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Revista de Relaciones Internacionales, Estrategia y Seguridad

versión impresa ISSN 1909-3063

rev.relac.int.estrateg.segur. v.7 n.1 Bogotá ene./jun. 2012

 


EDITORIAL

A publicação deste número coincide com os preparativos para o vigésimo aniversário da universidade, durante o qual a diretoria tem incentivado e apoiado as revistas das diversas unidades acadêmicas. Os resultados são evidentes, tanto que a instituição está catalogada como uma das melhores do país no que se refere a este tipo de publicação ao ocupar o décimo lugar entre 24 desde 2006. Portanto, todos os envolvidos no processo estão fortemente empenhados para melhorar os padrões de qualidade e garantir a continuidade nas bases internacionais. A seguir, apresenta-se o conteúdo da revista com três linhas temáticas: relações internacionais, política, estratégia e segurança.

Relações Internacionais conta com três artigos. No primeiro, Novos horizontes nas relações entre a América Latina e os Estados Unidos?, de Vicente Torrijos R. e Juan Sebastián Granada, os autores discutem um tema de grande importância para os latino-americanos: as relações com os Estados Unidos. Para isso, fazem uma breve recopilação para afirmar que essas relações têm sido marcadas pelas decisões da política externa do USA. No entanto, houve rupturas no comportamento de uma ou outra parte em função dos interesses nacionais e a posição dos Estados Unidos no sistema internacional. Da mesma maneira, se reconhece que não são relações desinteressadas, mas sim de poder assimétrico. Apesar do anterior, defendem um fortalecimento das relações cooperativas, só que no caso da América Latina por meio de organizações supranacionais como um mecanismo de coesão das diferentes agendas. O segundo artigo, O protetorado britânico na Costa Mosquítia, 1837-1849, de Rafat Ghotme, com um cuidadoso exame de documentos históricos, revela elementos de análise inéditos no comportamento da política exterior da Grã-Bretanha, no caso particular da Mosquítia. O interessante do artigo é que não fica na simples descrição, mas revela que o protetorado mosquítio implantado pela Grã-Bretanha se exercia com diferentes objetivos dos que ocorreram no século XVIII, que desvirtuam o tradicional objetivo imperialista, enfocando-se mais em considerações defensivas, tanto estratégico-políticas como comerciais. Ainda assim, não nega que em algum momento tenha havido essa consideração, ideia que junto com outros questionamentos serão resolvidos, tanto neste número, quanto em uma próxima edição que incluirá a publicação final desta pesquisa. O terceiro artículo, Elementos de reflexão para melhorar a cooperação oficial descentralizada nos municípios colombianos, de Denise Grandas, expõe a questão da cooperação internacional, um assunto que normalmente se aborda e analisa desde uma perspectiva interestatal, mas neste caso é diferente porque se estuda a modalidade descentralizada, a qual é tratada pelos governos locais e regionais da Colômbia em função de seu próprio desenvolvimento. A autora defende esta forma de gestão, fornecendo algumas descobertas que demonstram a existência de alguns problemas para poder aproveitar os recursos descentralizados. Desta maneira, para melhorar sua qualidade e eficácia, ela faz algumas recomendações, tanto para os doadores como para os receptores de tal cooperação.

