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Aquichan

versión impresa ISSN 1657-5997versión On-line ISSN 2027-5374

Aquichan vol.24 no.1 Bogotá ene./mar. 2024  Epub 29-Ene-2024

https://doi.org/10.5294/aqui.2024.24.1.3 

Articles

Checklist de enfermagem para a orientação de cuidados domiciliares a cuidadores informais na transição de alta ***

Samira Goldberg Rego Barbosa**** 
http://orcid.org/0000-0001-7179-6382

Aroldo Gavioli***** 
http://orcid.org/0000-0003-1454-1652

Julia Rosa Matias Ciccheto****** 
http://orcid.org/0000-0001-9981-6701

Rafaely de Cassia Nogueira Sanches******* 
http://orcid.org/0000-0002-1686-7595

Cremilde Aparecida Trindade Radovanovic******** 
http://orcid.org/0000-0001-9825-3062

** Universidade Estadual de Maringá, Programa de Universidade Estadual de Maringá, Postgraduate Program in Nursing, Brazil pg55509@uem.br, https://orcid.org/0000-0001-7179-6382

*** Hospital Universitário Regional de Maringá, Universidade Estadual de Maringá, Brazil agavioli@uem.br, https://orcid.org/0000-0003-1454-1652

**** Universidade Estadual de Maringá, Postgraduate Program in Nursing, Brazil pg404250@uem.br, https://orcid.org/0000-0001-9981-6701

***** Universidade Estadual de Maringá, Postgraduate Program in Nursing, Brazil rcnsanches2@uem.br, https://orcid.org/0000-0002-1686-7595

****** Universidade Estadual de Maringá, Postgraduate Program in Nursing, Brazil catradovanovic@uem.br, https://orcid.org/0000-0001-9825-3062


Resumo

Introdução:

a utilização de ferramentas na pré-alta hospitalar capacita a equipe de enfermagem na orientação de cuidadores informais, promovendo a continuidade do cuidado no domicílio, o que pode minimizar reinternações.

Objetivo:

construir e validar um checklist para apoiar a equipe de enfermagem na orientação de cuidadores informais sobre os cuidados domiciliares no processo de transição de alta.

Materiais e

método: pesquisa metodológica, aplicada a 14 juízes enfermeiros, que avaliaram um checklist de orientação de cuidados para cuidadores informais na transição para a alta, realizada em três etapas: revisão da literatura; construção do checklist; validação pela técnica Delphi, ocorrida de fevereiro de 2022 a janeiro de 2023, sendo os dados tratados por análise de confiabilidade de escala, índice de validade de conteúdo e coeficiente de correlação intraclasses.

Resultados:

o checklist foi composto de 10 domínios: higiene e conforto; traqueostomia; oxigenoterapia; nutrição; sonda vesical de demora; ostomias; curativos; risco de quedas; medicações; retornos e encaminhamentos, totalizando 32 orientações aos cuidadores informais. O checklist passou por duas etapas de validação e, após a implementação das alterações sugeridas pelos juízes, obteve-se um índice de validade de conteúdo de 100 % de concordância entre os avaliadores, com um alfa de Cronbach de 0,84 e um índice de correlação intraclasses de 0,80.

Conclusões:

o checklist apresenta boa confiabilidade, correlação intraclasses e validação de conteúdo, podendo ser aplicado na prática profissional e no meio científico, na transição de alta em pacientes críticos, auxiliando na promoção da continuidade da assistência no domicílio.

Palavras-chave (Fonte: DeCS): Lista de checagem; enfermagem; cuidados domiciliares; transição do cuidado; transição para assistência do adulto; estudo de validação

Abstract

Introduction:

The use of pre-discharge tools enables the nursing team to guide informal caregivers, promoting continued care at home, which can minimize readmissions.

Objective:

To develop and validate a checklist to support the nursing team in guiding informal caregivers regarding home care during the discharge transition process.

Materials

and Methods: This is a methodological study, submitted to 14 nurse judges, who evaluated a checklist on care guidelines for informal caregivers in the hospital discharge transition. The study was performed in three stages: A literature review, the development of the checklist, and validation using the Delphi technique, which was conducted from February 2022 to January 2023, and the data was treated using scale reliability analysis, a content validity index, and an intraclass correlation coefficient.

