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Revista Latinoamericana de Ciencias Sociales, Niñez y Juventud

versão impressa ISSN 1692-715X

Rev.latinoam.cienc.soc.niñez juv vol.15 no.1 Manizales jan./jun. 2017

 

EDITORIAL

 

Apresentação do Volume 15 N° 1 de janeiro-junho de 2017.

 

Na primeira seção: Teoria e Metateoria, o artigo de Mariano Narodowski e Carolina Snaider "Bebês nas escolas? Infâncias hiperescolarizadas em uma cultura prefigurativa" propõe uma plataforma conceitual para contribuir a responder uma pergunta de seu parecer central: quais são as mudanças culturais e demográficas que estão implícitas na exigência por mais bebês com escolarização? Os autores centram o estudo deste processo como emergente de uma mudança de época, com novas concepções de infância e da vida adulta. Por meio do conceito de cultura prefigurativa, de Margaret Mead, arriscam variadas hipóteses sobre o deterioro do valor do sacrifício adulto-paterno.

Bibiana Escobar-García e Alexander Hincapié-García em seu artigo de reflexão sobre maternidade e infância na prisão, assumem que se bem a função habitual que se imagina para o sistema prisional é a de normalizar os sujeitos, esta função dá lugar a uma mais econômica: proteger a sociedade dos detritos antropológicos que a presente Modernidade repetidamente produz. Tal proteção sacrifica as condições de possibilidades das crianças que na prisão compartilham a pena de suas mães.

O trabalho de Yebrail Castañeda-Lozano, "Family Guy e South Park: Perfis dos atuais estilos de vida" expõem as características destas duas séries televisivas desde seus protagonistas para inferir os estilos de vida e as identidades que se incorporaram nas populações infantis e juvenis latino-americanas rastreando sua tradição literária, especificando sua história, elucidando os conceitos de cada programa, relacionando seus estilos de vida e definindo identidades emergentes. O trabalho de Walter Manuel Molina-Chávez e Carolina álvarez-Valdés apresenta os resultados de uma investigação cujo objetivo foi identificar imaginários sociais emergentes sobre a juventude chilena contemporânea. Trata-se de um estudo qualitativo baseado na análise de treze grupos de discussão realizados em cinco regiões do país. Entre os resultados, encontra-se a identificação de um imaginário social sobre a juventude como um desafio permanente de escolarização, o qual se estrutura de maneira conflitiva sobre a base de enfatizar diversas dimensões e processos considerados chave na configuração da condição social das juventudes chilenas contemporâneas. Por sua parte, Florência D'Aloisio em "Jovens e sociabilidade escolar: aprendizagens que sustentam determinada ordem social" a autora apresenta um recorte de uma tese de doutorado finalizada que reconstruiu, situada e comparativamente, os sentidos que adquire o Ensino Médio para jovens de Córdoba (Argentina) em desiguais condições de vida e escolaridade. No artigo, se analisa como os sentidos juvenis sobre a sociabilidade vinculam-se a produção de subjetividades que sustentam determinada ordem social.

Carmem Silva e M. Loreto Martínez-Guzmán, de sua parte, oferecem uma revisão temática sobre "O Self adolescente desde a perspectiva conceitual: pobreza, casas populares, apoio parental e participação". Em um artigo teórico, Ana Belén Cano-Hila apresenta uma revisão sistemática e crítica sobre a literatura do "efeito vizinhança" e o papel do Estado na trajetória de vida dos jovens. Ademais, introduz reflexões, aportes e matrizes que surgiram do trabalho empírico, com a intenção de promover a reflexão conceitual sobre o "efeito vizinhança" e os processos de exclusão social juvenil nas periferias urbanas.

O trabalho apresentado por Paula Flores e Rodrigo Browne analisa como se perpetuam e/ ou transformam-se as representações de violências de gênero - próprias do patriarcado - em uma sociedade permeada pelas tecnologias da informação e comunicação. Particularmente, o artigo tem foco nas redes sociais, plataformas cujo nível de uso por parte das novas gerações alcança uma transcendência tal que reconfigura seus processos identitários e paradigmas de relações. O texto pretende pôr em evidência a necessidade de questionar-se acerca de como a Internet impacta o modo no qual os jovens constroem suas identidades e relações sociais como atores e atrizes de um sistema regido pela hegemonia masculina.

