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Revista de Relaciones Internacionales, Estrategia y Seguridad

Print version ISSN 1909-3063

rev.relac.int.estrateg.segur. vol.11 no.2 Bogotá July/Dec. 2016

https://doi.org/10.18359/ries.1868 

EDITORIAL
DOI: http://dx.doi.org/10.18359/ries.1868

DRA. DIANA PATRICIA ARIAS HENAO
Editora
Doutora em Relações Internacionais
revistafaries@unimilitar.edu.co

JULIÁN DARÍO BONILLA MONTENEGRO
Co-editor.
Magíster em Estudos Políticos e Magíster em Análises de Problemas Políticos, Econômicos e Internacionais Contemporâneos.
revistafaries@unimilitar.edu.co


Na presente edição da Revista de Relações Internacionais, Estratégica e Segurança, o leitor encontrará onze artigos de investigação e reflexão, organizadas em três seções temáticas: 1) Tendências teóricas globais do sistema internacional; 2). Estudos pro-segurança regional e; 3). Processos da América Latina soberanos e sub-regionais.

Abrimos a presente edição com o artigo de investigação: Nem tudo que brilha é ouro: continuidades na ordem internacional e os limites à reconfiguração do sul global, dos doutores em Relações Internacionais pela Universidade Nacional do Rosário, Esteban Actis e Julieta Zelicovich, pesquisadores do Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas - CONICET. No mesmo analisase o processo de transformações relativas a uma espece de reestruturação do sul global assim como do processo denominado a democratização das relações internacionais, os quais desde meados do século XX a nível de redistribuição de recursos econômicos e seus quadros jurídico-políticos, não apresentam mudanças. Enquanto que pedem a reforma do sistema, as potências tradicionais repetem as assimetrias gestadas desde uma interdependência marcada entre fracos e poderosos, que não conseguem aceitar os sujeitos emergentes.

Em seguida encontramos o artigo de reflexão da Doutora em Ciências Sociais pela Universidade de Buenos Aires e pesquisadora do CONICET, Marina Malamud, titulado: Papa Francisco, a mudança climática e o "ecologismo" dos pobres, destacando o compromisso socioambiental do Pontífice que pode significar um equilíbrio temático na agenda política mundial. Analisando também qualitativamente seus discursos e impactos na formação de opinião, + o que pode ter tendência a um crescimento econômico e uma proteção à região da América Latina que está particularmente exposta às consequências meioambientais.

Na segunda seção temática, Estudos pró-segurança regional, apresenta-se investigações em diferentes regiões: Antártida, Meio Oriente, África e Europa, que em suas proposições podem contribuir para melhorar os estados de segurança através de intervenções em setores bem diferenciados mas transversais aos conflitos humanos.

O artigo de reflexão: As necessidades mundiais da água e a Antártida como reserva natural: Se pode explorar a água da antártica?, do Doutor em Ciência Política e Sociologia pela Universidade Pontifícia de Salamanca, Fernando Villamizar Lamus, quem exerce como Investigador do Observatório Regional de Paz e Segurança da Universidade Bernardo O'Higgings e é professor da Faculdade de Direito da Universidade dos Andes (Chile), mostra à Antártida como uma das maiores reservas de água do mundo, analisando qualitativamente como é possível através de instrumentos jurídicos explorar o recurso hídrico vital em forma de gelo, superando as proibições contidas no Protocolo de Madrid. Um longo e engenhoso caminho político é previsível.

África, a nova fronteira estratégica no desenvolvimento global: A geo-política de Cabo Verde no contexto da CEDEAO, é o artigo de pesquisa do magister em Ética e Filosofia da Universidade de Cabo Verde e pesquisador do Centro de Pesquisa de Desenvolvimento Local e Organização Territorial, apresenta os desafios que enfrenta Cabo Verde desde a assinatura do Tratado Constituinte de integração com a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO). Uma vez conseguida a independência estatal e posterior a mobilização para o recebimento de ajudas públicas desde a Europa, Estados Unidos e a China, explora e analisa interpretativamente os assuntos geoestratégicos e as implicações da crise financeira internacional que afeta aos seus aliados, propondo uma retomada da centralização geo-política de integração na África.

O artigo da Doutora em Relações Internacionais pela Universidade Nacional de La Plata (UNLP) e Coordenadora-pesquisadora do Departamento do Meio Oriente do Instituto de Relações Internacionais da UNLP, titulado: As relações no Golfo depois da "Primavera Árabe" e o seu impacto na região, mostra que a disputa entre Arábia Saudita, Emirados.

Árabes Unidos e Qatar, em torno do rol regional de certas agrupações políticos ligados ao Islam, particularmente dos Irmãos Muçulmanos, no contexto post- "Primavera Árabe", que contribuiu ao agravamento e a aprofundamento dos diferentes conflitos nos países afetados pelos levantamentos. O intervencionismo relativo conduziu à resposta de conflitos através de guerras proxy.