Results:

The checklist was comprised of 10 domains: Hygiene and comfort; tracheostomy; oxygen therapy; nutrition; indwelling urinary catheter; ostomies; dressings; risk of falls; medication; returns and referrals, totaling 32 guidelines for informal caregivers. The checklist was submitted to two validation stages and, after implementing the changes suggested by the judges, a content validity index of 100% agreement was obtained between the evaluators, with a Cronbach’s Alpha of 0.84 and an intraclass correlation index of 0.80.

Conclusions:

The checklist presents good reliability, intraclass correlation, and content validation, and can be applied in professional practice and scientific settings regarding the transition to hospital discharge of critically ill patients, helping to promote continued care at home.

Keywords (Source: DeCS) Checklist; nursing; home nursing; transition to adult care; validation study

Resumen

Introducción:

el uso de herramientas previas al alta permite al equipo de enfermería orientar a los cuidadores informales, promoviendo la continuidad de los cuidados en el domicilio, lo que puede minimizar los reingresos.

Objetivo:

construir y validar una lista de verificación para apoyar al equipo de enfermería en la orientación a los cuidadores informales sobre los cuidados domiciliarios durante el proceso de transición al alta.

Materiales y método:

investigación metodológica, aplicada a 14 enfermeros jueces, que evaluaron una lista de verificación de orientación de cuidados para cuidadores informales en la transición al alta, realizada en tres etapas: revisión de la literatura; construcción de la lista de verificación; validación por la técnica Delphi, que tuvo lugar de febrero de 2022 a enero de 2023, con los datos tratados por análisis de fiabilidad de la escala, índice de validez de contenido y coeficiente de correlación intraclase.

Resultados:

la lista de verificación estaba compuesta por 10 dominios: higiene y confort; traqueostomía; oxigenoterapia; nutrición; sonda vesical retrasada; ostomías; vendajes; riesgo de caídas; medicación; devoluciones y remisiones, totalizando 32 orientaciones para los cuidadores informales. La lista de verificación se sometió a dos fases de validación y, tras aplicar los cambios sugeridos por los jueces, se obtuvo un índice de validez de contenido del 100 % de concordancia entre los evaluadores, con un alfa de Cronbach de 0,84 y un índice de correlación intraclase de 0,80.

Conclusiones:

la lista de verificación presenta buena fiabilidad, correlación intraclase y validación de contenido, y puede ser aplicada en la práctica profesional y en el ambiente científico, en la transición del alta en pacientes críticos, ayudando a promover la continuidad de los cuidados en el domicilio.

Palabras clave (Fuente: DeCS)  Lista de verificación; enfermería; atención domiciliaria de salud; transición a la atención de adultos; estudio de validación

Introdução

Os cuidados de transição são definidos por práticas coordenadas eficientes e seguras na garantia da continuidade dos cuidados no domicílio. Isso tem o objetivo de evitar complicações e reinternações hospitalares, e influenciar na redução de falhas de comunicação, sendo um desafio no desenvolvimento de instrumentos que operacionalizem a transferência de forma segura (1, 2).

Assim, um plano de cuidados coordenado, a fim de garantir melhoria da qualidade de vida dos pacientes e reduzir no tempo de internação e nas taxas de readmissão para adultos com necesidades médicas complexas, tem um papel fundamental do atendimento das necessidades de saúde, de pacientes, de cuidadores e da sociedade como um todo (3, 4).

Todavia, as transições entre os serviços de saúde e o domicílio podem representar um período de extrema vulnerabilidade, especialmente para usuários com múltiplas comorbidades, regimes de tratamento complicados ou suporte limitado do cuidador informal, devido à própria estrutura da rede básica, sendo limitada para prestar assistência direta a esses pacientes, por apresentar número reducido de profissionais e equipamentos necessários para o cuidado domiciliar. Nesse sentido, práticas que tenham a intenção de aperfeiçoar o gerenciamento da alta hospitalar podem demonstrar um olhar mais atento para a transição do cuidado (5).

