SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.14 issue1BIOETHICS: KNOWLEDGE, SCIENCE, AND SOCIAL RELEVANCEPOVERTY, VIOLENCE AND ECONOMIC DEVELOPMENT IN THE PROVINCE OF SUGAMUXI: AN ANALYSIS FOR THE PERIOD 2000-2010 (T0) author indexsubject indexarticles search
Home Pagealphabetic serial listing  

Services on Demand

Journal

Article

Indicators

Related links

  • On index processCited by Google
  • Have no similar articlesSimilars in SciELO
  • On index processSimilars in Google

Share


Revista Latinoamericana de Bioética

Print version ISSN 1657-4702

rev.latinoam.bioet. vol.14 no.1 Bogotá Jan./June 2014

 

ARTÍCULO ORIGINAL

ATIVIDADE ASSISTIDA POR ANIMAIS COMO ALTERNATIVA COMPLEMENTAR AO TRATAMENTO DE PACIENTES: A BUSCA POR EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS

ACTIVIDAD ASISTIDA POR ANIMALES COMO UNA ALTERNATIVA COMPLEMENTARIA PARA EL TRATAMIENTO DE LOS PACIENTES: LA BÚSQUEDA POR LA EVIDENCIA CIENTÍFICA

ANIMAL- ASSISTED ACTIVITY AS AN COMPLEMENTARY ALTERNATIVE TO PATIENT'S TREATMENT: SEARCH FOR SCIENTIFIC EVIDENCE

Anelise Crippaa
Anamaria Gonçalves dos Santo Feijób

a Advogada. Mestre em Gerontologia Biomédica. Doutoranda do Programa de Pós-graduação em Gerontologia Biomédica IGG/PUCRS. Pesquisadora do Laboratório de Bioética e de Ética Aplicada a Animais da Pontificia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. anecrippa@gmail.com
b Bióloga. Doutora em Filosofia. Coordenadora do Laboratório de Bioética e de Ética Aplicada a Animais da PUCRS. agsfeijo@pucrs.br

* Endereço para correspondência: Laboratório de Bioética e de Ética Aplicada a Animais da PUCRS. agsfeijo@pucrs.br

Fecha de recepción: febrero 3 de 2014
Fecha de evaluación: marzo 14 de 2014
Fecha de aceptación: mayo 09 de 2014


RESUMEN

Salud, contemporáneamente, se entiende como un estado de completo bienestar físico, mental y social, y no solamente la ausencia de enfermedad. La actividad asistida por animales cumple este concepto y ya se utiliza hace unos años, como medida complementaria al tratamiento farmacológico, con el objetivo de la mejora y el bienestar del paciente. Su eficacia se ha demostrado a través de estudios de todo el mundo, en diferentes áreas como pediatría, geriatría y psiquiatría, entre otros, y trayendo beneficios tanto físicos como para la salud mental de las personas institucionalizadas. Ante esta realidad, hemos tratado de identificar cuáles son las investigaciones publicadas sobre el tema hasta el año 2013, en cinco bases de datos principales (Bireme, Cochrane, Embase, Pubmed y Scielo) de la palabra "animal-assisted activity". Se excluyeron los elementos repetidos en la misma base de datos, así como uno en japonés , uno en alemán, y que se centró en la terapia asistida con animales y no en la actividad asistida por animales. 55 artículos fueron encontrados en las cinco bases de datos: Bireme (28), Embase (13) Cochrane (1) Pubmed (11) y Scielo (2). Sólo 17 artículos cumplieron los criterios de inclusión preestablecidos. Todos mostraron resultados positivos en la aplicación de la actividad asistida por animales para los enfermos o personas en el aislamiento social. De este modo, se puede observar que esta práctica, aunque importante para ayudar a la búsqueda de lo bienestar integral del paciente y que está siendo acepta y formalizado en muchos países, sigue estando muy poco extendida científicamente.

Palabras clave

Actividad asistida para animales, beneficencia, bioética, ética animal.


ABSTRACT

Nowadays being healthy is understood as a state of physical, mental and social wellbeing over the absence of conditions and diseases. Animal-assisted activity (AAA) meets the actual concept of being healthy and it has been used for several years as a complementary measure to the pharmacological treatment, aiming at patient's recovery and well-being. The AAA's efficacy has been reported worldwide in areas such as pediatrics, geriatrics, psychiatry, among others, proved beneficial both at physical and psychic levels of institutionalized individuals. This study aimed to identify studies published until 2013 about AAA, in 5 important databases (Bireme, Cochrane, Embase Pubmed and Scielo), using the term "Animal-assisted activity" Duplicate articles in the same database, one article written in Japanese, one in German and the articles focused on therapy assisted by animals were excluded. A total of 55 articles were found from five databases: Bireme (28), Embase (13), Cochrane (1), Pubmed (11) e Scielo (2). Only 17 articles fulfilled the pre established criteria. All displayed positive results in applying Animal-assisted activity to sick or socially isolated individuals. It was concluded that this practice, despite it's importance supporting the patient's well-being and being recognized in several countries, it is still not widely widespread scientifically.

Key words

Animal-assisted activity, beneficence, bioethics, animal ethics.


