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Revista Colombiana de Sociología

versão impressa ISSN 0120-159X

Resumo

KRIGER, Miriam Elizabeth  e  GUGLIELMO, Luciana Cecilia. Memórias sociais e familiares da ditadura cívico-militar: narrativas biográficas de integrantes da associação Abuelas de Plaza de Mayo. Rev. colomb. soc. [online]. 2017, vol.40, suppl.1, pp.45-63. ISSN 0120-159X.  https://doi.org/10.15446/rcs.v40n1Supl.65906.

Este artigo contribui para o estudo de passados recentes, memórias sociais e direitos humanos em contextos de terrorismo de Estado. De maneira específica, analisa a relação entre memórias sociais e familiares de algumas fundadoras da associação Abuelas de Plaza de Mayo, que são mães de desaparecidos na última ditadura cívico-militar argentina (1976-1983). A proposta está delimitada no campo dos estudos sobre o passado recente na Argentina e foca-se nos processos de construção de memórias sociais entre 2003 e 2015, durante o ciclo de governos kirchneristas (o de Néstor Kirchner, entre 2003 e 2007, e os de Cristina Kirchner, entre 2007 e 2011 e entre 2011 e 2015). Esse período foi escolhido inicialmente pela revogação da anistia e das "leis do esquecimento" -que permitiu a reativação dos julgamentos contra os responsáveis do terrorismo de Estado sob a figura de lesa-humanidade- e logo por converter a luta pelos direitos humanos e pela memória da ditadura numa política de Estado ao incorporar a grande parte dos atores fundacionais, como as Abuelas de Plaza de Mayo. Neste artigo, apresentam-se avanços de uma pesquisa em curso, cujo propósito é contribuir, mediante as narrativas familiares dos desaparecidos, para a problematização das mudanças no regime das memórias sociais. Trata-se de processos políticos muito dinâmicos, nos quais diversas narrativas emblemáticas intervêm, algumas novas e outras em construção, que coexistem conflituosamente. Assim, cada memória pode ter um peso histórico e uma visibilidade variável em diferentes momentos. Pode tornar-se uma memória forte ou fraca segundo a conjuntura e o papel que o Estado e a sociedade lhe outorguem. Apresentam-se narrativas biográficas de três membros da associação Abuelas de Plaza de Mayo, surgidas de entrevistas presenciais semiestruturas e em profundidade, realizadas ad hoc, nas quais se colocam em jogo essas memórias em diferentes registros. Mostram-se fragmentos selecionados para estabelecer as modalidades de reconhecimento de seus filhos desaparecidos e as tensões entre identidade juvenil e sua condição militante.

Palavras-chave : Abuelas de Plaza de Mayo; identidade; juventude; memórias sociais; narrativas familiares; política.

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