Para este estudo, definiu-se “cuidador informal” como aquele que tem o papel de prestar cuidados, podendo ou não ter vínculo familiar (6).

Porém, apesar de a política de desospitalização ter sido instituída desde 2013 pela Portaria 3.390 do Ministério da Saúde do Brasil, com vistas à criação de alternativas para as práticas hospitalares, destaca-se que ainda se precisa avançar nesse processo e se observa, dentro dos setores de internação hospitalares, ausência de planejamento das ações e de comunicação entre as equipes multiprofissionais (7).

Tendo em vista uma melhor conscientização dos profissionais e dos serviços de saúde sobre as dificuldades enfrentadas pelos pacientes e pelos cuidadores durante as transições de alta, é preciso desenvolver estratégias que se concentrem principalmente nas práticas de planejamento de alta e na preparação dos pacientes para a transição (8).

Desse modo, a elaboração de ferramentas como checklists pode facilitar a assistência em saúde, proporcionar a sistematização do cuidado, auxiliar na realização de rotinas complexas e aumentar a segurança do paciente, com potencial para a redução de gastos, de desperdício de tempo e de retrabalho dos profissionais (9, 10).

Nesse contexto, a criação do checklist de orientações para a alta hospitalar auxilia no diagnóstico de falhas no processo, corrigindo os déficits de comunicação durante o período de internação, promovendo possibilidade de treinamento e fornecimento de orientações aos cuidadores informais de cuidados necessários à continuidade do cuidado no domicílio de pacientes portadores de dependência de tecnologias e múltiplas comorbidades.

Assim, o objetivo deste estudo é construir e validar um checklist para o apoio do enfermeiro na orientação dos cuidados domiciliares de pacientes adultos a cuidadores informais no proceso de transição de alta.

Materiais e método

Aspectos éticos

O estudo foi desenvolvido em consonância com a Resolução 466/2012 do Conselho Nacionalde Saúde. O projeto foi encaminado à Comissão de Regulamentação das Atividades Acadêmicas, com autorização 009/2022. E, após, ao Comitê Permanente de Ética em Pesquisa com Seres Humanos, com autorização 5.358.567. Todos os participantes assinaram o termo de consentimiento livre e esclarecido (TCLE).

Desenho, local do estudo e período do estudo

Trata-se de um estudo metodológico, ancorado na metodología Delphi como técnica de validação de conteúdo e aparência. A pesquisa foi realizada em um município no noroeste do Paraná, Brasil, de fevereiro de 2022 a janeiro de 2023 (11, 12).

Participantes do estudo e critérios de inclusão

Os juízes do estudo foram selecionados conforme o modelo Fehring, atendendo, no mínimo, a 5 pontos, conforme os seguintes critérios: título de doutor - 4 pontos; título de mestre - 3 pontos; desenvolvido dissertação ou tese na área de interesse - 3 pontos; especialista na área - 2 pontos; publicação em periódico indexado sobre a temática de interesse do estudo - 1 ponto; prática clínica na área de interesse de no mínimo um ano - 2 pontos; participação em grupos de pesquisa/projetos que envolvam a área de interesse - 1 ponto. Neste estudo, foi considerada experiência na área de interesse do estudo: gestão de alta, desospitalização, transição do cuidado, cuidador informal, construção e validação de instrumento, educação em saúde (13).

Delineamento do estudo

As estapas do estudo estão descritas na Figura 1.

Fonte: elaboração própria.

Figura 1 Distribuição das etapas da pesquisa de construção e validação do checklist. Maringá, Paraná, Brasil, 2023  

Coleta e organização dos dados

Diagnóstico situacional

Realizou-se uma revisão de literatura para a aproximação do tema sobre a transição da alta e sobre a continuidade do cuidado no domicílio. A questão de pesquisa para esta revisão foi “Quais são as publicações relacionadas a estudos metodológicos para a continuidade da assistência na transição da alta hospitalar com foco no cuidador informal?” (14, 15).