RESUMO

Saúde, contemporaneamente, entende-se como um estado de completo bem- estar físico, mental e social e não somente a ausência de doença. A atividade assistida por animais atende este conceito e já tem sido utilizada há alguns anos, como medida complementar ao tratamento medicamentoso, tendo como objetivo a melhora e o bem-estar do paciente. A sua eficácia tem sido comprovada através de estudos de todo o mundo, em diferentes áreas como pediatria, geriatria e psiquiatria, entre outras, e trazendo benefícios tanto físicos como para a saúde mental das pessoas institucionalizadas. Diante desta realidade, temos tentado identificar quais são as investigações publicadas sobre o tema até o ano 2013, em cinco importantes bases de dados (Bireme, Cochrane, Embase, Pubmed e Scielo) a partir do vocábulo "animal-assisted activity". Excluiu-se os artigos repetidos na mesmo banco de dados, além de um em japonês, um em alemão, e os que versavam sobre terapia assistida por animais e não sobre o tema atividade assistida por animais. Foram encontrados 55 artigos nas cinco bases de dados:: Bireme (28), Embase(13), Cochrane (1), Pubmed (11) e Scielo (2). Apenas 17 artigos cumpriram os critérios de inclusão pré-estabelecidos. Todos mostraram resultados positivos na aplicação da atividade assistida por animais aos doentes ou pessoas em isolamento social. Com isso, pode-se verificar que esta prática, embora importante para ajudar à procura do bem-estar integral do paciente, e que esta sendo aceita e oficializada em muitos países, ainda é pouco difundida cientificamente.

Palavras-Chave:

Atividade assistida para animais, beneficência, bioética, ética animal.


INTRODUÇÃO

A Organização Mundial da Saúde define a saúde como um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afecções e enfermidades. Em função desta proposição, a saúde tornou-se um direito fundamental do ser humano, que deve ser assegurado sem distinção. Tornou-se um valor coletivo, devendo cada um gozá-la de forma individual (não causando prejuízo a outrem) e, solidariamente, com todos. Torna-se, hodiernamente, muito importante tratar o paciente de forma integral buscando alcançar melhorias dentro de um ambiente que propicie sua tranqüilidade e motive-o a adesão a um possível tratamento.

As instituições, ao receberem seus pacientes indicados para internação, procuram dar a eles o melhor tratamento possível buscando, dentro de certos limites, respeitar sua individualidade e tornar sua estada agradável afim de que o mesmo tenha vontade de se aderir ao tratamento indicado por seu médico. Esta adesão tornase, se não fundamental, extremamente importante para que se alcance com êxito a cura ou melhora do doente. As equipes da área da saúde, conscientes desta missão, unem esforços no intuito de alcançar este objetivo sendo ajudadas também pelos familiares do paciente.

Alguns hospitais internacionais e nacionais, além de clínicas particulares, já vêm recorrendo ao auxílio de animais devidamente treinados para auxiliá-los nestas recuperações ou tratamentos específicos, em atividades reconhecidas pelos profissionais da área da saúde.

Sabe-se que a relação entre humanos e outros animais tem sido evidenciada através da história da humanidade e não pode ser subtraída. Nas cavernas pré-históricas já encontramos desenhos de homens e lobos, sendo os cães, seus descendentes, os primeiros animais a serem domesticados entre 10 e 20 mil anos atrás (Dotti, 2005). Na civilização egípcia, para exemplificar, nos deparamos com a forte ligação dos faraós à figura de gatos; além dos diversos relatos do uso de cavalos e cachorros para caça e companhia, hábito que segue até nossos dias (Connor et al, 2000). Na realidade o cavalo teve fundamental importância na nossa história acompanhando o homem na evolução das sociedades humanas desde a Idade do Bronze e do Ferro sendo um importante instrumento de guerra antes do desenvolvimento das armas de fogo (Levine, 1999).

Como pode-se constatar o animal aparece em inúmeros aspectos da vida humana auxiliando-a das mais diversas maneiras. Bernard Rollin (1992), filósofo americano, também defende que o relacionamento entre os animais e os seres humanos se dá desde o nascimento da humanidade. Nós os retiramos do seu habitat natural, obrigando-os a abrir mão da liberdade e de serem "selvagens", para viverem na nossa sociedade. Em troca, cuidamos deles e somos seus guardiões enquanto eles nos dão sua amizade e companhia. Ainda, conforme Rollin, animais como, por exemplo, os cachorros, foram e continuam sendo cães de guarda, brincalhões e protetores com as crianças, guardiões de ovelhas e gado, a salvação para pessoas perdidas, puxadores de carros e trenós, amigos e caçadores. São também assistentes de pessoas surdas, cegas e com outros tipos de incapacidades, companheiros na pratica de exercícios físicos, cães de companhia. Podem também ser um meio de contato com a natureza para pessoas urbanas, valiosa fonte de amizade, companhia e consolo para pessoas idosas e solitárias; um modo de penetrar no mundo particular em que algumas crianças com distúrbios se encerram, uma criatura que pode dar conforto até para a pessoa mais anti-social e uma inesgotável fonte de pureza e amor.

Vindo ao encontro desta relação homem-animal, as atividades com envolvimento de animais na busca da recuperação do doente vêm sendo utilizadas nas instituições de saúde e são conhecidas como Terapia Assistida por Animais (TAA) ou Atividade Assistida por Animais (AAA). A Terapia Assistida por Animais (TAA) está relacionada à interação com um profissional de saúde que faz uso do animal para auxiliar em uma prática intervencionista. Por exemplo, o fisioterapeuta pode utilizar o animal para a reabilitação de alguém que está voltando a caminhar (Miller et al, 2000).

O foco deste trabalho, entretanto é com a Atividade Assistida por Animais (AAA) que já vem sendo desenvolvida há alguns anos em países americanos e europeus. Seu surgimento ocorreu no ano de 1792 em uma clínica psiquiátrica em York, Inglaterra e consiste na visitação e recreação através do contato de animais e pessoas, justificada pela ligação afetiva criada entre eles com a finalidade de entretenimento e auxilio na amenização de problemas emocionais, físicos e mentais dos pacientes, sem, no entanto o uso de profissionais da área da saúde (Carvalho et al, 2011). Os animais são levados às instituições normalmente por voluntários que se unem às equipes multidisciplinares responsáveis pelo enfermo para interagirem com pessoas enfermas ou em isolamento.

