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Revista Latinoamericana de Ciencias Sociales, Niñez y Juventud

versão impressa ISSN 1692-715X

Rev.latinoam.cienc.soc.niñez juv vol.13 no.2 Manizales jul./dez. 2015

 

EDITORIAL

 

Apresentação do Volume 13 Nº 2 de julho-dezembro de 2015.

 

A construção de conhecimento no campo da infância e da juventude enfrenta grandes desafios: A partir de quais marcos teóricos, epistemológicos e metodológicos podemos analisar hoje as crianças e os jovens que expressam uma pluralidade inesgotável de formas de ser e existir? Quais procedimentos acadêmicos ou extracurriculares favorecem a compreensão de mundos infantis e juvenis nos quais coabitam estruturas residuais de participação, educação e socialização, com práticas emergentes de ação política, de interação, de relação com as tecnologias, de novos hábitos de consumo, de maneiras mais criativas de subjetivação e comunicação? Como abordar as condições de vida de crianças e jovens que, em contextos como os da América Latina, estão resguardados por diversos processos de exclusão social, de precariedade econômica e de vida, de desigualdades, injustiças, opressões e violências com profundas raízes históricas e consideráveis níveis de naturalização? Como transcender a produção teórica e a compreensão necessária das realidades para construir novos mundos e possibilidades de vida designadas não para as crianças e os jovens, mas sim com elas e eles, a partir de suas perspectivas, sentidos, vozes e formas de expressão?

Requer-se avançar, como já se tem feito, em abordagens críticas e transdisciplinares que permitem compreender e intervir nas complexidades do mundo social e nas realidades concretas da infância e da juventude. Certamente, sabemos que a constituição da infância e da juventude como "objetos de conhecimento" tem-se desenvolvido por meio de contribuições significativas realizadas a partir de diferentes disciplinas e nós de reflexão. A noção de infância, por exemplo, como explicou Sandra Carli (2011), se configurou a partir das contribuições mais variadas da psicanálise, a sociologia, o direito, o trabalho social, os estudos literários, os estudos da comunicação e da cultura, a antropologia, a história, entre outros. Além disso, tem-se encontrado em toda classe de imaginários e representações que em ocasiões circulam de maneira contraditória: "menores de idade", pessoas que precisam de proteção, objetos de intervenção e cuidado, sujeitos de direitos, para mencionar alguns dos lugares simbólicos nos quais se há pretendido situá-los. No entanto, embora existam muitas abordagens, bem como temas e problemáticas, as tendências na pesquisa social e cultural relacionadas à infância apontam para lugares cada vez menos homogeneizados, abstratos e disciplinares, e cada vez mais pluralistas, contextuais e relacionais.

As múltiplas maneiras de ser criança e as complexidades das experiências infantis têm levado a formas mais flexíveis e abertas de pesquisa, tanto em termos teóricos como metodológicos, passando através dos interstícios das disciplinas e que resistem a abordagens reducionistas ou centradas na percepção das crianças como cidadãs de segunda classe ou como sujeitos sem agência. As implantações no campo de estudos da infância têm questionado o suposto caráter universal e a-histórico da infância, a redução das crianças a depositários de tradição ou de ensinamentos dos adultos, e as leituras exclusivamente biologicistas ou centradas nas vulnerabilidades e nas carências. Em vez disso, a partir de abordagens situadas ou locais (não se referindo, com isso, a particularistas), têm se pensado a infância como construções socioculturais imersas em estruturas materiais e de significação que limitam as possibilidades de certo movimentos, determinam trajetórias de vida, sedimentam práticas; mas, ao mesmo tempo, permitem outros movimentos, não esgotam as agências, nem se encontram além das vicissitudes da história. Basta olhar para isso como um exemplo da rica produção de conhecimento no campo da infância que a Revista Latino-Americana de Ciências Sociais, Infância e Juventude oferece na presente edição e a qual vamos nos referir mais para frente.

Por agora, cabe acrescentar o que tem acontecido no campo de estudos de juventude. Vale a pena lembrar que a juventude, como um conceito ou categoria social, foi abordada a partir de distintas correntes teóricas e associada a diferentes características que definem, segundo o enfoque, o que significa ser jovem em um momento histórico e em uma determinada sociedade.

No desenvolvimento prolífico dos estudos da juventude tem entrado em disputa diferentes conhecimentos que interferem no significado de "o jovem" a partir de apostas e variadas perspectivas tanto de cunho biológico, como pedagógico, antropológico, sociológico, crítico, político, entre outros. Nesse sentido, os sujeitos considerados jovens tem sido questionados pela academia, mas também por outros âmbitos da sociedade (instituições, indústrias culturais, meios de comunicação, etc.), por discursos que configuram imagens e imaginários múltiplos e que obedecem a várias intenções. Assim, tem-se falado dos jovens como sujeitos imersos em um período de transição ou em busca de identidade, que representam o motor da mudança social, indivíduos vulneráveis e propensos ao risco ou naturalmente perigosos e desadaptados, citando apenas algumas das noções de juventude identificadas em diferentes pesquisas e estados de arte (Arango, Escobar & Quintero, 2008, Pérez- Islas, 2008, Muñoz, 2010, Gómez-Esteban, 2011).