A estratégia de busca ocorreu nas seguintes plataformas de pesquisa: US National Library of Medicine National Institutes of Health (PubMed), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Cochrane Database of Systematic Reviews. A procura por artigos foi realizada por meio do cruzamento entre os descritores controlados encontrados no descritores em ciências da saúde (DeCS) e no medical subject headings (MeSH), mediante o uso do operador booleano “AND”, em diferentes combinações: “cuidadores informais” (“informal caregivers”), “estudo metodológico” (“Methodological study”),“continuidade da assistência” (“continuity of patient care”), “transição de alta hospitalar” (“hospital to home transition”); textos em espanhol, inglés e português, no período de junho de 2022.

Os critérios de inclusão dos estudos foram estudos originais, realizados com população adulta acima de 19 anos, texto completo, em espanhol, inglês e português, publicados após 2013, sendo justificada tal data devido à implantação da Portaria 3.390 de dezembro de 2013, a qual instituiu a Política Nacional de Atenção Hospitalar, no âmbito do Sistema Único de Saúdo do Brasil, estabelecendo a implantação da alta responsável. Os critérios de exclusão foram artigos não primários, como os de opinião, cartas ao editor, comunicações breves, editoriais (7).

Construção do checklist

A construção do checklist foi categorizados da seguinte forma: 1 - higiene e conforto; 2 - traqueostomia; 3 - oxigenoterapia; 4 - nutrição; 5-sonda vesical de demora; 6 - ostomias; 7 - curativos; 8 - risco de quedas; 9 - medicação; 10 - retornos e encaminhamentos. Além disso, baseou-se nos estudos levantados na revisão da literatura e utilizaram-se como embasamento teórico as categorias da escala de Katz e Lawton, que avaliam as atividades gerais da vida diária, e os elementos empíricos da prática profissional. A divisão dos itens levou em consideração os principais cuidados a serem orientados pelo enfermeiro aos cuidadores informais, na garantia da transição da alta e da continuidade do cuidado no domicílio, conforme descrito na Figura 2 (16).

Fonte: elaboração própria.

Figura 2 Checklist versão final. Maringá, Paraná, Brasil, 2023 

Validação do checklist

A validação aparente e de conteúdo seguiu as recomendações de Pasquali (2010), sendo considerado, neste estudo, um número mínimo de sete especialistas (17). Dessa forma, seguiu-se a técnica Delphi, dividida nas seguintes etapas: 1ª - escolha do grupo de especialistas; 2ª - construção do instrumento de avaliação dos juízes; 3ª - primeiro contato com os especialistas e convite para a participação na pesquisa; 4ª - envio do primeiro checklist; 5ª - recebimento das respostas da primeira rodada de avaliação; 6ª - análise qualitativa e quantitativa das respostas; 7ª - construção e envio do segundo checklist com feedback; 8ª - recebimento das respostas do segundo checklist e sua análise; 9ª - encerramento do proceso com construção do checklist da versão final (11, 12, 18).

Foram selecionados 14 juízes enfermeiros e enviados convites de forma on-line, em que se explicavam os objetivos do estudo e, após aceite, foram enviados o instrumento de avaliação, o TCLE e o checklist, estipulando-se um prazo de 15 dias para o retorno. Dos 14 juízes selecionados, 9 retornaram na primeira avaliação e 5, na segunda.

A avaliação foi feita por meio de resposta a um questionário estruturado, na forma de uma escala de Likert, em que as respostas eram consideras da seguinte maneira: 1 - inadequado, 2 - parcialmente adequado, 3 - adequado e 4 - totalmente adequado. O checklist foi avaliado quanto à objetividade, ao conteúdo, à linguagem, à relevância, ao layout, à motivação e à cultura, sendo composto de 29 itens (19, 20).

Análise dos dados

O dados coletados dos juizes foram compilados em uma planilha do programa Microsoft Excel®, sendo transcritos e submetidos a tratamento estatístico com uso do programa IBM Statistical Package of Social Science (SPSS versão 27.0). Aplicou-se o índice de validade de conteúdo (IVC) total e dos itens, para avaliar a concordancia entre os juízes, somando os itens que atingiram 3 ou 4 na escala Likert e dividindo pelo total de respostas. O índice de concordância aceitável entre os juízes foi considerado adequado quando obteve um escore > 0,80 (21, 22).

