação da qualidade de vida como sinônimos do constructo de felicidade. Além de Diener (2000), os autores mencionados por último, referenciam Albuquerque e Tróccoli (2004), que se reportam aos estudos sobre bem-estar, enquanto produção acadêmica de investigações acerca da felicidade. Também cabe mencionar que Santos e Ceballos (2013) corroboram com a concepção de que, felicidade e bem-estar constituem sinônimos, não conceitos correlatos. Ao se considerar tais confusões, imbróglios ou misturas conceituais, qual seria o significado conceitual de felicidade?

A partir dos resultados da análise dos artigos, pode-se identificar que existem na literatura, duas perspectivas tradicionais de felicidade na literatura, a hedônica e a eudaimônica. A visão eudaimônica se vincula ao bem-estar psicológico que, por sua vez, está relacionado às experiências de realização pessoal, de se tornar o que se deseja ser e de expressão dos potenciais humanos. Propósito e sentido para vida também são incluídos nesta categoria. Pesquisadores como Rogers, Maslow, Victor Frankl, todos com base humanista, coerentes com a visão de Aristóteles no que se refere a eudaimonia, compreendem que a felicidade e o bem-estar não são sinônimos, ou seja, uma vida eudaimônica vai além do prazer imediato (Snyder & Lopez, 2009). Ainda, a eudaimonia é caracterizada por sentimentos de autenticidade, engajamento, interesse e tem sido associada com experiências de significado e propósito na vida, bem como de crescimento pessoal (Henderson & Knight, 2012).Uma das áreas de estudo de maior relevância no que se refere à eudaimonia,tem sido o sentido da vida, com foco nos aspectos que envolvem os seres humanos, de modo que possam construir propósitos significativos às suas existências (Baumeister, Vohs, Aaker & Garbinsky, 2013).

Já, na perspectiva hedônica, denominada de bemestar subjetivo, o bem-estar é concebido como experiência cumulativa de afetos no trabalho e a felicidade fomentada pela busca de prazer no tempo presente. No hedonismo parece prevalecer, a relação com as experiências passageiras e atuais, a ausência de preocupações com o imediato e a busca de resultados em curto prazo, enquanto que, no eudaimonismo, prevalecem o sentido e a capacidade de admirar, bem como, os resultados de longo prazo (Huta & Ryan, 2010).

Autores como Ryan e Deci (2001) concebem que felicidade é viver uma vida significativa e autêntica, de modo a realizar de forma plena, forças, virtudes, talentos e potenciais. Nesta perspectiva, ser feliz é se tornar aquilo que se deseja ser e experimentar uma vida com significado pleno, ao longo da existência. Embora exista uma tendência para se considerar cada uma das perspectivas da felicidadede forma isolada, autores como Ryff (1989) integram o hedonismo e a eudaimonia (Huta & Ryan, 2010). Ryff (1989), em seu modelo distinguiu seis dimensões e também desenvolveu um instrumento, que é utilizado por pesquisadores interessados no bem-estar. No que se refere às dimensões da saúde psicológica positiva, a autora por último mencionada, incluiu a auto aceitação, as relações positivas, à lista de outros conceitos relacionados, como por exemplo, autonomia, domínio do ambiente, propósito na vida, e crescimento pessoal (Siqueira & Padovam, 2008).

Moscoso e Alonso (2013, p.245) explicam que a auto aceitação se refere à apreciação positiva de si mesmo, sendo consciente de suas próprias limitações. Já, as relações positivas com os outros, refere-se a manter relações sociais estáveis e significativas e ter confiança nos amigos e capacidade de amar. A autonomia se trata de manter a própria individualidade em diferentes situações, por meio da independência das próprias convicções e da autoridade pessoal. Neste contexto, o domínio do ambiente é a capacidade de manusear de maneira efetiva, a sua própria vida, de modo que sejam satisfeitos os desejos e as necessidades pessoais. O propósito na vida se refere a ter metas e objetivos que permitam dotar de significado a própria vida. Por fim, o crescimento pessoal é a intenção deliberada de seguir a desenvolver seu próprio potencial e as capacidades, de modo, a continuar crescendo como pessoa.

