O aumento do contingente de idosos é um fenômeno presente em nossa sociedade, suscitando o desenvolvimento de estudos com propósito de ampliar o conhecimento acerca das necessidades de adaptação nos setores socioeconômicos e no planejamento das políticas públicas direcionadas ao idoso 1,2.
No contexto de mudança do contingente demográfico no Brasil e, consequentemente, no perfil de morbidades, ações de saúde devem ser planejadas, já que estes exibem maiores frequências de múltiplos agravos e uso dos serviços de saúde, a exemplo, de leitos hospitalares 3 e da polifarmácia 4,5.
As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), atualmente, têm sido uma preocupação para o Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil, que busca perspectivas e logísticas de atendimentos pautados nas condições crônicas de saúde 6. Nesta mesma lógica entra o entendimento das Multimorbidades, frequentes entre os idosos 4, já que é uma população que necessita de ações proativas constantes, buscando a integralidade do cuidado 6.
Os idosos, em decorrência de fatores inerentes ao processo de envelhecimento, tendem a apresentar e conviver com múltiplas doenças crônicas, também nomeadas de Multimorbidades 7,8. Esta pode ser conferida pela presença de duas ou mais condições mórbidas, acometendo a saúde de um mesmo indivíduo 4.
Sabe-se que a presença de patologias múltiplas potencializam declínios na capacidade funcional e na autonomia do idoso, provocam efeitos negativos à saúde,afetando di-retamente o estado geral de saúde dos mesmos 5, além de onerar gastos aos serviços de saúde 9.
Em decorrência do impacto negativo que essa condição clínica pode causar a saúde do idoso, somando o alto custo com assistência à saúde, o estudo da multimorbidade tem sido crescente na literatura 5,10.
Partindo desse pressuposto, o estudo buscou estimar a prevalência e os fatores associados à presença de Mul-timorbidades na população idosa assistida pela Estratégia da Saúde da Família (ESF) do município de Ibicuí-BA.
METODOS
Trata-se de um estudo epidemiológico de corte transversal. Os dados foram extraídos do inquérito domiciliar intitulado "Monitoramento das Condições de Saúde de Idosos de um Município de Pequeno Porte (MONIDI)", realizado no município de Ibicuí, no estado da Bahia, Brasil em fevereiro de 2014.
Ibicuí está localizada a 515 km de Salvador, capital da Bahia. Possui território de 1.176,843km2, com 15.785 habitantes, destes 2.125 são idosos, dentre os quais 525 estão cadastrados nas Unidades de Saúde da Família 11. Seu Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) é baixo (0,584), sendo o 4540° numa lista de 5565 municípios brasileiros 12.
Os critérios de inclusão utilizados no estudo foram: indivíduos com idade igual ou superior a 60 anos cadastrados nas Unidades de Saúde da Família (USF) nas zonas urbana e rural do município de Ibicuí - Ba. Foram excluídos todos os indivíduos com diagnóstico de demência ou qualquer outro tipo de alteração cognitiva que comprometesse a veracidade das informações fornecidas.
Após os critérios de exclusão, foi realizado um sorteio proporcional ao tamanho e distribuição por sexo e por Unidade de Saúde da Família, sendo a amostra final do estudo composta por 335 idosos elegíveis, assumindo-se uma prevalência estimada de transtornos mentais comuns de 25%, erro amostral de 3%, e nível de confiança de 95%.
Os participantes foram convidados a comparecer nas Unidades de Saúde da Família e receberam informações acerca da pesquisa, comprometendo-se a participar voluntariamente.
Foram incluídas no presente estudo as variáveis relacionadas às características sociodemográficas, condições de vida e hábitos de vida.
Características sociodemográficas: sexo; idade; situação conjugal atual; nível de escolaridade; raça/cor, religião e renda mensal.
Condições de vida: tipo de moradia, luz elétrica, água encanada, número de filhos vivos e situação de corresidência.