Assim como ocorre o auxílio do cão em operações policiais e com o corpo de bombeiros, ou a utilização do cão-guia para deficientes visuais (Willis, 1995), o cachorro também é de grande valia na área médica e é o animal mais utilizado para esta atividade assistida (Morrison, 2007). Mas também se utilizam outros animais como gatos, pássaros, porcos da índia e coelhos.

Na TAA, para traçar-se um paralelo, além dos animais já referidos, também são utilizados cavalos, botos e golfinhos (Vaccari et al, 2007), porcos, galinhas e lhamas (Morrison, 2007). Porém, outros animais também são utilizados, independente do porte, bastando somente que estejam preparados.

Um fator extremamente importante é que a atividade assistida por animais poderá ser desenvolvida em grupo ou de forma individual, respeitando, sempre, a vontade dos participantes (Pereira et al, 2007) e tendo como objetivo o auxílio na busca pelo bem-estar pleno do individuo, resguardadas as especificidades de cada caso. Isto remete, na área da Bioética, à obra de Beauchamp e Childress, The Principles of Bioethics (1994), escrita em 1979, que estabeleceu uma linha conhecida como "principialismo" orientando a análise de problemas das áreas biomédicas englobando o campo da prática clínica e assistencial, a partir de quatro princípios básicos não absolutos: não maleficência, beneficência, respeito à autonomia e justiça (Costa et al, 1998).

Destes princípios prima facie, dois podem ser destacados quando se trata da implementação da AAA nas instituições: a beneficência e o respeito à autonomia.

O princípio da beneficência busca o bem do paciente, seu bem-estar e interesses. Esse princípio implica, segundo Clotet, Feijó e Oliveira (2005, p. 18), "usar todas as habilidades e conhecimentos técnicos a serviço do paciente maximizando benefícios e minimizando riscos".

O princípio do respeito à autonomia acarreta a autodeterminação do indivíduo envolvido aceitando sua capacidade em decidir o que ele entende deve ser o melhor para si. Esse princípio fundamenta-se na dignidade da pessoa humana, remetendo-nos à ética deontologica de Kant (1968) e ao utilitarismo de John Stuart Mill (1974), expoente do utilitarismo britânico. Este princípio dá espaço para que o paciente manifeste sua vontade e se posicione em relação aos tratamentos propostos.

O animal também deve ser foco do cuidado quando se trata de AAA. Neste campo Peter Singer (1994) acredita no fato de que um animal é um ser moral por apresentar sensibilidade, mas aceita uma certa hierarquia entre os animais humanos e não-humanos não defendendo, por isso, a dignidade como algo absoluto e sim, algo relativo dependendo das circunstâncias. Rollin (1992) busca o bem-estar animal e defende que a dignidade animal consiste em estes seres terem seus interesses satisfeitos. Como os interesses podem ser distintos de um indivíduo para o outro, a dignidade tornase relativa ao indivíduo em questão. O tratar bem ao animal não-humano não infringindo crueldade ao mesmo, e preocupar-se com sua integridade, especificamente na área de pesquisa amplia a consciência e a esfera de consideração moral humana e outorga uma dignidade subjetiva não padronizada a formas não padronizadas de alteridade! (Feijó, 2008).

Como pode-se notar deve existir uma preocupação com o animal humano e com o animal não humano quando trata-se da proposição da AAA. Sente-se em vários países, que há uma tentativa de estabelecer limites à utilização de animais e isto propõe, de forma sutil, uma mudança do status moral do animal não-humano. Novas interpretações dos ordenamentos jurídicos nacionais, aceitando muitas vezes os animais como sujeitos de direito, com dignidade e valor intrínseco, já refletem sob esta mudança (Feijó et al, 2010).

Levando-se em conta a relação ser humano / animalnão- humano e inserindo esta relação no contexto da área da saúde, esta investigação buscou conhecer que trabalhos envolvendo AAA, que já tenham sido conhecidos seus benefícios podem ser aplicados de forma complementar ao tratamento médico, foram realizados e publicadas em cinco importantes bases de dados, que atingem publicações mundiais.

MÉTODO

O presente trabalho destina-se a uma revisão sistemática. As pesquisas relevantes foram identificadas pelas ferramentas de busca Pubmed, Cochrane, Bireme, Embase e Scielo. Para a estratégia de busca foi utilizado o vocábulo "animal-assisted activity". A pesquisa inclui artigos publicados nas bases referidas até 27 de outubro de 2013.

A análise de todos os trabalhos foi realizada com o intuito de verificar se cumpriam o critério de inclusão, por dois revisores independentes. A primeira leitura se ateve aos títulos e resumos de forma não cega. Cada pesquisador preencheu uma planilha em formato Excel com os artigos que atendiam aos critérios de inclusão.

Em relação ao idioma de publicação, foram excluídos apenas um artigo em japonês e um artigo em alemão. Também foram desconsiderados artigos que apareciam em duplicata na mesma base de dados ou em distintas bases sendo estes incluídos apenas uma vez.

Após a seleção dos resumos pelos investigadores, obtiveram-se os textos na íntegra dos que atendiam aos critérios de inclusão os quais foram analisados.

RESULTADOS

Da análise dos resumos identificou-se 55 artigos nas cinco bases de dados investigadas: Bireme (28), Embase (13), Cochrane (1), Pubmed (11) e Scielo (2). Destes, após aplicação dos critérios de exclusão, restaram apenas 17 artigos listados na tabela 1.

Pode-se verificar que, com o passar dos anos, embora escassas, mais publicações sobre a temática Atividade Assistida por Animais e Terapia Assistida por Animais vem surgindo no campo acadêmico-científico. Isso demonstra a contemporaneidade da utilização de animais para auxiliar pessoas enfermas.