Para a análise de confiabilidade, utilizaram-se o coeficiente alfa de Cronbach, o qual está relacionado intrinsicamente com o número de itens na escala, sendo considerado “adequado” quando o escore foi > 0,80 (23), e o coeficiente de correlação intraclases (do inglês Intraclass Correlation Coefficient [ICC]), a fim de avaliar a concordância entre dois ou mais juízes, ao utilizar a mesma escala de avaliação. Para este estudo, foi considerado adequando um ICC > 0,75 (21, 22).

Após o reenvio dos instrumentos da primeira rodada, efetuaram- se a estatística descritiva das proposições e a análise das sugestões de alterações/reformulação dos itens da primeira rodada de avaliações; recorreu-se ao programa SPSS, versão 27.0, para o tratamento dos dados.

Assim, de acordo com os resultados obtidos, foi elaborado um checklist a partir das sugestões dos juízes e proposta uma segunda rodada de avaliação. Após a segunda análise realizada, foi encerrado o processo de avaliações e análises.

Resultados

Para a construção do checklist, foi utilizada uma revisão de literatura com os principais estudos metodológicos existentes, com foco no cuidador informal. A divisão das categorias foi descrita de acordó com os cuidados de vida diários a serem abordadas ao cuidador. O checklist na versão final apresenta-se com 10 domínios (1 - higiene e conforto; 2 - traqueostomia; 3 - oxigenoterapia; 4 - nutrição; 5 - sonda vesical de demora; 6 - ostomias; 7 - curativos; 8 - risco de quedas,; 9 - medicações; 10 - orientações e retornos) distribuídos em 32 orientações, que variaram desde cuidado básico até situações de emergência, de modo a orientar quais serviços devem ser procurar em cada uma delas, conforme apresentado na Figura 2.

Observou-se que os itens que apresentaram IVC < 0,80 foram os itens 6 (IVC = 0,66) e 7 (IVC = 0,77), conforme descrito na Tabela 1, respectivamente, referentes à categoria conteúdo, clareza, objetividade e adequação ao padrão científico. Assim, foi proposta pelos juízes a mudança de alguns termos científicos, como correção do intervalo de mudança de decúbito de 3/3 para de 2/2 horas no item “1 - higiene e conforto”, subitem “1.3”, conforme embasamento científico. Também quanto à limpeza de traqueostomia no item 2, foi solicitado especificar melhor o procedimento, em que ficasse descrito, dessa forma, realizar higiene da cânula interna retirando e limpando diariamente com gaze estéril no subitem “2.1”. Além disso, a orientação sobre desprezar a sonda após cada aspiração foi suprimida, pois alguns municípios fornecem apenas uma sonda por dia.

Tabela 1 Sumário estatístico da análise do IVC, por itens, do checklist de orientação para cuidadores informais. Maringá, Paraná, Brasil, 2023 

Categorias Itens Primeira avaliação Segunda avaliação
IVC* Interpretação IVC* Interpretação
Objetivos 1 1,00 Aceitável 1,00 Aceitável
2 1,00 Aceitável 1,00 Aceitável
3 1,00 Aceitável 1,00 Aceitável
4 1,00 Aceitável 1,00 Aceitável
Conteúdo 5 0,88 Aceitável 1,00 Aceitável
6 0,66 Não aceitável 1,00 Aceitável
7 0,77 Não aceitável 1,00 Aceitável
8 0,88 Aceitável 1,00 Aceitável
9 1,00 Aceitável 1,00 Aceitável
10 1,00 Aceitável 1,00 Aceitável
11 0,88 Aceitável 1,00 Aceitável
12 1,00 Aceitável 1,00 Aceitável
13 0,88 Aceitável 1,00 Aceitável
Linguagem 14 1,00 Aceitável 1,00 Aceitável
15 0,88 Aceitável 1,00 Aceitável
16 0,66 Não aceitável 1,00 Aceitável
Relevância 17 1,00 Aceitável 1,00 Aceitável
18 1,00 Aceitável 1,00 Aceitável
19 1,00 Aceitável 1,00 Aceitável
20 1,00 Aceitável 1,00 Aceitável
21 1,00 Aceitável 1,00 Aceitável
Layout 22 0,77 Não aceitável 1,00 Aceitável
23 1,00 Aceitável 1,00 Aceitável
24 0,88 Aceitável 1,00 Aceitável
25 0,88 Aceitável 1,00 Aceitável
26 1,00 Aceitável 1,00 Aceitável
Motivação 27 1,00 Aceitável 1,00 Aceitável
28 1,00 Aceitável 1,00 Aceitável
Cultura 29 0,88 Aceitável 1,00 Aceitável
Instrumento - 0,93 Aceitável 1,00 Aceitável

Fonte: elaboração própria.