Hábitos de vida:
Estado nutricional: Mensurado através do Índice de Massa Corporal (IMC) pelo método: massa corpo-ral-kg/(estatura-m)2, com padronização da medida 13, os equipamentos utilizados para obtenção das medidas foram: balança digital (OMRON) e estadiô-metro (Sanny). A classificação seguiu os critérios da Organização Mundial de Saúde 14.
Consumo de álcool e tabaco - a investigação referente ao ato de fumar e ingerir bebida alcoólica se deu através das perguntas: a) consumo diário de bebidas alcoólicas; b) necessidade de redução da quantidade de bebida ingerida ou parar de beber; c) é criticado pelo modo que costuma beber; d) chateação consigo mesmo pelo modo que costuma beber; e) costuma beber pela manhã para diminuir o nervosismo ou ressaca; f) se já foi fumante ou fuma atualmente; g) quantidade de cigarros que fuma por dia; e h) há quanto tempo fuma.
Tempo gasto sentado (comportamento sedentário): mensurado através do Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ) versão adaptada para idosos brasileiros 15, sendo computado o tempo, em minutos, a classificação foi realizada de acordo com o tempo gasto sentado em uma semana normal/habitual.
Atividade física no lazer: Os idosos foram questionados acerca da prática de atividade física no lazer podendo ser a) leve - caminhar, pedalar ou dançar mais ou igual que três horas por semana; b) moderada - correr, fazer ginástica ou praticar esportes mais ou igual que três horas por semana; c) intensa - treinamento para competição e d) não tem - o lazer não inclui ativida-de física. A inatividade física no lazer foi classificada de acordo com os critérios de Pitanga & Lessa 16, onde foram considerados como inativos no lazer aqueles que informaram não participar de atividades físicas nos momentos de lazer, considerando a semana típica habitual.
Multimorbidade - Neste estudo considerou-se como multimorbidade a presença de duas ou mais morbidades no mesmo indivíduo 17. Os idosos foram distribuídos em dois grupos: "idosos com multimorbidade" e "idosos sem multimorbidade".
De acordo com o instrumento de coleta, a partir da presença de doenças autorreferidas citadas logo abaixo, as respostas foram categorizadas como "sim" e "não" e foi quantificado o número de morbidades por idoso.
Doenças autorreferidas: diabetes, colesterol elevado, hipertensão, cardiopatia, embolia pulmonar, acidente vascular encefálico, câncer, artrite/artrose e Parkinson em conformidade com a Classificação Internacional de Doenças - CID-10 18.
Os dados foram tabulados com auxílio do software EpiData versão 3.119. Para a análise estatística dos dados foi utilizados o pacote estatístico Statistical Package for Social Sciences - SPSS for Windows versão 21.0 20.
Realizou-se análise descritiva considerando variáveis sociodemográficas, informações pessoais, condições de vida, hábitos de vida e multimorbidade, com a finalidade de apresentar o perfil da população estudada. A magnitude da associação foi estimada pela razão de prevalência (RP) e para avaliação da medida de significância estatística utilizou-se o teste de qui-quadrado de Pearson, adotando α = 5% (p < 0,05).
Em seguida foram calculadas as razões de prevalência (RP) e seus respectivos intervalos de confiança a 95% (IC = 95%). Uma vez que muitos fatores em estudo poderiam estar confundindo as associações, utilizou-se a hierarquização das variáveis em níveis para selecionar as variáveis de confusão mais relevantes 21.
Foi realizada Regressão de Poisson para análises de associação entre as variáveis de exposição e a variável desfecho. As variáveis independentes, que na análise bivariada apresentaram valor p menor que 0,20 (p < 0,20) foram inseridas no modelo de análise multivariada hierarquizada por Regressão de Poisson.
No modelo proposto, as condições de vida foram consideradas no nível intermediário, com o intuito de concebê-las não como característica puramente biológica, mas, sim, como característica que pode, de certo modo, sofrer influência de fatores situados no nível distal do modelo, como as condições socioeconômicas.