Alguns dos discursos mais destacados em termos de contribuição para instituir um modo particular de pensar/construir a juventude, foram os seguintes: 1) O discurso psicobiológico ou evolutivo, que a partir de uma perspectiva de idade considera a juventude como uma etapa em um desenvolvimento humano linear, unívoco, contínuo, progressivo e acumulativo, que se caracteriza por certos traços psicobiológicos e sociais predeterminados e associados à transição e à insuficiência. 2) O discurso das políticas sociais, que transita desde representações dos jovens como "o futuro da sociedade", atores estratégicos do desenvolvimento e sujeitos de direitos, até visões negativas que os associam a indivíduos em situação de risco, de dependência, de falta de autonomia e inclusive a potenciais criminosos (Gómez-Esteban, 2011). 3) O discurso pedagógico, que se refere à juventude como uma etapa da vida para formar-se, para explorar, para dedicar um período de tempo (de moratória social) exclusivamente ao estudo, adiando responsabilidades econômicas e exigências "vinculadas a um ingresso pleno à maturidade social: constituir um lar, trabalhar, ter filhos" (Margulis & Urresti, 1998, p. 4). O discurso das ciências sociais, que agrupa diversas vertentes: culturalismo americano, teoria das gerações, abordagem funcionalista, perspectiva da complexidade e da construtividade, entre muitas outras. 5) O discurso dos estudos culturais, cuja origem é geralmente associada à Escola de Birmingham (sem ser reduzido à ela) e às pesquisas relacionadas às subculturas juvenis como formas de resistência simbólica dos grupos dominados contra os dominantes (Pérez-Islas, 2008).

Diante desse panorama e tendo em conta a advertência feita por Reguillo (2003) a respeito de não cometer o erro de pensar a juventude como um contínuo temporal, homogêneo, a-histórico ou essencial; a investigação social e cultural no campo da juventude também tem transitado a lugares que problematizam as concepções mais tradicionais e apostam nos discursos construtivistas, críticos ou complexos nos quais a condição juvenil não é uma "simples etapa em uma sequência linear biológico-biográfica, mas uma construção sociocultural historicamente definida" (Rossi, 2006, p. 13). Como observa Valenzuela (2005) "a juventude é um conceito vazio fora do seu conteúdo histórico e sociocultural" (p. 19), razão pela qual, varia de acordo com o momento histórico, segundo certos marcadores de identidade (classe social, lugar de procedência, etnia, gênero, orientação sexual, etc.), conforme sua relação com o que se define como "não junevil" e, inclusive, segundo elementos como a expectativa de vida, que é medida pelos contextos socioeconômicos. Nesse sentido, aqueles indivíduos de carne e osso e suas identidades juvenis, têm muito mais a ver com as construções sócio-históricas, polissêmicas, relacionais, alternantes e transitórias, com totalidades essenciais, cristalizadas ou definidas por fatores exclusivamente físico-biológicos.

...

A verdade é que, tanto no campo da infância como no da juventude, a produção de conhecimento tem enfrentado pelo menos três grandes mudanças as quais a presente edição da Revista Latino Americana de Ciências Sociais, Infância e Juventude ajuda a consolidar:

a) Dos cânones disciplinares às perspectivas multi, inter e transdisciplinares. Dadas as complexidades e a pluralidade das experiências da infância e da juventude, a produção de conhecimento tem defendido cada vez mais leituras que se baseiam em amplos campos teóricos e em extensas estratégias metodológicas, em lugar de restringir-se a uma única disciplina ou privilegiar o paradigma da monocultura e da fragmentação. Este número da revista, de tema livre, é um bom exemplo, porque os leitores poderão encontrar reflexões e pesquisas sobre vários temas que circulam nas áreas de fronteira das disciplinas e oferecem um rico panorama teórico e metodológico. A nível temático, na primeira seção, de teoria e meta-teoria, encontra-se artigos que tratam de crianças, jovens e educação. Na segunda seção, dedicada a estudos e pesquisas, é possível identificar artigos de assuntos políticos, de aspectos psicológicos e de desenvolvimento humano, e de temáticas de saúde, ética e educação de crianças e jovens.