Dawn A. Marcus, Betsy Blazek-O'Neill e Jennifer L. Kopar (2013) identificaram uma redução nos sintomas de câncer após a atividade assistida por animais. Tiveram um total de 56 participantes que responderam a um questionário numerando de 0 a 5, os benefícios nesta atividade auxiliar. Deste, apenas 9 nunca tinham vivido com um cão. Apenas cinco se consideraram uma pessoa não relacionada com animais. Dos participantes, 33 estavam em uma área de tratamento de câncer e 23 em outro local no hospital. Dos pacientes na área de câncer, 100% relataram melhora com a interação animal e os demais, 95,7%. Em ambos os grupos foi identificada uma melhora nos sintomas.

Atsushi Funahashi, Anna Gruebler, Takeshi Aoki, Hideki Kadone e Kenji Suzuki (2013), mediram quantitativamente o sorriso de crianças de dez anos, com autismo, por sete meses, durante a AAA, e compararam seus dados com um grupo controle. O grupo controle foi composto por crianças da mesma idade, porém saudáveis. Todos os participantes aceitaram integrar a pesquisa de forma voluntária. Concluíram que o comportamento social da criança com autismo pode ser facilitado diminuindo seu comportamento anti-social, a partir desta atividade com animais.

Jessica Bibbo (2013) examinou a percepção de funcionários de um centro oncológico, para implantação da AAA. O trabalho foi desenvolvido com 34 participantes, através de um relatório em que estes auto-relatavam o que achavam da AAA. A atividade ocorreu durante quatro meses, três vezes por semana. A interação com o animal se mostrou positiva pela equipe. Houve divergência em se tratando de acarretar mais trabalho para a equipe hospitalar e estresse. A interação com o funcionário-cuidador do animal não mostrou significância em comparação com a interação funcionário-animal. No entanto, a presença do cuidador auxiliou na aceitação da AAA.

Reiley Reed, Lilian Ferrer, Natalia Villegas (2012), realizaram um trabalho descritivo sobre a literatura existente referente à terapia assistida por animais e a atividade assistida por animais relacionada com doenças crônicas em crianças e discutiram a possível aplicação dessas práticas em crianças portadoras do vírus da AIDS. Fizeram busca no período de um mês em bases de dados e concluíram a eficácia da AAA e TAA, relatando o aumento da sensibilidade em crianças com deficiência social e a redução dos níveis de dor.

Lucia Francesca Menna, Marzia Fontanella, Antonio Santaniello, Eduardo Ammendola, Maddalena Travaglino, Francesca Mugnai, Annamaria Di Maggio e Alessandro Fioretti (2012) escreveram sobre a reabilitação da relação social dos idosos através da atividade assistida por animais. Eles apresentaram o trabalho que foi desenvolvido em 2009 e 2010 com dois cães e seus cuidadores em um hospital, na Itália. Participaram 20 pacientes sendo que 70% estavam com demência e os demais com alguma outra doença, como depressão e problemas cognitivos. As sessões duraram uma hora. Foram aplicados questionários de avaliação psiquiátrica e cognitiva após a AAA e seis meses depois repetiam a aplicação do instrumento. Houve uma melhora na cognição dos participantes. Também em relação a depressão foi demonstrada uma melhora. Concluíram que a AAA auxilia na autonomia da pessoa e funções psicológicas.

E. Antonelli e E. Cusinat o (2012) realizaram um trabalho para identificar os efeitos no estado afetivo de mulheres idosas atendidas em um day care, em relação a satisfação com a vida e a memória. Foram entrevistadas dezesseis mulheres sem problema cognitivo grave, sendo oito do grupo controle e oito com intervenção da AAA. Foi aplicada uma escala sobre afeto, satisfação com a vida e teste de memória durante dois meses. Com o grupo intervenção houve uma reaplicação quatro meses após. O grupo que teve a AAA mostrou um aumento das emoções positivas e diminuição das emoções negativas; para este grupo não houve diferenciação nos testes de memória, porém para o grupo controle o teste de memória diminuiu após quatro meses. Os autores concluíram que a AAA melhora o bem-estar subjetivo e, em parte, a função da memória nas mulheres idosas.

Enrico Mossello, Alessandro Ridolfi, Anna Maria Mello, Giulia Lorenzini, Francesca Mugnai, Carolina Piccini, Domenico Barone, Anna Peruzzi, Giulio Masotti e Niccol`o Marchionni (2011) realizaram uma investigação com um grupo de idosos com Alzheimer. O trabalho foi dividido em três etapas: a) duas semanas de pré-intervenção; b) três semanas de atividade controlada com cão de pelúcia; e c) três semanas de atividade assistida por animais. Foram analisadas funções cognitivas, humor, estado neuropsiquiátrico e agitação, antes e após. As emoções e a função motora, foram analisadas durante a AAA e após três horas, o estado neuropsiquiátrico e a cognição mantiveram-se inalterados. O Humor e a agitação não apresentaram resultados significativos. A ansiedade foi o fator que diminuiu com a AAA. Durante a interação com o animal, a tristeza diminuiu e aumentou o prazer e o estado de alerta. Após três horas, a tristeza permaneceu baixa. Durante a AAA, foi observado também pelos autores, um aumento na atividade motora.

Isa Rodrigues Silveira, Nanci Cristiano Santos e Daniela Ribeiro Linhares (2011), descreveram o protocolo que foi implantado em um hospital universitário de São Paulo/SP - Brasil, de atividade assistida por animais. Eles fizeram um levantamento da literatura nacional e internacional, bem como uma revisão legislativa. O projeto foi denominado "Um amor na coleira" e foi implantado, em 2000 na área da pediatria. Este protocolo abordou os procedimentos que os profissionais deveriam ter, orientações sobre como conduzir os animais, critérios de inclusão e exclusão para animais e recomendação à equipe de saúde. Concluíram que, com a adoção deste protocolo, há uma diminuição dos riscos clínicos, prevenindo acidentes e controlando infecções. Além disso, os autores salientam que o projeto proporcionou bem-estar aos pacientes.