Os hábitos de vida foram considerados no nível proximal, por ser conhecida a estreita relação que apresentam como fatores agravantes/desencadeantes da presença de multimorbidade.
No modelo proposto, observa-se os efeitos indiretos entre os vários níveis.
A pesquisa seguiu todas as recomendações éticas de acordo com os princípios contidos na Declaração de Helsinque 22 e pautados na resolução n°466/2012 do Conselho Nacional de Saúde (CNS) 23. O estudo foi aprovado pelo Comité de Ética e Pesquisa da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, conforme Protocolo (n° 613.364). Todos os participantes assinaram o termo de compromisso livre e esclarecido, antes da entrevista.
RESULTADOS
As características sociodemográficas e informações pessoais da população entrevistada revelaram predominância do sexo feminino (56,5%), com média de idade de 71,6 ±8,15 anos, e destaque para a faixa etária compreendida entre 60-79 anos (83,9%). A maioria dos indivíduos relatou ser alfabetizado (56,1%), viver sem companheiro (51%), se autodenominou da raça/cor pardo-preta (65,5%). A renda mensal média dos investigados foi de R$ 708,26±303, 69 reais, sendo classificada na categoria renda mensal de 1 salário mínimo ou menos (93,2%).
A prevalência global de multimorbidade foi de 80,3%, sendo mais evidente entre os idosos do sexo feminino (73,7%), longevos (64,0%), alfabetizados (63,8%), com renda de 1 salário mínimo ou menos (63,5%) e de cor negra (70,1%). Foram encontradas associações a níveis estatisticamente significantes para as variáveis sexo (p=< 0,001) e renda mensal (p=0,02).
No tocante às condições de vida, foi observada maior prevalência de Multimorbidades entre os idosos que referiram morar em casa/apartamento, aqueles com até dois filhos vivos, com acesso a energia elétrica e sem acesso a água encanada, e os que referiram morar acompanhados. Apesar das prevalências elevadas nenhuma das variáveis teve associação com Multimorbidades conforme indicado na Tabela 1.
Variável | Presença de Multimorbidade | ||
---|---|---|---|
% | RP* IC** (95%) | Valor de p | |
Tipo de moradia | |||
Casa/apartamento | 62,0 | 2,48 (0,45 -13,56) | 0,13 |
Barraco/abrigo | 25,0 | - | - |
Luz elétrica | |||
Sim | 61,6 | 1,02 (0,50 - 2,11) | 0,94 |
Não | 60,0 | - | - |
Água encanada | |||
Não | 100,0 | 100,0 | 0,42 |
Sim | 61,2 | 61,2 | - |
Número de filhos vivos | |||
≤ 2 filhos | 70,2 | 1,15 (0,93 -1,42) | 0,22 |
≥ 3 filhos | 60,9 | - | - |
Mora com quem | |||
Acompanhado | 62,6 | 1,07 (0,86 -1,35) | 0,51 |
Sozinho | 58,2 | - | - |
*razão de prevalência; **índice de confiança.
Em relação aos hábitos de vida, elevadas prevalências de multimorbidade foram encontradas e a variável consumo de bebida alcoólica (p=0,02) teve associação estatisticamente significante Tabela 2.
Variável | Presença de Multimorbidade | ||
---|---|---|---|
% | RP* IC** (95%) | Valor de p | |
Estado nutricional | |||
Baixo peso | 50,0 | 1,19 (0,69-2,05) | 0,50 |
Sobrepeso/Obesidade | 59,5 | 0,90 (0,75-1,08) | 0,25 |
Normal | 66,1 | - | - |
Fuma atualmente | |||
Sim | 61,1 | 0,99 (0,75-1,30) | 0,94 |
Não | 61,7 | - | - |
Já foi fumante | |||
Sim | 61,5 | 0,99 (0,83-1,19) | 0,96 |
Não | 61,8 | - | - |
Consumo de bebida alcoólica | |||
Sim | 30,8 | 0,49 (0,21-1,10) | 0,02 |
Não | 63,2 | - | - |
Tempo gasto sentado | |||
≤ 260 minutos/semana | 60,9 | 0,97 (0,81-1,16) | 0,76 |
> 260 minutos/semana | 62,6 | - | - |
Inatividade física no lazer | |||
Sim | 64,0 | 0,88 (0,721,08) | 0,19 |
Não | 56,3 | - | - |
*razão de prevalência;**índice de confiança.