A nível teórico e epistemológico, os artigos presentes nesta edição são movidos por vários campos, como a psicologia, a antropologia, a sociologia clínica, a comunicação, a educação, a ciência política, a hermenêutica e a fenomenologia social, além de oferecer diversas chaves metodológicas ligadas a abordagens etnográficas, à análise crítica do discurso, a histórias de vida, a estudos quaseexperimentais com pré/pós-teste, entre muitos outros.

b) Do enfoque a-histórico e homogeneizador à abordagem situada e contextual. A mudança nas perspectivas onde se adquire maior centralidade nas mediações da história, as estruturas relacionais constituídas de determinadas problemáticas e as especificidades dos contextos tornam-se evidente nesta edição da revista. De fato, apresentam-se artigos que abordam ou decorrem de situações relativas aos contextos de países como Argentina, Chile, Colômbia, México, Espanha, Uruguai, Equador, Brasil e França. A leitura da revista de maneira comparativa pode permitir a compreensão das particularidades na abordagem de temáticas próximas em localizações diferentes e em relação a casos específicos.

c) Do conhecimento "do dado" ao compromisso ético-político com a mudança social. A pesquisa nos campos da infância e da juventude demonstra um crescente compromisso com a transformação das condições de vida das crianças e dos jovens. Vários dos artigos apresentados neste número da revista permitem aprofundar-se nas densidades de certas temáticas relativas à infância, à juventude e à educação, e podem orientar na tomada de decisões ou nas ações de intervenção, acompanhamento ou mobilização a favor de melhores condições de vida para crianças e jovens. Uma boa proporção de artigos também gera propostas e reflexões que, de maneira explícita, buscam transcender a compreensão de mundo, com o objetivo de promover a construção de realidades distintas e sociedades menos excludentes.

…

Os 46 artigos do presente número da Revista Latino-Americana de Ciências Sociais, Infância e Juventude, podem associar-se em três grandes grupos de acordo com suas intenções, que se movem entre as concepções, os danos e as propostas. No primeiro grupo, relativo às concepções, identificamos os trabalhos que se centram nas percepções, princípios, perspectivas ou sentidos associados a algum tema de exploração ligada à infância, à juventude ou à educação (migração, deslocamento, desigualdade social, entre outros). O segundo grupo enfatiza as dificuldades ou problemáticas que afetam as crianças e os jovens em contextos diversos. Por último, o terceiro grupo de textos destaca as possibilidades e deixa propostas para novas formas de vida, de educação ou de sociedade.

Nesse sentido, na primeira seção de teoria e meta-teoria, vários artigos indagam a concepções acerca de aspectos de interesse investigativo espacial. A obra de Luís Antonio Groppo tem como objetivo compreender o conceito sociológico da juventude na sociedade contemporânea, a partir de uma análise bibliográfica no campo da sociologia da juventude. Ana Maria Arias-Cardona e Sara Victoria Alvarado exploram as perspectivas realizando a abordagem teórica ao conceito de "juventude" e apresentam uma síntese de um estado consolidado da arte a partir das categorias "jovens" e "política". Isso se estabeleceu com a finalidade de propor uma mudança de concepção: nos olhares centrados nos adultos que apontam os e as jovens como "apáticos e desinteressados" para leituras transdisciplinares com base na diversidade e no reconhecimento dos contextos.

Em outra linha, Carlos Federico Ayala-Zuluaga, Alejandra María Franco-Jiménez e José Enver Ayala-Zuluaga abordam os sentidos associados às práticas profissionais educativas e às tensões entre os postulados teóricos e a realidade dos indivíduos que vivem a prática, a partir de uma reflexão da formação em educação física. Enquanto isso, Yicel Nayrobis Giraldo-Giraldo e Alexander Ruiz-Silva identificaram três tendências na abordagem investigativa da solidariedade, por meio de uma análise documental cujo corpus consistiu de 39 textos de caráter investigativo.

No que diz respeito aos danos, a partir de uma leitura crítica que retoma os mapas que tratam da Pesquisa de Ação Participativa, Dery Lorena Suárez-Cabrera destaca os discursos estigmatizantes da migração no Chile e, em especial, das crianças migrantes, que está sendo configurado como um novo assunto problemático. No terceiro grupo, relativo às propostas, Felip Gascón e Lorena Godoy propõem um novo status visual da infância o qual confronte a visão dominante associada às crianças, e que questione as práticas de inferioridade que o olhar adulto constrói sobre elas. Da mesma maneira, óscar Leonardo Cárdenas- Forero contribui no destaque da Participação do Professor Docente de Pré-escolar Público no Movimento Pedagógico Colombiano, com o fim de promover a esta subjetividade -recentemente criada na escola pública- um status diferente e um reconhecimento pela sua participação nessa mobilização política. Martín Ierullo propõe problematizar as tensões e os desafios relacionados à criação e aos cuidados com as crianças e os adolescentes em contextos de pobreza urbana persistente em diferentes partes da área metropolitana de Buenos Aires, no âmbito do programa Piubamas e coloca-se em evidência a consolidação de práticas de cuidados defensivos em bairros pobres, bem como a extensão das ações em relação aos adolescentes.