Em "Jovens frente ao mundo: as tecnologias digitais como suporte da vida cotidiana", Magdalena Lemus postula analisar o modo no qual os jovens e as jovens se sustentam frente ao mundo e, através do conceito de "suporte" de Martuccelli, se analisaram os processos de apropriação das tecnologias digitais ao longo de suas vidas, argumentando que esta apropriação contribui à sustentação da existência cotidiana das jovens e dos jovens ao participar da construção e expressão de seus próprios gostos, interesses e identificações, a gestão de laços, o sentimento de pertencer a grupos de semelhantes e a busca por estar "atualizados e atualizadas".

Na segunda seção, Estudos e Investigações, David Arturo Ospina-Ramírez e Maria Camila Ospina- Alvarado propõem um artigo que pretende visibilizar alguns dos resultados de uma investigação que busca desnaturalizar a violência como elemento constitutivo da subjetividade de meninos e meninas provenientes de contextos de conflito armado e reconhecer as capacidades que há neles e em suas relações mais significativas para aportar a processos de construção de paz, democracia e reconciliação tomando recursos do construtivismo social e as narrativas generativas. A investigação apresentada por Luisa Fernanda Guarín-García e Juan Manuel Castellanos-Obregón se propõe a compreender a agressão comunicativa entre estudantes da quarta série do ensino fundamental. O artigo tem enfoque na análise da agressão como um tipo de evento comunicativo que se desenvolve através de normas de interação e interpretações linguísticas (verbais e não verbais) aprendidas e desenvolvidas em comunidades de linguagens específicas. Através de um exercício extenso de etnografia de aula expõese a análise de atos comunicativos entre os estudantes, especialmente durante os jogos, analisando as normas de interação e interpretação colocadas em cena durante eventos comunicativos escolares e lúdicos para conhecer os processos de articulação dos enunciados interpretados como agressivos pelos meninos e meninas.

O artigo de Monica Peña e Camila Toledo, por sua parte, efetua um trabalho com meninos e meninas de uma escola vulnerável do Chile, com o objetivo de conhecer seus discursos sobre aprendizagem e classe social desde uma perspectiva de análise crítica do discurso que considera que os discursos se constituem socialmente e que os sujeitos podem ter uma perspectiva crítica sobre suas realidades.

O artigo de Marcela Bizama, Beatriz Arancibia, Katia Sáez e Laurent Loubiès analisa a relação entre consciência sintática e compreensão de leitura, um tema insuficientemente investigado em estudantes de fala hispânica. O estudo utilizou una metodologia de tipo transversal, descritiva e correlacional para dois centros educacionais chilenos. Os resultados do estudo mostram rendimentos abaixo da média esperada para a idade, tanto em compreensão de leitura como em consciência sintática para todos os grupos mostrados e uma relação significativa entre as variáveis estudadas.

A investigação de Florencia Mareovich e Olga Peralta estuda a aprendizagem de palavras através de imagens apresentando três estudos quase experimentais. No artigo "Infância e idade adulta: diálogos frente a tensões laborais e do cuidado", Pamela Caro, Mahia Saracostti, Ana Kinkead e María O. Grau comparam percepções de meninos e meninas chilenas com suas mães, a respeito de tensões e estratégias de articulação trabalho-família. Os resultados mostram que existe uma percepção generalizada, que o trabalho tenciona mais as mães que os pais, devido a uma carga de trabalho global maior. As mães reconhecem que o principal equilíbrio a alcançar é cumprir adequadamente ambas as funções. Os meninos e meninas têm posições menos conservadoras que as que refletem os estereótipos adultos.

Por sua parte, o artigo de Isabel Sans tendeu a considerar as chaves do êxito do sistema educativo para meninos, meninas e adolescentes do lar "La Huella" em seus primeiros 25 anos. A experiência é um referente importante a nível nacional, e o conhecimento de seus características pode aportar a geração de novas práticas com populações juvenis enquanto o artigo de Jakeline Duarte-Duarte e Juan Carlos Jurado-Jurado apresenta resultados parciais de uma investigação hermenêutica cujo objetivo foi compreender o sentido que outorgam pais, mães, meninos e meninas de distintas classes de Medellín e Envigado as representações de autoridade agenciadas pela televisão. Segundo os resultados obtidos, apesar de seu alto consumo, a televisão não resulta numa mediação para a autoridade parental o que modificaria a postura tecnocêntrica atribuída ao meio.

