Objetivo:

Analisar as críticas de um setor do liberalismo colombiano à legislação eleitoral produzida pela coalizão do Partido Nacional durante a Regeneração, que reduziu a democracia à imposição das maiorias.

Metodologia:

O texto baseia-se no exame dos diferentes discursos, manifestações e publicações de figuras públicas de diferentes correntes partidárias, entre as quais se destaca o projeto constitucional proposto por liberais da oposição e elaborado por Rafael Rocha Gutiérrez, assim como as intervenções de Rafael Uribe Uribe.

Originalidade:

A historiografia política colombiana não destacou como os liberais opositores da Regeneração reagiram à imposição de um sistema eleitoral destinado a impedir que conseguissem representação em empresas públicas ou recuperassem o controle do Executivo, nem viu a que esta negligência do governo em relação às propostas para reformar as leis acabou ratificando aos belicistas liberais que a única forma de recuperar o poder era a revolta armada.

Conclusões:

Logo após ter sido instituído por uma coalizão bipartidária que se reuniu no Partido Nacional, o sistema eleitoral da Constituição de 1886 demonstrou seu caráter excludente. Isto deixou claro que a leitura tanto do governo regenerador quanto da oposição foi afetada principalmente pela necessidade de garantir sua representação política e não por questões como a ampliação do direito de voto. De fato, a proposta dos liberais em relação a esse ponto se baseava na qualificação do cidadão eleitor.