No entanto, na segunda seção da revista, orientada a estudos e pesquisas e que inclui um abundante número de artigos, também é possível evidenciar os três grupos mencionados. Em relação às concepções, Débora Imhoff e Silvina Brussino propõem o conhecimento das noções associadas à origem da desigualdade social em crianças de Córdoba de 10 e 11 anos; enquanto Karla Yunuén Guzmán-Carrillo, Blanca Sharim González-Verduzco y María Elena Rivera-Heredia partem de um estudo com a participação de 177 estudantes da escola primária da comunidade de Jesús del Monte, Michoacán (México), para comparar os recursos psicológicos e as diferentes percepções da migração que possuem as crianças que têm experiência de migração dentro de suas famílias, em comparação com aqueles que não têm. Por outro lado, Catalina González-Penagos, Melissa Cano-Gómez, Edwin J. Meneses-Gómez e Annie M. Vivares-Builes identificaram as necesidades de saúde bucal das crianças de 2 a 5 anos do programa "Buen Comienzo-Fantasias de las Américas", defendendo também as percepções, nesse caso, dos agentes educativos na cidade de Medellín – Colômbia para o ano de 2013.

Outro trabalho, como o de André Vilela Komatsu e Marina Rezende Bazon, permite caracterizar os comportamentos de uma amostra de adolescentes brasileiros (de escolas públicas e adolescentes levados à justiça), a partir das respostas a um questionário que perguntava a opinião deles frente ao comportamento associado ao consumo de álcool, drogas e a participação em atos criminosos. Da mesma maneira, Carolina Bringas-Molleda, Lourdes Cortés-Ayala, María ángeles Antuña- Bellerín, Mirta Flores-Galaz, Javier López-Cepero e Francisco Javier Rodríguez-Díaz exploram em seu artigo a percepção do maltrato nas relações de namoro de jovens mexicanos e concluem, entre outros aspectos, que os níveis de vitimização e a percepção de abuso são maiores em estudantes universitários de ambos os sexos do que em outros níveis educativos. Também sobre o México, Rosario Esteinou apresenta as percepções de adolescentes indígenas a respeito de sua autonomia e dos comportamentos de seus pais e mães em termos de apoio e controle exercidos por eles. Além disso, Carlos Hidalgo-Rasmussen, junto com Alfredo Hidalgo-San Martín, analisam a relação entre as percepções de estudantes de escolas primária, secundária e de ensino médio sobre a violência do país e da cidade, da segurança no seu bairro e na escola, e o seu papel no bullying escolar: observados, vítima ou agressor. Salvador Vargas-Salfate, Juan Carlos Oyanedel e Javier Torres-Vallejos discutem a relação entre a socialização e o interesse pela política dos jovens do Chile, a partir das teorias da socialização e da cultura política, argumentando que as orientações dos indivíduos são adquiridas mediante processos de relações com outras pessoas e com instituições, numa base de reciprocidade.

Alguns trabalhos vão além das questões de infância e juventude e mergulham nas áreas da educação e da saúde. María Cara-Díaz, Tomás Sola-Martínez, Inmaculada Aznar-Díaz e Francisco Fernández-Martín analisam em seu artigo a percepção que possuem os docentes sobre as Clases de Inclusión Escolar (Clis) de Centros Públicos de Educação "élémentaire" de Loire (França) em relação a vários aspectos organizacionais. Maritza Rengifo-Millán, a partir da descrição e análise comparativa (entre países desenvolvidos e da América Latina) de estudos realizados entre 1997 e 2013, concluiu que as grandes diferenças estão relacionadas à falta de cultura de qualidade educativa na América Latina, o baixo financiamento para a educação superior, o limitado acesso da juventude às universidades e a falta de inovação e internacionalização dos programas escolares e da pesquisa.

Em relação à saúde, ángela María Franco-Cortés e Ofelia Roldán-Vargas apresentaram os resultados de uma pesquisa realizada com o objetivo de compreender o significado que tem a responsabilidade com saúde para os membros de organizações sociais que se mobilizam pelo direito à vida saudável. Diana Zulima Urrego-Mendoza e Marieta Quintero-Mejía, a partir de um estudo sobre as narrativas médicas na Colômbia, permitem compreender as situações dilemáticas e os princípios que norteiam a tomada de decisão dos médicos e das médicas no contexto do conflito armado colombiano. Do mesmo modo, Liliana Adela Zuliani-Arango, María Eugenia Villegas-Peña, Leonor Angélica Galindo-Cárdenas e Miglena Kambourova, por meio de uma pesquisa com alunos e professores de Graduação em Medicina da Universidade de Antioquia, Colômbia, concluiram que a visita domiciliar familiar é uma estratégia didática significativa para a formação integral dos médicos.

