Objetivo/contexto:

Neste artigo, pretende-se mostrar a dinâmica interna de uma região de fronteira nas planícies orientais do Novo Reino de Granada durante os séculos 16 e 17. A fundação de cidades, a criação de governações, suas constantes mudanças, as disputas jurisdicionais, a exploração da mão de obra indígena, a segurança e a expansão imperiais foram problemáticas de grande complexidade que permitem analisar a territorialização do Império numa escala local, na qual foram realizadas várias negociações entre o poder central da Audiência de Santa Fé e os governantes e a população da fronteira.

Metodologia:

Com a comparação e contraste de fontes pouco exploradas até hoje, como as capitulações de governações e os relatórios de oficiais reais e missionários jesuítas sobre a escravidão indígena e o povoamento, é exposto como foram construídas política e administrativamente as províncias da região das planícies orientais nesse período.

Originalidade:

Esta pesquisa se aprofunda nas complexidades da formação provincial numa área fronteiriça, ampliando os procedimentos para o assentamento das governações das planícies orientais, um tema pouco estudado pela historiografia dedicada ao passado imperial no Novo Reino de Granada.

Conclusões:

O dinamismo e a mobilidade que foram apresentados no sopé das planícies orientais, influenciados por fenômenos como a escravidão indígena, a instabilidade jurisdicional e o medo ante possíveis invasões de potências estrangeiras, mostram a construção local do Império e as relações entre os diferentes níveis do poder.

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