Ao se utilizar o descritor “psicologia positiva”, identificou-se um maior número de artigos nas bases de dados, o que permitiu inferir que o conceito de Psicologia Positiva se caracterizou como tema central nos artigos encontrados, como modo de introduzir pesquisas realizadas sobre diferentes aspectos que envolvem o trabalho, tais como os fenômenos estudados por essa subárea de conhecimento: engajamento (Porto-Martins, Basso-Machado & BenevidesPereira, 2013; Waal & Pienaar, 2013), qualidade de vida (Kaliterna, Prizmic & Zganec, 2004), espiritualidade (Rego, Souto & Cunha, 2007), categorias de bem-estar psicológico, subjetivo e no trabalho (Alves, Neves, Coleta & Oliveira, 2012; Marsollier & Aparício, 2011; Rosa & Hutz, 2008; Santos & Ceballos, 2013; Siqueira & Padovam, 2008; Vilas Boas & Morin, 2014), emoções no trabalho (Contreras & Esguerra, 2006; Jonker & Merwe, 2013; Sanz-Vergel & Rodríguez-Muñoz, 2013), organizações saudáveis e resilientes (Salanova, Llorens, Acosta &Torrente, 2013). Tais temas representam interesse da subárea de conhecimento da psicologia positiva e estão descritos na Tabela 3, apresentada a seguir.

Tabela 3 Fenômenos investigados por meio da Psicologia Positiva 

Fonte: Elaborados pelos autores.

A psicologia como ciência, de acordo com Seligman (1998), se encontra alicerçada em três missões: curar as doenças mentais, tornar a vida das pessoas mais satisfatória e identificar e cultivar talentos superiores. Por meio dos estudos apresentados na Tabela 3, pode-se identificar que a ciência e a prática da psicologia positiva estão direcionadas a avançar na compreensão das qualidades e virtudes humanas, bem como para o auxílio no sentido de que as pessoas tenham vidas mais felizes e produtivas (Snyder & Lopez, 2009), ou seja, o foco reside na apreciação das virtudes, dos potenciais e das qualidades humanas.

O fato de, na Psicologia Positiva, residir o interesse em fenômenos como engajamento, qualidade de vida, espiritualidade, emoções positivas, bem-estar psicológico, subjetivo e no trabalho, organizações saudáveis e resilientes, permite inferir que a Felicidade no Trabalho é um dos pilares centrais da Psicologia Positiva e, ao mesmo tempo, se caracteriza como tema relativamente novo no meio acadêmico, o que, portanto, requer a necessidade de intensificar e aprofundar estudos, que possam sustentar e estabelecer modelos teóricos explicativos desse constructo, considerado alvo para a Psicologia Positiva (Seligman & Csikszentmihalyi, 2001).

Por meio da Tabela 3, pode-se perceber que o bem-estar é composto por concepções diferentes, sendo encontrados com mais freqüência na literatura o bem-estar subjetivo, psicológico e no trabalho. Autores como Diener (1984) definem o bem-estar como um conjunto de julgamentos e reações emocionais emitidas pelos indivíduos acerca do grau em que avaliam suas vidas ou diversos aspectos delas (como família e trabalho) de forma positiva e satisfatória. O bem-estar subjetivo se relaciona com a perspectiva hedônica e é composto por três elementos sendo a satisfação com a vida, presença de emoções positivas e ausência de emoções negativas (Ryan & Deci, 2001). Já o bem-estar psicológico, está baseado na perspectiva eudaimônica, que está centrada no desenvolvimento das potencialidades humanas, autorrealização e desenvolvimento pessoal. No contexto laboral, o bem-estar psicológico estaria relacionado ao significado e propósito do trabalho (Waterman, 1990). Por ter base na felicidade eudaimônica, o bem-estar psicológico constitui importante pilar da felicidade, caracterizando-se como fator de ordem antecedente, aliado ao conceito de bem-estar subjetivo, cuja perspectiva, reside no hedonismo.