O artigo "Condição física e sua vinculação com o redimento acadêmico em estudantes do Chile", dos autores Braulio Navarro-Aburto, Erick Díaz-Bustos, Sergio Muñoz-Navarro e Jeanette Pérez- Jiménez, pretende determinar a associação entre o sucesso acadêmico em matemática e as variáveis da condição física a partir de um estudo de tipo quantitativo não experimental sobre as bases de dados da prova Simce 2011 para estudantes de 8ª série do Chile. Todas as variáveis da condição física mostraram associações significativas com a variável de rendimento acadêmico em matemática, sendo a variável potência muscular associada ao teste de abdominais a que mostrou as maiores pontuações. Estes resultados indicam o rol relevante da atividade física no rendimento acadêmico e, segundo os autores é necessário gerar uma nova visão a respeito da atividade física que permita valorizar sua importância na produção de aprendizagens e sucesso acadêmico. Também usando modelos estatísticos, Carmen Gloria Jarpa-Arriagada e Carlos Rodríguez-Garcés, fazendo uso de bases de dados históricos do Processo de Admissão à Educação Superior no Chile, propõem em seu artigo analisar estudantes de "calouros" e suas escolhas profissionais, contrastando-os com o estudante "veterano", dando conta da persistência de processos de exclusão e segregação que se manifestam em uma escolha profissional fortemente condicionada pelo hábito que reproduz desigualdades e limita as aspirações a um conjunto restringido de opções.

O estudo de Patricia Guerrero, Carolina Aguirre, Cecilia Besser, Miguel Morales, Javier Salinas e Macarena Zamora examina desde uma perspectiva crítica a prática de intervenção grupal com meninos e meninas denominado "oficinas socioeducativas". Os resultados mostram sua sustentabilidade no vínculo, o adaptável às necessidades dos participantes, o inclusivo, mas também as complexidades de inserção deste tipo de trabalho.

A questão das tutorias acadêmicas em uma universidade não seletiva é analisada por Paola Andreucci-Annunziata e Alexis Curiche. Se planteiam os fundamentos do programa, as fases de recrutamento e seleção de tutores, o processo de formação dos tutores, o programa de tutorias diferenciado por comunidades de apoio – lectoescritura, raciocínio lógico e matemática – sua implementação e os resultados de efetividade obtidos nos tutorados. Para isso, os autores consideram as demandas de apoio acadêmico de parte dos estudantes e as porcentagens de aprovação logo de implementado o programa de atividades curriculares do semestre letivo cursado. Finalmente, se discutem os resultados do plano piloto e se planteiam certos desafios referentes à cobertura do programa, as estratégias utilizadas para a capacitação da motivação e persistência do estudante na instância de acompanhamento e a focalização nas "intercomunidades" como cristalização paradigmática da perspectiva transversal, competitiva, incremental e dialógica da proposta apresentada.

O artigo de Adriana Arroyo-Ortega e Sara Victoria Alvarado recolhe alguns achados sobre a subjetividade política retomados de uma investigação de doutorado que se encontra em curso, a partir da narração de uma mulher jovem afrodescendente que desde sua ação em um coletivo da cidade de Medellín interroga as distintas práticas cotidianas de exclusão e precisa os interesses que desde seu lugar de localização veio desenvolvendo.

A avaliação de políticas públicas juvenis em três municípios do Estado do México é acometida no trabalho de Víctor Daniel García-García analisando cinco variáveis chaves em torno as políticas municipais juvenis. O resultado conseguido lhe permite afirmar ao autor que nos municípios estudados não se implementaram políticas públicas juvenis integrais, senão que somente foram levadas a cabo ações públicas desarticuladas, não conexas, desorganizadas e eventuais.

O estudo de Valentina González, Linda Teresa Orcasita, Juan Pablo Carrillo e Diana Marcela Palma-García tem como objetivo descrever os processos de comunicação que se estabelecem entre pais, mães, filhos e filhas adolescentes para estabelecer diálogos sobre sexualidade e sua relação com a tomada de decisão, em duas famílias pertencentes a instituições educativas de Cali. Através desta investigação qualitativa encontrou-se que os processos de comunicação, os temas abordados e recursos empregados estão influenciados pelos conhecimentos e percepções que têm os pais, onde se considera que a sexualidade ainda é um tabu e que existem falências enquanto à informação e estratégias de acompanhamento.

