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Revista de Relaciones Internacionales, Estrategia y Seguridad

versión impresa ISSN 1909-3063

rev.relac.int.estrateg.segur. v.6 n.2 Bogotá jul./dic. 2011

 


EDITORIAL

A preocupação do Comitê Editorial e Científico da Revista tem sido a de divulgar artigos com alta qualidade científica. Nesta ocasião, extrapolamos a meta porque todos são resultados de trabalhos realizados nos diversos centros de pesquisa do país e do exterior. Este número preserva, de maneira especial, a ambição de continuar consolidando está revista como material de consulta e de informação a fim de melhorar seus próprios padrões. Deste modo, continuando com a tradição que nos caracteriza, apresentam-se os diversos artigos por temas.

Relações internacionais, com três artigos: o primeiro, A evolução do regime de controle e financiamento do terrorismo de Fabio Sánchez Cabarcas. O autor analisa os mecanismos que o sistema dos Estados vem propondo e implantando para combater o financiamento do terrorismo, além de expor as dificuldades que existem para controlá-lo pela própria natureza deste fenômeno. Apesar dos grandes esforços realizados, conclui-se que se torna necessária uma maior cooperação internacional onde intervenha e se consolide um regime internacional de controle do financiamento do terrorismo, no qual participem outros atores, diferentes dos tradicionais, do sistema internacional. No segundo artigo, Aproximação à perspectiva jurídica das decisões do Parlamento Andino nos ordenamentos jurídicos dos Estados de Carolina Blanco. A integração é a tendência que se impulsiona na atualidade nas relações estatais para atingir as metas propostas. Por isso, a professora Blanco examina o panorama andino e aponta o possível desempenho do mesmo na região. Salienta o Parlamento Andino como o organismo que pode ajudar a cumprir a tão anelada integração, mas para poder cristalizar o projeto, entre outras coisas, torna-se necessário superar o nacionalismo existente na adoção de medidas deste organismo, que apesar de terem caráter vinculante, não se amparam e isso dificulta o desenvolvimento do processo. No entanto, este impasse pode ser superado no âmbito do CAN ao se imputar as faculdades de co-decisão ao Parlamento Andino, no que se refere à normatividade comunitária. No terceiro, Cooperação internacional descentralizada para a gestão pública departamental e municipal na Colômbia de Jahir Alexander Gutiérrez Ossa, onde o professor reconhece como a cooperação internacional descentralizada seria uma importante fonte de desenvolvimento local e uma ferramenta para reduzir a desigualdade e melhorar a gestão no âmbito municipal e departamental.

Também afirma que nela está o futuro das entidades territoriais, além disso, favorece enfaticamente as condições institucionais, mas que tudo isso requer um roteiro que seja coerente com um plano estratégico de ordenamento nacional para que a administração local possa impactar de maneira eficiente.