Finalmente, outras investigações desse primeiro grupo de textos são as de Mariana Garcia- Palacios, Axel Horn e José Antonio Castorina sobre o processo de investigação de conhecimentos infantis em psicologia genética e antropologia; a obra de Mariano A. Castellaro e Nestor D. Roselli comparando as características diferenciais da interação verbal colaborativa entre os diferentes grupos etários (4, 8 e 12 anos) e contextos socioeconômicos (favorecido e desfavorecido); e a análise de Paula Isacovich sobre diferentes perspectivas de pesquisa em ciências sociais que se concentraram na inserção de jovens no mercado de trabalho na América Latina a partir da escola, passando pelas políticas de promoção do emprego aos jovens e, por fim, com as experiências dos jovens em relação à formação e o trabalho.

Quanto ao segundo grupo de artigos, relacionados aos danos, encontramos a pesquisa de Patricia Eliana Castillo-Gallardo e Alejandra González-Celis, quem faz uma revisão da história da infância no Chile e na América Latina, a fim de contribuir para a compreensão dos mecanismos de legitimação das desigualdades sociais que prevalecem até hoje. Também se incorpora o estudo de Sonia Patricia Murguía-Mier, Claudia Unikel-Santoncini, Bertha Blum-Grynberg e Bertha Elvia Taracena-Ruiz, que se concentra em instâncias psíquicas de jovens com anorexia nervosa que maltratam seu corpo tão gravemente que podem até mesmo chegar à morte. Ana Paula Eid, João Luis Almeida Weber e Adolfo Pizzinato, Brasil, por sua parte, contribuem com seu trabalho evidenciando o caso de jovens infectados com HIV/AIDS e investigando preconceitos, aspirações e medos que afetam seus cotidianos e projetos de vida.

Da mesma maneira, Carolina González-Laurino nos apresenta o debate sobre a segurança pública focado em infração penal juvenil, no contexto uruguaio mediado pela apresentação de um projeto que no ano de 2014 propôs diminuir a idade de responsabilidade criminal de dezoito para dezesseis anos. No caso do artigo de Alexander Alvis-Rizzo, Carmen Patricia Duque-Sierra e Alexander Rodriguez- Bustamente, por meio de narrativas autobiográficas fala-se de configurações identitárias de jovens que vivenciaram na infância o desaparecimento forçado de uma pessoa da família. Também a respeito de jovens e configurações familiares, neste caso, em Zaragoza, na Espanha, a partir de histórias de vida David Pac-Salas e Tirso Ventura de Pedro estabeleceram uma relação entre o capital educacional interiorizado e a extensão das trajetórias educacionais de jovens com configurações familiares de trabalhadores.

Em outra linha, o trabalho de Marcos Jacobo Estrada-Ruiz sobre as jovens que abandonam a ensino médio em Hermosillo, Sonora, no México, explica as causas e as consequências dessa deserção, assim como as diferentes situações de vulnerabilidade às quais são expostas mulheres que deixam seus estudos por vários fatores relacionados à sua condição social juvenil e de sexo. A preocupação já não mais pelo abandono escolar, mas no geral pela educação e pela pedagogia, é evidenciada na investigação de Juan Beltrán-Véliz e Juan Mansilla-Sepúlveda que revela os aspectos que dificultam as práticas das coordenações pedagógicas em altas escolas localizadas em contextos de vulnerabilidade social na Araucanía chilena. Os autores concluem que a ausência de liderança, de competências dos Jutp e seu papel focado em uma "condução técnica baseada no controle", dificultam o trabalho das coordenações pedagógicas. Na articulação entre os danos e as propostas, o trabalho de Nicolás Aguilar-Forero y Germán Muñoz expõe alguns dos efeitos da violência estrutural na vida de crianças e jovens na Colômbia, e em seguida, analisa as possibilidades de construção da paz que pode estar surgindo a partir da ação coletiva dos jovens. Além disso, María Isabel Valencia-Suescún, Mónica Ramírez, María Alejandra Fajardo y María Camila Ospina-Alvarado referem-se à situação das crianças no conflito armado colombiano, a fim de evidenciar vários danos e violações a seus direitos, mas também os poderes e habilidades de ação que expressam em ambientes adversos e nos processos de socialização política nos quais as crianças estão envolvidas.

Para finalizar, no terceiro grupo de artigos relativos às propostas, Fernando Salinas-Quiroz e Germán Posada apresentam a necessidade de orientar as intervenções para indivíduos cuidadores de crianças menores de 6 anos e propõem um método para avaliar a sensibilidade e orientar intervenções destinadas a prestadores de cuidados à primeira infância. Da mesma forma, Marta Martínez, María Cristina García e Daniel Camilo Aguirre-Acevedo analisaram o temperamento, a resposta ao estresse e as expectativas e práticas de criação de crianças colombianas de um ano, o que lhes permitiu chegar a resultados relevantes sobre os programas de formação de pais ao destacar a importância de erradicar o castigo fisico e promover práticas de criação alternativas.