Com relação ao item 3, “oxigenioterapia”, houve mudança na orientação no subitem “3.3” quanto à parada cardiorrespiratoria no domicílio, pois os juízes avaliaram ser um item que precisava de um maior tempo de orientação e local apropriado; assim, esse item foi modificado para sinais de alerta e providências até a chegada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. A expressão “lavagem de sonda” na categoria “nutrição”, item 4, “sonda nasoenteral”, subitem “4.4”, foi substituída por “administrar água fervida fria ou filtrada a cada medicação”, mais apropiado cientificamente.

Da mesma forma, no que tange à restrição de líquidos na dieta via oral para renais crônicos, no subitem “4.7”, foi substituída por dieta restrita de líquidos, pois existem outras situações em que se restringem líquidos. A orientação sobre cuidados em risco de quedas no item 8, o subitem “8.1”, “manter grade elevada”, foi substituída por “manter proteções ou barreiras” pois, muitas vezes, o domicílio não dispõe de camas hospitalares; portanto, o cuidado foi adaptado ao domicílio.

No que diz respeito à medicação, no item “9”, foi acrescentada a orientação quanto ao armazenamento de medicações, no subitem “9.1”, de manter longe do alcance de crianças e de raios solares.

Com relação à avaliação do instrumento quanto à clareza e à objetividade, foi proposto pelos juízes evitar, no início das frases, repetições de expressões como “orientar o cuidador” e “informar sobre”. Sobre o item “6” e “7”, quanto ao conteúdo, e no item “16”, consoante a linguagem utilizada no instrumento, na Tabela 1, observou-se um IVC = 0,66, portanto não aceitável na primeira avaliação. Segundo os juízes, o tipo de escrita utilizada é muito técnica para ser compreendida pelo cuidador informal. Entretanto, compreendeu-se que essa interpretação foi equivocada por parte dos juízes, pois eles avaliaram como se os cuidadores fossem o público-alvo, no entanto eram os profissionais que utilizariam o checklist na sua prática.

No que se refere ao layout do instrumento, no item “22”, também avaliado como não aceitável um IVC = 0,77, foi proposta pelos juízes a mudança nas cores, no tipo e no tamanho de letra, na divisão entre as categorias e entre os itens, tornando-o mais atrativo e organizado para a leitura e a utilização pelo profissional.

Pode-se observar que as categorias “objetivo”, “relevância” e “motivação”, nas duas rodadas, apresentaram IVC = 1,00; a categoria “cultura”, na primeira rodada, IVC = 0,80, não sendo necessário nenhum ajuste nesses itens.

Após todas as correções sugeridas pelos juízes, observou-se que, na segunda avaliação, todos os itens foram considerados aceitáveis pelos juízes. O sumário da análise do IVC está detalhado na Tabela 1. A análise de escala do alfa de Cronbach (23) está detalhada na Tabela 2. Com relação à categoria “objetivos”, composta de quatro itens, observou-se, na primeira avaliação dos juízes, um alfa de 0,81, com uma média do de 0,8 (p = 0,001). Após as correções sugeridas, na segunda avaliação, essa categoria recebeu um alfa de 0,85, com uma média do ICC de 0,7 (p = 0,020). Nas categorias “conteúdo”, com oito itens, e “linguagem”, com quatro itens, apresentou-se um alfa de 0,82 e 0,84, respectivamente, e ICC de 0,8 na primeira avaliação, apresentando uma melhora significativa, tendo um alfa e ICC de 1,00 na segunda rodada.