O artigo de Ingrid Forero, Elsa Siabato e Yenny Salamanca consiste em analisar a associação entre a ideação suicida, funcionalidade familiar e consumo de álcool em adolescentes estudantes de colégios públicos de Tunja, Colômbia. Os resultados indicam que 30% dos participantes referiram um nível alto de ideação suicida, 67% um bom funcionamento familiar e 84%, consumo de álcool de baixo risco. Também se identificou uma associação maior entre ideação suicida e ao que os autores denominam funcionalidade familiar grave.

Domínios e valorações sobre a felicidade em adolescentes de Guadalajara, México é o artigo apresentado por José María Nava-Preciado e Jesús Heriberto Ureña-Pajarito, abordando as valorações de um grupo de adolescentes urbanos sobre o que significa ser feliz nos "micro contextos" de suas vidas cotidianas. Os resultados mais relevantes dispõem que os adolescentes identificam a felicidade com domínios relacionados com atributos pessoais, onde a saúde é o mais importante. Na valoração dos autores, estes jovens avaliam a felicidade com domínios suficientemente valiosos para cultivar uma vida alegre e duradoura.

No estudo de María Fernanda Molina, María Julia Raimundi e Mariel Giménez, exploram-se os possíveis si mesmos de um grupo de adolescentes na cidade de Buenos Aires, enquanto o trabalho de David Arturo Acosta-Silva reporta os avanços de uma meta-síntese realizada sobre investigações que nos últimos 15 anos buscaram avaliar as competências digitais dos jovens, com o fim de estabelecer se seus resultados suportam as posturas que afirmam que os jovens possuem algumas competências digitais generalizadas e de alto nível. O resultado afirma que a maioria dos estudos conclui que as asseverações sobre as superiores competências digitais dos jovens não estão suportadas empiricamente.

Denise Bolzan Berlese, Gustavo Roese Sanfelice, Daiane Bolzan Berlese e Jacinta Sidegum Renner, analisam a violência da intimidação e a violência social nos adolescentes obesos enquanto o estudo de Jorge Jairo Posada-Escobar, Patricia del Pillar Briceño-Alvarado e Yudi Astrid Munar-Moreno aborda as categorias "intergeracionalidade" e "interculturalidade" como eixos de análise das experiências e do dispositivo desenvolvido pelo Secretariado Nacional Pastoral Social da Colômbia para propiciar a configuração de subjetividades políticas de paz e transformação social.

O trabalho de María Irene Victoria-Morales, Pilar Hernandez-Wolfe, Victoria Eugenia Acevedo- Velasco e Adriana González tem o propósito de analisar como um grupo de mulheres colombianas afrodescendentes, deslocadas da Costa Pacífica na cidade de Cali, construiu sentido no encontro pedagógico com um grupo de estudantes estadunidenses do programa terapia familiar da Universidade Lewis & Clark, em Portland, Oregon. Os resultados examinam o processo das mulheres de construção coletiva de sentido sobre seus saberes como práticas de resistência, o significado crítico, novo e emergente das práticas culturais como possiblidade de reconfigurar a identidade coletiva, a reconstrução do tecido social e o fortalecimento das eficácias simbólicas ao trabalhar terapeuticamente com famílias.

Ana Beatriz Murillo-Oviedo, Cintia Rodrigues de Oliveira Medeiros e Valdir Machado Valadão Júnior baseiam sua análise da crono-normatividade, analisando a negociação de gênero e idade influenciados pela religião predominante na gestão administrativa de uma ONG em Uberlândia, Brasil. O objetivo é explorar o papel da normatividade religiosa em experiências negociadas de idade e gênero, analisando o discurso das mulheres. O estudo encontra que existe sofrimento e sacrifício pelas exigências aceitadas e ligadas a condição da mulher, mas também satisfação, confiança e esperança pela missão que possui a organização e função que estas mulheres desempenham.

Finalmente, Luis Vivero-Arriagada retoma o pensamento de Antonio Gramsci para revelar o que o autor entende como "contradição histórico-política entre o sentido comum e o projeto emancipatório contido no discurso cotidiano dos trabalhadores e trabalhadoras sociais". Como conclusões, se destaca a necessidade de um sujeito profissional que assuma um rol ético-político que permita uma prática orientada à transformação social e um aprofundamento teórico-conceitual.