Após a análise multivariada hierarquizada por regressão de Poisson, as variáveis sexo feminino (p<0,001) e renda mensal (p=0,017) mantiveram associação com a presença de Multimorbidades. Os indivíduos com menor renda, que consumiam bebidas alcoólicas e os que referiram ser inativos no lazer continuaram apresentando maiores razões de prevalência de Multimorbidades conforme indicado na Tabela 3.
Variável | Análise Bruta | Análise Hierarquizada |
---|---|---|
RP* IC** (95%) | RP e IC (95%) | |
Sexo | ||
Masculino | 1,00 | 1,00 |
Feminino | 1,60 (1,31-1,97) | 1,31 (1,08-1,60) |
Renda | ||
< 1 SM* | 1,00 | 1,00 |
> 1 SM | 0,60 (0,35-1,05) | 0,86 (0,76-0,97) |
Tipo de Moradia | ||
Barraco/abrigo | 1,00 | 1,00 |
Casa/apartamento | 2,48 (0,45-13,56) | 0,84 (0,62-1,14) |
Consumo de bebida | ||
alcoólica | ||
Não | 1,00 | 1,00 |
Sim | 0,49 (0,21-1,10) | 0,83 (0,66-1,05) |
Inatividade física no | ||
lazer | ||
Sim | 1,00 | 1,00 |
Não | 0,88 (0,72-1,08) | 0,97 (0,92-1,02) |
*razão de prevalência;**índice de confiança;**salário mínimo.
DISCUSSÃO
Este estudo apresenta caráter original na população brasileira por descrever por meio da estimativa da prevalência, as Multimorbidades e os fatores que se associam em idosos, com ênfase nas variáveis relacionadas às condições e estilo de vida dos mesmos. Além de ser um dos poucos estudos de base populacional em um Município com baixo IDHM, no Brasil.
A estimativa mundial é que a cada dia cerca de 100 000 pessoas venham a óbito por causa dos agravos decorrentes do envelhecimento, dentre os quais se destacam as múltiplas doenças crónicas 24. No presente estudo foi identificada prevalência elevada de multimorbidade entre a população investigada. Achados da literatura mostram que a multimorbidade é uma condição clínica comumente encontrada em idosos 7,25,26, sua prevalência é alta, acometendo geralmente mais que 50% dos idosos, corroborando com os achados evidenciados no presente estudo 27,28.
Os idosos do presente estudo apresentaram prevalência de multimorbidade elevada. E, apesar das diferentes regiões apresentarem valores discrepantes quanto à prevalência de multimorbidade entre idosos, é evidente que este valor aumenta em idosos mais longevos 26.
As doenças crônicas não transmissíveis têm sido uma das causas mais comuns de hospitalização e mortalidade no país, sendo mais comumente observadas entre aquelas relacionadas ao estilo de vida, como hipertensão arterial e obesidade 3,8. Além disso, o idoso com dores crônicas tende a desacreditar em melhorias na sua condição de saúde 29.
A multimorbidade gera impacto negativo na qualidade e expectativa de vida, dos idosos, sendo um desafio para os sistemas de saúde em todo o mundo devido à necessidade de adaptação dos serviços para assistir de forma adequada a população 30-31. Entretanto, o papel dos serviços de saúde no manejo das doenças crônicas ainda é um desafio para a atenção à saúde, principalmente, na atenção primária, já que o tratamento de indivíduos com multimor-bidade exige maior complexidade e acompanhamento contínuo dos idosos nos serviços de saúde 1,2,27.