Tabela 2 Sumário da análise de confiabilidade de escalas do checklist de orientação para cuidadores informais, Maringá, Paraná, Brasil, 2023 

Categorias itens Primeira avaliação Segunda avaliação
α* χ´ CCI † (IC95)‡ α* χ´ CCI † (IC95)‡
Objetivo 4 0,81 0,8(0,4;0,9) 0,001 0,85 0,7(0,5;0,9) 0,020
Conteúdo 8 0,82 0,8(0,4;0,9) <0,001 1,00 1,00 ( - ) -
Linguagem 4 0,84 0,8(0,5;1,0) <0,001 1,00 1,00 ( - ) -
Relevância 5 0,32 0,3(0,7;0,8) 0,188 0,92 0,7(0,3;0,9) <0,001
Layout 5 0,85 0,8(0,5;1,0) <0,001 0,80 0,5(0,1;0,9) 0,002
Motivação 2 1,00 1,0(1,0;1,0) - 0,86 0,8(0,2;0,9) 0,016
Cultura 1 - - - - - -
Instrumento 29 0,86 0,9(0,7;1,0) <0,001 0,84 0,8(0,1;0,9) <0,001

*: α de Crombach: coeficiente alfa de Crombach †: CCI: coeficiente de correlação intraclasses

‡: IC 95 %: intervalo de confiança de 95 % §: significância assintótica do teste; nível de significância de 0,05 χ´: média

Fonte: elaboração própria.

Na categoria “relevância do instrumento”, composta de cinco itens, observou-se um alfa de Cronbach de 0,32, com uma média do ICC de 0,3 (p = 0,188), não sendo estatisticamente significativo. Então, após as correções sugeridas, na segunda avaliação, essa categoria recebeu um alfa de 0,92, com uma média do ICC de 0,7 (p = < 0,001), sendo significativo. A categoria “ layout ” recebeu alfa de 0,85, com uma média do ICC de 0,8 (p = <0,001), sendo significativo; após as correções sugeridas, o alfa passou a ser 0,80, com uma média do ICC de 0,5 (p = 0,002); por ser um item isolado, optou- se pela avaliação como um todo dos itens e dos instrumentos, não levando em consideração o dado separadamente.

Na categoria “motivação”, atribui-se um alfa de 1,00 na primeira avaliação e 0,86 na segunda avaliação, uma média do ICC de 1,0 e 0,8; quanto à categoria “cultura”, não foi possível avaliar ese item por ser único e não apresentar comparações.

O checklist avaliado em sua totalidade foi composto de 29 itens, na primeira versão, dividido nas categorias “conteúdo”, “linguagem”, “relevância”, “layout”, “motivação” e “cultura”, obteve um alfa de Cronbach de 0,86 com uma média do ICC de 0,9 (p = < 0,001). Após as modificações sugeridas, o instrumento apresentou 32 itens e, na segunda avaliação dos juízes, recebeu um alfa de 0,84, com uma média do ICC de 0,8 (p = < 0,001), sendo considerado um instrumento confiável para ser utilizado na prática clínica, com alta correlação de concordância entre os juízes e intraclasses. A versão final do checklist está apresentada na Figura 2.

Discussão

O checklist desenvolvido serve de instrumento para a prática diária do profissional enfermeiro na transição de alta hospitalar, a fim de facilitar o levantamento de necessidades do cuidador informal durante a internação e poder desenvolver estratégias para a orientação dos cuidados na transição da alta, facilitando, assim, uma continuidade do cuidado no domicílio. Portanto, o enfermeiro é um facilitador no processo de transição da alta para os cuidadores informais, ao acompanhá-los, orientá-los e capacitá-los para o desenvolvimento de novas habilidades (24).

É consenso que a sobrecarga emocional, física, social e financeira do cuidador acarreta dificuldades na execução de cuidados, muitas vezes prestados sem conhecimento algum sobre técnicas e cuidados especiais, o que pode levar a complicações e reinternações, e afetar o prognóstico da doença (2, 3, 25).