Uma análises da crise em Ucrânia e os seus três conflitos, é o artigo da pesquisa do magister em Ciências Militares, pela Academia de Guerra do Exército do Chile e em Defesa e Segurança da Academia Nacional de Estudos Políticos e Estratégicos do Chile, Cristian Facundes. Apresenta resultados da intensidade da crise vivida na Ucrânia durante novembro de 2013 a maio 2014. Identificando 293 acontecimentos, avaliados e traduzidos em números, elaborando gráficos relativos à intensidade do conflito que leva a diversos conflitos ainda não solucionados.

O Novo esconderijo das baratas? A expansão do crime organizado mexicano no triângulo norte de América Central, é o artigo de reflexão do magíster e pesquisador associado em Estudos Internacionais pela Universidade de Santiago do Chile, Esteban Arratia. Analisa qualitativamente os principais fatores para a transferência dos grupos criminais ao Triângulo Norte da América Central, abordando conexões e dinâmicas entre os grupos organizados do tráfico de drogas mexicanos e outras organizações criminais operantes nessa sub-região como os transportadores e "maras". Finalmente, avalia-se a viabilidade de uma parceria estratégica entre dois atores com maior preponderância na cena criminal daquela zona: Os "Zetas" e "Mara Salvatrucha".

A terceira e última seção temática agrupa processos desenvolvidos na América Latina a nível sub-regional e processos soberanos "endogâmicos".

Os autores do artigo da pesquisa: O papel geo-político da Corte Internacional da Justiça na América do Sul: O caso Peru-Chile (2008-2014), Diego Ignácio Jiménez Cabrera, magister em Estudos Internacionais da Universidade de Santiago e Karen Isabel Manzano Iturra, magister em Ciências Políticas, Defensa e Segurança da Academia Nacional de Estudos Políticos e Estratégicos, descrevem como Chile e Peru desenvolveram uma nova etapa de tensão nas suas relações internacionais após a sentença da Corte Internacional de Justiça, que gerou um palco perde-perde conforme os interesses nacionais de cada um dos Estados soberanos. Fracassando a diplomacia como ferramenta de negociação de boa fé e sublinhando a incapacidade de entrar em um acordo para as condições de acumulação e distribuição do poder geo-político no Cono "funil" Sul. Convertendo-se a Corte em construtor de novas narrativas geo-políticas.

Personagens não governamentais internos na integração América Latina: participação dos empresários industriais chilenos diante das iniciativas do governo de Eduardo Frei Montalva, 1964-1970, é o artigo de pesquisa do magister em Estudos Sociais e Políticos da América Latina, da Universidade Alberto Hurtado do Chile e pesquisador do Centro de Estudos de Relações Internacionais da Universidade do Desenvolvimento do Chile, Javier Eduardo Recabarren Silva. Analisa a participação das três importantes entidades empresariais chilenas que apoiaram esquemas de integração no quadro da política exterior e das iniciativas do governo de Eduardo Frei Montalva para dinamizar e aprofundar o processo de integração da América Latina no período de tempo descrito, reproduzindo fontes primárias da época e examinando a importância das contribuições dos atores não governamentais em relação à política de exterior de um país.

Agora é a vez para o artigo da pesquisa, A aplicação das tecnologias de informação e comunicação na prevenção comunitária do delito: Os casos de geo-referenciação em Monterrey, México, do Doutor em Filosofia Jorge Francisco Aguirre Sala, colaborador na Escola de Pesquisa em Segurança Pública da Universidade de Ciências da Segurança do Estado de "Nuevo León", México. Ligado ao Instituto de Investigações Sociais da Universidade Autónoma de "Nuevo León", onde mostra as vantagens da internet na prevenção comunitária do delito e da geo-referenciação delitiva, antecipando um marco teórico relativo à prevenção comunitária, situacional e ambiental, desde uma concepção de governança mexicana, analisando com qualidade o uso da rede de redes nos casos particulares, oferecendo avaliações, reflexões e recomendações sobre a base comparativa da Policia Nacional colombiana, Policia de Carabineros do Chile e a Policia Nacional Civil do El Salvador.

A identidade estratégica argentina e a ascensão do Brasil: as bases ideacionais de uma política de defesa cooperativa, é o artigo da Doutora em Relações Internacionais pela Universidade Nacional do Rosário, Marina Gisela Vitelli, onde analisa a posição da Argentina sobre estratégias de "contra-poder" relativo a ascensão política brasileira e o seu comportamento dentro do Conselho de Defesa da América Latina, que catapultou a liderança regional dos cariocas na sua dimensão estratégico-militar. Argumenta que a política de defesa cooperativa argentina se explica em virtude da existência de um consenso surgido entre personagens parlamentários que influenciaram desde a volta da democracia, produzindo aos gaúchos instabilidade política e enfraquecimento do sistema dos partidos.

Agradecendo ao corpo editorial, especialmente ao Coronel Jorge Isaza, aos destacados membros dos Comités Editorial e Científico e ao Coordenador de Editores, Doutor Juan María Cuevas Silva, apresentando lhes a segunda edição de 2016 da Revista de Relações Internacionais, Estratégia e Segurança.