Além disso, encontrou-se no presente inquérito uma maior frequência e associação entre a presença de multi-morbidade e o sexo feminino. Estudo brasileiro realizado com 676 idosos encontrou também maior prevalência de multimorbidade entre as mulheres, sendo que 50,9% conviviam com duas ou mais doenças crônicas 5. Estudo realizado no México também evidenciou que as mulheres foram mais acometidas por multimorbidades 32. Estudo realizado na população Chinesa também encontrou a associação de sexo com multimorbidade, contudo, sendo mais evidente no sexo masculino 33.
Tal fato pode ser atribuído à maior expectativa de vida apresentada pelas mulheres, associada ao fato destas possuírem um estilo de vida mais saudável 34. Acrescenta-se também a maior procura dos serviços de saúde pelas mulheres, o que facilita o diagnóstico e intervenção precoce 35.
O aumento da renda apresentou-se como fator de proteção frente à presença de multimorbidade. Resultados semelhantes foram encontrados em outros estudos 7,35. A baixa condição socioeconômica e até mesmo a ausência total de renda pode constituir para o idoso um constrangimento no convívio social e familiar, já que acarreta a diminuição e até mesmo extinção da sua autonomia 36.
Independente da faixa etária a baixa condição socioe-conômica tem influência negativa, principalmente, no que se refere ao maior risco para doenças e deficiências, pois, a falta de poder aquisitivo impossibilita, muitas vezes, uma alimentação adequada, condições dignas de moradia e acesso aos cuidados com a saúde 37,38.
Estudo de revisão aponta a renda como um obstáculo comumente vivenciado pelos idosos ao acessarem os serviços de saúde, sendo que, os mesmos buscam mais os serviços de saúde, no entanto, tal evidencia não é o desafio apenas enfrentado pelos idosos brasileiros 39.
Na análise multivariada os indivíduos que consumiam bebidas alcoólicas e os que referiram ser inativos no lazer apresentaram maiores razões de prevalência de multi-morbidade no presente estudo. Estudo conduzido no Brasil estratificou as multimorbidades por grupamento de doenças crônicas (cardiometabólicos, ocupacionais/ mental, musculoesquelético e respiratório), descrevendo os fatores de risco relacionados ao estilo de vida. No estrato cardiometabólico, os autores identificaram menor prevalência de multimorbidade relacionada aos idosos ativos fisicamente e maiores prevalências nos que não faziam uso de álcool, divergindo do presente estudo 40. O estudo supracitado realizou a análise estratificada por aglomerados de doenças crônicas e os autores buscaram averiguar prevalências e associações com o estilo de vida dos pesquisados, o que permitiu fazer comparações com cautela, já que a metodologia para análise foi distinta, dificultando a comparabilidade dos dados 40.
Dentre as limitações do estudo, pode-se destacar o delineamento metodológico, visto que um estudo de corte transversal limita a avaliação da causa e efeito das variáveis. O fato de as morbidades terem sido autorreferidas também pode sofrer influência de viés de memória. No entanto, a maioria dos estudos utiliza essa medida para rastreamento das multimorbidades, favorecendo a comparação entre os estudos.
Em contrapartida, a presente pesquisa foi conduzida com uma população pouco estudada no Brasil, sendo possível gerar informações úteis e válidas para contribuir com as políticas de atenção à saúde e garantia de qualidade de vida, além de orientar medidas de intervenção em saúde direcionadas a essa população, que se encontra em contínuo crescimento no país.
Os achados do presente estudo indicam que, além de investimentos na estruturação da rede de serviços de saúde ofertados para a população de idosos, é necessário redirecionar o planejamento das ações de saúde para mudanças nas redes de suporte social e apoio a população idosa, com o intuito de reduzir os potenciais agravos relacionados à falta de acesso aos serviços ocasionados pela baixa condição socioeconômica ♥