Assim, além de facilitar a comunicação, esses instrumentos funcionam melhor quando estão inseridos em um sistema eletrônico com fácil acesso às equipes, em conjunto ao prontuário. Além disso, o preenchimento de checklists em versões manuais e digitalizadas por profissionais e realizado por meio eletrônico ofrece maior segurança, mesmo com tempo semelhante para completar a tarefa, sem a utilização de ferramenta como checklist, pois otimiza o tempo descrevendo os itens a serem orientados (26-29).

Nesse sentido, o checklist evidenciou lacunas no conhecimento e na assistência, com relação ao planejamento e à comunicação multidisciplinar. A falta de orientação aos cuidadores informais e a comunicação entre a equipe assistencial geram problemas pós-alta, como complicações na assistência domiciliar, reinternações debido à desinformação quanto ao cuidado a ser prestado, entre outros. Portanto, a utilização de um checklist validado pode promover uma comunicação mais efetiva no planejamento da alta hospitalar (32).

Assim, a seleção de juízes pelo método de Fehring propiciou uma seleção adequada de juízes, possibilitando, desse modo, a construção de um checklist contextualizado (13). A validação pela técnica Delphi permitiu a seleção, as avaliações e as sugestões dos juízes, o aprimoramento do conteúdo e da estrutura do checklist. As análises realizadas o tornaram válido, a fim de atender às orientações necessárias para um planejamento da alta na transição do cuidado (11, 12, 18, 33).

Com relação ao conteúdo e à aparência, o checklist obteve uma concordancia excelente entre os juízes, com IVC de 100 %, sendo um instrumento que pode ser utilizado na prática profissional e científica, e respondendo adequadamente ao que foi proposto (19-22).

Em estudo semelhante que trata da construção e da validação de uma cartilha educacional ao cuidador, ressalta-se a importância de tornar o cuidador ator principal do próprio cuidado, visto que, muitas vezes, abrem mão de si para cuidar do outro. Essa cartilha, a pesar de o foco ser o cuidador informal nos dois instrumentos, está voltada totalmente aos cuidados com o cuidador. Já no presente estudo, o cuidador assume papel de ator principal no cuidado do paciente dependente de tecnologia e cuidados complexos, com um checklist para auxiliar o profissional de enfermagem a instrumentalizá-lo para o cuidado no domicílio (30).

Assim, o alfa de Cronbach e o ICC demonstraram que esse checklist é um instrumento de alta confiabilidade e estruturalmente adequado, que permite robustez na qualidade da avaliação (23, 31).

Portanto, tal estudo serve como um instrumento confiável, baseado em evidência científica, podendo ser utilizado com segurança na prática clínica, além de inspirar outras pesquisas complementares.

Limitações do estudo

Como limitações do estudo, destaca-se o número reduzido de juízes, uma vez que houve uma única categoria profissional de juízes, de mesma regionalização. Além disso, o tipo de questionário de avaliação dos juízes (on-line) pode permitir interpretação errónea do instrumento e viés de respostas. Assim, para minimizar o viés, foi realizada a orientação aos juízes, quanto ao objetivo da pesquisa, ao público-alvo do checklist e ao feedback da primeira análise.

Conclusões

O checklist apresentou conteúdo pertinente e válido, no que diz respeito aos objetivos, à aparência, à estrutura, à organização, à relevância e à didática apresentada. Trata-se de um instrumento muito útil para o trabalho da equipe de enfermagem, como estratégia no levantamento das necessidades do cuidador e treinamento em tempo hábil durante a internação. Além de otimizar uma comunicação entre as equipes, promove uma transição segura e continuidade do cuidado no domicílio. Assim, pode ser utilizado no meio científico, com dados confiáveis e significativos.

Contudo, sugerem-se novos estudos sobre a usabilidade do checklist pelos enfermeiros, avaliação na aplicação do checklist para a transição da alta mais segura, além da avaliação da continuidade da assistência ao domicílio, com maior qualidade e segurança, o que pode contribuir para a redução das taxas de reinternação.

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*** Este artigo é derivado da dissertação de mestrado intitulada: “Construção e validação de checklist de enfermagem para orientação dos cuidados domiciliares na transição de alta hospitalar para pacientes adultos”, submetida ao Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Estadual de Maringá, Brasil.

Recebido: 22 de Agosto de 2023; Aceito: 03 de Novembro de 2023

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