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Anagramas -Rumbos y sentidos de la comunicación-

versão impressa ISSN 1692-2522versão On-line ISSN 2248-4086

anagramas rumbos sentidos comun. vol.18 no.36 Medellín jan./jun. 2020

https://doi.org/10.22395/angr.v18n36a1 

EDITORIAL

O desafio dos pesquisadores em comunicação

Mauricio Andrés Álvarez Moreno* 

* Editor geral


A comunidade científica da revista Anagramas Rumbos y Sentidos de la Comunicación se depara com um novo paradigma. As novas tendências da agenda setting fazem com que as linhas de trabalho académico no âmbito da comunicação se encontrem alinhadas com os objetivos das regiões. Isso quer dizer que o novo desafio dos pesquisadores tem um alto conteúdo social que envolve as tecnologias como fio condutor dos diálogos.

Primeiramente, é preciso dizer que, conforme a tendência mundial de enfatizar a cultura por meio das indústrias criativas e dar a elas o valor que merecem, bem como salientar a importância que têm na vida dos cidadãos, a revista Anagramas se encontra realizando discussões para atingir a meta de converter esse cenário científico em uma tela em que sejam expostos resultados de pesquisa de cultura e criatividade. A ênfase nas indústrias culturais e criativas pode oferecer oportunidades para o desenvolvimento económico, uma economia baseada nos conhecimentos e uma sociedade com alta qualidade de vida e altos padrões culturais, artísticos e criativos.

É evidente que as reflexões sobre as indústrias culturais são uma prioridade para os governos. Um resultado disso é que várias organizações chegaram a algumas conclusões relevantes, por exemplo, o Fórum Económico Mundial expós, em diferentes contextos académicos, que 60 % dos trabalhos atuais terão uma nova classificação e estrutura; com base nisso, os novos desenhos dos postos de trabalho adotarão três requisitos: a resolução de problemas complexos, o pensamento crítico e a criatividade. O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) teve a oportunidade de refletir em torno da "economia laranja"; suas reflexões têm gerado relatórios que afirmam o valor da criatividade e da cultura como vínculo transversal de desenvolvimento na região. Outra das conclusões que o BID expõe é que as inovações nascidas das indústrias culturais e criativas podem melhorar a produtividade de setores como o comércio varejista, a educação, o transporte e o turismo. Nesse sentido, a Unesco propiciou a Convenção sobre a Proteção e Promoção da Diversidade das Expressões Culturais na Conferência Geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, em sua 33a reunião, realizada em Paris, de 3 a 21 de outubro de 2005. Essa convenção buscou reunir pesquisadores de diferentes áreas a fim de que eles pudessem desenhar e implantar políticas e medidas de apoio à criação, à produção, à distribuição e ao acesso a bens orientados às indústrias criativas. Além disso, ela tem um propósito claro: apoiar os governos e a sociedade civil na busca de soluções políticas para os desafios emergentes.

Outro aspecto a ressaltar nesta reflexão é que a comunicação digital e os processos criativos vêm abrindo a possibilidade de pesquisar novos objetos de estudo. O tema de pesquisar os meios tradicionais são uma ideia controversa. Esses objetos são, sem dúvidas, um amálgama de experiências que dificilmente poderiam ser delimitadas em um só sentido e, menos ainda, em uma só disciplina. Com isso, são dois os cenários em que as novas perspectivas dos pesquisadores em Comunicação devem ser acopladas para abrir um novo debate, pois, para ninguém, é um segredo que há múltiplas críticas a esse campo do saber.

A pergunta e os desafios são apresentados na agenda dos pesquisadores. Em outras palavras, o arcabouço da pesquisa sobre a Comunicação deve buscar de que maneira o bom uso das indústrias criativas pode criar espaços de intercâmbio de experiências e cooperação nas regiões do país, alternativas de trabalho na região sob dinâmicas de cooperação e complementariedade; um bom uso dessas indústrias culturais pode criar um referencial para acelerar o conhecimento e a aplicação dos Direitos Humanos. A relação entre comunicação e democracia é essencial como tema de pesquisa, já que os cidadãos não só requerem informação para tomar decisões, mas também para instaurar mecanismos de diálogo, participação e ação social baseados na indústria criativa como motor de arranque para estruturar processos democráticos.

Com esta reflexão, apresentamos a edição número 36 da revista e, com ela, uma notícia que pode melhorar os processos de circulação dos nossos trabalhos: a partir da edição 37, a revista Anagramas Rumbos y Sentidos de la Comunicación começará o processo de publicação contínua. Esperamos que essa decisão contribua para uma maior circulação dos textos.

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