Enquanto isso, Daiana Russo, Florence Arteaga, Josefina Rubiales e Liliana Bakker estabeleceram relações entre a autopercepção da competência social em crianças com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade e o status sociométrico escolar. Seus resultados são apresentados como base para o desenvolvimento de estratégias de intervenção psicológica e para a concepção de abordagens educacionais em sala de aula que fortalecem a interação social dessas crianças. Verónica Marín-Díaz e Carmen Sánchez-Cuenca destacam a proposta de educação de valores através de contos tradicionais em fase de jardim de infância, como uma metodologia válida para a socialização de meninos e meninas.

A respeito dos e das jovens, Pere Soler-Masó, Anna Planas-Lladó e Judit Fullana-Noell apresentaram um sistema de indicadores (SIAPJove) para avaliar as políticas municipais de juventude que foram aplicadas a três municípios de Cataluña, no Estado Espanhol, para verificar sua aplicabilidade e eficácia. Walter Manuel Molina-Chávez e Iván Gabriel Oliva-Figueroa, por meio de um estudo em quatro escolas secundárias públicas em Santiago do Chile, encontraram uma pluralidade de significados e identidades emergentes que eles concluem que têm profundas implicações para o desenho de políticas públicas de educação e de juventude. Em uma linha de raciocínio similar, Milton Leonel Calderón-Vélez, através de um caso ocorrido no espaço educacional do Equador, analisou as resistências juvenis contra o mundo adulto e propôs a construção de uma "comunidade de significado" que permite a busca de consensos entre o mundo adulto -que dirige a escola- e as subjetividades juvenis.

Por fim, a preocupação com as questões de educação e pedagogia se manifesta em cinco artigos. No primeiro, Jairo Alejandro Sánchez-Castaño, Olga Yazmín Castaño-Mejía e Oscar Eugenio Tamayo-Alzate estudaram a argumentação meta-cognitiva na aula de ciências, com alunos do ensino secundário entre 14 e 16 anos, e lançaram as bases para que estudos futuros possam aprofundar na compreensão das interações entre argumentação e meta-cognição e enfatizar sobre como desenvolvêlas na sala de aula. No segundo, Martín Bascopé, Macarena Bonhomme, Cristián Cox, Juan Carlos Castillo e Daniel Miranda sugeriram orientações para melhorar e expandir a educação pública na América Latina, considerando a importância desta para a formação de uma cidadania ativa. No terceiro, Patricia Botero-Gómez se concentrou em algumas narrativas coletivas sobre as práticas de formação construídas em comunidades e movimentos sociais na Colômbia e propôs que as comunidades vinculadas aos movimentos sociais forneçam formas alternativas de formação política, recriando os processos de ensino-aprendizagem com as outras epistemologias e construam poderes subalternos ancorados aos contextos culturais e territórios de vida, que podem modificar as formas de relacionamento inter-humano e entre mundos. No quarto, Marcela Rojas-Maturana e Fernando Peña- Cortés se aproximaram da realidade da transmissão oral de conhecimentos e práticas sobre o território, em família lafkenche, que vivem associadas a áreas húmidas na orla costeira da Araucanía (Chile), e ambos concluíram que a sistematicidade na abordagem dos alunos e alunas à sua cultura original, a permanência no tempo dos assessores e assessoras culturais, o compromisso real de professores e professoras não-mapuches, e o respeito pela cultura destes, podem, eventualmente, alcançar resultados satisfatórios na preservação da língua e das práticas culturais no território lafkenche. No quinto e último, Víctor Daniel García-García, questionou sobre as intenções que os e as jovens universitários e universitárias têm sobre empreendedorismo, concluindo que o empreendedorismo da juventude pode ser uma estratégia adequada para: (1) lidar com a crise de trabalho decente; (2) propiciar o trabalho ao jovem, sempre e quando houver condições materiais e culturais favoráveis para realizá-lo.

...

Esta edição da Revista Latino-Americana de Ciências Sociais, Infância e Juventude permite ver, então, que a produção de conhecimento e pesquisa sobre infância, juventude e educação avança para horizontes interpretativos complexos e diversos, pressionando lacunas entre as elaborações acadêmicas e as necessidades específicas e fortalece olhares multidisciplinares e multissituados que revelam as opiniões das crianças e dos jovens em relação a diferentes assuntos que lhes dizem respeito, os danos ou violações que os afligem e também as propostas desenvolvidas por meio de reflexão e investigação social na busca de melhores condições de vida para a infância e a juventude.

Lista de referências

Arango, A. M., Escobar, M. R. & Quintero, F. (2008). Nos miran pero ¿Ven más allá?: La construcción del sujeto joven desde las investigaciones de juventud. Para cartografiar la diversidad de los jóvenes. Bogotá, D. C.: Universidad Nacional de Colombia, Facultad de Ciencias Humanas.

