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Anagramas -Rumbos y sentidos de la comunicación-

versión impresa ISSN 1692-2522versión On-line ISSN 2248-4086

anagramas rumbos sentidos comun. vol.19 no.37 Medellín jul./dic. 2020  Epub 30-Sep-2020

https://doi.org/10.22395/angr.v19n37a1 

EDITORIAL

Desafios da ciencia

Carlos Alberto Galvis Ortíz


Uma das grandes preocupações das sociedades atuais, para evitar o termo “pós-modernas”, é a gestão e a geração de novo conhecimento. O assunto é tão trans cendental que muitos politólogos consideram que uma política pública da ciência é condição sine qua non para consolidar uma democracia.

Contudo, não pode existir conhecimento nem ciência se uma cultura científica não for gerada. A apropriação social da ciência e a comunicação pública da ciência são fatores vitais para a sobrevivência do ser humano, isto é, para atender problemas multidimensionais como a superpopulação, a carência de alimentos, o efeito estufa, a poluição, a ameaça termonuclear e o surgimento de pandemias.

A ciência, como instituição social (Ziman, 2003), tem imensas repercussões na vida cultural, política e social do ser humano. Nesse sentido, o conhecimento, como produto determinante da ciência, transforma a realidade em todas as configurações conceituais, lógicas, semânticas, políticas e discursivas.

Pois bem, visto que não consideramos a ciência como uma instituição social, a geração de conhecimento e, por consequência, da cultura científica não faz parte das preocupações do cidadão. A ciência somente é percebida em sua função instrumental e, dessa maneira, é confundida com a tecnologia. Essa aporia vai em detrimento da democracia por permitir a promoção do crescimento de uma tecnoburocracia que somente tem fins lucrativos para beneficiar seus interesses.

Nesse contexto de pseudociência, questionase como gerar uma cultura científica que se torne uma ferramenta de participação democrática para empoderar o cidadão na solução dos problemas fundamentais que o afetam socialmente.

Gerar cultura científica é uma ação complexa e sistêmica que exige muitos componentes, em especial dos processos de divulgação e comunicação pública da ciência. A cultura científica é entendida como compreensão da dinâmica social da ciência. Dessa maneira, é tecida em uma inter-relação entre produtores de conhecimentos científicos e outros grupos sociais, todos eles como participantes do futuro da cultura. Assim, produzem significados com origens e justificativas que provêm de diferentes práticas, interesses, códigos normativos e relações de poder que são entendidos como um devir contínuo (Vaccarezza, 2008).

Essa definição de cultura científica está em consonância com os princípios atuais da teoria crítica. Esta estabelece que, na ideia de um universal racional, está contido o conceito de um bem comum sobre o qual os membros de uma sociedade tenham chegado a um acordo de forma racional para poder relacionar suas liberdades indivi duais cooperativamente (Honneth, 2009).

Como científicos sociais, o interesse de publicações como a Anagramas é divulgar os resultados de pesquisas nos âmbitos da comunicação e das ciências sociais e humanas. Dessa maneira, contribuir para o processo de construção da cultura científica como um bem comum para a cidadania.

Neste número, a Anagramas apresenta à comunidade estudos de pesquisadores e cientistas de muitos lugares que, por meio de suas pesquisas, contribuem para a construção da cultura científica e para a comunicação pública da ciência.

Referencias

Honneth, A. (2009). Patologías de la razón. Historia y actualidad de la teoría crítica. Katz Editores. [ Links ]

Vaccarezza, L. S. (2008). Exploraciones en torno al concepto de cultura científica. En Fecyt, Resúmenes del Congreso Iberoamericano de Ciudadanía y Políticas Públicas de Ciencia y Tecnología. Madrid, España. [ Links ]

Zimann, J. (2003). ¿Qué es la ciencia? Cambridge Uiversity Press. [ Links ]

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