Nesta ótica, como um dos resultados identificados, é que a felicidade é um fenômeno de ordem superior constituído por um conjunto de sentimentos, com predominância positiva, de natureza psicossocial, que podem ser aprendidos e construídos socialmente, além de duradouros e com características de estabilidade (Malvezzi, 2015; Silva, Tolfo, López & Cedenõ, 2015). Aliado a isto, se compreende existir relações entre a felicidade e significado atribuído ao trabalho, pela centralidade e relevância que o trabalho ocupa no dia a dia na vida das pessoas. Dessa forma, “os significados conferidos ao trabalho por parte de quem o realiza são cruciais para a proliferação de sentimentos recorrentes de bem-estar e felicidade” (Silva, Tolfo, López & Cedenõ, 2015, p.395).

Devido à grande instabilidade econômica e laboral em nível mundial, cabe destacar que além do fenômeno felicidade no trabalho é necessário estudar o bem-estar no trabalho, pois as relações laborais vêm se modificando em um ritmo acelerado, aonde as pessoas vêm perdendo seus empregos e vivendo com o temor de ficarem sem trabalho. Por isso, talvez seja necessário por parte dos gestores e demais trabalhadores a criação de ambientes saudáveis com ações que visem o bem-estar dos trabalhadores ao mesmo tempo alinhados com os propósitos organizacionais (Moscoso & Alonso, 2013).

Pode-se observar a partir do tratamento dos artigos selecionados, que para uma maior compreensão do conceito de bem-estar no trabalho, Santos e Ceballos (2013) realizaram revisão de literatura sobre o conceito (BET). Os autores argumentam sobre a crescente importância do bem-estar dos trabalhadores no ambiente físico e psicossocial de trabalho devido às intensas transformações, sobretudo tecnológicas, econômicas, políticas, sociais e culturais que vêm passando. Tal relevância se dá quando a saúde física e psíquica dos trabalhadores é descuidada e como conseqüência acaba por refletir na qualidade de vida, no bem-estar e na felicidade dos trabalhadores. Os autores ainda conjecturam sobre a amplitude deste constructo e as dificuldades encontradas pela indefinição do termo, o que resulta na falta de um instrumento que seja acordado pela maioria.

Das publicações encontradas, referentes ao bem-estar no trabalho, em 11 artigos, dos 24 artigos analisados, foram utilizados métodos quantitativos, como são os casos dos estudos de Kaliterna, Prizmic & Zganec (2004), Rosa & Hutz (2008), Paschoal, Torres & Porto (2010),Field & Buitendach (2011),Traldi & Demo (2012), Alves, Neves, Coleta & Oliveira (2012), Ortiz &Jaramillo (2013), Sanz-Vergel & Rodríguez-Muñoz (2013), Jonker & Merwe (2013), Waal & Pienaar (2013) e Vilas Boas & Morin (2014).

Os principais objetivos dos estudos anteriormente referidos, foram descritos na Tabela 4, em ordem cronológica de publicação. O que se destacou a partir da análise realizada, é que são poucas as pesquisas onde foram utilizadas escalas para medir a felicidade no trabalho. O que de fato ocorre, é que são utilizadas escalas que representam fenômenos correlatos à felicidade, considerados sinônimos, como é o caso do conceito de bem-estar, não por meio de um constructo específico, estabelecido a partir de definições conceituais e operacionais, referentes ao significado e dimensões de felicidade no trabalho. Na Tabela 4, apresentada a seguir, são descritos os estudos quantitativos.

Tabela 4 Informações referentes aos estudos quantitativos encontrados relacionados aos fenômenos de interesse de pesquisa da Psicologia Positiva 

Fonte: Elaborado pelos autores

Nas pesquisas apresentadas na Tabela 4, a preocupação central, residiu em compreender, a relação entre variáveis dependentes e independentes, com o propósito de medir o grau de relação que existe entre dois ou mais conceitos ou variáveis em um determinado contexto, nesse caso o laboral. Foi identificado que nas pesquisas, o propósito concentrou em identifi ósito concentrou em identifi em identificar aspectos relacionados à influência mútua de fatores individuais e organizacionais, ou seja, o bem-estar no trabalho, de uma maneira geral, depende da existência de ambientes saudáveis e com condições de trabalho favoráveis, como recursos físicos, atividades desempenhadas que proporcionem significado, oportunidade de crescimento e de utilização e aplicação de suas competências, além de equilíbrio entre vida pessoal e trabalho.