Carli, S. (2011). El campo de estudios sobre la infancia en las fronteras de las disciplinas. Notas para su caracterización e hipótesis sobre sus desafíos. En I. Cosse, V. LLobet, C. Villalba & Ma. Zapiola (eds.) Infancias: Políticas y Saberes en Argentina y Brasil. Buenos Aires: Teseo.

Gómez-Esteban, J. H. (2011). Discursos sobre la juventud o las tribulaciones para ser lo que uno es. En J. C. Amador, R. García-Duarte & Q. M. Leonel Loaiza (eds.) Jóvenes y derechos en la acción colectiva: voces y experiencias de organizaciones juveniles en Bogotá, (pp.101-131). Bogotá, D. C.: Universidad Distrital Francisco José de Caldas, Personería de Bogotá.

Margulis, M. & Urresti, M. (1998). La construcción social de la condición juvenil. Viviendo a toda. Jóvenes, territorios culturales y nuevas sensibilidades. Bogotá, D. C.: Universidad Central, Siglo del Hombre Editores.

Muñoz, G. (2010). Youth studies in Latin America: changes, exchanges, challenges. Youth studies in Colombia. Manizales: Universidad de Manizales-Cinde.

Pérez-Islas, J. A. (2008). Juventud: un concepto en disputa. Teorías sobre la juventud; las miradas de os clásicos. México, D. F.: Universidad Nacional Autónoma de México.

Reguillo, R. (2003). Jóvenes y estudios culturales. Notas para un balance reflexivo. En J. M. Valenzuela (coord.) Los estudios culturales en México, (pp. 354-379). México, D. F.: Consejo Nacional para la Cultura y las Artes, Fondo de Cultura Económica.

Rossi, F. (2006). Las juventudes en movimiento: informe sobre las formas de participación política de los jóvenes. Quito: Universidad Politécnica Salesiana.

Valenzuela, J. M. (2005). El futuro ya fue. Juventud, educación y cultura. Anales de la Educación Común, 1 (1-2), pp. 1-38.

…

Na terceira seção de "Relatórios e Análises" contém uma variada agenda de eventos e programas. Em primeiro lugar, Vianey Johana Salazar-Villegas e Eliana Samara Sepúlveda-Villegas apresentaram o documento "Mobilização Social como Política Pública: Experiência Bom Começo de Medellín- Colômbia", no qual se desenvolve a mobilização social como um processo pelo qual são construídos ambientes de diálogo, cooperação e estratégias conjuntas para gerar capital social para promover o desenvolvimento integral das crianças.

Em seguida, o Grupo de Trabalho de Clacso, com ênfase no eixo "Ação Coletiva, Participação, Políticas Públicas e Estado", comparte o Seminário Virtual: "Mobilização social, ativismo e acção coletiva juvenil na América Latina e no Caribe", a ser coordenado por René Unda, Melina Vásquez e Silvia Borelli, e contará com a participação de algumas e alguns pesquisadores do GT, como professores: René Unda, Melina Vásquez, Silvia Borelli, Carles Feixa, Rose de Melo Rocha, Oscar Aguilera, Sara Victoria Alvarado, Ernesto Rodríguez, Pablo Vommaro, Angélica María Ocampo Talero, Juan Romero, María Isabel Domínguez García e Jorge Benedicto.

De 12 a 15 de agosto de 2015, na cidade de Santa Marta, será desenvolvido o XVI Congresso Colombiano de Nutrição e Dietética, organizado pela Associação Colombiana de Nutricionistas Dietistas (Acodin), sede Magdalena, com o apoio de membros do Acodin Atlântico. O tema central do congresso é: "Pandemia de Cronicidade, Epigenética e Educação Nutricional, Ferramentas de Enfrentamento".

Finalmente, o boletim Nº 102 da Organização dos Estados Ibero-americanos, informa sobre um dos principais projetos que marcam a Agenda Global: Beyond 2015/Para além de 2015: uma agenda universal para a transição à sustentabilidade. Também são publicadas como parte desse projeto as "Recomendações para a Declaração Política sobre a Agenda Pós-2015".

Em Revisões e Avaliações (Quarta Seção), Lorena Natalia Plesnicar entrevista a uma reconhecida pesquisadora no campo dos estudos sobre a juventude na América Latina, Maritza Urteaga Castro- Pozo. Deste diálogo resultou o interessante texto: Itinerários de pesquisa sobre culturas juvenis.

"Qualitative studies in quality of life. Methodology and practice" é o livro coordenado pela pesquisadora argentina Graciela Tonon e que apresenta capítulos onde se ressalta a importância dos métodos qualitativos aplicados em diferentes áreas de estudo da qualidade de vida em contextos latino-americanos e explora o uso e a relevância de métodos qualitativos em pesquisas sobre qualidade de vida. A revisão deste livro foi feita por Antonio José López.