Rebecca A. Johnson e Richard L. Meadows (2010) pesquisaram sobre a utilização do cão para influenciar a adesão nas caminhadas. A pesquisa foi realizada com dois grupos, totalizando 26 pessoas. Ambos realizaram caminhadas cinco vezes por semana, durante vinte minutos, porém um grupo fez esse programa por vinte e seis semanas e outro por cinquenta semanas. O tempo e a quantidade de vezes da caminhada, por semana, foram aumentando de forma gradual. A adesão ao tratamento foi maior no grupo de cinquenta semanas (72%), em relação ao de vinte e seis semanas (52%). A justificativa para a adesão às caminhadas foi de que o cão precisa do dono para caminhar.

Marieanna C. Le Roux e Rene Kemp (2009) tentaram verificar o efeito que a AAA proporciona a pessoas que residiam em uma casa de longa permanência e tinham depressão ou problemas de ansiedade. O estudo ocorreu com dois grupos - intervensão e controle -, com um total de 16 pessoas. O trabalho foi desenvolvido durante seis semanas, sendo realizado uma vez por semana. Puderam comprovar que, para a depressão, a AAA consegue ser significativa, sendo aplicada por um longo período.

Cheng-I Chu, Chao-Yin Liu, Chi-Tzu Sun e Jung Lin (2009), avaliaram os efeitos da AAA em pacientes esquizofrênicos, de Taiwan, para ver o impacto na autoestima, o controle nas atividades diárias e a relação com aspectos psico-fisiológicos. Pacientes foram divididos entre o grupo de intervenção e o grupo controle de forma aleatória, recebendo um programa semanal de atividades por dois meses. Antes e após a AAA foi aplicado um questionário para verificar os fatores investigados. Através desta investigação, os pesquisadores demonstraram que a AAA promove, em pacientes esquizofrênicos, melhora nos aspectos clínicos e na auto-estima. Apenas não foi encontrada significância em apoio social e em sintômas psiquiátricos. Assim, concluiram que a AAA deve ser aliada ao tratamento clínico dos esquizofrênicos.

Namiko Kawamura, Masayoshi Niiyama, e Harue Niiyama (2009), realizaram um estudo para ver como mulheres japonesas idosas institucionalizadas percebiam a AAA e como a sua percepção poderia ser relevante para enfermagem. A pesquisa contou com a participação de oito idosas, por dois anos, e os pesquisadores intervieram duas vezes por mês, utilizando uma entrevista semi-estruturada. Todas estavam em algum estágio de demência e uma estava com depressão. Os investigadores identificaram uma melhora na interação das pacientes consigo mesmas e com as demais residentes da instituição. Relataram, ainda, que a interação com os voluntários que acompanhavam os animais proporcionou um sentimento de interação com a sociedade.

Hanna Falk e Helle Wijk (2008) realizaram um estudo exploratório em um hospital suíço entre idosos e pássaros de gaiola. O objetivo da interação dos animais com idosos suecos era aliviar problemas mentais decorrentes da idade. Para essa investigação as autoras usaram o método observatório constante, conforme teoria de Grounded Theory. O hospital escolhido tinha 500 leitos, especializado em reabilitação pós AVC. Participaram da pesquisa 35 idosos. Os dados foram coletados de setembro a novembro de 2002 e o tempo de observação variou de 3 a 35 minutos, tendo uma média de 10 minutos. A gaiola foi colocada em um corredor central da enfermaria. Os resultados se mostraram positivos na atenção involuntária e na restauração mental, bem como entre as relações sociais. Concluíram que a interação com animais e pacientes é positiva e pode prevenir a fadiga mental.

Rebecca A. Johnson, Richard L. Meadows, Jennifer S. Haubner, e Kathleen Sevedge (2008), desenvolveram um trabalho para identificar até que ponto os pacientes com câncer são afetados por animais em relação ao seu humor, a auto-percepção da saúde e o senso de coerência. Para isso realizaram testes antes e após a interação com o animal, utilizando trinta pacientes em radioterapia de dois diferentes hospitais. Foram divididos em grupos que realizaram dez visitas com cão, dez visitas com humanos e dez leituras silenciosas, por quatro semanas. Os resultados não foram significativos, no entanto os pacientes que interagiram com cão tiveram uma melhora na saúde. Tendo em vista que a pesquisa foi realizada com pequena amostra de pacientes, os autores sugerem que seja feita uma nova pesquisa com mais pacientes participantes.

Megan A. Souter e Michelle D. Miller (2007) fizeram uma meta-análise para verificar a redução dos sintomas depressivos. Foram incluídos cinco trabalhos. Todos os estudos mostraram que a AAA tem efeitos positivos sobre a depressão. A AAA também se mostrou como auxiliar a outros problemas de saúde, como a pressão arterial.

Simona Caprilli e Andrea Messeri (2006) estudaram a implantação da AAA em um hospital infantil, na Itália. O trabalho examinou a reação dos pacientes, dos familiares e da equipe, bem como uma análise da taxa de infecção, antes e após a inserção dos animais. O número de infecção não aumentou e a participação das crianças teve uma adesão alta com 138 participantes. Foi verificado, pelas autoras, que a AAA teve efeitos positivos com uma melhor percepção do ambiente e a integração com o cão. Dos pais, 94% consideraram benéfico, bem como a equipe médica. Portanto, os investigadores concluíram que esta foi uma prática positiva aos pesquisados pacientes pediátricos, bem aceita pelos pais e pela equipe de saúde, além de não afetar a taxa de infecção do hospital.