Outra discussão importante é que as organizações e instituições modernas potencializam cada vez mais um enfoque mais positivo em busca de ambientes organizacionais mais saudáveis (Martínez, Salanova & Llorens, 2016). Tal estratégia se faz necessária pelo fato dos trabalhadores se tornarem uma vantagem competitiva para as organizações (Salanova, Llorens, Cifre & Martínez, 2012; Luthans & Youssef, 2004) e uma das razões identificadas para que o trabalhador permaneça trabalhando na organização é o fato de exercer suas atividades em um ambiente saudável (Acosta, Torrente, Llorens & Salanova, 2013).

CONCLUSÕES

Neste estudo de revisão integrativa, o objetivo central foi o de revelar, o estado da arte, por meio dos estudos e descobertas, a respeito do conceito de felicidade, nas organizações e no trabalho, a partir dos pressupostos da psicologia positiva. Uma das descobertas, que conferiu resposta para tal propósito, foi que o bemestar, principalmente o de natureza subjetiva, é invariavelmente utilizado como sinônimo de felicidade, o que, a nosso ver, parece, representar um equívoco conceitual. Isto porque, embora relacionados, os conceitos de bem-estar e de felicidade, apresentam distinções devido as suas especificidades. Enquanto, o primeiro é mais instável, vinculado as circunstâncias mais imediatas e não perenes, o segundo é de natureza superior, mais abrangente, estável e recorrente. Portanto, é pertinente enfatizar que, por mais que os termos sejam tratados como sinônimos, o conceito de felicidade transcende o de bemestar, e por ele é impactado.

Em virtude disto, como resultado, apenas dois artigos utilizaram felicidade como constructo próprio, não como sinônimo de bem-estar, sendo um publicado por Barros, Martín e Pinto (2010), onde os autores analisam o momento presente como sendo a felicidade e o outro escrito por Silva e Tolfo (2012), ao definirem felicidade, no plano conceitual, como sentimentos predominantemente positivos, duradouros e socialmente construídos, por meio das interpretações dos atores humanos, referentes a propósito de vida, sentidos e significados atribuídos às suas existências materiais, relacionais e espirituais. Tal definição, no plano epistemológico e teórico, se encontra orientado por perspectivas cognitivas, humanistas e construcionistas sociais.

Desta forma, o conceito de Silva e Tolfo (2012) está ancorado na dimensão eudaimônica de felicidade, ou seja, a realidade é concebida como socialmente construído, o tempo e no espaço, percebendo-se que o conceito de felicidade se aproxima do bem-estar psicológico, semdesconsiderar o hedonismo na sua concepção. Ambas as dimensões, são reconhecidas como complementares. O que prevalece é o “isto e aquilo”, não o contrário. Portanto, compreendemos que felicidade significa, como, experiências recorrentes e duradouras de prazer imediato (presente), aliadas a construção de propósito (sentido genuíno e gratificante), ao longo do tempo (Dolan, 2015).

Tal entendimento vai de encontro da maior parte dos estudos, nos quais o bem-estar subjetivo, ou seja, o hedonismo, o mais restrito das duas dimensões, é concebido de modo dominante, como sinônimo de felicidade. Como complemento, se entende também que, ambos os pilares da felicidade, o eudaimonismo e o hedonismo, têm orientações epistemológicas e teóricas, oriundas dos paradigmas interpretativistas e humanistas das ciências sociais, propostos por Burrell e Morgan (1979).

A construção do fenômeno Felicidade no Trabalho representa enorme desafio para os psicólogos interessados na compreensão do que significa ser feliz no trabalho. Contudo, ainda são poucos os estudos brasileiros onde são estudados e testados, conceitos pertinentes a subárea de conhecimento da Psicologia Positiva nas Organizações e no Trabalho, pois se pode evidenciar que das publicações identificadas entre 2004 a 2014, foram encontrados apenas 14 artigos científicos brasileiros. Tal escassez representa, em princípio, limitação, ao mesmo tempo, se reveste de oportunidade potencial para o desenvolvimento de novos estudos e pesquisas, com o intuito de descobrir novas e positivas perspectivas de vida, para todos os interessados na vida organizacional, sejam eles acionistas, gestores, usuários de produtos ou serviços, ou trabalhadores de nível operacional ou estratégico.