...

A terceira seção de Informes e Análises mostra atualizado o índice acumulativo por autores da revista e o índice temático, assim como o Boletim número 232 da Organização dos Estados Iberoamericanos que trazem comentários sobre o Coro Ibero-americano da OEI, em que consiste sua história, objetivos e atuações. Outro artigo do Boletim é sobre Madrid na Nova Rota da Seda, projeto que promove aproximação entre a China e a cidade de Madrid. Também inclui o informe que desde Montevidéu reforça o compromisso da OEI com a Carta Cultural Ibero-americana no marco do 10° aniversário de sua aprovação. Finalmente, o boletim trata sobre a aprovação da Lei de Cultura por parte da Assembleia do Equador que reconhece os direitos laborais dos artistas.

A quarta seção da revista, Revisões e Recensões, traz uma interessante entrevista realizada com o investigador Pablo Vommaro por parte da jornalista Soledad Gherardi, onde se aprofunda acerca da necessidade de repensar o ensino médio tal como planteado hoje desde os âmbitos mais tradicionais.

Outra entrevista que publicamos é a realizada pela professora da Universidade de Caldas, Colômbia, Jhoanna Patiño-López, com a pesquisadora María Hilda Sánchez-Jiménez, a quem o Centro Editorial da mesma universidade lhe editou o livro "Movimentos Sociolinguísticos em conversações terapêuticas: as linguagens de mudança" e que recolhe parte dos achados de sua tese de doutorado como um aporte importante para as pessoas e comunidades interessadas em potencializar as capacidades de mudança a partir de uma visão sistêmica e construtivista.

Em Cartas ao Editor aparece o comentário feito por José Luis Ventura-León e Tomás Caycho- Rodríguez sobre o coeficiente ômega como método alternativo para a estimação da confiabilidade e se sugere o emprego desta ferramenta em futuras investigações de corte psicométrico, com o objetivo de ter uma medida mais precisa da confiabilidade.

Carlos Alberto González nos envia uma resenha de BeAnotherLad (Laboratorio de Ser Outro) que é uma estratégia inovadora desde a arte, ciência e tecnologia para o sucesso da empatia e convivência. Esta foi desenvolvida pelo Coletivo Interdisciplinar de Artistas e Investigadores Sociais de Barcelona, ganhadores do Prêmio Europeu para a Inovação Social 2016, outorgado pela União Europeia, como uma estrutura psicossocial tecnológica fundada na realidade virtual para penetrar e apoiar o "senti pensamento", mediante o qual se oferecem experiências e relatos de vida que a pessoa apropria gerando um estado de motivação intrínseca, compreensão e empatia.

Por último, na quarta seção se transcreve o texto de graduação da mais recente promoção de Doutores em Ciências Sociais, Infância e Juventude da Universidade de Manizales e o Cinde. As palavras estiveram a cargo de Alexandra Agudelo López, quem se graduou nesta cerimônia.

Para nós é de muita gratidão recordar aos nossos leitores e integrantes deste frutífero projeto editorial que a Revista Latinoamericana de Ciencias Sociais, Infância e Juventude cumpre 15 anos de atividades ininterruptas em um trabalho que tem permitido o fortalecimento de uma sólida comunidade investigativa e acadêmica em torno dos estudos sobre infância e juventude da América Latina e Caribe. Que seja este um motivo de celebração e agradecimento a quem fez possível este logro.

Lamentamos a morte da fundadora do Cinde Marta Arango Montoya, quem dedicou sua vida a trabalhar pelos meninos e meninas da Colômbia, América Latina e Caribe, e outros países. Seus aportes a infância permitiram que se fortalecessem as políticas de infância, os projetos educativos e sociais e a pesquisa. Seu legado perdurará e continuará enriquecendo o campo da infância.

O Diretor-Editor,

Héctor Fabio Ospina

O editor convidado,

Mariano Narodowski
Professor-investigador Universidade Torcuato Di Tella, Argentina.

Editoras associadas,

Sônia Maria da Silva Araújo
Universidade Federal do Pará, Brasil.

Liliana Del Valle
Secretaria de Educação de Medellín, Colômbia.

Marta Cardona
Integrante do Coletivo Coordenador do Mestrado Maestría em educação e Direitos Humanos da Universidade Autônoma Latino-americana, Medellín, Colômbia.

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