Uma novidade na revista é a publicação de e-mails para o editor, e que inauguram Sergio Domínguez-Lara e César Merino-Soto, os quais realizam alguns comentários no documento "Sobre el reporte de confiabilidad del CLARP-TDAH" (Salamanca, 2010), que apareceu no Volume 8, Nº 2, da nossa revista. Por sua vez, a autora do artigo, Luisa Matilde Salamanca Duque, envia um e-mail de resposta que também publicamos.

Os mesmos César Merino-Soto e Sergio Domínguez-Lara enviam outro e-mail ao editor: "Sobre a escolha do número de fatores em estudos psicométricos na Revista Latino-Americana de Ciências Sociais, Infância e Juventude". O motivo da carta é destacar que, em revisão de literatura publicada recentemente na Revista Latino-Americana de Ciências Sociais, Infância e Juventude, os estudos psicométricos (álvarez-Ramírez, 2014, Durán-Aponte & Pujol, 2013, Jiménez, Castillo & Cisternas, 2012, Zicavo, Palma & Garrido, 2012) que usaram uma abordagem de redução de variáveis (componentes principais ou análise fatorial) podem ter deficiências metodológicas que são adicionadas aos limites naturais das pesquisas. Dos autores mencionados, responde Emilse Durán- Aponte em um comunicado também divulgado.

"Por que é importante relatar os intervalos de confiança do coeficiente alfa de Cronbach?", carta enviada por Sergio Alexis Domínguez-Lara e César Merino-Soto, que destaca brevemente a importância de incluir informação adicional às estimas de confiabilidade, um aspecto que parece ser desconhecido ou ainda não devidamente valorizado na pesquisa publicada na América Latina. Como corolário dessa carta, apresenta-se uma aplicação de software relevante ao tema exposto.

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Convidamos a participar da Convocatória para o Volume 14, Nº 2 de julho-dezembro 2016, sobre "Investigação e desenvolvimento em ciências sociais: perspectivas socioeducativas em um mundo globalizado" e tem a intenção de dar luz a todos aqueles estudos e análises realizados, resultados de experiências e pesquisas em Ciências Sociais, relacionadas mais especificamente a aspectos socioeducaativos em todos os seus aspectos. Este número é convocado pela Revista Latino- Americana de Ciências Sociais, Infância e Juventude, da Colômbia, o Grupo de Pesquisa A.R.E.A. (Análise da Realidade Educacional Andaluza, HUM-672), da Junta de Andalucía (Espanha) e o Dr. Francisco Javier Hinojo-Lucena, professor da Universidade de Granada como co-coordenador da monografia, bem como diferentes pesquisadores de Centros de Pesquisa Superior e Universidades de Málaga, Albacete, Alicante, Huelva, Córdoba, etc. (Espanha) e universidades de países como Costa Rica, México, Cuba, Equador, Chile, Argentina, Colômbia, Estados Unidos, Portugal, Reino Unido e Itália, entre outros.

A indexação da revista em A 2 por parte de Publindex de Colciencias foi prorrogada por mais um ano, a partir de 30 de junho de 2015, enquanto se ajusta os novos regulamentos para indexação de revistas científicas na Colômbia.

Havíamos informado em edições anteriores que estávamos aplicando para a indexação da revista no índice bibliográfico Scopus. Nesta semana tivemos uma resposta negativa ao nosso pedido, um dos principais motivos é a amplitude de áreas nas quais a revista publica e a sua difícil localização em uma área disciplinar específica. Para a revista é importante contribuir para a construção dos campos da infância e da juventude na América Latina e no Caribe; campos esses que exigem não só o diálogo inter e transdisciplinar das diferentes ciências sociais, mas outros conhecimentos e múltiplas vozes de diferentes atores sociais, controvérsia epistemológica em que se debatem hoje os conhecimentos em ciências sociais no mundo.

No site da revista foi elaborada uma nova janela, a News Letter, com informações de interesse que a cada mês torna-se visível na coluna direita da tela.

é nossa esperança que esse acervo investigativo, acadêmico e de ações variadas em torno das ciências sociais, da infância e da juventude seja de seu agrado e utilidade, uma vez que constitui um ponto de referência para o diálogo permanente sobre as questões fundamentais do contexto político, econômico, social e cultural na Ibero-américa e no Caribe.

O Diretor-Editor,

Héctor Fabio Ospina

O editor convidado,

Nicolás Aguilar-Forero

Professor da Universidad de Los Andes, Colômbia.

Editoras associadas,

Sônia Maria da Silva Araújo
Universidade Federal do Pará, Brasil.

Liliana Del Valle
Secretaría de Educación de Medellín, Colômbia.

Marta Cardona
Integrante do Colectivo Coordinador de la Maestría en Educación y Derechos Humanos da Universidad Autónoma Latinoamericana, Medellín, Colômbia.