Além disso, a felicidade, seja no trabalho ou em outros espaços de vida, deverá sempre constituir, um propósito fundamental, ou seja, um direito inalienável de todo e qualquer ser humano, independente de raça, credo ou gênero, uma vez que, quando presente, tem evidentes repercussões positivas na saúde física, psíquica e espiritual da sociedade, o que contribui, sobremaneira, para elevar o índice de desenvolvimento humano, bem como, a felicidade interna bruta, das comunidades humanas, que se encontram espalhadas, pelos seis continentes do planeta terra (Tay, Kuykendall & Diener, 2015).

Outra descoberta que também, se pode considerar relevante, foi que o maior número de publicações encontradas relacionadas aos fenômenos de interesse de pesquisa da Psicologia Positiva foram identificadas na base de dados Scielo e o método mais utilizado foi o quantitativo. O que parece evidenciar, mais uma limitação, para o avanço de descobertas científicas, nesta próspera subárea de conhecimento. O que, por conseguinte, aponta à necessidade de estudos, que também possam ser orientados por meio de métodos qualitativos de pesquisa, como também, por pesquisas, que possam ser professadas na perspectiva de métodos mistos de investigação.

Cabe ressaltar que, as pessoas estão passando a maior parte do seu tempo no ambiente de trabalho. Portanto, realizar pesquisas sobre fenômenos relacionados à POT, em especial a positiva, tais como felicidade no trabalho, ao nosso ver, se torna atual, relevante e imprescindível. Os resultados de pesquisas, desta ordem, poderão auxiliar os gestores e os demais trabalhadores nas organizações, a compreenderem a complexidade humana, suas necessidades e expectativas, particularmente seus estados de felicidade e infelicidade, e quais as possíveis relações, bem como repercussões, na, saúde física, psíquica e espiritual dos seres humanos, o que, por decorrência, incindirá na produtividade, qualidade e rentabilidade das organizações. Portanto, tais descobertas poderão fornecer importantes subsídios à construção de políticas, programas e práticas organizacionais, orientadas à felicidade humana no trabalho.

Por meio deste estudo se pretende contribuir para o avanço científico que envolva a Psicologia Positiva nas Organizações e no Trabalho, aliada ao constructo Felicidade no Trabalho, constituem área de estudo promissora, porque ainda se tem muito à explorar e avançar no que se refere a descobertas conceituais e práticas sobre o assunto. A psicologia positiva, a partir do paradigma funcionalista de ciências sociais, nos seus primórdios, tem se endereçado e adentrou com velocidade, os paradigmas interpretativista e humanista, “desenhados” por Burrell e Morgan (1979). Ambas as orientações epistemológicas se encontram inseridas na dimensão subjetiva, cujas ancoragens essenciais, se encontram no cognitivismo, no interacionismo simbólico, no humanismo de Maslow e Rogers e na logoterapia fenomenológica de Victor Frankl.

Conforme já mencionado, as limitações deste estudo remetem a restrição da utilização apenas das bases de dados Scielo, Lilacs e Pepsic. Além disso, a opção de incluir apenas a análise de artigos científicos. Com o número de 24 artigos analisados, esta revisão permite descrever ou extrair algumas das múltiplas possibilidades de conclusões acerca do panorama atual do conhecimento na subárea do conhecimento. Os dados aqui apresentados indicam caminhos para o avanço nos estudos e novas produções científicas sobre felicidade no trabalho.

Como contribuição desse artigo para as futuras possibilidades de estudos sobre o fenômeno em questão, sugere-se a realização de pesquisas qualitativas evidenciando os pressupostos teóricos e epistemológicos com base na psicologia positiva. Outra contribuição apontada pelo estudo é no sentido de avançar os estudos sobre Felicidade no Trabalho e que ao se tornar objeto de novas investigações, poderá implicar nas práticas positivas nas organizações de trabalho, além de contribuir para o avanço científico e social.

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Recebido: 24 de Outubro de 2016; Aceito: 08 de Janeiro de 2018

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