Política e geopolítica, apresentam-se quatro artigos: o primeiro, Legitimidade empresarial, conflitos de terras e produção da palmeira na Colômbia de Monica Hurtado e Catherine Pereira. Este artigo é interessante porque as autoras analisam academicamente uma questão que tem ocasionado grande preocupação na opinião pública: o despejo de 123 famílias camponesas pelo grupo Daabon e seus subsidiários. No decorrer do trabalho, Hurtado e Pereira apontam que o Grupo empresarial mencionado tem sido um dos mais dinâmicos e em conseqüência lucrativos, porém a questão que se apresenta é sobre o quanto ele tem contribuído para o bem-estar socioeconômico das localidades onde opera, porque uma das tarefas dos empregadores colombianos é promover o desenvolvimento e fortalecer as instituições democráticas para assim contribuir significativamente para a construção da paz nacional, fatores que ajudariam a manter a legitimidade empresarial no âmbito internacional. O segundo, Opiniões sobre o ciclo do café na Colômbia, 1925-2010, de José Rafael Alberto Pérez Toro, refere-se ao crescimento econômico desde uma óptica histórica e econômica, na qual se enfatiza o papel desempenhado nesse processo pelas exportações de café. Para sustentar o trabalho, revisa-se o comportamento cíclico dos preços internacionais do café e como eles incidiram na elaboração de políticas públicas em cada etapa e como estas, por sua vez, influenciaram no desempenho da economia nacional. Finalmente, o autor afirma que apesar do Estado ter experimentado várias políticas e mudado papéis, como a utilização de recursos do cofre público para estimular a produção, também foi um agente regulador e vigilante da atividade econômica, adotando modelos diferentes para se inserir nos mercados internacionais e poder negociar o mercado do café e os outros produtos fora das fronteiras nacionais, ainda assim são necessárias estratégias de penetração mais agressivas para ter acesso à cadeia internacional de valor. O terceiro, A metamorfose da humanidade na era planetária e a emergência da antropologia de Sergio Nestor Osorio. Com um contexto conceitual e teórico, demonstrase o proposto por Morin, considerado o pai do pensamento complexo. O autor apela às metáforas do filósofo para explicá-lo e ressalta os quatro motores de desenvolvimento da humanidade que a levará à destruição, em conseqüência, a necessidade da antropolítica como pré-requisito indispensável para uma mundialização humanística com possibilidades de emancipação e de transformação da mesma na era planetária como um mecanismo de salvação. Por último, Geografia cultural e consumo de Jorge Luis Zapata Salcedo. Este artigo revela o desenvolvimento teórico e metodológico que a geografia cultural tem experimentado e como ele tem influenciado no estudo da Nova Geografia Cultural. Por estar estreitamente ligada à geografia humana, o autor se apega da variável consumo, em um espaço geográfico concreto como é a cidade de Monteria, para explicar, não só dinâmicas de interação social, mas também a propensão da população ao consumo pela incidência da globalização, tema relevante de estudo na sociedade contemporânea.

Estratégia e segurança, apresentam-se três artigos: o primeiro A lei de justiça e paz na Colômbia: a configuração de um sub-campo jurídico-político e as lutas simbólicas pela inclusão de Mariana Delgado. Neste artigo, analisam-se as batalhas realizadas pelas vítimas do conflito interno colombiano em torno do reconhecimento dos seus direitos. Entre os problemas revelados nessas pugnas, que não levam a uma adequada aplicação da lei como aval para as pessoas afetadas, pode-se citar por um lado a tipificação e pelo outro quem a faz. Em conseqüência o espaço social se estreita e o direito das vítimas à verdade, justiça e reparação fica limitado, porque geram exclusão e dominação por parte do Estado. O segundo, The evolution of counterinsurgency warfare: A historical overview de Oscar Palma. Sem ser um texto histórico, o autor descreve como evoluiu o termo contra-insurgência e os efeitos obtidos pelas diferentes definições na aplicação dos métodos para combater a insurgência. Em primeira instância, identifica-se uma política militarista absolutamente fracassada, e logo depois, uma política de descrédito perante os seguidores dos grupos rebeldes, ainda que tenha sido mais eficiente nunca conseguiu eliminálos. Mesmo assim, o Estado continuou procurando outras maneiras de envolver suas próprias instituições para enfrentá-los e, apesar disso, ainda requer na atualidade outras técnicas para derrotar os grupos armados devido às novas condições dadas pela globalização. Para terminar, A presença da segurança na política exterior. Uma leitura desde uma abordagem sistêmica complexa de diferenciação funcional de Maria Cristina Salas Pajón. A novidade desse artigo se fundamenta no contexto teórico utilizado para mostrar a tomada de decisões no que se refere à segurança estatal. A teoria sistêmica construtivista de diferenciação funcional o vê como uma construção social operativa, que envolve os imaginários coletivos ou construções de sentido que identificam uma sociedade-estado. Com base nessa premissa, diferenciam-se os Estados com uma forte tendência à segurança e os outros que não, no entanto, em ambos os caso se protege o interesse nacional (visto como uma construção social de sentido), como base da construção da tendência para a segurança nacional em uma política exterior.

Finalmente, queremos agradecer os autores e seus pares acadêmicos pela sua imensurável colaboração. Esperamos continuar contando com vocês para enriquecer a pesquisa sobre a realidade nacional e internacional.

Alejandra Ripoll
Editora

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