M.A.Khan e N. Farrag (2000) discutiram as implicações que decorrem da implantação da atividade assistida por animais ou a terapia assistida por animais em um hospital. Foram abordadas as precauções que se deve ter com esta prática, como o cuidado com as doenças transmitidas pelos animais aos humanos. Assim, a instituição que receberá esta prática tão benéfica ao paciente, deverá ter alguns cuidados para receber os animais com segurança.

DISCUSSÃO

A atividade assistida por animais não pode ser considerada um tratamento complementar usual. Entretanto a interação ser - humano /animal, no que se refere à área da saúde, foi descrita como benéfica em todos os 17 trabalhos analisados nesse artigo vindo ao encontro do princípio da beneficência proposto por Beauchamp e Childress (1994). Foi citada a melhoria da interação social (McNicholas, Collis, 2000), no alívio de dores (Connor et al, 2000), na diminuição de estresse (Carmack, Fila, 1989), na diminuição da ansiedade (Kawakami, Nakano, 2002) e até mesmo em melhora de doenças coronarianas (Friedmann, Katcher, Lynch, Thomas, 1980). É mais comum esta interação ocorrer em pacientes oncológicos, pediátricos ou geriátricos (Mugford, M'Comisky, 1975), acontecendo, também, com pacientes psiquiátricos (Corson et al, 1975), cardiopatas (Cole, 1995) e com portadores do vírus HIV (Gorczyca, 1996).

Daly e Morton (2009) e Worsham e Goodvin (2007) enfatizaram os notáveis efeitos da interação do animal não humano no que tange ao desenvolvimento social de crianças. Esteves e Sokes (2008) e Martin e Farnum (2002) confirmaram esta ideia afirmando ser a presença de um animal, estímulo ao aumento da consciência social de crianças. Este benefício foi verificado, também, no trabalho de revisão de Reed et al (2012), assim como no de Caprilli e Messeri (2006) salientando, ambos, a reação positiva das crianças participantes de suas investigações.

Ainda em se tratando de pacientes pediátricos, as crianças autistas também apresentaram melhora em seu comportamento social com a presença de animais terapêuticos (Viau et al, 2010). Funahashi et al (2013) salientaram este aspecto em seu trabalho corroborando com a afirmação de melhora de crianças autistas com a AAA.

Pacientes idosos também apresentaram benefícios com esta atividade. Richeson (2003) salientou o desenvolvimento da interação social de pacientes diagnosticados com Alzheimer através da presença de animais, vindo ao encontro das conclusões de Mossello et al (2011), Kawamura et al (2009) e Nordgen e Engström (2012).

A diminuição de níveis de ansiedade em pacientes geriátricos institucionalizados também foi relatada (Serpell, 2006). Le Roux e Kemp (2009) mostram também que ocorreu essa diminuição, relatando-a em seu artigo.

Pacientes esquizofrênicos apresentaram resultado positivo após estabelecer relação com animais. Esta constatação relatada no trabalho de Cheng-I Chu et al (2009) foi complementado por Yeh et al (2002).

Um grande receio dos profissionais da saúde em relação ao ingresso de animais em instituições clínicas/ hospitalares refere-se ao perigo de infecção. Os animais utilizados para a AAA são escolhidos por critérios rígidos analisados por treinadores e veterinários, antes de iniciar sua função terapêutica. Miller e Connor (2000) chamaram a atenção para o fato dos animais utilizados na AAA serem treinados a se socializar em áreas públicas, apresentarem temperamento dócil, e obedecerem ordens. É importante, também, um acompanhamento veterinário para exames parasitológicos e dermatológicos, entre outros. O animal utilizado na AAA é extremamente cuidado e controlado (Khan e Farrag, 2000). Silveira et al (2011) salientaram esta preocupação descrevendo um protocolo implantado em um hospital, conforme relatado para esta atividade envolvendo animais.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os trabalhos encontrados salientam o benefício da utilização de animais como atividade complementar à busca da saúde ou melhora de pacientes acometidos das mais diversas patologias. Pode-se identificar a relevância do tema através de estudos com esta prática evidenciada nas publicações contemporâneas apresentadas.

Sabemos hoje que o conceito de saúde não se limita a ausência de doença, mas engloba o bem estar psicossocial individual. Nesse sentido, diversos serviços podem ser oferecidos para promoção do bem-estar do paciente e, assim, possibilitar seu empoderamento e recuperação. E é justamente nesta seara que aparece o uso de animais nos tratamentos dentro de instituições de saúde em diversos países. A proposição da AAA baseiase no sucesso da relação entre seres humanos e animais não-humano buscando o bem do paciente e a melhoria nos aspectos físico, social, intelectual e até espiritual, respeitada sua autonomia de participar da atividade.

Outro aspecto a ser considerado quando se trata de AAA é a consideração para com o animal não-humano, salientando sua co-participação e não coisificando-o como simples ferramenta de uma nova técnica a ser implementada. Os trabalhos pesquisados apresentavam uma nítida visão antropocêntrica chamando a atenção apenas ao beneficio da atividade ao ser humano acometido de alguma enfermidade. Estes tópicos abrem espaço para uma profícua discussão na área da Ética Animal não encontrada em nenhum dos textos utilizados.

A entrada e permanência de animais em recintos antes restritos apenas aos humanos como hospitais e clínicas de saúde é, por si só, um tema polêmico e deve ser abordado também pela bioética. Mas podese concluir que atividades envolvendo animais podem aliar-se à tradicional terapêutica visando o bem estar do doente hospitalizado e o alcance de sua recuperação ou excelente paliativo minimizando stress, ansiedade entre outros fatores clínicos para seu tratamento.

Este tema, portanto, é extremamente atual, polêmico e relevante e merece ser mais pesquisado também no âmbito da Bioética.