Na área da Política apresentam-se quatro artículos: o primeiro Le dottrine politiche do marxismo-leninismo nel' xx secolo de Manuel Losada Sierra. A guerra fria foi uma época importante do sistema internacional, caracterizada por uma distribuição de poder bipolar e pela consolidação de linhas de pensamentos como o marxismo-leninismo, a partir das críticas do modelo democrático, entre outros. Neste sentido, o professor Losada apresenta de uma maneira metódica em seu trabalho o modo como se atingiu o processo de ensino da ideologia oficial liderado por Moscou, que disseminou a doutrina por meio da publicação de revistas, organização de palestras e simpósios como uma forma não só de adesão à causa, mas também de controlar e manter contato permanente entre partidos, países e movimentos de liberação comunista. No segundo, Os neoconservadores no cenário político internacional: ¿de onde procedem?, de Francisco Javier Ruiz Durán e José Antonio Peña Ramos, em contraste com o artigo anterior, os doutores Ruiz e Peña demonstram a criação, na época da guerra fria, de um movimento político denominado neoconservador, claramente anti-stalinista, ainda vigente no círculo político americano, com o objetivo de conter o comunismo soviético. Os autores nutrem o artigo com uma detalhada citação de seus membros e os eventos que lhe deram origem, para finalmente destacar, como ato transcendental, que o movimento levou Reagan à presidência dos Estados Unidos. No terceiro artículo, Excessos e criminalidade na elite do poder, de Asael Mercado Maldonado, realiza-se uma análise crítica das condutas que induzem a ostentação do poder, também revela a composição do que ele denomina a nova elite e enfatiza que não só ocorre no âmbito americano, como pensa o imaginário coletivo, mas também e surpreendentemente na América latina, especialmente no México. Entre as afirmações do texto encontra-se que o contexto atual fomenta essas condutas anti-sociais, o que dificulta a identificação do criminoso de colarinho branco, apesar de possuir características particulares. Finalmente conclui que é necessário prevenir o delito em meio a uma série de dificuldades para atingir essa finalidade, entre as quais se ressaltam as conexões políticas que possuem esses criminosos. Finalmente, o Atraso social e discriminação da política social para os grupos indígenas em Sonora, de Jorge E. Horbath e Amalia Gracia. Os autores discutem uma questão social discriminatória das minorias no estado mexicano e que não é alheio à América Latina, onde muitos países possuem uma base indígena importante, como é o caso da Colômbia, Peru e Equador, entre outros. A situação denunciada é comum a muitas comunidades indígenas, apesar de que se reconheça que o país azteca vem realizando esforços por meio de políticas públicas para minimizar os efeitos negativos. No entanto, ainda não se conseguiu melhorar as condições de pobreza, porque não estão especificadas para tais comunidades. Portanto, chega-se à conclusão de que se necessita uma descriminação positiva e mecanismos de participação dos próprios índios para que atuem como sujeitos políticos e não como objetos de política.

Em Estratégia E Segurança apresentam-se dois artigos: o primeiro é Doctrine militaire et exercice du pouvoir politique en amerique du sud: le role et l'impact des ecoles militaires bresiliennes et peruviennes de José David Moreno. Um artigo, por certo, fascinante na medida em que se destaca o treinamento dos oficiais dos exércitos peruano e brasileiro com uma característica especial, que é a relação entre o civil e o militar, que oferece aos oficiais uma visão diferente sobre a realidade e os problemas políticos dos seus respectivos países. Essas escolas de formação militar surgem sob circunstâncias especiais como a guerra fria e os efeitos do comunismo, fatos que estão diretamente relacionados com o fenômeno do militarismo na América Latina, além de influenciar no comportamento, desempenho e compromisso dos funcionários envolvidos. Para terminar, Segurança hemisférica, assistência e democracia no começo da guerra fria, de Silvina M. Romano, pretende analisar a política de segurança hemisférica atual promovida pelos Estados unidos, comparando-a com as diretrizes propostas no começo da guerra fria, para revelar se existe continuidade ou mudança. Ao longo do trabalho se relata como o discurso americano articula o político com o econômico e o militar para legitimar e legalizar as suas ações, com a finalidade de garantir um fluxo importante de recursos. Tanto no passado como no presente veem uma ameaça a sua estrutura ecomônico-social se não podem ter acesso fácil e rápido aos recursos não-renováveis como o petróleo, matéria primas e recursos naturais e, em conseqüência, uma vez mais como no tempo da guerra fria a militarização é a estratégia que afiança.

Para finalizar reiteramos os agradecimentos aos que nos apoiam e colaboram para tornar possível este trabalho, porque temos certeza de que sem a participação decisiva de todos, seria impossível realizá-lo. Esperamos que permaneçam conosco.

Alejandra Ripoll
Editora

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