Resumen

TORRES ESTRADA, Andrés Camilo. Bartleby ou a política do caos. Hallazgos [online]. 2013, vol.10, n.20, pp.91-107. ISSN 1794-3841.  https://doi.org/10.15332/s1794-3841.2013.0020.06.

O artigo apresenta uma análise do conto de Herman Melville, "Bartleby, o el Escribiente". Esta análise baseia-se numa abordagem à literatura a partir de uma noção política inspirada em autores como Jacques Derrida e Jacques Rancière, mas desvia-se desta filosofia, quando, por cima do próprio texto e de suas possibilidades, pretendem-se achar nele heterotopias, esperanças e comunidades por vir. Esta noção de política aproxima à literatura ao mundo real, transfigurando os modos de ser e não ser. Assim, o personagem de Bartleby apresenta-se no meio do mundo da representação como um agente do caos. Nisto consiste a política do escrivão: sua incursão revela as farsas do mundo construído e sonhado pelos homens, mas esta destruição que causa é inútil: o mundo da representação sentiu seu absurdo, não sabe o que fazer com dito agente do caos, mas não é suficiente para arruiná-lo. Bartleby, quem tem-se indeterminado e tem abandonado as dualidades de ser e não ser, também não pode continuar a viver: já não há espaço para a vida sem referências num mundo humano e imaginário.

Palabras clave : Bartleby; política; literatura.

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