Referências

1. DOTTI, J. (2005). Terapia e Animais, São Paulo: PC Editorial.         [ Links ]

2. CONNOR, K., MILLER, J. (2000). Animal-assited therapy: Anin-depth look. Dimensions of Critical Care Nursing. v.19. n.3.p. 20-26. May-Jun.         [ Links ]

3. LEVINE, M.A. (1999). Investigating the origins of horse domestication. Equine Veterinary Journal Supplement. v. 28 p. 6-14.         [ Links ]

4. ROLLIN, B.E. (1992). Animal rights and human morality. New York: Prometheus Books; p. 216-217.         [ Links ]

5. MILLER, J., CONNOR, K. (2000). Going to the dogs... for help. Nursing. 30, p. 65-67.         [ Links ]

6. CARVALHO, C.F., ASSIS, L.S., CUNHA, L.P.C. (2011). Uso da atividade assistida por animais na melhora da qualidadede vida de idosos institucionalizados. Em Extensão, Uberlândia, V. 10, nº 2, p. 149-155, jul. - dez.         [ Links ]

7. WILLIS, M.B. (1995). Genetic aspects of dog behaviour with particular reference to working. In: James Serpell. The domestic dog: its evolution, behavior and interactions with people. London: Cambridge university press.         [ Links ]

8. MORRISON, M.L. (2007). Health benefits of animal-assisted interventions. Complementary health practice review. vol.12, n. 1, January, p. 51-62.:51.         [ Links ]

9. VACCARI, A.M.H., ALMEIDA, F.A. (2007). A importância da visita de animais de estimação na recuperação de crianças hospitalizadas. Einstein. 5(2):111-116.         [ Links ]

10. PEREIRA, M. J. F., PEREIRA, L., FERREIRA, M. L. (2007). Os benefícios da terapia assistida por animais: uma revisão bibliográfica. Saúde coletiva. Abril-maio, v.4, n.14, p. 62-66.         [ Links ]

11. BEAUCHAMP, T.L., CHILDRESS, J.F. (1994). Principles of biomedical ethics. New York: Oxford.         [ Links ]

12. COSTA, S.I.F., OSELKA, G., GARRAFA, V. (1998). Iniciação à bioética. Brasília: Conselho Federal de Medicina.         [ Links ]

13. CLOTET, J., FEIJÓ, A.G.S., OLIVEIRA, M.G. (2005). Bioética: uma visão panorâmica. Porto Alegre: EDIPUCRS, p.18.         [ Links ]

14. KANT, I. (1968). Grundlegung zur Metaphysik der Sitten. Herausgegeben von Wilhem Weischedel, Frankfurt am Main; Suhrkamp Verlag, B79.         [ Links ]

15. MILL, J.S. (1974). On Liberty I Essay on Bentham. New York: A Meridian Book.         [ Links ]

16. SINGER, P. (1994). Ética Prática. São Paulo: Martins Fontes.         [ Links ]

17. FEIJÓ, A.G.S. A dignidade e o animal não-humano. (2008). In: MOLINARO, C.A; MEDEIROS, F.L.F.; SARLET, I.W.;FENSTERSEIFER, T. (Org.). A dignidade da vida e os direitos fundamentais para além dos humanos: uma discussão necessária. Belo Horizonte: Fórum 2008. p. 127-143.         [ Links ]

18. FEIJÓ, A. G. S., SANTOS, C. I., GREY, N. C. (2010). O animal não-humano e seu status moral para a ciência e o Direitono cenário brasileiro. Revista de Bioética y Derecho, nº 19. Disponível em: <http://www.ub.edu/fildt/revista/RByD19_art-goncisacamp.htm>. Acesso em: 10 jun. 2013.         [ Links ]

19. MARCUS, D.A., BLAZEK-O'NELL, B., KOPAR, J.L. (2013). Symptp, reduction identified after offering animal-assisted activity at a cancer infusion center. Am J Hosp Palliat Care. May 31.         [ Links ]

20. FUNAHASHI, A., GRUEBLER, A., AOKI, T., KADONE, H.,SUZUKI, K. (2013). Brief report: the smiles of a child whit autism spectrum disorder during an animal-assisted activitymay facilitate social positive behaviors - quantitative analysiswith smile-detecting interface. J Autism Dev Disord. 27 July.         [ Links ]

21. BIBBO, J.M.A. (2013). Staff members' perceptions of ananimal-assisted activity. Oncol Nurs Forum. Jul; 40(4): E320-6.         [ Links ]

22. REED, R., FERRER, L., VILLEGAS, N. (2012). Curadores naturais: uma revisão da terapia assistida por animais como tratamento complementar de doenças crônicas. Rev. Latino-Am. Enfermagem vol. 20 no. 3 Ribeirão Preto May/June.         [ Links ]

23. MENNA, L.F., FONTANELLA, M., ANTANIELLO, A., AMMENDOLA,E., TRAVAGLINO, M., MUGNAI, F., DI MAGGIO, A., FIORETTI, A. (2012). Evaluation of social relationships in elderly by animal-assisted activity. International Psychogeriatrics /Volume 24 / Issue 06 / June, pp 1019-1020.         [ Links ]

24. ANTONELLI, E., CUSINATO, E. (2012). Attività assistite da animali: effetti sul benessere soggettivo di anziane frequentanti un centro diurno. Giornale di Gerontologia. 60, 215-223.         [ Links ]

25. MOSSELLO, E., RIDOLFI, A., MELLO, A.M., LORENZINI, G., MUGNAI, F., PICCINI, C., BARONE, D., PERUZZI, A., MASOTTI,G., MARCHIONNI, N. (2011). Animal-assisted activity and emotional status of patients with Alzheimer's disease in day care. Int Psychogeriatr. 2011 Aug; 23(6): 899-905.         [ Links ]

26. SILVEIRA, I.R., SANTOS, N.C., LINHARES, D.R. (2011). Protocolo do programa de assistência auxiliada por animais no hospital universitário. Rev Esc Enferm USP. 45(1): 283-8.         [ Links ]

27. JOHNSON, R.A., MEADOWS, R.L. (2010). Dog-walking: motivation for adherence to a walking program. Clin Nurs Res. Nov;19(4): 387-402.         [ Links ]

28. LE ROUX, C.M., KEMP, R. (2009). Effect of a companion dog on depression and anxiety levels of elderly residents in along-term care facility. Psychogeriatrics. 9: 23-26.         [ Links ]

29. CHU, C.I., LIU, C.Y., SUN, C.T., LIN, J. (2009). The effect of animal-assisted activity on in patients with schizophrenia. J Psychosoc Nurs Ment Health Serv. Dec;47(12):42-8.         [ Links ]

30. KAWAMURA, N., NIIYAMA, M., NIIYAMA, H. (2009).Animal-assisted activity: experiences of institutionalized Japanese Older Adults. J Psychosoc Nurs Ment Health Serv. 2009 Jan; 47(1): 41-7.         [ Links ]

31. FALK, H., WIJK, H. (2008). Natural activity: an explorative study of the interplay between cage-birds and older people in a Swedish hospital setting. Int J Older People Nurs, mar; 3(1): 22-8.         [ Links ]

32. JOHNSON, R.A., MEADOWS, R.L., HAUBNER, J.S., SEVEDGE,K. (2008). Animal-Assisted Activity Among Patients With Cancer: Effects on Mood, Fatigue, Self-Perceived Health, and Sense of Coherence. Oncol Nurs Forum, mar; 35(2):225-32.         [ Links ]

33. SOUTER, M.A., MILLER, M.D. (2007) Do animal-assisted activities effectively treat depression? A meta-analysis. Anthrozoos, 20(2): 167-180.         [ Links ]

34. CAPRILLI, S., MESSERI, A. (2006). Animal-assisted activity at A. Meyer Children's hospital: a pilot study. Evid Based Complement Alternat Med, sep; 3(3): 379-383.         [ Links ]

35. KHAN, M.A., FARRAG, N. (2000). Animal-assisted activity and infection control implications in a healthcare setting. J Hosp Infect, sep; 46(1):4-11.         [ Links ]

36. MCNICHOLAS, J., COLLIS, G.M. (2000). Dogs as catalysts for social interactions: robustness of the effect. British Journal of Psychology. 91, 61-70.         [ Links ]

37. CARMACK, B.J., FILA, D. (1989). Animal-assisted therapy: a nursing intervention. Nursing Management, 20(5), 96-101.         [ Links ]

38. KAWAKAMI, C.H.; NAKANO, C.K. (2002). Relato de experiência: terapia assistida por animais (TAA) - mais um recurso na comunicação entre paciente e enfermeiro. Simp. Bras. Comum. Enferm. - SIBRACEN, maio.         [ Links ]

39. FRIEDMANN, E., KATCHER, A.H., LYNCH, J.J., THOMAS, S.A.(1980). Animal Companions and One-Year Survival of Patients After Discharge From a Coronary Care Unit. Public Health Reports. July-August, v.95. n.4. p. 307-312.         [ Links ]

40. MUGFORD, R.A., M'COMISKY, J.G. (1975). Some recent work on the psychotherapeutic value of cage birds with old people. In Pet animals and society, edited by R. S. Anderson. Bailliere Tindall: London, pp. 54-65.         [ Links ]

41. CORSON, S.A., CORSON, E.D., GWYNNE, P. (1975). Pet facilitated psychotherapy. In Pet animals and society, editedby R. S. Anderson. Bailliere Tindall: London, pp.19-36.         [ Links ]

42. COLE, K.M., GAWLINSKI, A. (1995). Animal-assisted therapyin the intensive care. Nurs Clin North Am. 30: 529-537.         [ Links ]

43. GORCZYCA, K. (1996). Pets and immunocompromised patients. Standards of Practice for Animal-Assisted Activities and Therapy. Renton, WA: Delta Society.         [ Links ]

44. DALY, B., MORTON, L.L. (2009). Empathic differences in adults as a function of childhood and adults pet owner ship and pet type. Anthrozoos. 22(4):371-82.         [ Links ]

45. WORSHAM, N.L., GOODVIN, R. (2007). The bee kindgarden: a qualitative description of work with maltreated children. Clin Child Psychol Psychiatry. 12:261.         [ Links ]

46. ESTEVES, S.W., STOKES, T. (2008). Social effects of a dog's presence on children with disabilities. Anthrozoos. 21(1):5-15.         [ Links ]

47. MARTIN, F., FARNUM, J. (2002). Animal- assisted therapy for children with pervasive developmental disorders. West J Nurs Res. 24(6):657-70.         [ Links ]

48. VIAU, R., ARSENAULT-LAPIERRE, G., FECTEAU, S., CHAMPAGNE,N., WALKER, C., LUPIEN, S. (2010). Effect service dogs on salivary cortisol secretion in autistic children. Psychoneuroendocrinology. 35:1187-93.         [ Links ]

49. RICHESON, N.E. (2003). Effects of animal-assisted therapy on agitated behaviors and social interactions of older adults with dementia. Am J Alzheimers Dis Other Demen. 18(6):353-358.         [ Links ]

50. NORDGREN, L., ENGSTRÖM, G. (2012). Effects of animal assisted therapy on behavioral and/or psychological symptoms in dementia: a case report. Am J Alzheimers Dis Other Demen. 27(8):625-632.         [ Links ]

51. SERPELL, J.A. Animal-assisted interventions in historical perspective. (2006). In: Fine AH, Ed. Handbook on Animal-Assisted Therapy, 2nd edn. San Diego, CA: Academic Press, 3-17.         [ Links ]

52. YEH, M.L., LIAO, H.F., CHEN, S. (2002). Animal-assisted therapy in Taiwan. Journal of the Formosan medical association, 6(1), 102-106.         [ Links ]